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ALEMANHA - A Alemanha acusou Vladimir Putin, no domingo (3), de tentar "desestabilizá-la" por meio de uma guerra de informações, espionando as trocas militares confidenciais sobre a Ucrânia, em um momento em que o chanceler alemão Olaf Scholz se encontra sob pressão para entregar mísseis a Kiev. Para os aliados europeus do bloco, os vazamentos de conversas do alto escalão do exército destacam a necessidade de mais defesas antiaéreas para a Ucrânia.

A transmissão nas redes sociais da Rússia, na sexta-feira, de uma gravação de áudio de uma recente videoconferência entre oficiais alemães de alto escalão sobre o assunto de fornecimento de armas à Ucrânia causou uma crise entre os dois países e um choque em Berlim.

"O chefe de Estado russo está tentando nos desestabilizar, fazer com que nos sintamos inseguros", disse o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius.

Isso "faz parte de uma guerra de informações que Putin está travando", acrescentou ele, "o objetivo é claramente minar nossa unidade nacional (...), semear divisão política internamente e espero sinceramente que Putin não tenha sucesso".

Na escuta ilegal, os oficiais alemães falaram especialmente sobre a possibilidade de mísseis de longo alcance Taurus fabricados na Alemanha serem entregues a Kiev, o que seria necessário para que as forças ucranianas pudessem usá-los e seu possível impacto.

No sábado, Berlim confirmou que a gravação era autêntica e que havia sido "interceptada". Em Moscou, o número dois do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, acusou a Alemanha no Telegram, no domingo, de "preparar uma guerra contra a Rússia".

 

Tentativa de intimidação do chanceler alemão

O conteúdo da conversa é embaraçoso para a Alemanha por vários motivos. Em primeiro lugar, Berlim até agora se recusou oficialmente a entregar mísseis Taurus a Kiev, argumentando que havia um risco de escalada da guerra porque, na opinião do chanceler Olaf Scholz, isso envolveria soldados alemães ajudando a manusear as armas.

No entanto, os oficiais alemães espionados acreditam, em suas conversas, que isso não exigiria necessariamente o envolvimento de soldados da Bundeswehr, como é conhecido o exército alemão. Essa é uma forma de rejeitar o argumento do chanceler, o que o coloca em uma posição desconfortável.

Igualmente embaraçoso para Berlim é o fato de que, durante a conversa vazada, os oficiais revelam detalhes de como o Reino Unido e a França estão ajudando o exército ucraniano a usar os mísseis Scalp de longo alcance, que os dois países estão fornecendo a Kiev. O chanceler alemão Olaf Scholz já causou irritação em Londres recentemente ao afirmar que a Grã-Bretanha e a França deveriam dar apoio aos ucranianos no direcionamento de ataques com mísseis Scalp.

Na opinião de Marie-Agnes Strack-Zimmermann, especialista em defesa do partido liberal FDP, que é membro do governo de coalizão alemão, a intenção de Moscou "é óbvia": "intimidar" Olaf Scholz para que ele não volte atrás em sua recusa em entregar os mísseis Taurus. Ela e seu partido vêm tentando, há meses, pressionar o chanceler a concordar em fornecê-los a Kiev, em um momento em que as forças ucranianas estão na defensiva contra as tropas russas e carentes de munição.

Esse caso também colocou o exército alemão sob fogo cruzado, acusando-o de amadorismo e descuido em suas medidas de segurança.

 

Mísseis Taurus com alcance de 500 km deixariam Rússia vulenrável

O vazamento também está repercutindo entre os aliados europeus da Alemanha e destacaria, segundo os mesmos, a necessidade premente da Ucrânia de defesas antiaéreas, já que os generais alemães levantaram a questão da entrega de mísseis Taurus de longo alcance. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu mais uma vez aos seus aliados o fornecimento de armas na tarde de sábado (2), após os ataques a Odessa.

