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WASHINGTON - A criação de empregos nos Estados Unidos acelerou em maio, mas um salto na taxa de desemprego para uma alta de sete meses de 3,7% sugere que as condições do mercado de trabalho estão melhorando, o que pode dar ao Federal Reserve cobertura para abrir mão de uma taxa de juros aumento da taxa este mês.

O aumento na taxa de desemprego de uma mínima de 53 anos de 3,4% em abril relatado pelo Departamento do Trabalho na sexta-feira foi impulsionado principalmente pelos negros. Também foi em parte o resultado de mais pessoas entrando na força de trabalho, um aumento na oferta que está reduzindo a pressão sobre as empresas para aumentar os salários.

O crescimento dos salários moderou no mês passado, o que deve oferecer algum conforto às autoridades do Fed que lutam para trazer a inflação de volta à meta de 2% do banco central dos EUA. O relatório de emprego, acompanhado de perto, ofereceu mais evidências de que a economia estava longe de uma temida recessão, apesar da fraqueza do setor manufatureiro sensível às taxas de juros e do mercado imobiliário.

"As empresas americanas ainda estão contratando agressivamente, provavelmente para atender à demanda resiliente do consumidor", disse Sal Guatieri, economista sênior da BMO Capital Markets em Toronto.

"No entanto, as outras áreas de suavidade neste relatório sugerem que o mercado de trabalho está perdendo força. Provavelmente há bolsões de suavidade suficientes neste relatório para que o Fed rejeite o aumento das taxas na próxima reunião."

A pesquisa de estabelecimentos mostrou que as folhas de pagamento não-agrícolas aumentaram em 339.000 empregos no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam que as folhas de pagamento aumentariam em 190.000. A economia criou 93.000 empregos a mais em março e abril do que o estimado anteriormente.

A economia precisa criar de 70.000 a 100.000 empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.

Apesar das demissões em massa no setor de tecnologia depois que as empresas contrataram em excesso durante a pandemia do COVID-19 e o peso dos custos de empréstimos mais altos em habitação e manufatura, o setor de serviços, incluindo lazer e hospitalidade, ainda está se recuperando depois que as empresas lutaram para encontrar trabalhadores mais os últimos dois anos. Setores como saúde e educação também experimentaram aposentadorias aceleradas.

O preenchimento dessas aposentadorias e o aumento da demanda por serviços são alguns dos fatores que impulsionam o crescimento do emprego. A demanda reprimida por trabalhadores foi ressaltada pelos dados do Departamento do Trabalho nesta semana, mostrando que havia 10,1 milhões de vagas no final de abril, com 1,8 vagas para cada desempregado.

As ações dos EUA abriram em alta. O dólar manteve-se estável em relação a uma cesta de moedas. Os preços do Tesouro dos EUA caíram.

 

INFLAÇÃO DE SALÁRIOS DIMINUI

No mês passado, os serviços profissionais e empresariais criaram 64.000 empregos, com ajuda temporária, vista como um prenúncio de futuras contratações, se recuperando. O emprego no governo aumentou em 56.000, mas permanece 209.000 empregos abaixo do nível pré-pandêmico.

O setor de saúde gerou 52 mil empregos, a maioria em serviços ambulatoriais e hospitalares. As folhas de pagamento de lazer e hospitalidade aumentaram 48.000, impulsionadas por restaurantes e bares. O emprego nesta indústria permanece 349.000 abaixo do nível pré-pandêmico. O emprego na construção aumentou 25.000, enquanto transporte e armazenamento adicionaram 24.000 empregos.

Mas as folhas de pagamento da indústria caíram e houve ganhos moderados de empregos em mineração, pedreiras, extração de petróleo e gás, bem como comércio atacadista, comércio varejista e atividades financeiras.

A maioria dos economistas espera que o crescimento geral da folha de pagamento continue pelo menos até o final do ano.

O salário médio por hora subiu 0,3%, após subir 0,4% em abril. Isso reduziu o aumento anual dos salários para 4,3%, após avançar 4,4% em abril. O crescimento salarial anual foi em média de cerca de 2,8% antes da pandemia.

No início da sexta-feira, os mercados financeiros viram uma chance de mais de 70% de o Fed manter sua taxa de juros inalterada na reunião de 13 a 14 de junho, de acordo com a FedWatch Tool do CME Group. O Fed elevou sua taxa de juros overnight de referência em 500 pontos-base desde março de 202, quando embarcou em sua campanha de aperto monetário mais rápida desde a década de 1980.

