BRASÍLIA/DF - Em 2023, Brasil aumentou a cobertura de oito vacinas recomendadas para crianças com um ano de idade, conforme balanço divulgado na terça-feira (19) pelo Ministério da Saúde.
Os imunizantes com aumento na aplicação de doses são contra hepatite A, poliomielite, pneumocócica, as vacinas meningocócica, DTP (difteria, tétano e coqueluche) e tríplice viral 1ª dose e 2ª dose (sarampo, caxumba e rubéola), além da contra febre amarela, indicada aos nove meses de idade. Os dados referem-se às doses aplicadas de janeiro a outubro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022.
De acordo com levantamento, em 26 estados houve alta da pneumocócica, poliomielite, tríplice viral (1ª dose). Em 24 estados, foi registrada alta da aplicação do imunizante contra a hepatite A, meningocócica e tríplice viral (2ª dose). Todos os estados e o DF tiveram aumento na vacinação contra a febre amarela e DTP. Os percentuais variam de 61,6%, como a tríplice viral (2º dose), a 85,6% de cobertura, da tríplice viral (1ª dose).
A única vacina recomendada para faixa etária que não teve aumento na procura foi a contra varicela. Segundo o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, a queda ocorreu por um problema de segurança no maior fornecedor mundial, o que interrompeu o abastecimento no segundo semestre de 2023.
“Não foi possível encontrar no mercado um substituto para essa interrupção temporária”, explicou.
Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, os resultados mostram o início do processo de reversão da tendência de queda das coberturas vacinais no país, que ocorre desde 2016.
Em fevereiro, o governo lançou Movimento Nacional pela Vacinação para retomar a imunização e combater notícias falsas sobre as vacinas.
Nísia Trindade atribui a melhora às ações regionais, com repasse de R$ 151 milhões para estados e municípios, e vacinação nas escolas. Em 2023, 3.992 cidades adotaram a imunização de crianças e adolescentes no ambiente escolar.
Outras estratégias adotadas foram ampliação do horário das salas de imunização, busca ativa de não vacinados, padronização nos registros das doses aplicadas, com o CPF de quem recebeu ligado a uma dose e à identificação do aplicador em um sistema nacional. Antes, esses registros eram inseridos em sistemas próprios dos estados e municípios.
“Essa é a retomada de algo que o Brasil nunca deveria ter perdido”, ressaltou a ministra.
“A despeito do negacionismo, o governo não vai abrir mão da defesa da vida e da defesa da vacinação”, afirmou, acrescentando que as vacinas e água tratada são as medidas mais eficazes para reduzir a mortalidade infantil e elevar a expectativa de vida.
Conforme balanço da pasta, subiu em um terço o número de municípios que alcançaram 95% da meta de imunização infantil.
Em relação à vacina contra o HPV, o número de doses aplicadas cresceu 30%. Desde 2014, quando iniciou-se a imunização, a cobertura apresentava queda, apesar do aumento da faixa etária e inclusão dos meninos como público-alvo.
“Essa foi uma vacina alvo dos negacionistas. A aplicação caiu ano após ano”, reforçou o diretor Eder Gatti.
O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo e está associada a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero e de ânus.
A vacina, disponível no SUS, para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de mulheres e homens de 15 a 45 anos vivendo com HIV/aids, transplantados e pacientes oncológicos. A partir de agosto, passou também a ser oferecida a vítimas de abuso sexual.
Por Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, em parceria com o Tribunal de Justiça, através da Vara da Infância e Juventude de São Carlos e o Instituto ACORDE (Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional), reapresentou na terça-feira (19/09), no auditório do Paço Municipal, o Programa de Apadrinhamento Infantil de São Carlos.
O programa é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente e foi instituído no Tribunal de Justiça de São Paulo em 2015 como uma maneira de possibilitar que as crianças e adolescentes acolhidos, que são aquelas afastados de suas famílias biológicas por meio de medida protetiva de acolhimento institucional, tenham experiências fora da instituição e criem laços com outras pessoas, contribuindo para seu desenvolvimento social, educacional e cultural.
Ter padrinho ou madrinha afetivo possibilita a criança e ao adolescente ter uma nova referência social e familiar de cuidado e afeto, por meio da convivência periódica.