Os mísseis Taurus, mencionados pelos quatro generais alemães, representam um verdadeiro ponto de discórdia entre Berlim e Kiev e as outras capitais europeias, porque eles mudariam o acordo em termos de envolvimento dos aliados ao lado da Ucrânia: seu alcance é de 500 km, o que colocaria Moscou ao alcance da Ucrânia.

Mas ao publicar essas supostas escutas, o Kremlin está colocando uma pedra no sapato da coalizão federal alemã para possíveis entregas desses mísseis Taurus, segundo relata o correspondente da RFI em Bruxelas, Pierre Benazet.

Por outro lado, muitos aliados já estão fornecendo sistemas antiaéreos, incluindo a Alemanha com seus mísseis Iris-T, mas eles têm um alcance de apenas 40 km. E a questão do Taurus não vai mudar o cronograma de entrega, pois já existem fluxos abertos para a Ucrânia para recebimento de mísseis Scalps franco-britânicos, baterias de mísseis Nasams noruegueses e mísseis antiaéreos Patriot, fabricados nos Estados Unidos.

Um total de 1.000 desses mísseis foi comprado em janeiro por uma coalizão de oito países da Otan, incluindo Holanda, Espanha e Romênia, além da Alemanha. De acordo com os aliados, essa é a prova de que seu compromisso com Kiev permanecerá inalterado.

 

Uma conversa interceptada durante uma videoconferência?

Ainda não se sabe como a Rússia conseguiu interceptar essa conversa entre militares, mas algumas informações estão começando a ser divulgadas, o que é bastante embaraçoso para as autoridades de Berlim. De acordo com algumas fontes, um participante russo conseguiu se conectar à videoconferência e, obviamente, "ninguém percebeu", explicou Roderich Kiesewetter, um parlamentar conservador da oposição no canal de televisão da Ard.

Esse ex-general não entende como uma troca de informações sobre um assunto tão delicado pode ter ocorrido por meio do Webex, um aplicativo destiando apenas a consumidores civis. Mas a oposição não é a única a levantar sua voz. Para o deputado verde Konstantin von Notz, membro da coalizão governista, esse caso de espionagem ilustra o desejo de Moscou de desestabilizar os aliados de Kiev.

 

 

 

Com RFI e AFP

 JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentou um plano de "dia seguinte" para Gaza, sua primeira proposta oficial para o fim da guerra no território palestino comandado pelo Hamas.

De acordo com o documento, apresentado aos membros do gabinete de segurança de Israel na quinta-feira e visto pela Reuters na sexta-feira, Israel manteria o controle de segurança sobre todas as terras a oeste da Jordânia, incluindo a Cisjordânia ocupada e Gaza -- territórios onde os palestinos querem criar um Estado independente.

Nas metas de longo prazo listadas, Netanyahu rejeita o "reconhecimento unilateral" de um Estado palestino. Ele diz que um acordo com os palestinos só será alcançado por meio de negociações diretas entre os dois lados -- mas não mencionou quem representaria o lado palestino.

Em Gaza, Netanyahu descreve a desmilitarização e a desradicalização como metas a serem alcançadas em médio prazo. Ele não detalha quando esse estágio intermediário começaria ou quanto tempo duraria. Mas ele condiciona a reabilitação da Faixa de Gaza, grande parte da qual foi destruída pela ofensiva de Israel, à sua completa desmilitarização.

Netanyahu propõe que Israel esteja presente na fronteira entre Gaza e Egito, no sul do enclave, e coopere com o Egito e os Estados Unidos nessa área para impedir tentativas de contrabando, inclusive na passagem de Rafah.

Para substituir o domínio do Hamas em Gaza e, ao mesmo tempo, manter a ordem pública, Netanyahu sugere trabalhar com representantes locais "que não sejam afiliados a países ou grupos terroristas e que não sejam apoiados financeiramente por eles".

Ele pede o fechamento da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os refugiados palestinos, a UNRWA, e sua substituição por outros grupos de ajuda internacional.

