SÃO PAULO/SP - O Governo de SP lança o edital de concorrência internacional para leilão da concessão dos 22 aeroportos regionais, atualmente administrados pelo Estado São Paulo, com previsão de mais de R$ 447 milhões de investimento por parte da iniciativa privada. Os aeroportos estão divididos em dois blocos – Noroeste e Sudeste – e a concessão terá prazo de 30 anos. A documentação completa da concessão está disponível no site da ARTESP e o edital está publicado no DOE de hoje.
“A aviação regional é grande indutora de desenvolvimento econômico. Com os investimentos da iniciativa privada, com aeroportos oferecendo melhores serviços, induzimos novos negócios em logística com centros de distribuição, rede hoteleira e outros ativos imobiliários que se incorporam à economia da região”, afirma o Vice-governador Rodrigo Garcia.
Além do fomento ao desenvolvimento da aviação regional, uma das grandes vantagens da concessão dos aeroportos à iniciativa privada é a desoneração do estado aliada à realização de investimentos nos ativos aeroportuários, melhorando a qualidade dos serviços disponíveis à população paulista, assim como incentivando o desenvolvimento da economia ligada ao setor.
“O projeto de concessão dos aeroportos terá grande relevância com a retomada da economia. Trará expressivos investimentos para cada uma das unidades e desenvolvimento para as regiões e o Estado”, afirma o secretário de Logística e Transporte, João Octaviano Neto.
Os 22 aeroportos – seis deles já contam com serviços de aviação comercial regular e 13 com potencial de se desenvolver como novas rotas regulares durante a concessão – estão divididos em dois lotes, submetidos ao processo de licitação internacional. Juntos, os dois grupos movimentam atualmente 2,4 milhões de passageiros por ano, considerando embarques e desembarques. Estimativas técnicas apontam crescimento significativo dessa movimentação, considerando a realização de investimentos e o fomento à aviação regional, com mais de 8 milhões de passageiros por ano ao longo dos 30 anos de contrato de concessão.
A concessão à gestão da iniciativa privada prevê a prestação dos serviços públicos de operação, manutenção, exploração e ampliação da infraestrutura aeroportuária estadual, que está atualmente sob gestão e operação do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo). A ARTESP passa a ser agência reguladora do contrato de concessão.
“Mesmo em pandemia, a agência reguladora, com apoio de toda a equipe do Governo do Estado e de consultoria internacional especializada, contratada com apoio do BID, conduziu o projeto com transparência e lisura, cumprindo todas as etapas do processo com a realização de audiência pública virtual e conclusão de consulta pública de forma exemplar. A ARTESP exerce papel exitoso e reconhecido na regulação do Programa de Concessão Rodoviárias e, agora, se fortalecerá também na atuação efetiva na área aeroportuária”, afirma Milton Persoli, diretor-geral da ARTESP.
Para a formatação da modelagem do projeto, o Governo do Estado também levou em consideração as 252 contribuições recebidas de autoridades públicas, empresas e investidores, representantes da sociedade civil e associações de classe durante o período de consulta pública, aberta entre 20 de abril a 26 de maio de 2020. Com caráter de concorrência internacional e prazo de operação de 30 anos, o contrato prevê modelo de remuneração tarifária e não tarifária, por meio da exploração de receitas acessórias, como aluguéis de hangares ou atividades comerciais, no terminal, restaurantes e estacionamento, ou pela realização de investimentos para exploração de imobiliária, com grande potencial para o desenvolvimento de novas atividades e negócios em torno dos aeroportos.
Serão vencedores de cada um dos lotes os concorrentes que apresentarem a maior oferta de outorga fixa. O concessionário vencedor deve fazer investimentos obrigatórios nos aeroportos já na primeira fase da concessão, nos primeiros quatro anos. Os demais investimentos na modernização e ampliação da infraestrutura estão previstos ao longo do período contratual.
Esse lote é composto por 11 unidades, encabeçada por São José do Rio Preto, além dos aeroportos comerciais de Presidente Prudente, Araçatuba e Barretos, bem como dos aeródromos de Assis, Dracena, Votuporanga, Penápolis, Tupã, Andradina, Presidente Epitácio.
No total, estão previstos R$ 181,2 milhões de investimentos ao longo do contrato de concessão, sendo os valores distribuídos para ampliação de capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação. Estão previstos para os primeiros quatro anos de operação investimentos de R$ 62,3 milhões.
