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Além de pacientes com Covid-19, indivíduos com outras doenças graves, que deixaram de lado o tratamento durante a pandemia, podem sobrecarregar a rede hospitalar

 

SÃO PAULO/SP - Apesar de algumas cidades brasileiras terem saído da fase emergencial, o iminente colapso da saúde, tão temido e falado pelos especialistas, deverá acontecer nos próximos meses. Para os médicos, o cenário dramático, instaurado pela pandemia, poderá se agravar, porque além de pacientes com Covid-19, indivíduos com outras doenças expressivas, como cânceres, aneurismas, patologias cardiovasculares entre outras, (apesar do alto risco, até de evolução para óbito em meses ou anos), deixaram de lado o tratamento durante a pandemia, e precisarão de atendimento o mais breve possível, o que poderá sobrecarregar a rede hospitalar.   

De acordo com o cirurgião vascular e vice-diretor de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Fábio Sotelo, tal fenômeno acabou sendo fruto do receio das pessoas contraírem a Covid-19 nas unidades de saúde e hospitais, e, com isso, atualmente, os pacientes chegam aos prontos-socorros já infartados, com infecções graves em membros com alto risco de amputação, aneurismas rotos e cânceres em estágios avançados.

Na opinião do especialista, soma-se a isso a escassez de planejamento, visão focada somente no problema atual da Covid-19 e não na saúde como um todo. “Os cancelamentos de cirurgias eletivas e a postergação do tratamento de pacientes com numerosas doenças crônicas, que ainda hoje são responsáveis pela liderança nas causas de morbimortalidade no Brasil e que consomem a maior parte dos recursos privados e do SUS, levarão a um represamento de intervenções e aumento das complexidades dos mesmos, pela maior gravidade destes casos, o que além de consumir mais recursos, exigirá maior número de profissionais de saúde dedicados simultaneamente à Covid-19 e a outras enfermidades, situação já exígua em diversos municípios brasileiros”, esclarece.

Dr. Sotelo comenta também que uma pesquisa realizada pelo site Angioplasty.org, em 8 de abril de 2020, com cardiologistas, mostrou que o número de pessoas que morreram em casa nos EUA, entre 30 de março e 5 de abril de 2020, foi 800% maior do que o mesmo período em 2019. Este mesmo levantamento ainda apontou que equivalente a mesma época, houve uma queda de ao menos 50%, no número de pessoas tratadas em hospitais por esses problemas de saúde. “No Brasil, as publicações ainda são escassas sobre este tema, sobretudo nos SUS, mas, aguardamos o relatório de 2021 da Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP), para avaliarmos tal cenário”, revela.

O médico pontua que, para a especialidade vascular, o afastamento dos consultórios e o cancelamento de procedimentos durante a pandemia ocasionarão sérias consequências. “As sequelas serão o aumento das amputações, o mau tratamento de tromboses venosas e o risco de embolia pulmonar, a piora das lesões varicosas, o aumento do número de AVC´s pelas estenoses carotídeas, dentre outras”. Além disso, o médico explica que, hoje, com a Covid-19, existe o aumento de casos de tromboses arteriais e venosas, com riscos importantes até de óbitos, além das amputações. Vasculites, dores em membros inferiores constantes pós-Covid-19 e até decorrências de tratamentos do novo coronavírus em casos graves, como uso de cateteres e pós- Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO), por exemplo, que também serão motivos de encaminhamento ao cirurgião vascular. “Estamos em fase de desvendarmos todas as facetas deste novo vírus e suas variantes. Ainda muito imprevisível, atualmente”, finaliza.

 

A SBACV 

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) é uma associação sem fins lucrativos, que visa a defender os direitos de seus profissionais, médicos e residentes, especialistas em saúde vascular. Além disso, tem como objetivo incentivá-los à produção científica, aprofundando as pesquisas nas áreas de Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, Angiorradiologia e outras modalidades. 

A entidade trabalha com uma política alinhada aos valores da AMB (Associação Médica Brasileira) e do CFM (Conselho Federal de Medicina) a fim de conduzir a instituição de maneira ética, sempre valorizando as especialidades médicas em questão. Atualmente, conta com 23 associações regionais espalhadas por todo o Brasil. 