"O documento de princípios do primeiro-ministro reflete o amplo consenso público em relação aos objetivos da guerra e à substituição do governo do Hamas em Gaza por uma alternativa civil", disse uma declaração do gabinete do primeiro-ministro.

O documento foi distribuído aos membros do gabinete de segurança para iniciar uma discussão sobre o assunto.

A guerra foi desencadeada por um ataque liderado pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, no qual 1.200 pessoas foram mortas e 253 foram feitas reféns, de acordo com dados das autoridades israelenses.

Jurando destruir o Hamas, Israel respondeu com um ataque aéreo e terrestre à Gaza que matou mais de 29.400 pessoas, de acordo com as autoridades de saúde palestinas. A ofensiva deslocou a maior parte da população do território e causou fome e doenças generalizadas.

O porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, Nabil Abu Rudeineh, disse à Reuters que a proposta de Netanyahu estava fadada ao fracasso, assim como qualquer plano israelense para mudar as realidades geográficas e demográficas de Gaza.

"Se o mundo está genuinamente interessado em ter segurança e estabilidade na região, ele deve acabar com a ocupação israelense das terras palestinas e reconhecer um Estado palestino independente com Jerusalém como sua capital", disse ele.

A guerra em Gaza reavivou os apelos internacionais -- incluindo o principal apoiador de Israel, os Estados Unidos -- para a chamada solução de dois Estados como o objetivo final para resolver o conflito israelense-palestino que já dura décadas. No entanto, vários políticos israelenses de alto escalão se opõem a isso.

A solução de dois Estados é, há muito tempo, uma política ocidental fundamental na região, mas houve pouco progresso na obtenção da condição de Estado palestino desde a assinatura dos Acordos de Oslo no início da década de 1990.

 

 

Reportagem de Henriette Chacar e Ali Sawafta / REUTERS

RÚSSIA - Em quase dois anos de guerra, que serão completados no sábado (24), a Rússia lançou uma média de 17 ataques aéreos com mísseis e drones por dia contra a Ucrânia.

A conta foi apresentada na quinta (22) pelo porta-voz da Força Aérea de Kiev, Iurii Ihnat. Ele somou 12.630 ataques, cerca de 8.000 deles feitos com mísseis e os restantes, com drones. A Rússia não divulga nenhuma estatística sobre o emprego de seus armamentos.

Ihnat disse que foram derrubados 77% dos drones, a maioria modelos iranianos Shahed-136, que a Rússia passou a usar em maior escala em 2023. Os russos adotaram também táticas variadas para aumentar a eficácia de suas ações -lançando ondas dos aparelhos, mais baratos e fáceis de abater por serem lentos, saturando as defesas e aí entrando com mísseis supersônicos ou até hipersônicos.

Significativamente, Ihnat não disse nada acerca da proporção de mísseis derrubados. Os dados são também bem mais elásticos do que os que se conhecia até aqui: um estudo usando números parciais do Ministério da Defesa ucraniano divulgados de outubro de 2022 a setembro de 2023 contava ao todo só 3.967 ataques aéreos, com 82% de abates.

Isso pode significar várias coisas, de ocultação de dados a exagero deles, visando dramatizar a difícil posição ucraniana, que tem demandado mais baterias antiaéreas ocidentais enquanto incrementa sua produção local de drones.

A Alemanha forneceu duas baterias americanas Patriot, a mais avançada no serviço da Otan (aliança militar ocidental), mas uma foi destruída. Berlim promete enviar até mais duas delas, e também forneceu sistemas Iris-T, menos capazes. Os EUA entregaram uma bateria Patriot e 12 Nasams, de origem conjunta americano-norueguesa.

Outros países doaram números desconhecidos de outros sistemas, mas a campanha de inverno da Rússia tem se mostrado devastadora para os civis e a infraestrutura energética que Moscou diz ser seu alvo. Nesta madrugada de quinta, ao menos 10 drones foram lançados contra cidades ucranianas, com 8 abates clamados por Kiev.