A pesquisa domiciliar a partir da qual a taxa de desemprego é calculada mostrou uma queda de 310.000 empregos no mês passado, provavelmente refletindo uma greve em andamento de 11.500 membros do Writers Guild of America. O Bureau of Labor Statistics do Departamento do Trabalho, que compila o relatório de emprego, não registrou a paralisação do trabalho em seu relatório de greve de maio.

A queda no emprego doméstico combinada com um aumento de 130.000 na força de trabalho para aumentar a taxa de desemprego. A taxa de desemprego dos negros saltou de 4,7% para 5,6% em abril.

“Isso pode ser um ruído estatístico ou um sinal de que os trabalhadores negros estão sofrendo desproporcionalmente o peso de um aumento no desemprego”, disse Nick Bunker, chefe de pesquisa econômica do Indeed Hiring Lab.

A taxa de participação na força de trabalho, ou a proporção de americanos em idade ativa que têm emprego ou estão procurando um, permaneceu inalterada em 62,6%.

 

 

Reportagem de Lucia Mutikani / REUTERS

WASHINGTON - O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou na semana passada, à medida que o mercado de trabalho enfraquece gradualmente em meio a juros mais altos, que estão esfriando a demanda na economia.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 13.000 na semana encerrada em 29 de abril, para 242.000 em dado com ajuste sazonal. Economistas consultados pela Reuters previam 240.000 pedidos para a última semana.

As reivindicações têm ficado presas no limite superior de sua faixa de 194.000 a 247.000 este ano, refletindo um aumento nas demissões em massa à medida que os efeitos defasados e cumulativos da campanha de aumento de juros do Federal Reserve mais rápida desde a década de 1980 começam a ser sentidos além do mercado imobiliário e do setor de tecnologia. No entanto, o mercado de trabalho continua apertado.

Havia 1,6 vaga de emprego para cada desempregado em março, informou o governo na terça-feira, bem acima da faixa de 1,0 a 1,2 que os economistas dizem ser consistente com um mercado de trabalho que não gera muita inflação.

O Fed elevou sua taxa de juros em mais 25 pontos-base, para a faixa de 5,00% a 5,25%, na quarta-feira e sinalizou que pode interromper novos aumentos, embora tenha mantido um viés "hawkish" (agressivo contra a inflação).

O chair do Fed, Jerome Powell, disse em coletiva de imprensa que "o mercado de trabalho continua muito apertado", mas observou que há "alguns sinais de que a oferta e a demanda no mercado de trabalho estão voltando a um equilíbrio melhor".

O relatório de auxílio-desemprego não tem relação com o relatório de emprego do governo para abril, que será divulgado na sexta-feira, pois fica fora do período da pesquisa.

De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, os dados devem mostrar a criação de 180.000 empregos fora do setor agrícola no mês passado, depois de 236.000 em março. A taxa de desemprego deve ter subido para 3,6%, de 3,5% em março.

Um relatório separado da empresa de recolocação global Challenger, Gray & Christmas mostrou nesta quinta-feira que os empregadores dos Estados Unidos anunciaram 66.995 cortes de empregos em abril, uma queda de 25% em relação a março. As demissões, no entanto, saltaram 176% em relação a abril do ano passado.

 

 

 

Por Lucia Mutikani / REUTERS

SÃO PAULO/SP - O Brasil encerrou o primeiro trimestre com 9,4 milhões de pessoas sem emprego e taxa de desemprego de 8,8%, consolidando o movimento de perda de fôlego da recuperação do mercado de trabalho no pós-pandemia.

A leitura da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostrou elevação ante a taxa de 7,9% registrada no quarto trimestre de 2022.

No entanto, mostra recuo ante os 11,1% no mesmo período do ano passado, e marca a leitura mais baixa para o período desde 2015 (8,0%).

O dado divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou ainda abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 9,0%.

Analistas avaliam que a taxa de desemprego deve apresentar daqui pra frente uma lenta trajetória de elevação. Entre as razões estão, além do esgotamento da recuperação após a Covid-19, os impactos da política monetária restritiva e a desaceleração econômica global.

