RIO DE JANEIRO/RJ - Na segunda-feira, a CBF realizou um Conselho Técnico Extraordinário com representantes dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. Por unanimidade, foi confirmado o retorno da competição neste sábado, com a disputa da sétima rodada.
A data final do Brasileirão foi mantida. Ou seja, a última rodada será disputada no dia 8 de dezembro. Para que isso seja viável, as datas Fifa serão utilizadas para a disputa de jogos adiados.
"Foi discutida uma flexibilização, talvez até uma possível inversão de mando, quando necessário. Isso vai ser analisado jogo a jogo. Há estados que, quando você tem dois jogos na mesma praça, têm problemas de segurança pública. Vamos ter datas Fifas que serão utilizadas, principalmente com essas equipes que têm uma sobreposição de jogos até da Copa do Brasil. Tudo foi apresentado, algumas datas Fifas serão utilizadas para que a gente consiga chegar ao dia 8 de dezembro com o campeonato todo finalizado", disse Julio Casares, presidente do São Paulo.
Na reunião, ainda ficou acordado que os clubes gaúchos vão poder inverter o mando de campo no primeiro turno. A troca, porém, terá que contar com a aprovação dos adversários.
Por conta da tragédia no Rio Grande do Sul após as fortes chuvas e enchentes, Grêmio, Internacional e Juventude tiveram suas partidas suspensas desde o começo do mês. No dia 15, a CBF determinou a suspensão da Série A após o pedido de 16 clubes.
"Conseguimos consensuar decisões que envolvem o restante do campeonato, o calendário, o apoio da CBF, e, principalmente, os clubes do Rio Grande do Sul, que sofrem hoje com essa catástrofe climática. Esses acordos nos dão uma segurança e uma previsibilidade de trabalho", disse o presidente do Internacional, Alexandre Barcellos.
"A gente fica feliz também que a grande maioria dos clubes entenderam a situação que estamos passando no Rio Grande do Sul. Tomamos algumas medidas paliativas pra gente retomar e minimizar o desequilíbrio", comentou o presidente do Grêmio, Alberto Guerra.
"Foi uma reunião de alto nível, muito produtiva e contamos com a decisão unânime dos clubes. Gostaria também de mais uma vez prestar solidariedade aos clubes gaúchos e todo o povo do Rio Grande do Sul", afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.