O lote é composto por 11 unidades, cuja principal é a de Ribeirão Preto, além de Bauru-Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Franca, Guaratinguetá, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel.
No total, estão previstos R$ 266,5 milhões de investimentos ao longo do contrato de concessão, sendo os valores distribuídos para ampliação de capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação. Estão previstos para os primeiros quatro anos de operação investimentos de R$ 75,5 milhões.
O estudo do projeto considerou diferentes aspectos ambientais e há previsão de ações para regularização e licenciamento ambiental de todos os aeroportos de forma individualizada, buscando mitigar quaisquer riscos socioambientais. Há documentação específica detalhando todas as medidas a serem tomadas pela concessionária.
Poderão participar da licitação empresas nacionais ou estrangeiras, consórcios, instituições financeiras e fundos de investimentos. E, além de apresentar a maior proposta de outorga fixa, o vencedor terá de comprovar qualificação técnica em gestão aeroportuária, seja da própria empresa ou consórcio, ou de pessoas de sua equipe ou mesmo por meio de subcontratação qualificada.
A outorga mínima prevista para o Bloco Noroeste é de R$ 6,8 milhões e para o Bloco Sudeste é de R$ 13,2 milhões. O leilão está previsto para ser realizado na sede da B3, em São Paulo, em 15 de julho de 2021.
A ARTESP – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo – regula o Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo há mais de 20 anos. Sob sua gerência, estão 20 concessionárias, que atuam em 11,2 mil quilômetros de rodovias, o que representa quase 31% da malha estadual, abrangendo 283 municípios.
A Agência também fiscaliza o Transporte Intermunicipal de Passageiros, exceto nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, de Campinas, da Baixada Santista, do Vale do Paraíba/Litoral Norte e Sorocaba. Dentre as ações, realiza auditoria de frota, garagem e instalações, ações fiscais na operação das linhas regulares, nos terminais rodoviários e nas rodovias. Além disso, a ARTESP é responsável pela regulação da concessão de cinco aeroportos regionais.
RIO DE JANEIRO/RJ - A Petrobras anunciou ontem (15) aumentos de R$ 0,10 (3,7%) no preço do diesel e de R$ 0,05 (1,9%) no da gasolina. Os valores foram reajustados hoje (16) nas refinarias da estatal, onde o litro do diesel passa a custar R$ 2,76, e o da gasolina, R$ 2,64.
A última mudança nos preços dos combustíveis ocorreu no sábado passado, quando a Petrobras havia anunciado uma redução de R$ 0,08 no preço do diesel e mantido o preço da gasolina em R$ 2,59.
Os reajustes de preços da Petrobras acompanham variações do valor dos combustíveis e do dólar no mercado internacional. Com isso, os aumentos ou reduções de preços ocorrem sem periodicidade definida, o que, segundo a estatal, permite competir de maneira mais eficiente e flexível.
Desde o início do ano, os preços acumulam alta tanto para a gasolina, que encerrou 2020 vendida a R$ 1,84 nas refinarias da Petrobras, quanto para o diesel, que era negociado a cerca de R$ 2 por litro.
A Petrobras afirma que os preços cobrados por suas refinarias têm "influência limitada" sobre o que é cobrado dos consumidores finais desses combustíveis. Isso ocorre porque o valor pago na bomba dos postos é acrescido de impostos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis.
*Por Vinícius Lisboa - repórter da Agência Brasil
COLÔMBIA - O governo da Colômbia apresentou ao Congresso nesta quinta-feira uma reforma tributária polêmica, que busca financiar a crise econômica gerada pela pandemia. O projeto, no entanto, enfrentará obstáculos em um Legislativo sem maioria governista.
Embora tenha sido apresentada como uma ferramenta para mitigar a pobreza em meio à emergência sanitária, a iniciativa esbarra na rejeição de sindicatos e especialistas, que denunciam o prejuízo à classe média. O ministro da Fazenda, Alberto Carrasquilla, defendeu a necessidade de "ir ampliando gradativamente a base de contribuintes" do país.
Segundo o texto divulgado, a iniciativa aumenta o IVA de 5% a 19% para a gasolina, e aplica a mesma taxa aos serviços básicos em regiões de classe média alta. Também taxará pela primeira vez com imposto sobre a renda as pessoas que receberem mais de 656 dólares por mês, uma medida criticada pelos sindicatos, em um país onde o salário mínimo é de 248 dólares.