No primeiro trimestre, o número de desempregados aumentou 10,0% em relação aos três meses anteriores e chegou a 9,432 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo período de 2022, no entanto, houve queda de 21,1%.

Já o total de ocupados caiu 1,6% em relação ao quarto trimestre, a 97,825 milhões, mas avançou 2,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2022.

“Esse movimento de retração da ocupação e expansão da procura por trabalho é observado em todos os primeiros trimestres da pesquisa, com exceção do ano de 2022, que foi marcado pela recuperação pós-pandemia”, explicou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

“Esse resultado do primeiro trimestre pode indicar que o mercado de trabalho está recuperando seus padrões de sazonalidade, após dois anos de movimentos atípicos”, completou.

Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado recuaram 0,5% no primeiro trimestre, enquanto os que não tinham carteira caíram 3,2%.

O nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chegou a 56,1%, de 57,2% no trimestre anterior e 55,2% em igual trimestre do ano anterior.

“A queda na ocupação reflete principalmente a redução dos trabalhadores sem carteira, seja no setor público ou no setor privado”, disse Beringuy.

No período, a renda média real foi de 2.880 reais, de 2,861 reais no quarto trimestre.

 

 

Por Camila Moreira / REUTERS

SÃO PAULO/SP - Depois de abrir 2023 com a primeira alta em dez meses, a taxa de desemprego no Brasil voltou a subir e atingia 8,6% dos trabalhadores no trimestre encerrado em fevereiro. Apesar da oscilação positiva, o percentual corresponde à menor taxa para o período desde 2015 (7,5%).

Com o movimento, a quantidade de profissionais ainda fora da força de trabalho equivale a 9,2 milhões de pessoas, segundo números apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O aumento de 5,5% no número de desocupados representa um acréscimo de 483 mil pessoas à procura por trabalho no Brasil.

Adriana Beringuy, coordenadora de trabalho e rendimento do IBGE, afirma que o aumento da desocupação ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas. Ela reforça que a melhora do mercado de trabalho foi muito influenciada pela recuperação no período pós-pandemia.

"Voltar a ter crescimento da desocupação nesse período pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho. Se olharmos retrospectivamente, na série histórica da pesquisa, todos os trimestres móveis encerrados em fevereiro são marcados pela expansão da desocupação, com exceção de 2022”, explica ela.

O trimestre compreendido entre os meses de dezembro e fevereiro também foi marcado pela queda em 1,6%, o equivalente a 1,6 milhão de pessoas, do quadro de profissionais no mercado de trabalho. Com a variação, o nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chegou a 56,4%, queda de 1 ponto percentual na comparação com os três meses anteriores.

“A população ocupada tem um comportamento que é o inverso da trajetória da população desocupada. Nos primeiros meses do ano, há um movimento praticamente conjugado, de retração da população ocupada e a expansão da desocupação. Isso é ligado tanto às dispensas dos trabalhadores temporários que costumam ser contratados no fim do ano quanto à maior pressão do mercado de trabalho após o período de festas", analisa Adriana.

 

Categorias

O empregado sem carteira no setor público (-14,6% ou menos 457 mil), o empregado sem carteira assinada no setor privado (-2,6% ou menos 349 mil pessoas) e o trabalhador por conta própria com CNPJ (-4,8% ou menos 330 mil) foram as categorias que mais perderam postos no trimestre encerrado em fevereiro.

O número de empregados com carteira assinada no setor privado, por sua vez, ficou estável após seis trimestres consecutivos de crescimento significativo. O número vai em linha com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que mostra um saldo positivo de contratações formais no início deste ano.

Ainda na comparação com o trimestre anterior, houve redução de 206 mil pessoas na categoria dos empregadores, que agora soma 4,1 milhões de pessoas. Já o número de trabalhadores domésticos ficou estável e é estimado em 5,8 milhões. A taxa de informalidade também ficou estável no trimestre (38,9%).

No mesmo período, não houve crescimento de ocupação em nenhum dos setores pesquisados. Quatro deles tiveram retração no período: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-2,7%, ou menos 471 mil pessoas), indústria geral (-2,7%, ou menos 343 mil pessoas), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,3%, ou menos 202 mil pessoas) e outros serviços (-3,2%, ou menos 171 mil pessoas).

