Ao todo, 545 propostas foram avaliadas e apenas 31 aprovadas, sendo 3 delas da UFSCar.
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (USFCar) teve três projetos de pesquisa e formação de recursos humanos na pós-graduação stricto sensu selecionados pelo Edital nº 09/2020, do Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O resultado preliminar foi publicado na sexta-feira (19), no Diário Oficial da União. O edital, que recebeu 545 propostas, previa a escolha de 30. Devido à alta qualidade, 31 atingiram a avaliação máxima e serão implementados.
Os três projetos da UFSCar são: "Imunossensores flexíveis nanoestruturados de ouro e platina para a detecção da COVID-19", coordenado pelo Professor Bruno Campos Janegitz, do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME), campus Araras; "Desenvolvimento de Tecidos Inteligentes para Meios Filtrantes com Caráter Biocida e Virucida", coordenado pela Professora Mônica Lopes Aguiar, do Departamento de Engenharia Química (DEQ), campus São Carlos; "Diagnóstico, Prevenção e Tratamento - contribuição do PPGQ-UFSCar ao enfrentamento da COVID-19 e outras pandemias" coordenado pelo Professor Ronaldo Censi Faria, do Departamento de Química (DQ), campus São Carlos.
"O resultado da CAPES comprova a excelência da UFSCar em pesquisa e como a Universidade pode impulsionar o desenvolvimento científico no País. Mesmo nesse momento de pandemia, a UFSCar mantém seu protagonismo e está seguindo em frente, superando desafios e transformando a nossa sociedade", disse a Reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann.
O Programa de Combate a Epidemias é um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de recursos humanos para enfrentar a COVID-19 e estudar temas relacionados a endemias e epidemias. Duas dimensões estruturam o Programa: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas. No total, serão concedidas 2,6 mil bolsas e investimento de R$ 200 milhões ao longo de quatro anos.
Para o Prof. Bruno Campos Janegitz (DCNME/ Araras), coordenador de um dos projetos selecionados, o edital deu a Universidades a possibilidade de gerar novas tecnologias de diagnósticos. "Essa será uma grande oportunidade de reunir pesquisadores para propor sistemas de detecção simples, rápidos e de baixo custo para a sociedade. E isso é muito gratificante", afirmou. O projeto será realizado em parceria com o Professor Fernando Vicentini, do Centro de Ciências da Natureza/ campus Lagoa do Sino, e com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). O resultado final está previsto para ser divulgado a partir de 1º de julho e as atividades dos projetos devem começar a partir de 1º de agosto.