A reforma cria ainda um imposto temporário sobre a riqueza para os altos salários, e prorroga os auxílios mensais aos lares mais pobres, que irão oscilar entre 22 e 100 dólares, segundo o tamanho da família.
"É certo que algumas pessoas irão pagar um pouco mais, mas também é certo que estamos ajudando solidariamente a reduzir a incidência de pobreza e extrema pobreza", que afetam 36% e 10% dos colombianos, respectivamente, justificou Carrasquilla.
Um total de 74% da arrecadação virá de pessoas físicas e 3,7 trilhões de pesos, de empresas. A oposição e sindicatos anunciaram mobilizações para o próximo dia 28.
A iniciativa terá um caminho difícil no Congresso, onde o governo não conta com maioria clara e enfrenta a reticência de seus aliados, a um ano das eleições presidenciais. O projeto deve ser aprovado pelo Legislativo antes de 20 de junho.
A economia colombiana teve contração de 6,8% em 2020 em relação a 2019, o pior desempenho em quase meio século. Após um ano de pandemia, cerca de metade da população trabalha na informalidade.
O FMI prevê que o PIB do país crescerá 5,1% este ano, mas os novos fechamentos, decretados para conter a terceira onda da pandemia, e o avanço lento da imunização podem reduzir essa previsão.
*Por: AFP
BRASÍLIA/DF - Trabalhadores informais nascidos em maio começam a receber hoje (15) a nova rodada do auxílio emergencial. O benefício terá parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família.
O pagamento também será feito a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos nesse mês.
Também hoje, a Caixa Econômica Federal depositará a revisão do auxílio emergencial para 236 mil novos beneficiários nascidos de janeiro a maio incluídos na nova rodada. Essas pessoas haviam sido excluídas por não se enquadrarem no público elegível, mas contestaram o benefício negado e conseguiram reaver o auxílio.
Os nascidos de junho a dezembro reincluídos no auxílio emergencial receberão conforme o calendário de pagamentos divulgado no fim de março. A relação dos incluídos na revisão do auxílio está disponível na página de consultas desenvolvida pela Dataprev, estatal responsável pelo cadastro dos beneficiários.
A primeira parcela será depositada nas contas poupança digitais e poderá ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a quatro semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta corrente.
Ao todo 45,6 milhões de brasileiros serão beneficiados pela nova rodada do auxílio emergencial. O auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada (acesse abaixo link do guia de perguntas e respostas).
Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do Número de Inscrição Social (NIS). O auxílio emergencial somente será pago quando o valor for superior ao benefício do programa social.
*Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
CIDADE DO MÉXICO – As ações do Grupo Televisa chegaram a subir mais de 32% nesta quarta-feira após a emissora mexicana dizer que combinará seu conteúdo com a Univision, criando um potencial desafio em espanhol para a gigante norte-americana Netflix.
A operação combinada, concebida como uma nova empresa de mídia chamada Televisa Univision, apresentará conteúdo de ambas as emissoras, incluindo séries, filmes, esportes, novelas e conteúdo de arquivo. Ela também planeja lançar um serviço de streaming global no início de 2022, competindo com Netflix e a Amazon Prime, da Amazon.
O presidente-executivo da Univision, Wade Davis, que também comandará a Television Univision, disse que as bibliotecas de conteúdo combinadas das duas empresas estimularão o crescimento do serviço de streaming.
“Acreditamos que o mercado de serviços de streaming apenas no principal mercado de língua espanhola vale bilhões de dólares e continuará a crescer”, disse Davis em teleconferência.
Menos de 10% do mercado de língua espanhola usa um produto de streaming, contra quase 70% do mercado de língua inglesa, de acordo com dados divulgados pela Televisa.
A nova empresa terá um valor patrimonial de 2 bilhões de dólares no primeiro dia, disse o co-presidente-executivo da Televisa, Alfonso de Angoitia, na teleconferência. Espera-se que o negócio gere de 5 bilhões a 5,5 bilhões de dólares em fluxo de caixa livre de alavancagem nos próximos anos, acrescentou Davis.
Os maiores sócios da Televisa incluem fundos geridos pela BlackRock, além de Vanguard Group, Dimensional Fund, Norges Bank Investment Management e Charles Schwab. A Operadora de Fondos Banorte Ixe também está entre os maiores acionistas.