Adriana avalia que o movimento do setor da administração pública tem razões sazonais. “A retração tem relação com os setores de saúde e, principalmente, de educação. É possível observar, ao longo da série histórica, que no início de cada ano, há dispensa especialmente dos trabalhadores sem carteira contratados pela administração pública de forma temporária”, destaca ela.

 

 

Do R7

LOS ANGELES – A Walt Disney iniciou na segunda-feira, 27, 7 mil demissões anunciadas no início deste ano, buscando controlar custos e criar um negócio mais “simplificado”, de acordo com uma carta que o presidente-executivo Bob Iger enviou aos funcionários e à qual a Reuters teve acesso.

Várias divisões importantes da empresa como Disney Entertainment, Disney Parks, Experiences and Products e a área corporativa serão afetadas, de acordo com uma fonte familiarizada com o assunto. A ESPN não foi afetada pela rodada de cortes desta semana, mas espera-se que seja incluída nas rodadas posteriores.

Iger disse que a Disney começará a notificar o primeiro grupo de funcionários afetados pelas reduções da força de trabalho nos próximos quatro dias. Uma segunda rodada maior de cortes de empregos acontecerá em abril, “com vários milhares de reduções de pessoal”. A rodada final começará antes do início do verão (no Hemisfério Norte), disse a carta.

O conglomerado de entretenimento anunciou em fevereiro que eliminará 7 mil empregos como parte de um esforço para economizar 5,5 bilhões de dólares em custos e tornar seu negócio de streaming lucrativo.

“A difícil realidade de muitos colegas e amigos deixando a Disney não é algo que consideramos levianamente”, escreveu Iger, observando que muitos “trazem uma paixão vitalícia pela Disney” para seu trabalho.

Muitos esperavam que os cortes caíssem pesadamente na Divisão de Mídia e Entretenimento da Disney, que foi eliminada em uma reestruturação corporativa. A unidade está sem líder desde a saída de Kareem Daniel em novembro, logo após Iger retornar ao cargo de presidente-executivo da empresa.

“Isso está para acontecer há muito tempo”, disse Michael Nathanson, analista da SVB MoffettNathanson, acrescentando que a empresa começou a “sussurrar” sobre a necessidade de cortar custos no outono passado, quando Bob Chapek ainda era o presidente-executivo da Disney.

Josh D’Amaro, presidente da Disney Parks, Experiences and Products, enviou um memorando aos funcionários dos parques temáticos em fevereiro alertando que a lucrativa divisão sofrerá cortes.

Os funcionários de dois dos sindicatos que representam membros do elenco do Walt Disney World Resorts em Orlando, Flórida, disseram que os serviços “voltados para os hóspedes” não devem ser afetados pelas demissões.

 

 

Por Dawn Chmielewski / REUTERS

SÃO PAULO/SP - O desemprego no Brasil continuou caindo entre julho e setembro, a 8,7% da população economicamente ativa, segundo dados oficiais divulgados na quinta-feira (27), três dias antes do segundo turno da eleição presidencial.

O número de desempregados situou-se em 9,5 milhões de pessoas. Este é o menor número de desempregados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015.

O indicador de desemprego caiu 0,6 ponto percentual em relação ao período entre abril e junho, quando estava em 9,3%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o desemprego caiu 3,9 pontos percentuais no trimestre encerrado em setembro.

Os números mostram uma clara recuperação após o colapso causado pela pandemia, quando o desemprego atingiu um pico de 14,9% no primeiro trimestre de 2021.

O indicador é uma boa notícia para o presidente Jair Bolsonaro, que terá que superar a diferença de cinco pontos percentuais do primeiro turno se quiser vencer o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva no domingo.

 

 

AFP

BRASÍLIA/DF - O desemprego no Brasil diminuiu para 8,9% com a queda de 0,9 ponto percentual registrada no trimestre encerrado em agosto, em comparação com o período anterior, terminado em maio.

O percentual é o menor patamar desde o trimestre encerrado em julho de 2015, quando atingiu 8,7%. O contingente de pessoas ocupadas ficou em 99 milhões, batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, foram divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O percentual de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, que representa o nível de ocupação, foi estimado em 57,1%. O resultado significa avanço em relação ao trimestre anterior. Naquele período o nível de ocupação ficou em 56,4%. Ficou também acima do mesmo período do ano passado, quando registrou 53,4%.