No município de São Carlos, o programa foi sancionado pela lei Nº 18.032 de 08 de dezembro de 2016 e tem como objetivo fortalecer o trabalho desenvolvido com as crianças e adolescentes que se encontram nos serviços de acolhimento institucional e com poucas possibilidades de retorno à família de origem.
A secretária adjunta de Cidadania e Assistência Social, Ingrid Ienco Cazella, enfatizou que o futuro depende das novas gerações e que infelizmente ainda existem muitas crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. “É papel do gestor público garantir o atendimento e reduzir impactos que o rompimento de vínculos familiares causa na vida das nossas crianças. A rede de articulação e proteção de São Carlos ganha muito com a retomada do Programa de Apadrinhamento”, afirmou a adjunta, ressaltando a parceria com a ACORDE e o trabalho do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), além do apoio do prefeito Airton Garcia e do secretário Rodolpho Hernane.
A diretora do Departamento de Proteção Social Especial, Simone Botega Xavier, disse que a criança precisa de afeto, de amor, de cuidado. “Os padrinhos acabam se tornando uma referência para a criança que desenvolve vínculos socioafetivos, exercem a corresponsabilidade de cuidado e proteção da criança ou adolescente apadrinhados, auxiliando na minimização do impacto de vivências traumáticas, oportunizando experiências positivas e reparadoras”.
A chefe de Gabinete da Secretaria de Municipal de Cidadania e Assistência Social, Ana Cristina da Fonseca Ruffino, explica que esse programa tem como objetivo dar as crianças e adolescentes que passam pelo acolhimento mais apoio. “As famílias têm que ter a vontade de ter vínculo com essa criança, de levar aos finais de semana para a sua casa, de levar para passeios, de se responsabilizar de alguma forma com o estudo, com cultura, lazer, então é um vínculo que vai ser criado não como uma adoção, mas com um apadrinhamento complementar, suprindo a deficiência que essa criança vem sofrendo na vida”, explicou Ana Cristina.
Poderão se cadastrar no programa como proponentes ao “apadrinhamento” pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, sem discriminação de classe social, profissão, gênero, etnia, religião e estado civil. No caso de apadrinhamento financeiro, poderão apadrinhar pessoas físicas, empresas, instituições, escolas, clubes de serviços, entidades de classe e associações.
Também participaram da apresentação o Promotor da Vara da Infância e Juventude, Daniel Henrique Silva Miranda, o vereador André Rebello, a presidente do CMDCA, Marina Ferrari Tavoni, a gerente do Instituto ACORDE, Cleonice Amato, além de secretários adjuntos e diretores da administração municipal.
Outras informações sobre o programa podem ser obtidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., pelo telefone (16) 3419-408 ou presencialmente na rua José Bonifácio, nº 1.576, no Centro.
Projeto alia diversão e aprendizado para abordar questões a respeito de segurança viária com alunos de 6 a 10 anos da rede pública
ITIRAPINA/SP - Nesta terça-feira (19), o projeto "Vira e Mexe Tem Arte", com o tema Educação no Trânsito, será apresentado aos alunos da Escola Municipal Abener Augusto Pires, em Panorama. Será a primeira de onze apresentações patrocinadas pela Eixo SP Concessionária de Rodovias por ocasião da Semana Nacional do Trânsito, comemorada entre 18 e 25 de setembro. As ações educativas terão como foco alunos da faixa etária de 6 a 10 anos.
Além de Panorama, a equipe da Renovarte, organizadora do projeto, passará também por Tupi Paulista, Pacaembu, Adamantina, Osvaldo Cruz, Quintana, Lupércio, Piratininga, Jaú, Santa Maria da Serra e Itirapina. O objetivo da iniciativa é chamar a atenção dos alunos para a importância de atitudes que promovam a segurança no trânsito. A estimativa é envolver mais de 2 mil crianças até o dia 3 de outubro com espetáculo teatral, aulas gamificadas e distribuição de revistinhas informativas com atividades.
Durante a apresentação do projeto, os alunos são divididos em cinco grupos, que estarão em atividades simultaneamente. Enquanto as salas de aula são utilizadas para exibição de esquetes cênicas com atividades dinâmicas, onde os alunos participam das ações. Enquanto isso, o pátio e a quadra das escolas receberão a montagem da peça teatral e a performance de mágica.