O plano da Televisa Univision foi aclamado pelo presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que dedicou o início de sua entrevista coletiva a sublinhar o potencial da união.
Lopez Obrador elogiou o negócio como uma “função importante para a comunidade hispânica”, mas pediu à empresa que evite a discriminação e a xenofobia, especialmente contra os migrantes, e respeite a “dignidade” dos mexicanos.
O presidente, que cobrou das empresas a garantia de cumprimento de suas obrigações fiscais, também disse que a operação renderá vários bilhões de pesos em impostos.
*Por Cassandra Garrison / REUTERS
RIO DE JANEIRO/RJ - Dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostram que, em 2020, foram abertas 626.883 micro e pequenas empresas em todo o país. Desse total, 535.126 eram microempresas (85%) e 91.757 (15%) eram empresas de pequeno porte.
Os setores onde as microempresas abriram maior número de unidades em 2020 foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo (20.398 empresas), comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (16.786) e restaurantes e similares (13.124). Já os setores onde as pequenas empresas abriram mais estabelecimentos foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo (3.108), construção de edifícios (2.617) e comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (2.469). De acordo com o Sebrae Nacional, o resultado evidencia a força do empreendedorismo no Brasil.
Com base em dados do governo federal, apurou-se que, no ano passado, o país criou 3,4 milhões de novas empresas, alta de 6% em comparação a 2019, apesar da pandemia de covid-19. Ao final de 2020, o saldo positivo no país foi de 2,3 milhões de empresas abertas, com destaque para microempreendedores individuais (MEI).
De acordo com o Ministério da Economia, o registro de 2,6 milhões de MEI em 2020 representou expansão de 8,4% em relação ao ano anterior, levando essa categoria de empreendedores ao total de 11,2 milhões de negócios ativos no país. O MEI representa hoje 56,7% das empresas em atividade no Brasil e 79,3% das empresas abertas no ano passado.
Números divulgados pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro (Sebrae RJ) confirmam a importância do empreendedorismo para garantir a sobrevivência das empresas e a renda dos micro e pequenos empresários.
Ao mesmo tempo em que a crise provocada pela pandemia de covid-19 causou o fechamento de 90,2 mil pequenos negócios no estado, foram abertos mais de 307,8 mil pequenos negócios, com destaque para o setor de serviços, com quase 160 mil novas empresas.
“Foi um dado que espantou bastante a gente”, comentou, em entrevista à Agência Brasil, o analista do Sebrae RJ, Felipe Antunes. “A pandemia causou impacto em todos os setores. Toda a economia sofreu. No nosso entendimento, porém, as pessoas precisam gerar renda, muitas foram demitidas e procuraram o empreendedorismo, abrindo empresas para ter geração de renda”.
Nesse processo, Antunes ressaltou que o microempreendedor individual (MEI) teve grande destaque. “Oitenta e oito por cento das empresas que abriram foram por meio desse regime do MEI, que oferece facilidade para a pessoa abrir um negócio. Por isso, há um percentual muito alto de MEI entre as empresas abertas”.
O levantamento do Sebrae Rio, elaborado com base nos dados da Receita Federal, revela que salão de beleza (cabeleireiro, manicure e pedicure) e fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar foram as principais atividades escolhidas pelos microempreendedores individuais. Para o analista, o MEI “foi uma válvula de escape” no cenário trazido pela pandemia. “O empresário, por necessidade, precisou continuar no mercado e viu o empreendedorismo como opção de gerar renda”, acrescentou.
Do total de novas empresas que surgiram no estado do Rio de Janeiro em 2020, o setor de serviços foi responsável pela abertura de 159,9 mil empresas, seguido pelo comércio (72,5 mil), a indústria (52,7 mil), economia criativa (10,5 mil), o turismo (9,9 mil) e a agropecuária (2,1 mil). Por atividade, o desempenho dos pequenos negócios foi liderado por serviço de escritório e apoio administrativo, comércio varejista de roupas, serviço médico-ambulatorial e restaurantes.
Durante o ano de 2020, o setor de serviços foi o que mais fechou empresas no estado do Rio (39,1 mil), seguido pelo comércio (28,8 mil), a indústria (14 mil), economia criativa (4,1 mil), o turismo (3,5 mil) e a agropecuária (470). “O setor de serviços precisa muito da presença de pessoas e a pandemia, ao interromper a circulação, prejudicou muito o setor de serviços, mas o setor de comércio também teve impacto”, comentou Felipe Antunes.