Para a coordenadora da Pnad, Adriana Beringuy, o mercado de trabalho mostra recuperação. “O mercado de trabalho segue a tendência demonstrada no mês passado, continuando o fluxo que ocorre ao longo do ano, de recuperação”, observou.

De acordo com a pesquisa, três atividades contribuíram para o recuo do desemprego em agosto com aumento da ocupação. O setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas teve alta de 3% em relação ao trimestre anterior, adicionando 566 mil pessoas ao mercado de trabalho.

O crescimento de 2,9% em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais representou mais 488 mil pessoas empregadas, enquanto a alta de 4,1% no grupo outros serviços significou a entrada de 211 mil pessoas.

Evolução

O número de trabalhadores desocupados atingiu 9,7 milhões de pessoas e caiu ao menor nível desde novembro de 2015. Segundo a pesquisa, o resultado corresponde a uma queda de 8,8% ou menos 937 mil vagas formais na comparação trimestral e queda e 30,1%, (menos 4,2 milhões de trabalhadores), na comparação com o mesmo período do ano passado.

O contingente de empregados sem carteira assinada no setor privado chegou a 13,2 milhões de pessoas. O número é o maior da série histórica, iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre passado, houve alta de 2,8% no trimestre ou mais 355 mil trabalhadores sem carteira assinada. Na comparação anual, houve alta de 16% na informalidade - 1,8 milhão de pessoas.

Já o total de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, sem contar os trabalhadores domésticos, subiu 1,1% e atingiu 36 milhões.

O número de trabalhadores por conta própria ficou em 25,9 milhões de pessoas e manteve a estabilidade se comparado ao trimestre anterior. No setor público alta foi de 4,1% e contingente chegou a 12,1 milhões.

A pesquisa indicou ainda que há 4,3 milhões de pessoas (3,8%) que o instituto classifica como desalentada - que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, porém não procuram vagas por achar que não encontrariam. O resultado neste quesito manteve a estabilidade.

Rendimento médio

Após dois anos sem crescimento, pelo segundo mês seguido, o rendimento real habitual registrou alta. Em agosto, o salário médio do trabalhador brasileiro alcançou R$ 2.713. O valor representa um avanço de 3,1% em relação ao trimestre anterior, apesar de mostrar estabilidade na comparação anual.

“Esse crescimento está associado, principalmente, à retração da inflação. Mas a expansão da ocupação com carteira assinada e de empregadores também é fator que colabora”, completou a coordenadora.

Pesquisa

A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitorar a força de trabalho brasileira. De acordo com o IBGE, a amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. “Cerca de 2 mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE”, informou.

Por causa da pandemia de covid-19, o IBGE desenvolveu a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. A volta da coleta de forma presencial ocorreu em julho de 2021.

“É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante”, destacou.

 

 

Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil 

BRASÍLIA/DF - A taxa de desemprego apresentou queda nas 22 das 27 unidades da federação no 2º trimestre,  comparando com os 3 primeiros meses do ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgada na sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice nacional no segundo trimestre de 2022 ficou em 9,3%. No trimestre anterior, o índice nacional estava em 11,1% e no mesmo trimestre do ano passado o desemprego era de 14,2%.

Tocantins foi o estado que registrou o maior recuo no trimestre, com menos 3,8 pontos percentuais. Pernambuco caiu 3,5 pontos percentual e Alagoas, Pará, Piauí e Acre também se destacaram, todos com quedas de cerca de 3 pontos. Apesar das quedas, o Nordeste permanece com a maior taxa de desocupação entre as regiões, com 12,7%.

Por estado, o maior índice de desemprego é o estado da Bahia (15,5%), seguido de Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%). Já os menores índices estão no estado de Santa Catarina (3,9%), no Mato Grosso (4,4%) e no Mato Grosso do Sul (5,2%). Registraram estabilidade na taxa o Distrito Federal, Amapá, Ceará, Mato Grosso e Rondônia.

De acordo com a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a distância do desemprego das mulheres para os homens diminuiu, mas ainda é grande.

“A queda foi maior entre as mulheres (2,2 pontos percentuais contra 1,6 ponto percentual dos homens), porém, não foi o suficiente para diminuir a distância entre eles. A taxa das mulheres é 54,7% maior que a dos homens”.