A performance abordará de maneira interativa, com brincadeiras e truques de mágica, os cuidados básicos que todos devem ter no trânsito. A dinâmica tem como proposta ensinar as crianças que um trânsito seguro é feito de atitudes. Sem mágica, sem truques, mas com muita consciência e responsabilidade.
Além das ações desenvolvidas com os alunos, o projeto conta também com o workshop “Semear”, voltado para os professores. A finalidade do workshop é estimular reflexões sobre a educação como ferramenta de transformação e sobre a importância do autocuidado e do bem-estar desses profissionais.
De acordo com Maurício Góes, Relações Institucionais da Eixo SP, investir na educação das crianças a respeito das regras básicas de segurança no trânsito é fundamental para a formação de adultos mais conscientes e responsáveis, tanto como pedestres quanto como motoristas.
Confira a agenda das apresentações:
Data: 19/9
Cidade: Panorama
Local: Escola Municipal Abener Augusto Pires
Endereço: Rua Domingos Chiararia, 1100 - Marrecas
Data: 20/9
Cidade: Tupi Paulista
Local: Escola Municipal Emília Diogo do Amaral
Endereço: Rua Tiradentes, 986 - Centro
Data: 21/9
Cidade: Pacaembu
Local: EMEF Manoel Teixeira Júnior
Endereço: Rua Amador Rodrigues, 349 - Vila Peres
Data: 22/9
Cidade: Adamantina
Local: EMEF Teruyo Kikuta
Endereço: Rua dos Jasmins, 154 - Vila Jardim
Data: 25/9
Cidade: Osvaldo Cruz
Local: Escola Municipal Professora Rosa Ruth Ruggia Martins
Endereço: Avenida José Siqueira, 45 - Jardim Alvorada
Data: 26/9
Cidade: Quintana
Local: EMEF Professora Neide Aparecida Sobreiro Lisboa
Endereço: Via Perimetral Sul, s/n° - Bairro Santo Antônio
Data: 27/9
Cidade: Lupércio
Local: EMEF Professor João Ferreira Neto
Endereço: Rua Manoel Quito, 600 - Centro
Data: 28/9
Cidade: Piratininga
Local: EMEF Professora Jacyra Motta Mendes
Endereço: Rua Faustino Ribeiro da Silva, 6 - Centro
Data: 29/9
Cidade: Jaú
Local: EMEF Professor Antonio Waldomiro de Oliveira
Endereço: Rua Luís de Roque, 77 - Jardim Conde Pinhal I
Data: 2/10
Cidade: Santa Maria da Serra
Local: EMEB Dona Zina Saviolo Cury
Endereço: Rua Jose Maria Da Silva, 555 - Jardim Bom Jesus
Data: 3/10
Cidade: Itirapina
Local: EMEF José Cruz
Endereço: Rua Seis, 58 - Centro
SÃO CARLOS/SP - A Comitiva Sancanejo e PC Eventos em parceria com Bar e Restaurante Don Ramon estão realizando uma campanha de arrecadação de brinquedos para doar no Dia das Crianças em São Carlos. Os brinquedos serão entregues para as crianças do bairro São Carlos 8. Doações podem ser feitas até o dia 10 de outubro, nos pontos de arrecadações (abaixo os locais).
A presidente da Comitiva, Renata Arabe, disse que em reunião com os administradores da Sancanejo, a pauta era realizar um evento para poder ajudar as crianças que não tem nenhum brinquedo e o dia das crianças não poderia passar desapercebido.
“Colocamos em pauta e foi aprovado por unanimidade, aí fomos atrás dos parceiros como Caio e o Robison do Bar Don Ramon que abraçou a causa de imediato e o nosso amigo Paulo da PC Eventos também não mediu esforços. Eu só tenho a agradecer a Todos” disse a presidente da Comitiva.
Além dos pontos de arrecadação de brinquedos será realizado um evento beneficente no dia 08 de outubro (domingo), no Bar e Restaurante Don Ramon, localizado na Avenida Francisco Pereira Lopes, 2635, Jardim Santa Paula. Muita música sertaneja, cervejas, refrigerantes, drinks e claro toda sua contribuição com apenas R$15,00 (entrada), será revertido para compra de brinquedos para as crianças. Ou seja, além de muito divertimento você estará ajudando a fazer uma criança feliz.
LOCAIS DE ARRECADAÇÃO DE BRINQUEDOS.