As atividades voltadas para o comércio varejista de roupas e restaurantes foram as que sofreram maior impacto por causa da pandemia. Das microempresas que fecharam, 42% eram do setor de comércio, mostra a pesquisa.
*Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
INGLATERRA - O Parlamento Europeu realizará nesta semana várias votações-chave em seus comitês para ratificar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido, indicaram os eurodeputados.
O pacto comercial entre a UE e o Reino Unido começou a ser aplicado provisoriamente em 1º de janeiro, após nove meses de intensas negociações e um acordo de última hora em dezembro de 2020.
O Parlamento britânico ratificou o acordo, mas os eurodeputados têm até 30 de abril para aprová-lo ou rejeitá-lo, enquanto as tensões sobre as consequências do Brexit na ilha da Irlanda aumentam. Nos últimos dias, ocorreram combates intensos na Irlanda do Norte, uma província britânica.
Em uma reunião em Bruxelas na terça-feira, os líderes dos grupos políticos decidiram que as comissões encarregadas do Comércio Internacional e dos Negócios Estrangeiros votariam o acordo, provavelmente na quinta-feira, anunciaram funcionários do Parlamento Europeu.
No entanto, antes de organizar uma votação completa, os eurodeputados indicaram que precisavam de garantias de que o Reino Unido honrará os seus compromissos do acordo do Brexit.
Precisamos de "progresso na rota para uma implementação pragmática e completa do acordo de divórcio", tuitou o parlamentar luxemburguês Christophe Hansen.
Sem a ratificação até o final do mês, ou um acordo com o Reino Unido para estender ainda mais a aplicação provisória, o acordo comercial deixaria de ser válido.
Os deputados manifestaram a sua indignação com o fato do Reino Unido ter decidido adiar o estabelecimento de controles aos alimentos destinados à Irlanda do Norte até outubro e alegaram que isso representava uma modificação unilateral do acordo.
A UE lançou procedimentos legais contra o Reino Unido após essa decisão, embora autoridades de ambos os lados estejam tentando encontrar uma solução.
*Por: AFP
PEQUIM - As importações de minério de ferro pela China avançaram em março frente a níveis relativamente baixos vistos há um ano atrás, mostraram dados de alfândega nesta terça-feira, com a demanda pelo material usado na fabricação do aço seguindo sustentada por uma robusta atividade industrial.
A China, maior consumidora global de minério de ferro, importou 102,11 milhões de toneladas do produto no mês passado, segundo a Administração Geral de Alfândegas, alta de 18,9% frente a março de 2020.
No primeiro trimestre, a China importou 283,44 milhões de toneladas de minério de ferro, acima das 263 milhões vistas no mesmo período do ano anterior.
"As importações de minério de ferro apenas retornaram a um nível normal frente a uma base relativamente baixa no ano passado, quando os embarques foram afetados pelo clima extremo na Austrália e no Brasil", disse Cai Biyu, analista da GF Futures.
A demanda por minério de ferro tem sido apoiada por um robusto consumo de aço nos setores de construção e manufatura.
Os preços do aço subiram para máximas recorde acima de 5.000 iuanes por tonelada (763,58 dólares), o que alimentou a demanda por minério de ferro.
"Apesar de cortes de produção em Tangshan, usinas siderúrgicas em outros lugares podem recompor estoques com a temporada de pico de demanda", disse Cai.
Os futuros de referência do minério de ferro na China subiram pelas últimas três sessões consecutivas e saltaram mais de 3% nesta terça-feira.
*Por Min Zhang e Shivani Singh / REUTERS
BRASÍLIA/DF - Trabalhadores informais nascidos em abril começam a receber hoje (13) a nova rodada do auxílio emergencial. O benefício terá parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família.
O pagamento também será feito a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos no mesmo mês. O dinheiro será depositado nas contas poupança digitais e poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a quatro semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta corrente.
Ao todo 45,6 milhões de brasileiros serão beneficiados pela nova rodada do auxílio emergencial. O calendário de pagamentos foi divulgado pelo governo no início do mês.
O auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada.
Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial. - Arte/Agência Brasil
Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do Número de Inscrição Social (NIS). O auxílio emergencial somente será pago quando o valor for superior ao benefício do programa social.