Além disso, por ora a guerra se desenrola principalmente em solo, onde a vantagem de artilharia russa tem feito diferença, ainda que isso não signifique que Putin está perto de algo que seja a vitória final sobre Volodimir Zelenski. Depois de conquistar Avdiivka, cidade estratégica a norte da capital homônima da província de Donetsk, agora suas forças anunciaram a tomada de Pobeda.

É um vilarejo estrategicamente insignificante, mas que se encontrava na linha de frente estabelecida desde que separatistas pró-Rússia iniciaram uma guerra civil com apoio de Moscou, em 2014, após a anexação da Crimeia por Putin. Avdiivka estava na mesma situação.

Na véspera, o presidente russo havia dito ao ministro da Defesa, Serguei Choigu, que era preciso capitalizar a vitória no leste, e talvez isso esteja ocorrendo. Ou seja apenas peça de propaganda eleitoral, já que Putin irá se reeleger no mês que vem, mas precisa de um comparecimento expressivo às urnas em nome da legitimidade do regime.

Nesta quinta, o ex-presidente Dmitri Medvedev, por sua vez, encarnou o papel que assumiu desde o início da guerra, o de radical militarista. Ele, que é o número 2 no Conselho de Segurança Nacional, afirmou a jornalistas que os russos têm de tomar Odessa, principal porto ucraniano, e talvez voltar a bater às portas de Kiev.

"Por que deveríamos parar? Eu não sei. Será Kiev? Sim, provavelmente deverá ser Kiev. Se não agora, então depois de algum tempo, talvez em outra fase de desenvolvimento deste conflito", afirmou. A Rússia fracassou em cercar e tomar a capital ucraniana no começo da guerra.

Hoje, apesar de o pêndulo do conflito estar em favor de Putin, as linhas em geral estão estabilizadas, com a Rússia dominando 20% da Ucrânia, contando aí a Crimeia, tomada após a derrubada de um governo pró-Kremlin em Kiev.

No Ocidente, as análises se dividem entre acreditar que Putin estaria satisfeito com esse ganho territorial e a garantia de uma Ucrânia de alguma forma neutra e os que acham que o russo quer mesmo tomar todo o vizinho e, talvez, ir além depois.

Com o impasse acerca do pacote de R$ 300 bilhões de ajuda militar a Kiev no Congresso americano, Zelenski tira suas boas notícias na Europa. Após o anúncio de um envio de R$ 3,3 bilhões em armas suecas, a Dinamarca divulgou que enviará R$ 1,2 bilhão para apoiar o esforço ucraniano.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - O grupo islâmico Hamas apresentou um abrangente plano de cessar-fogo composto por três fases, cada uma estendendo-se ao longo de 45 dias, em resposta a uma proposta dos mediadores do Catar e do Egito, conforme anunciado nesta quarta-feira. Na primeira fase, destacam-se iniciativas como a libertação de todas as mulheres, homens com menos de 19 anos, idosos e doentes que ainda estão sob custódia do Hamas. Como contrapartida, mulheres e crianças detidas em prisões israelenses seriam libertadas, totalizando um período de 135 dias, conforme divulgado pela agência Reuters.

A segunda fase contemplaria a libertação dos demais reféns do sexo masculino, enquanto a terceira etapa visa a devolução dos corpos das vítimas mortais aos seus respectivos estados. Ao final dessa última fase, o objetivo seria alcançar um acordo que sinalize o término do conflito. Vale ressaltar que, até o momento, os detalhes específicos dessa proposta do Hamas não foram divulgados.

Esta contraproposta também englobaria o início do processo de reconstrução de Gaza, a retirada total das Forças de Defesa de Israel (IDF) e um aumento significativo no fluxo de alimentos e ajuda humanitária destinados à população palestina. Tais desenvolvimentos ocorrem em um momento em que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, lidera uma viagem ao Oriente Médio com o intuito de assegurar uma trégua na guerra que atinge seu quinto mês nesta quarta-feira.