A taxa de desemprego em cada unidade da federação de acordo com o último levantamento do IBGE:

  • Bahia: 15,5%
  • Pernambuco: 13,6%
  • Sergipe: 12,7%
  • Rio de Janeiro: 12,6%
  • Paraíba: 12,2%
  • Rio Grande do Norte: 12%
  • Acre: 11,9%
  • Distrito Federal: 11,5%
  • Amapá: 11,4%
  • Alagoas: 11,1%
  • Maranhão: 10,8%
  • Ceará: 10,4%
  • Amazonas: 10,4%
  • Piauí: 9,4%
  • São Paulo: 9,2%
  • Pará: 9,1%
  • Espírito Santo: 8%
  • Minas Gerais: 7,2%
  • Goiás: 6,8%
  • Rio Grande do Sul: 6,3%
  • Roraima: 6,2%
  • Paraná: 6,1%
  • Rondônia: 5,8%
  • Tocantins: 5,5%
  • Mato Grosso do Sul: 5,2%
  • Mato Grosso: 4,4%
  • Santa Catarina: 3,9%

 

 

IMPRENSA BRASIL 

EUA - Matt Miller pensava que ia ser promovido quando participou de uma reunião com o chefe na terça-feira. Em vez disso, foi demitido.

Os negócios na empresa do setor de arte da Pensilvânia (EUA), onde ele trabalhava, iam bem até alguns meses atrás. Mas, nos últimos tempos, os temores quanto a um crash no mercado de ações e uma possível recessão fez muitos clientes regulares acionarem os freios para novas aquisições.

“Nos últimos três meses, as vendas caíram 50%, depois 50% outra vez, até chegarem quase a zero”, disse Miller, 32 anos, que está preocupado com as perspectivas futuras de emprego. “A maioria dos nossos clientes era do setor de imóveis ou de tecnologia, e eles simplesmente desapareceram. Não querem gastar US$ 10 mil em um quadro quando estão preocupados com como as coisas vão estar daqui a alguns meses.”

O mercado de trabalho nos Estados Unidos, até agora um pilar da resiliência econômica, está mostrando rachaduras.

O crescimento no número de empregos está diminuindo, as solicitações de seguro-desemprego estão aumentando e várias grandes empresas, entre elas Apple e Meta, estão suspendendo os planos de novas contratações. Há sinais de que mais empresas estão reduzindo o quadro de funcionários em setores tão variados como tecnologia, publicidade, saúde, finanças e direito.

A rede de lojas de conveniência 7-Eleven demitiu 880 funcionários no Texas e em Ohio, após comprar uma rede rival, disse um porta-voz da empresa por e-mail. A Ford está planejando demitir 8 mil pessoas nas próximas semanas, informou a Bloomberg. Enquanto isso, a montadora de carros elétricos Rivian está cortando 700 postos de trabalho, a startup de entrega Gopuff está despedindo 1.500 e o credor hipotecário LoanDepot está cortando 4.800 funcionários de sua equipe este ano, de acordo com relatórios.

“As notícias sobre o mercado de trabalho que eram, sem exceção, positivas, não são tanto assim agora”, disse Liz Ann Sonders, diretora administrativa e estrategista-chefe de investimentos da Charles Schwab. “Os relatos de empresas demitindo trabalhadores, ou congelando contratações, ou limitando ofertas de emprego estão começando a aumentar.”

O número de vagas de emprego ativas em várias plataformas na internet diminuiu em todo os EUA durante cinco semanas consecutivas, de acordo com uma análise de Julia Pollak, economista trabalhista da ZipRecruiter.

Ao mesmo tempo, as primeiras solicitações de benefícios para desempregados aumentaram em 7.000 na semana passada, e estão 51% acima do registrado em meados de março, embora ainda estejam perto de mínimas históricas, mostram os dados do Departamento de Trabalho dos EUA.

O esfriamento do mercado de trabalho aquecido é, em vários aspectos, exatamente o que os formuladores de políticas vêm tentando criar. Na próxima semana, a expectativa é que o Federal Reserve eleve as taxas de juros pela quarta vez este ano, na esperança de desacelerar a economia o suficiente para controlar a inflação sem levar a perdas generalizadas de empregos ou à recessão. O Fed espera que a taxa de desemprego cresça de forma gradual de seu menor nível em quase 50 anos, de 3,6% para 4,1%, até 2024 – com a esperança de que a maior parte da desaceleração venha na forma de menos ofertas de emprego e contratações em vez de cortes de postos de trabalho e demissões.