Mais informações ligue 16 – 99607-4695
A programação faz parte da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida realiza neste sábado (26/08), na Praça do Mercado Municipal “Maria Aparecida Resitano”, das 9h às 12h, um grande show com o palhaço cadeirante Bisnaguinha. O evento faz parte da programação da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.
Profissional no ramo de eventos há 20 anos, ator, comediante e primeiro palhaço cadeirante do país, Bisnaguinha realiza trabalhos em eventos particulares e públicos, promovendo e levando a mais alta animação profissional ao mercado de festas.
Palhaço no Hospital Albert Einstein, doutor em criação com design em balões, foi premiado algumas vezes como artista do ano no Brasil no segmento de animador em eventos.
Bisnaguinha vem com muitas atividades lúdicas e recreativas para crianças e adultos na praça do Mercado Municipal, além do palhaço outras atrações estão programadas como pintura facial, escultura de balões e passeio no trenzinho azul para divertir a criançada, além de distribuição de pipoca e algodão doce.
A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, instituída pela Lei nº 13.585/2.017, tem como objetivo o desenvolvimento de conteúdos para conscientizar a sociedade sobre as necessidades específicas de organização social e de políticas públicas para promover a inclusão social desse segmento populacional e combater o preconceito e a discriminação.
Confira a programação completa da Semana em São Carlos:
DIA 28 (segunda-feira)
19h30 - Show de talentos com alunos e funcionários do Instituto ACORDE;
Local – Teatro Municipal Alderico Vieira Perdigão.
DIA 29 (terça-feira)
10h - Inauguração da academia adaptada com seis aparelhos instalada com recursos do Programa Cidade Acessível do Governo do Estado;
Local – Região do SESC São Carlos.
Todas as atividades são gratuitas e abertas a população. Outras informações podem ser adquiridas pelo telefone (16) 3306-8523 ou pelo site da Prefeitura Municipal de São Carlos no www.saocarlos.sp.gov.br.
Disponível no YouTube em julho, videoclipe traz cenas com Pixel Art e faz referência à estética predominante nos anos 1990; já conta com mais de 1 milhão de visualizações
SÃO PAULO/SP - Os fãs da personagem mais amada do Brasil já podem comemorar, pois mais uma canção da Popó estreou no YouTube e em todas as plataformas digitais com estrondoso sucesso. Hora do Grito foi lançada no dia 7 de julho e já tem mais de 1 milhão de visualizações. Com refrão simples e animado, a música é alto astral e apresenta batida marcante, característica da Galinha Pintadinha. No videoclipe, é a primeira vez que a marca utilizou em alguns trechos Pixel Art, um recurso que lembra a estética dos jogos que foram populares nos anos 1990, trazendo uma referência retrô para atual geração de crianças.
A música faz parte do Álbum 5, que começou a ser lançado em 2022 no YouTube e segue com milhões de visualizações e compartilhamentos nas plataformas digitais. Ao todo serão 14 singles, oito já estão disponíveis no canal do YouTube, são eles: Música das Vogais, Galinha do Vizinho, Tudo é Grande No Elefante, Papagaio Louro, Carneirinho, Carneirão e Circo das Galinhas, Trem de Ferro e Hora do Grito. O álbum completo já está disponível na Netflix e nas principais plataformas de áudio.
Hora do Grito é uma composição do diretor musical e sócio-criador da Galinha Pintadinha, Marcos Luporini. A música se soma aos quase 800 milhões de views apenas do Álbum 5 no canal do YouTube. Segundo Luporini, a inspiração para a canção foram as expressões das ações infantis, como correr, gritar e brincar.
"Hoje em dia, há a tendência de encarar a infância como um treinamento para a vida adulta, e, então buscamos destacar a importância do tempo livre e da expressão infantil, como gritar, correr e brincar, para um desenvolvimento saudável”, ressalta.
O single inédito pode ser visto e revisto no YouTube e também estará disponível nos streamings de áudio, como Spotify, Deezer e Apple Music.
UCRÂNIA - "Vemos como, com o apoio de Lukashenko, as crianças são levadas da Ucrânia para Belarus e Rússia", diz à DW o político oposicionista belarusso Pavel Latushko, que vive na Polônia devido às ameaças do regime de Alexander Lukashenko. Em março de 2023, ele foi condenado à revelia a 18 anos de prisão por um tribunal belarusso.