Calendário de pagamento das parcelas do auxílio emergencial a beneficiários do Bolsa Família - Arte/Agência Brasil
*Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
Serviços de alojamento e alimentação registram queda de mais de 100 mil vagas celetistas entre março de 2020 e fevereiro mês deste ano; últimos desempenhos, por outro lado, foram positivos
SÃO PAULO/SP - Os setores de serviços e do comércio do Estado de São Paulo somaram 47,6 mil empregos formais perdidos no acumulado dos 12 meses entre março de 2020 e fevereiro deste ano. O resultado é puxado principalmente pela queda das vagas celetistas dos serviços, que foi de 41.515 no mesmo período, impactado, por sua vez, pela pandemia e as medidas de restrição de circulação que voltaram a ser adotadas neste ano com o recrudescimento da pandemia. Os números fazem parte da Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Entre os meses analisados, a atividade que mais perdeu postos formais de trabalho foi a de serviços de alojamento e alimentação: ao todo, o saldo negativo foi de quase 104,6 mil vagas. Chamam atenção ainda os desempenhos ruins dos segmentos educacional (-36.019 empregos) e das artes, cultura, esporte e recreação (-11.604). O resultado do setor de serviços só não foi pior no acumulado dos doze meses porque atividades administrativas (saldo positivo de 64.744 vagas), profissionais, científicas e técnicas (15.896) e de informação e comunicação (13.075) contrabalancearam as perdas.
Dos de 41,5 mil empregos a menos no setor de Serviços do Estado, a maioria vem da capital, onde o setor perdeu 29.801 vagas celetistas, mostram os dados. A metrópole paulista, aliás, puxou o ritmo negativo da atividade de alojamento e alimentação: deixou de ter 51.701 postos entre março do ano passado e fevereiro de 2021. O caso dos estabelecimentos de transporte, armazenagem e correio, que ficaram no negativo na cidade em 7.630 empregos, também é significativo, assim como Educação, com -14.687 vagas.
Já no comércio, a retração mais significativa no Estado veio dos estabelecimentos de venda ou reparação de veículos, que perderam 7.837 postos formais de trabalho em doze meses. O varejo, por sua vez, ficou no vermelho em 4.429 vagas.
Os comerciantes da capital, no entanto, têm um cenário ainda mais desolador: extinção de 25.942 vagas celetistas no mesmo período, com destaque para os 17.560 empregos a menos no varejo.
Os números foram menores do que o dos serviços, no entendimento da Federação, porque o comércio ainda vê de um lado os bons resultados das atividades essenciais, como supermercados, farmácias e lojas de materiais de construção, apesar do desempenho seriamente prejudicado das não essenciais, que não podem atender o público em meio às medidas de isolamento social.
Para a FecomercioSP, o horizonte que se aproxima não oferece visões melhores: sem uma nova regulamentação do Poder Público sobre a suspensão de contratos de trabalho ou de reduções das jornadas e com restrições ao funcionamento ainda mais severas, o desempenho do emprego formal em São Paulo pode ser similar aos patamares do segundo trimestre de 2020, quando o setor de serviços teve saldo negativo de 133 mil vagas apenas em abril e o comércio fechou o mesmo mês com 74 mil postos celetistas a menos. Isso tudo sem contar que, neste auge da pandemia, há também uma deterioração significativa do poder de consumo das famílias em um cenário de preços inflacionados – o que coloca as empresas em uma conjuntura ainda mais frágil.
Desempenho de 2021 ainda é positivo
Se no acumulado dos 12 meses o cenário é de perdas, tanto o setor de serviços quanto o comércio registram saldos positivos considerando apenas o ano de 2021.
No mês de fevereiro, o movimento de postos celetistas nos serviços ficou positivo em 55.435 vagas no Estado. Na capital paulista, o número de contratações foi 21.129 maior do que o de desligamentos, mantendo o saldo de empregos no azul. No bimestre, há evolução respectiva de 74.554 e 33.006 vagas nos serviços do Estado e da capital.
O comércio conseguiu também aumentar a empregabilidade das suas três divisões e ainda viu crescimento em algumas atividades desde o final de 2020, como no caso da divisão atacadista e do varejo de materiais de construção. Em fevereiro, o setor também teve mais contratações do que desligamentos num saldo positivo de 15.141 vagas celetistas. Considerando os dois primeiros meses do ano, o balanço também é positivo em 9.373 postos de trabalho.
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo – (PESP) passou por uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do Novo Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados], do Ministério da Economia, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.