SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, em parceria com o Tribunal de Justiça, através da Vara da Infância e Juventude de São Carlos e o Instituto ACORDE (Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional), reapresentou na terça-feira (19/09), no auditório do Paço Municipal, o Programa de Apadrinhamento Infantil de São Carlos.
O programa é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente e foi instituído no Tribunal de Justiça de São Paulo em 2015 como uma maneira de possibilitar que as crianças e adolescentes acolhidos, que são aquelas afastados de suas famílias biológicas por meio de medida protetiva de acolhimento institucional, tenham experiências fora da instituição e criem laços com outras pessoas, contribuindo para seu desenvolvimento social, educacional e cultural.
Ter padrinho ou madrinha afetivo possibilita a criança e ao adolescente ter uma nova referência social e familiar de cuidado e afeto, por meio da convivência periódica.
No município de São Carlos, o programa foi sancionado pela lei Nº 18.032 de 08 de dezembro de 2016 e tem como objetivo fortalecer o trabalho desenvolvido com as crianças e adolescentes que se encontram nos serviços de acolhimento institucional e com poucas possibilidades de retorno à família de origem.
A secretária adjunta de Cidadania e Assistência Social, Ingrid Ienco Cazella, enfatizou que o futuro depende das novas gerações e que infelizmente ainda existem muitas crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. “É papel do gestor público garantir o atendimento e reduzir impactos que o rompimento de vínculos familiares causa na vida das nossas crianças. A rede de articulação e proteção de São Carlos ganha muito com a retomada do Programa de Apadrinhamento”, afirmou a adjunta, ressaltando a parceria com a ACORDE e o trabalho do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), além do apoio do prefeito Airton Garcia e do secretário Rodolpho Hernane.
A diretora do Departamento de Proteção Social Especial, Simone Botega Xavier, disse que a criança precisa de afeto, de amor, de cuidado. “Os padrinhos acabam se tornando uma referência para a criança que desenvolve vínculos socioafetivos, exercem a corresponsabilidade de cuidado e proteção da criança ou adolescente apadrinhados, auxiliando na minimização do impacto de vivências traumáticas, oportunizando experiências positivas e reparadoras”.
A chefe de Gabinete da Secretaria de Municipal de Cidadania e Assistência Social, Ana Cristina da Fonseca Ruffino, explica que esse programa tem como objetivo dar as crianças e adolescentes que passam pelo acolhimento mais apoio. “As famílias têm que ter a vontade de ter vínculo com essa criança, de levar aos finais de semana para a sua casa, de levar para passeios, de se responsabilizar de alguma forma com o estudo, com cultura, lazer, então é um vínculo que vai ser criado não como uma adoção, mas com um apadrinhamento complementar, suprindo a deficiência que essa criança vem sofrendo na vida”, explicou Ana Cristina.
Poderão se cadastrar no programa como proponentes ao “apadrinhamento” pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, sem discriminação de classe social, profissão, gênero, etnia, religião e estado civil. No caso de apadrinhamento financeiro, poderão apadrinhar pessoas físicas, empresas, instituições, escolas, clubes de serviços, entidades de classe e associações.
Também participaram da apresentação o Promotor da Vara da Infância e Juventude, Daniel Henrique Silva Miranda, o vereador André Rebello, a presidente do CMDCA, Marina Ferrari Tavoni, a gerente do Instituto ACORDE, Cleonice Amato, além de secretários adjuntos e diretores da administração municipal.
Outras informações sobre o programa podem ser obtidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., pelo telefone (16) 3419-408 ou presencialmente na rua José Bonifácio, nº 1.576, no Centro.