Crise limita transferência à capital de pacientes de municípios sem estrutura para casos graves

 

MANAUS/AM - O sistema de saúde de Manaus entrou em colapso pela segunda vez. Apesar de os hospitais da capital do Amazonas estarem tentando ampliar a disponibilidade de leitos para pacientes da COVID-19, o número de doentes cresce a uma velocidade mais rápida, levando à sobrecarga e saturação de todo o sistema de saúde. Mais grave é o fato de que a capacidade de Manaus produzir oxigênio cobre apenas um terço da demanda atual, deixando hospitais sem meios de fornecer o insumo a seus pacientes, com um grande número de relatos de pessoas morrendo por asfixia. O efeito cascata em algumas cidades do interior do estado está começando a aparecer, e as consequências podem ser igualmente devastadoras.

Equipes da organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão presentes nas cidades de São Gabriel da Cachoeira e Tefé, ambas a alguns dias de barco da capital. Com os hospitais de Manaus lotados, não há atualmente nenhum lugar para onde transferir os pacientes em estado mais grave. MSF está tentando correr contra o tempo, ampliando suas equipes e avaliando maneiras de contribuir com a resposta em Manaus, enquanto o número de mortos cresce.

Na primeira semana de janeiro, um terço dos pacientes de COVID-19 em Tefé, onde MSF dá suporte ao hospital regional, necessitavam de tratamento com oxigênio, mas na semana passada essa proporção elevou-se para dois terços.

Não apenas o número de pacientes admitidos está crescendo, mas seu estado de saúde quando são admitidos está mais grave, indicando que a situação pode estar prestes a se tornar desastrosa.

Como sabemos um pouco mais sobre a doença, deveríamos estar em uma posição que permitisse salvar mais vidas, mas isso só é possível se dispomos de oxigênio e de possibilidades de transferir pacientes em estado grave ou crítico para hospitais mais bem aparelhados”, disse Pierre Van Heddegem, coordenador-geral dos projetos de MSF no Brasil. “Na semana passada, não foi possível transportar de avião nenhum paciente de Tefé a Manaus. Perdemos três pacientes que teriam tido chance de sobreviver se tivessem recebido atendimento em um hospital de uma cidade grande, mas a transferência foi inviável”, lamentou Van Heddegem.

Como não existem unidades geradoras de oxigênio próximas a Tefé, os cilindros têm de ser enviados a Manaus para recarga. MSF doou 50 novos cilindros ao hospital regional de Tefé no final de 2020, mas, sem a possibilidade de recarregá-los em Manaus, a região do interior também corre o risco de que seu estoque termine. “Temos apenas uns poucos dias de estoque de oxigênio em Tefé caso o ingresso de novos pacientes continue no ritmo atual”, acrescenta Van Heddegem.

MSF está buscando desesperadamente soluções alternativas para que os pacientes de Tefé que estão em estado grave possam receber assistência, apesar da saturação total dos hospitais de Manaus. Ao mesmo tempo, a organização está trabalhando para dar sua contribuição também em Manaus. Os primeiros integrantes de uma equipe de MSF chegaram ontem à capital do estado do Amazonas.

Em São Gabriel da Cachoeira, o outro município do Amazonas onde MSF atua, o ano de 2021 chegou com um forte aumento de casos. Na primeira semana de janeiro, o número de novos infectados pela COVID-19 aumentou em cinco vezes na comparação com os dados da última semana de 2020.

Uma enfermaria com seis leitos para pacientes da COVID-19 foi montada pelo Ministério da Saúde e está sendo apoiada por uma equipe de MSF. No município há um pequeno hospital com capacidade própria de geração de oxigênio, mas se o número de casos se elevar de maneira descontrolada as perspectivas podem se tornar tão difíceis quanto as vividas em Tefé.

MSF tem trabalhado na melhoria da capacidade de testagem local, utilizando especificamente o teste de antígeno, que detecta se o paciente está com o vírus ativo. Este tipo de teste é melhor para ter uma avaliação em tempo real da situação epidemiológica, em contraste com os testes de anticorpos, bastante usados no Brasil. Os testes de anticorpos mostram se a pessoa teve ou não a doença, mas não se ela se encontra doente no momento da coleta. No teste de anticorpos, um resultado positivo pode indicar que a pessoa teve a doença há semanas ou meses, mas pode não existir mais o risco de transmitir a doença. Detectar se o vírus encontra-se ativo ou não, como é possível fazer com o teste de antígeno, evita internações desnecessárias e sobrecarga adicional ao sistema de saúde.

MSF também doou cartuchos de exames a um laboratório já existente em São Gabriel da Cachoeira, permitindo a entrada em operação de uma máquina de exames GenExpert que pode ser utilizada para a realização de testes PCR em pacientes com suspeita de COVID-19. “Os resultados ficam prontos em cerca de uma hora e são realizados na própria cidade, sem a necessidade de levar as amostras até Manaus, como era feito até então”, explica Irene Huertas Martín, coordenadora do projeto de MSF na cidade. Antes, os resultados demoravam pelo menos uma semana.