Ao lado de Blinken em Doha, o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdelrahmane Al-Thani, expressou otimismo. Ele declarou ter recebido uma resposta do Hamas sobre a estrutura geral do acordo de reféns, observando que, apesar de conter alguns comentários, é positiva no geral.

Essas negociações ocorrem após o ataque surpresa do Hamas contra o território israelense, intitulado 'Tempestade al-Aqsa', que resultou em retaliações de Israel, denominadas 'Espadas de Ferro', com bombardeios aéreos contra instalações do grupo armado na Faixa de Gaza. Benjamin Netanyahu afirmou que Israel está "em guerra" com o Hamas, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia (UE), culminando na formação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra, acordados com a oposição.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

IRÃ - O Irã responderá a qualquer ameaça dos Estados Unidos, disse o chefe da Guarda Revolucionária iraniana, Hossein Salami, nesta quarta-feira, enquanto Washington avalia sua resposta ao assassinato de militares norte-americanos por militantes alinhados a Teerã.

"Ouvimos ameaças vindas de autoridades norte-americanas, dizemos a elas que já nos testaram e agora nos conhecemos, nenhuma ameaça ficará sem resposta", afirmou Salami, segundo a agência de notícias semi-oficial Tasnim.

Em janeiro de 2020, a Guarda Revolucionária atacou a base norte-americana de Ain al-Asad no Iraque após um ataque de drone dos EUA em Bagdá que matou Qassem Soleimani, o comandante da Força Quds de elite da Guarda Revolucionária do Irã.

O enviado do Irã às Nações Unidas, Amir Saeid Iravani, também alertou na quarta-feira que Teerã responderia de forma decisiva a qualquer ataque ao seu território, seus interesses ou cidadãos iranianos fora de suas fronteiras.

Os comentários das autoridades iranianas foram feitos um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter anunciado que decidiu como responder a um ataque de drones realizado por grupos iraquianos alinhados ao Irã que matou militares norte-americanos na Jordânia, sem entrar em detalhes.

Vários guardas revolucionários iranianos foram mortos após ataques israelenses na Síria, com cinco membros morrendo em 20 de janeiro e outros dois em 25 de dezembro.

Na segunda-feira, outro ataque israelense atingiu o que Tasnim descreveu como um "centro de assessoria militar iraniano" na Síria, matando duas pessoas, mas o enviado do Irã à Síria negou os detalhes sobre o alvo e disse que as vítimas não eram iranianas.

Em 15 de janeiro, o Irã atacou o que diz ser um "quartel-general de espionagem" israelense na região semi-autônoma do Curdistão iraquiano.

 

 

REUTERS

ISRAEL - Militares de Israel se disfarçaram de médicos e pacientes, invadiram um hospital na Cisjordânia ocupada e mataram três palestinos que estariam armados durante uma operação ocorrida na terça-feira (30).

Imagens divulgadas pela rede chinesa CCTV mostram uma dúzia de soldados, alguns usando trajes femininos e outros vestidos de profissionais de saúde, andando por um corredor da unidade médica com armas em punho. A operação foi coordenada por uma unidade secreta das forças israelenses.

Ao menos três palestinos foram mortos durante a invasão ao hospital Ibn Sina, localizado na cidade de Jenin. Um deles foi identificado por Tel Aviv como Mohammed Jalamneh, 27, e acusado de manter contatos com o quartel-general do Hamas no exterior e de planejar um novo ataque contra Israel inspirado nos atentados de 7 de outubro, quando terroristas assassinaram cerca de 1.200 pessoas.

Líderes do Hamas admitiram que um dos mortos pertencia ao grupo. Os outros dois seriam irmãos e integrantes da facção Jihad Islâmico, que também atua na Faixa de Gaza. O hospital Ibn Sina comunicou que um deles recebia tratamento para um ferimento que havia paralisado suas pernas.