De acordo com a União Europeia e o comissário presidencial ucraniano para os direitos infantis, até agora mais de 16 mil crianças teriam sido deportadas de áreas da Ucrânia ocupadas pela Rússia, sob várias circunstâncias, inclusive de orfanatos. Em março, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, e sua comissária para os direitos infantis, Maria Lwova-Belowa, pelo suposto sequestro de crianças ucranianas.
Segundo Latushko, o transporte de menores para Belarus também viola a Convenção de Genebra de 1949. O oposicionista enfatiza que Belarus está disponibilizando seu território para a agressão russa contra a Ucrânia e, portanto, não pode ser considerada um "Estado neutro". Esses fatos levaram Latushko a coletar material que pretende apresentar não só ao Ministério Público da Ucrânia, como também ao procurador do TPI em Haia.
A estadia dos menores ucranianos em Belarus é amplamente noticiada na mídia estatal daquele país.
"Os propagandistas dizem que as crianças estão sendo levadas para Belarus para descansarem. Mas uma criança de seis anos pode decidir deixar um país por conta própria, neste caso a Ucrânia? Não. Isso é impossível", argumenta o oposicionista belarusso, enfatizando que nem as famílias deixaram o país voluntariamente, nem as autoridades ucranianas deram permissão para que as crianças fossem levadas.
"Ajuda para as crianças do Donbass"
Segundo Latushko, Belarus e Rússia têm projetos especiais visando levar a Belarus menores ucranianos entre seis e 15 anos de idade, e "essas decisões foram tomadas por ordem de Vladimir Putin e Alexander Lukashenko". Uma resolução sobre "ajuda para as crianças do Donbass", datada de 16 de setembro de 2022, previa o transporte de 1.050 menores ucranianos para Belarus.
Esses projetos são apoiados financeiramente pela estatal Belaruskali, uma das maiores produtoras de fertilizantes potássicos do mundo. "O dinheiro vai para a Fundação Alexei Talai, que organiza a saída das crianças no território ucraniano", diz Latushko. Elas também teriam sido levadas para Belarus por padres da Igreja Ortodoxa Belarussa, que faz parte do Patriarcado de Moscou.
No fim de outubro, o secretário da entidade supranacional União da Rússia e Belarus, Dmitry Mesentsev, visitou o campo infantil "Dubrava" perto de Minsk, propriedade da Belaruskali. Lá ele afirmou que "várias dezenas de milhões de rublos foram alocados para o projeto" e que o trabalho continuará.
"Apoiamos com satisfação a viagem das crianças para Belarus via Rostov", disse Mesentsev. Ele acrescentou que o objetivo é ajudá-las a "esquecer experiências difíceis e realizar sonhos" para que se tornem "cidadãos confiáveis do seu país".
"Nem Haia impedirá nossas obras de caridade"
Em abril e maio, a Fundação Talai planeja levar mais de mil crianças ucranianas para Belarus. A DW pediu a Alexei Talai que explicasse o papel de sua organização, mas não houve resposta. Ele é integrante da equipe paralímpica de natação, empresário e participante assíduo de ações de apoio a Lukashenko. Em resposta às alegações de Latushko, escreveu em seu canal no Telegram que "nem mesmo Haia nos impedirá de fazer obras de caridade e ajudar ainda mais as crianças do Donbass".
Talai também visitou em abril os mais de 300 menores da Ucrânia no campo de Dubrava. Lá, distribuiu, entre outras coisas, fitas nas cores das bandeiras russa e belarussa. O lugar também foi visitado pelo cientista político pró-governo Alexander Shpakovsky, o primeiro secretário da União da Juventude Republicana de Belarus, Alexander Lukyanov, e por membros do clube militarista Rodnik.
Segundo Latushko, sob as disposições do direito internacional, tudo isso pode ser inequivocamente classificado como crime de guerra destinado a educar crianças com sentimentos antiucranianos. O chefe da federação dos sindicatos de mineiros e químicos da cidade de Minsk, Dmitry Shvaiba, também admitiu que Belarus quer oferecer às crianças da Ucrânia uma educação em escolas profissionalizantes e depois um emprego.
"Eles estão, então, buscando potencial mão de obra para Belarus", alerta Latushko.