Equipes de promoção de saúde de MSF também estão fornecendo informações sobre a doença nas duas cidades e o trabalho pode ser expandido a Manaus. Garantir que as pessoas saibam como se proteger e àqueles com quem convivem continua sendo uma das maneiras mais importantes de evitar a expansão da doença em uma região onde o acesso a cuidados de saúde adequados pode estar distante muitas horas ou mesmo dias em viagens de barco pelos rios da região.

MSF voltou a trabalhar no estado do Amazonas no final do ano passado, após um primeiro período de atuação na região entre abril a agosto, quando trabalhou em Manaus, Tefé e São Gabriel da Cachoeira. MSF continuou monitorando a situação da pandemia na região e, com o aumento de casos identificado em outubro, viu a necessidade de voltar às cidades do interior para oferecer novamente apoio aos profissionais de saúde locais na resposta à COVID-19.

No Brasil, além dos projetos em Tefé e em São Gabriel da Cachoeira, MSF trabalha em São Paulo, onde oferece cuidados paliativos para pacientes que não respondem a tratamentos, no hospital Tide Setúbal. MSF encerrou recentemente as atividades que mantinha no estado do Mato Grosso do Sul, na região das cidades de Amambaí, Corumbá e Aquidauana. A resposta de MSF à COVID-19 no Brasil começou em abril e, além dos estados já mencionados, foram realizadas atividades em Rio de Janeiro, Roraima, Mato Grosso e Goiás.

 

Sobre Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem nenhum acesso à assistência médica. Oferece ajuda exclusivamente com base na necessidade das populações atendidas, sem discriminação de raça, religião ou convicção política e de forma independente de poderes políticos e econômicos. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos. Para saber mais acesse o site de MSF-Brasil.

SÃO PAULO/SP - Um relatório obtido com exclusividade pelo site Meu Timão alega que o Corinthians pode entrar em "colapso financeiro" em 2020 e tornar-se insolvente.

O documento foi elaborado por José Carlos Passaretti, consultor financeiro especializado em gestão de riscos.

Com base no balanço alvinegro de 2019, que apresentou déficit de R$ 177 milhões, e no orçamento deste ano, o cenário traçado para o clube paulista é de muito pessimismo.

"A simples análise do realizado de 2019 com o orçado de 2020 nos transmite a clara conclusão de que, se não forem adotadas pela diretoria medidas drásticas de cortes de custos e despesas operacionais, certamente o clube terá novamente um déficit relevante, agravando ainda mais a situação atual das finanças do clube, com sérios riscos de insolvência", salienta o estudo.

O documento ainda afirma que a equipe alvinegra deve vender vários jogadores imediatamente e também rever políticas de investimentos.

"A venda de jogadores se faz necessária, pois, é o único ativo disponível para negociação nesse momento. Da mesma forma, o clube deve rever sua política de investimento nas categorias de base, já que o valor agregado não é compatível com o benefício esperado", explica.

Também é apontado que o buraco corintiano está ficando cada vez mais fundo, com aumento de 78% em despesas com juros de empréstimos e financiamentos, não recolhimento de impostos, descumprimento de regras do Profut e a possibilidade de se tornar devedor do fundo de pagamento da Arena Corinthians.

O relatório ainda apresentas ações a serem tomadas de maneira urgente pela diretoria comandada por Andrés Sanchez.

1. Nomear uma comissão composta por profissionais que atuem na área financeira e de planejamento financeiro

2. Avaliar a atual situação financeira do clube face os efeitos da crise do Covid-19

3. Estabelecer um plano de ação para os próximos seis meses, para reduzir significativamente as despesas operacionais

4. Identificação de novas fontes de receitas e venda de ativos (jogadores)

5. Revisar o orçamento aprovado pelo Conselho Deliberativo para 2020 e submetê-lo a nova apreciação do órgão estatutário

"Considerando o grave desequilíbrio entre o orçado e o realizado, o enorme déficit acumulado e o descumprimento das regras do Profut entendemos que deveria ser considerado, na avaliação do auditor, a probabilidade de significativa expectativa de insolvência ou descontinuidade operacional em decorrência da incapacidade da instituição de cumprir com suas obrigações, considerando principalmente a expectativa do caixa gerado pelas atividades operacionais, capacidade de obtenção de empréstimos de instituições financeiras brasileiras e financiamento próprio, considerando os graves efeitos da crise econômica que certamente irá afetar o mercado do futebol em 2020", diz outro trecho do estudo.

 

 

*Por: ESPN.com.br

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