Segundo Tel Aviv, a operação comprova que os terroristas do Hamas se abrigam em áreas civis, incluindo hospitais, e usam a população como escudo. A facção já rejeitou várias vezes as acusações.

A operação é mais um sinal de que a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza está se espalhando para outras frentes. Embora a Cisjordânia -uma área que os palestinos pretendem que faça parte de um Estado independente- tenha registrado um aumento da violência mesmo antes da eclosão da guerra de Gaza, o ataque ao hospital pode estimular uma fase mais intensa no conflito.

Em Gaza, as forças israelenses voltaram a travar batalhas contra membros do Hamas no norte do território, enquanto regiões do sul foram atingidos por bombardeios. Desde o início da guerra, 26.637 palestinos foram mortos e mais de 65 mil ficaram feridos, segundo a organização terrorista. O número de mortes aumenta a cada dia.

Israel, por sua vez, afirma que suas forças em Gaza mataram cerca de 9.000 pessoas que estariam envolvidas em ações terroristas, e que 221 de seus soldados foram mortos nos combates. Enquanto isso, os Estados Unidos estavam avaliando uma resposta a um ataque de drone realizado por grupos apoiados pelo Irã, que matou três soldados americanos na Jordânia na noite de sábado (27).

 

 

POR FOLHAPRESS

IRÃ - O Irã executou por enforcamento, nesta segunda-feira (29), quatro pessoas condenadas à morte por espionagem a favor de Israel. As vítimas eram três homens e uma mulher, que foram identificados como Vafa Hanareh, Aram Omari, Rahman Parhazo e Nasim Namazi.

Segundo o governo iraniano, o grupo foi condenado por "guerra contra Deus" e "corrupção na Terra", por sua "colaboração com o regime sionista". As execuções aconteceram na província de Azerbaijão Ocidental, no noroeste do Irã.

O Irã não reconhece Israel e ambos os países estão em conflito há anos. O atual conflito entre o movimento palestino Hamas e Israel na Faixa de Gaza agravou ainda mais as tensões entre os dois países.

Em dezembro de 2023, um homem também foi executado no Irã por trabalhar para o Mossad. Segundo grupos de direitos humanos, a República Islâmica executa mais pessoas todos os anos do que qualquer outro país, com exceção da China.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - O Exército israelense emitiu hoje um novo aviso para a retirada dos civis que se encontram no campo de refugiados palestinos de Khan Yunis, e de outros bairros da cidade do sul da Faixa de Gaza.

Avichai Adrai, o porta-voz do Exército Israel publicou, em árabe, na rede social X um mapa das zonas para onde os civis palestinos devem ir por motivos de segurança.

A ONU e várias organizações não-governamentais criticaram as ordens de evacuação do campo de refugiados, sublinhando que "não há locais seguros" em Gaza.

Por outro lado, as Nações Unidas referem que não existem garantias de segurança de regresso para os deslocados, 1,9 milhões de cidadãos palestinos, cerca de 85% da população do enclave.

As zonas afetadas incluem também os bairros de Al Nasser e Al Amal assim como o centro da cidade.

As forças de Israel declararam na terça-feira que tinham concluído o cerco a Khan Yunis e hoje comunicaram o bombardeio de "dezenas de alvos" do Hamas nas últimas 24 horas.

Khan Yunis tornou-se um dos principais alvos do Exército israelense nas últimas semanas.

Israel lançou a ofensiva contra o enclave palestino na sequência dos atentados do Hamas que causaram cerca de 1.200 mortos e quase 240 raptados.

As autoridades do enclave, controlado pelo Hamas, indicam que, até ao momento, mais de 26 mil palestinos foram mortos na ofensiva israelense.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - A terça-feira (23) foi o pior dia para Israel em termos de baixas militares desde que o Estado judeu começou a atacar a Faixa de Gaza em retaliação ao mega-ataque terrorista do grupo palestino Hamas, que comanda a área desde 2007. Vinte e quatro soldados morreram em duas ações separadas.