O que dizem Kiev e Unicef
O ex-comissário do presidente ucraniano para os direitos da criança e chefe da Fundação Salve a Ucrânia, Mykola Kuleba, disse ao canal de TV polonês Belsat que o lado ucraniano ainda não tem fatos documentados sobre o transporte de suas crianças para Belarus, e que são necessárias investigações.
Se houver provas suficientes, não se descarta um mandado de prisão para Alexander Lukashenko e outros envolvidos, acrescentou Kuleba, segundo quem o caso pode também ser classificado como crime de guerra.
De acordo com Aaron Greenberg, conselheiro-chefe regional do Unicef para proteção infantil na Europa e Ásia Central, sua organização está ciente de relatos de que "algumas crianças ucranianas foram levadas por período curto da Federação Russa para Belarus".
"Continuamos profundamente preocupados com relatos de transportes de crianças sem as devidas salvaguardas e retornos acelerados de crianças de locais de reassentamento que não levam em consideração o melhor interesse delas", informou o Unicef à DW.
A entidade também se disse preocupada com os procedimentos acelerados para mudar a cidadania das crianças.
Por Tatsiana Harhalyk, Deutsche Welle
Lei proíbe a utilização de verba pública em eventos e serviços que promovam a sexualização de crianças e adolescentes
CAÇAPAVA/SP - Estimulados pela iniciativa da deputada estadual Leticia Aguiar contra a sexualização de crianças e adolescentes, vereadores de cidades de todo o estado de São Paulo, protocolaram projetos de lei criando o Programa Infância Protegida em seus municípios.
O projeto Infância Protegida, que proíbe a utilização de verbas públicas em eventos e serviços que promovam a sexualização de crianças e adolescentes, foi aprovado por unanimidade no município de Caçapava. O projeto foi apresentado pelo Vereador Wellington Felipe aprovado na Câmara Municipal e sancionado pela Prefeita Pétala Lacerda.
A deputada estadual Leticia Aguiar esteve na Prefeitura de Caçapava após a sanção da lei, para cumprimentar o vereador e a prefeita pela iniciativa em prol da proteção das crianças.
Na região do Vale do Paraíba, além de Caçapava, as Câmaras Municipais de São José dos Campos, Cruzeiro, Canas, Piquete, Cachoeira Paulista, Monteiro Lobato e Lavrinhas, também tiveram seus projetos aprovados e sancionados pelos prefeitos.
A deputada estadual Leticia Aguiar protocolou na Assembleia Legislativa de São Paulo o Projeto de Lei denominado INFÂNCIA PROTEGIDA, que visa proibir a utilização de verba pública no âmbito do Estado de São Paulo em eventos e serviços que promovam a sexualização de crianças e adolescentes. A parlamentar criou um site para download (Baixe Aqui) com modelo do Projeto de Lei.
Leticia Aguiar comemorou o fato de que Caçapava tenha aprovado o projeto: “Estou muito feliz que na minha querida Caçapava, a cidade simpatia, aprovou a lei com o projeto que foi apresentado por nosso amigo Vereador Wellington Felipe, embasado no projeto Infância Protegida que apresentei na Assembleia Legislativa de São Paulo, e agora tornou-se lei municipal”, declarou.
Leticia Aguiar usou as redes sociais para divulgar a importância do projeto e publicou um vídeo sobre a importância da lei na proteção das crianças no município e registrando o momento ao lado da prefeita e dos vereadores de Caçapava.
TAMBAÚ/SP - Na semana passada a EMEB “Alfredo Guedes” realizou o Projeto “Páscoa é Partilha” que arrecadou produtos de higiene pessoal e entregou no Lar São Vicente, em Tambaú.
Os alunos dos Quartos anos foram à entidade para levar a doação e entregaram também cartões, confeccionados pelos próprios alunos, desejando Feliz Páscoa.
Um lindo gesto de amor ao próximo!
BRASÍLIA/DF - O câncer infantil é a primeira causa de morte por doença em crianças e a segunda causa de óbito em geral. A primeira seria acidente. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que no triênio 2023/2025 ocorrerão, a cada ano, 7.930 novos casos de câncer em crianças e jovens de 0 a 19 anos de idade.
Quarta-feira (15), Dia Internacional da Luta conta o Câncer Infantil, a oncologista pediátrica do Inca Sima Ferman, chefe da Seção de Pediatria, lembrou que atualmente a doença é altamente curável. "Essa é a principal informação que a gente tem”, disse.