Mas conquistar esse equilíbrio pode ser difícil. Economistas trabalhistas dizem que estão cada vez mais preocupados com a possibilidade de o cenário azedar rapidamente.

“As coisas desaceleraram – em alguns lugares, de forma bastante brusca”, disse Guy Berger, economista-chefe do LinkedIn. “Não há nada agora que dê a sensação de estarmos passando por uma recessão, mas, em algum momento, podemos facilmente pender para o aumento das demissões e do desemprego. A variedade de relatos [de demissões] e de onde elas estão acontecendo está ficando maior.”

Este acerto de contas mais recente acontece após dois anos de crescimento intenso na geração de empregos, sinalizando a recuperação mais rápida do mercado de trabalho na história. Quase todos os 20 milhões de empregos perdidos nas primeiras semanas da pandemia foram recuperados. Os empregadores dos EUA criaram mais de 6 milhões de postos de trabalho somente no ano passado, e as vagas de emprego continuaram excedendo o número de candidatos em aproximadamente dois para um em maio.

No entanto, uma desaceleração mais ampla em outras áreas da economia do país está começando a provocar um efeito cascata no mercado de trabalho.

O esfriamento mais evidente, disse Berger, tem acontecido no setor de tecnologia, que passou por um crescimento rápido durante a pandemia. A contratação no setor caiu 9,1%, no mês passado, em comparação com a queda de 5,4% na contratação em todos os setores, de acordo com dados do LinkedIn.

O número de empresas de tecnologia e startups demitindo trabalhadores cresceu nas últimas semanas. Netflix, Tesla e Coinbase anunciaram reduções nas equipes ou congelamento de contratações. A Vimeo, plataforma de vídeo online e outrora queridinha do setor, anunciou esta semana que estava demitindo 6% do quadro de funcionários.

“Estamos tomando essa decisão para garantir que saiamos dessa desaceleração econômica como uma empresa mais forte”, disse Anjali Sud, CEO da empresa, em um memorando aos funcionários. “A realidade é que as condições econômicas desafiadoras ao nosso redor impactaram nossos negócios. Devemos partir do princípio que essas condições permanecerão assim no futuro próximo e que não estamos imunes.”

Os temores quanto a uma recessão podem ser autorrealizáveis: se as famílias e as empresas começarem a recuar porque estão apreensivas com seus futuros financeiros, isso pode ser suficiente para desencadear uma retração econômica. Até agora, os americanos continuaram a gastar bastante, sobretudo com serviços, assim como com alimentos, combustível e outras necessidades, mesmo enquanto os preços subiam. Mas economistas alertam que isso pode mudar depressa se as perdas de emprego aumentarem – ou os americanos começarem a cortar gastos, pois temem ser demitidos.

Neal Kemmerer perdeu o emprego em uma empresa de robótica em Lafayette, Indiana, há quatro semanas. Desde então, ele se candidatou a pelo menos 300 vagas de emprego – e conseguiu uma entrevista.

Com uma frequência bem maior, ele é avisado de que os postos de trabalho para os quais se candidatou foram suspensos ou extintos, disse ele. Bem diferente de janeiro, quando pôde escolher entre quatro ofertas de emprego.

“Sou pai solo de dois filhos, então tenho me candidatado desesperadamente para cerca de 75 a 100 vagas de emprego por semana”, disse Kemmerer, 38 anos. “Porém não há mais nada por aqui.”

Ele ganhava US$ 48 mil por ano como chefe do site da Starship Technologies, que fabrica robôs para a entrega de alimentos. No entanto, a maioria das vagas que está encontrando hoje são para fábricas de empresas como a Subaru e a Caterpillar, e os salários máximos são de US$ 19 por hora, ou menos de US$ 40 mil por ano, disse Kemmerer.

Durante a pandemia, muitos trabalhadores viram seus salários aumentarem pela primeira vez em anos. Entretanto, o crescimento salarial está começando a perder força, principalmente levando em conta o aumento da inflação. O valor médio pago por hora subiu mais de 9% nos últimos dois anos, enquanto os preços aumentaram cerca de 15% no mesmo período.

“A situação está quase estável agora, mas há um pouco de agitação por vir”, disse Nick Bunker, diretor de pesquisa econômica do laboratório de contratação do Indeed. “O Fed ainda está elevando as taxas de juros. Não está claro o quanto de instabilidade pode haver.”