As perdas aumentam a pressão sobre o governo do Binyamin Netanyahu para achar uma saída para o conflito iniciado há 109 dias. Reportagens sobre as dificuldades militares de Israel e negociações para um cessar-fogo se multiplicam, apesar das negativas do premiê.

Ele mantém o tom desafiador, dizendo no X que apesar de ter tido "um dos piores dias desde que a guerra estourou", Israel "não parará de lutar até a vitória absoluta". "Temos de tirar as lições necessárias e fazer tudo para preservar a vida de nossos guerreiros", afirmou.

Na véspera, um grupo de parentes dos 132 reféns que Israel diz ainda estarem nas mãos do Hamas invadiu o Knesset (Parlamento) para exigir a libertação deles. As mortes dos soldados acentuam a percepção de crise, numa guerra que já é a mais mortífera para Israel em 50 anos.

Em 1973, 2.656 militares morreram na Guerra do Yom Kippur. Até esta terça, as perdas israelenses contabilizadas no atual conflito eram 545, sendo que 217 ocorreram depois que Israel iniciou sua inédita invasão terrestre de Gaza, no fim de outubro.

Os números são pálidos, em termos de fria contabilidade macabra, ante as mortes de palestinos -mas protestos contra elas são minoritários no Estado judeu após o massacre sem precedentes promovido pelo Hamas em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.200 mortos.

Na segunda (22), o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, registrou 195 mortes, sem diferenciar civis de combatentes. Ao todo, ele conta 25.490 falecidos na guerra, uma média de 234 por dia, desde o início dos enfrentamentos.

Dos 24 soldados mortos, 21 caíram quando um prédio em que instalavam explosivos para demolição no sul da faixa foi atingido por uma granada propelida por foguete, famoso RPG na sigla inglesa e arma-símbolo do Hamas. Outros três morreram em uma ação paralela.

O sul tem concentrado alguns dos mais sangrentos combates na guerra desde a virtual obliteração do norte da faixa, onde o Hamas supostamente mantinha seus centros de comando e toda a estrutura de governo sobre o território.

As Forças de Defesa de Israel dizem ter completado o cerco ao centro urbano de Khan Yunis, principal cidade do sul que foi invadida em dezembro por Tel Aviv. O hospital Nasser, o maior ainda em funcionamento em toda a região, é um dos principais alvos das forças -Israel diz que há túneis e infraestrutura do Hamas sob o prédio, como de resto ocorreu em unidades semelhantes na cidade de Gaza e outros pontos ao norte.

A ação tem gerado protestos internacionais acentuados, com a ONU falando em massacre e a OMS (Organização Mundial da Saúde) condenando combates em áreas hospitalares. Israel aponta para a presença de terroristas imiscuídos nessa infraestrutura, o que é verdade, mas é fato igualmente que pacientes são expostos a riscos, o que é proibido pelas leis de guerra.

Além do drama humanitário e as dúvidas sobre o futuro de Gaza, que Israel promete controlar sem dizer o que fará com seus 2,3 milhões de habitantes em termos de status político, há preocupação generalizada com os riscos do espraiamento claro do conflito: de ataques diários do Hezbollah na fronteira norte às ações houthis no mar Vermelho, passando por bombardeios do Irã contra vizinhos.

 

A pressão vem também dos Estados Unidos, maiores aliados de Israel. Netanyahu causou desconforto na semana passada ao rebater o presidente Joe Biden, que tem mobilizado grandes recursos militares para dissuadir o Irã de escalar a ação de seus prepostos contra Tel Aviv.

Após Biden voltar a dizer que apenas uma solução em que um Estado palestino conviva com o judeu trará paz à região, Netanyahu reafirmou que considera isso impossível em termos de segurança para Israel.