Em entrevista à Agência Brasil, Sima afirmou que como a incidência de câncer vem aumentando lentamente ao longo dos anos, ele começa a aparecer como causa importante de doença em criança. “Como nem todas são curadas, a doença pode ter, na verdade, um percentual de mortalidade infantil também. Os dados mais recentes, de 2020, revelam que foram registrados 2.280 óbitos em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos no Brasil.
Entre os tipos mais comuns de câncer infantojuvenil estão leucemia, linfoma e tumores do sistema nervoso central. A médica do Inca ressaltou, contudo, que os tumores em crianças são diferentes dos que acometem pessoas adultas. “Adulto tem muito carcinoma, tumores de células diferenciadas”. Os tumores de crianças são diferentes. Embora esses três tipos sejam mais frequentes, existe uma gama de tumores, como os embrionários, que ocorrem nos primeiros anos de vida. São exemplos os da retina, de rim, de gânglio simpático. “São tumores que acontecem, mais frequentemente, em crianças menores. Mas todos eles são muito diferenciados e respondem bem ao tratamento quimioterápico, normalmente. Essa é a principal informação que a gente tem para dar nesse dia tão importante”, reiterou a especialista.
Para a oncologista, a doença é muito séria, mas trouxe, ao longo dos anos, uma esperança de busca pela vida. Há possibilidade de cura, se o paciente é diagnosticado precocemente e tratado nos centros especializados de atenção à criança.
Nos países de alta renda, entre 80% e 85% das crianças acometidas por câncer podem ser curadas atualmente. No Brasil, o percentual é mais baixo e variável entre as regiões, mas apresenta média de cura de 65%. “É menos do que nos países de alta renda porque muitas crianças já chegam aos centros de tratamento com sinais muito avançados”. Sima Ferman reafirmou que o diagnóstico precoce é muito importante. Por outro lado, admitiu que esse diagnóstico é, muitas vezes, difícil, tendo em vista que sinais e sintomas se assemelham a doenças comuns de criança.
O Inca faz treinamento com profissionais de saúde da atenção primária para alertá-los da importância de uma investigação mais profunda, quando há possibilidade de o sintoma não ser comum e constituir doença mais séria. Sima lembrou que criança não inventa sintoma. Afirmou que os pais devem sempre acompanhar a consulta e o tratamento dos filhos e dar atenção a todas as queixas feitas por eles, principalmente quando são muito recorrentes e permanecem por um tempo. “É importante estar alerta porque pode ser uma coisa mais séria do que uma doença comum”.
Podem ser sinais de tumores em crianças uma febre prolongada por mais de sete dias sem causa aparente, dor óssea, anemia, manchas roxas no corpo, dor de cabeça que leva a criança a acordar à noite, seguida de vômito, alterações neurológicas como perda de equilíbrio, massas no corpo. “São situações em que é preciso estar alerta e que podem levar a pensar em doença como câncer”.
Para os profissionais de saúde da atenção primária, especialmente, a médica recomendou que devem levar a sério as queixas dos pais e das crianças e acompanhar o menor durante todo o período até elucidar a situação para a qual a criança foi procurar atendimento. “E, se for o caso, fazer exames mais profundos e ver se há alguma doença que precisa ser tratada”.
Para cada tipo de câncer, os oncologistas do Inca procuram estudar a biologia da doença, para dar um tratamento que possa levar à chance de cura, com menos efeitos no longo prazo. “Para conseguir isso, temos que saber especificamente como a doença se apresentou à criança e, muitas vezes, as características biológicas do tumor. Isso vai nos guiar sobre o tratamento que oferece mais ou menos riscos para esse paciente ficar curado e seguir a vida”.
Em geral, o tratamento de um câncer infantil leva de seis meses a dois anos, dependendo do tipo de doença apresentada pelo paciente. Após esse prazo, a criança fica em acompanhamento, ou “no controle”, por cinco anos. Se a doença não voltar a se manifestar durante esses cinco anos, pode-se considerar o paciente curado. “Cada vez, a chance de a doença voltar vai diminuindo mais. A chance é maior no primeiro ano, quando termina o tratamento, e vai diminuindo mais e mais”, disse a oncologista pediátrica.
Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
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