Katherine Loanzon, recrutadora jurídica em Nova York, diz que houve uma desaceleração visível no número de contratações, de modo especial entre as empresas especializadas em direito societário. As fusões e aquisições caíram, assim como as ofertas públicas iniciais.

Alguns grandes escritórios de advocacia, disse ela, congelaram as contratações, apesar de continuarem a publicá-las em seus sites. Outros estão adiando aumentos salariais e demorando muito mais para contratar advogados.

“As pessoas estão bem mais cautelosas do que [durante] o frenesi de contratações de 2021?, disse Katherine, diretora da Kinney Recruiting. “Ainda não vimos demissões, mas esse costuma ser o próximo passo.”

Alguns dos próprios trabalhadores que foram cortejados e contratados com festa em 2021 estão entre aqueles sendo demitidos agora.

Pete Basgen estava empregado e contente em uma empresa de tecnologia no segundo semestre de 2021, quando foi abordado por recrutadores de uma empresa de software de transmissão ao vivo com a oferta de um salário 40% maior e a promessa de construir sua própria equipe de estratégia criativa. Ele assumiu o cargo em novembro e conseguiu contratar um grupo de funcionários antes de ele – assim como a maioria de sua equipe – ser demitido no mês passado. Os executivos de São Francisco estavam preocupados que a empresa chegasse ao fim rapidamente se houvesse uma recessão, foi o que lhe falaram.

“Eles me roubaram do meu antigo emprego, me ofereceram um salário enorme e um monte de ações, e depois me demitiram”, disse ele, acrescentando que não ficou na empresa por tempo suficiente para receber os benefícios dos títulos.

Segundo Basgen, muitas das empresas com as quais ele conversa hoje querem contratar consultores ou trabalhadores para serviços temporários, mas estão receosos em empregar profissionais com salário fixo.

“Parece uma economia muito diferente da que existia em novembro”, disse o homem de 37 anos.

Ethan Engel foi demitido de seu emprego de análise de dados em Phoenix este mês, depois que a seguradora internacional para a qual ele trabalhava cancelou um contrato de 18 meses na metade do período previsto. Todas as 60 pessoas no projeto de digitalização de dados perderam seus empregos.

“Pelo que ouvimos, foi porque a empresa percebeu essa recessão a caminho e, por isso, deram fim ao projeto”, disse Engel, 24 anos. “Não havia mesmo muito trabalho novo chegando.”

Engel passou as últimas três semanas se candidatando a dezenas de vagas de empregos nas áreas de análise de dados, defesa, aeroespacial, bancos e seguros, mas, até agora, não conseguiu uma única entrevista.

Na terça-feira, ele fez o cadastro para se tornar um motorista que faz entregas para a Amazon. Caso consiga o emprego, receberá 30% a menos do que costumava ganhar.

“Eu finalmente tive que dizer: ‘certo, preciso encontrar qualquer tipo de trabalho’”, afirmou. “Preciso que entre algum dinheiro.” / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

 

 

Abha Bhattarai e Lauren Kaori Gurley / ESTADÃO

ALEMANHA - A taxa de desemprego na zona do euro permaneceu em 6,6% da população ativa em junho, mesmo resultado de maio, quando registrou seu menor nível histórico, anunciou nesta segunda-feira o instituto Eurostat.

O índice permanece em seu menor nível desde a agência europeia de estatísticas começou a registrar a série em abril de 1998.

Em junho, em ritmo anual, a taxa de desemprego registrou queda de 1,3 ponto na Eurozona e de 1,2 na União Europeia (UE).

Entre os jovens (pessoas com menos de 25 anos), no entanto, a taxa aumentou 0,4 ponto na comparação com maio na zona do euro e 0,3 na UE, atingindo o índice de 13,6% no bloco e nos países que compartilham a moeda.

Um total de 12,93 milhões de pessoas permanecem desempregadas nos 27 países da UE, incluindo 10,92 milhões que moram nos 19 países com a moeda única.

Na UE, as taxas de desemprego mais elevadas em junho foram registradas na Espanha (12,6%), Grécia (12,3%), Itália (8,1%) e Suécia (7,6%).

República Tcheca (2,4%), Polônia (2,7%) e Alemanha (2,8%) registraram os menores índices.

 

 

AFP

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