Enquanto o drama se desenrola e Netanyahu diz seguir em frente, relatos acerca de um cessar-fogo se tornaram quase diários. O site americano Axios afirma que Israel ofereceu ao Hamas dois meses de pausa nos combates em troca da libertação de todos os reféns -houve uma pausa de uma semana no ano passado, na qual a maioria presumida dos civis foram soltos, restando militares com os terroristas.

O The Wall Street Journal, por sua vez, publicou reportagem afirmando que cinco Estados árabes, incluindo a crucial Arábia Saudita, ofereceram um acordo para estabelecer relações diplomáticas com Israel em troca da criação da Palestina. Hoje, ela é uma protonação governada pela Autoridade Nacional Palestina de forma precária na Cisjordânia, com Gaza nas mãos do Hamas.

Já a rede americana CNN disse que Netanyahu ofereceu exílio para toda a liderança do Hamas ainda em Gaza em troca da soltura dos reféns. Hoje, a chefia do grupo mora primordialmente no Qatar, mas transita pela Turquia, Rússia, Líbano e outros países. Até aqui, Tel Aviv negou condições para cessar-fogo.

"Não haverá cessar-fogo que deixe reféns em Gaza e o Hamas, no poder", disse nesta terça o porta-voz do governo Eylon Levy.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - Uma pessoa morreu e ao menos 17 ficaram feridas na segunda-feira (15) em ataques na região central de Israel. As autoridades afirmaram que os dois suspeitos, palestinos e moradores da Cisjordânia ocupada, entraram em território israelense de maneira ilegal.

O ataque ocorreu na cidade de Ra'anana, localizada a 20 km de Tel Aviv, por volta das 13h30 no horário local (9h30 em Brasília). Segundo a polícia, os criminosos roubaram um carro e atropelaram pedestres em três locais. Eles ainda esfaquearam civis. Os suspeitos moram na região de Hebron, na Cisjordânia, e foram detidos pela polícia após o atentado.

O hospital Meir, em Kfar Saba, informou que uma mulher de aproximadamente 70 anos chegou à unidade em estado grave e morreu apesar dos esforços de ressuscitação. Em relatório inicial, os serviços de resgate disseram que ao menos outras 13 pessoas tinham sido atropeladas e que duas delas estavam em estado grave. Mais tarde, o número de feridos aumentou para 17.

Pelo menos sete crianças e adolescentes foram atingidos, de acordo com o jornal The Times of Israel. Um adolescente de 16 anos passava por cirurgia, sedado e entubado, devido a um traumatismo craniano.

Avi Bitton, comandante da polícia, descreveu o caso como um "atentado terrorista muito grave" e disse que a inteligência não descarta a participação de mais pessoas. Dezenas de policiais patrulhavam e faziam buscas na região de Ra'anana após os crimes.

Os suspeitos foram identificados como Mahmoud Zidat, 44, e seu sobrinho Ahmed Zidat, 25. Segundo investigação preliminar da polícia, mencionada pelo jornal israelense Haaretz, o suspeito esfaqueou uma mulher e assumiu o controle do carro dela. O suspeito perdeu o controle do veículo após atropelar as primeiras vítimas, mas ainda conseguiu roubar outro carro, com o qual continuou a atropelar pedestres.

As tensões em Israel e nos territórios palestinos aumentaram desde o ataque do Hamas no dia 7 de outubro, no qual terroristas mataram cerca de 1.200 pessoas e sequestraram mais de 200, a maioria civis, em território israelense, de acordo com balanço de Tel Aviv.

Em resposta, Israel declarou guerra e faz bombardeios diários que devastam grande parte da Faixa de Gaza, matando mais de 24 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde local, e expulsando quase toda a população de 2,3 milhões de palestinos de suas casas. Um "bloqueio total" imposto por Tel Aviv restringiu o fornecimento de alimentos, combustível e medicamentos ao território.

 

 

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