Medição de propriedades elétricas de materiais com destaque para fluidos biológicos
SÃO CARLOS/SP - O IFSC/USP acaba de desenvolver um protótipo portátil de um espectrômetro de impedância elétrica capaz de medir propriedades elétricas de diversos materiais, principalmente fluidos biológicos. Com esse novo instrumento, abre-se uma nova porta para a detecção de contaminações por vírus e bactérias, além de diversas doenças, como o câncer de mama, pâncreas, cabeça e pescoço, e próstata.
Desenvolvido pelo Pós-Graduando Lorenzo Buscaglia (24) no decurso de seu mestrado em Física Aplicada/Instrumentação no IFSC/USP, sob supervisão do Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e com patrocínio da FAPESP, este novo equipamento portátil poderá detectar doenças através de sangue, suor, ou saliva, de forma rápida e barata, comparativamente a outros equipamentos do mercado, importados, e com alto custo, conforme explica Lorenzo. “De fato, já existem equipamentos que fazem estas detecções, mas eles são extremamente caros, pois além de incluir hardware de maior custo, são importados. Nosso grupo de pesquisa apostou em um modelo portátil e de baixo custo, pois a maioria também é pesada e não pode ser transportada. A versão comercial mais similar atualmente entrou no mercado em 2018, mas seu custo é da ordem de dois mil dólares, o que é inviável para muitas aplicações”, sublinha Lorenzo. O novo equipamento foi designado SIMPLE-Z, teve seu registro solicitado junto à Agência de Inovação da USP (AUSPIN) e está pronto para a fabricação em escala. Poderá ser facilmente adquirido pela classe médica, além de poder ser empregado em laboratórios de ensino em universidades e no ensino médio.
“A técnica de espectroscopia de impedância pode ser aplicada em inúmeras áreas da saúde e, inclusive, pode ser acoplada a dispositivos vestíveis. Dependendo do software instalado, poderá fornecer informações à distância, o que abre um novo universo de oportunidades”, comemora Lorenzo.
Para o Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior “Um instrumento como o Simple-Z é um sonho antigo do Grupo de Polímeros e de seus parceiros nos trabalhos de sensores e biossensores. Sempre ficávamos frustrados de não poder fazer a detecção fora de um ambiente de laboratório, e os espectrômetros portáteis são muito caros. Com o Simple-Z, poderemos finalmente fazer medidas em qualquer lugar e a baixo custo. Ressalto que o custo do instrumento é barato porque o Lorenzo propôs soluções de software que eliminaram limitações dos componentes eletrônicos utilizados”.
O Simple-Z inclui circuitos que geram os sinais e medem a resposta, transmitindo a mesma de forma instantânea para o computador, onde fica registrada em uma base de dados. Para fazer a medição de qualquer fluido, basta ligar o aparelho num sensor ou biossensor sobre o qual é depositado o fluido. A detecção é assim feita em poucos minutos. Neste momento, falta apenas desenvolver uma interface amigável para um usuário sem nenhum tipo de treinamento.
Segundo o jovem pesquisador, o custo de mercado deste equipamento poderá ser de cerca de R$ 1.300,00 (~ U$D 250) cada unidade.
*Por: Rui Sintra - IFSC/USP
Os mais significativos resultados de projetos tecnológicos desenvolvidos no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP)
SÃO CARLOS/SP - A Unidade EMBRAPii do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) - primeira unidade Embrapii credenciada na região - irá realizar a partir do dia 27 de novembro, o lançamento dos mais significativos resultados dos projetos tecnológicos mais relevantes desenvolvidos no Instituto, em parceria com cerca de duas dezenas de empresas, cujo foco se centraliza na área da saúde humana, saúde ambiental ou melhoria na produção de alimentos, com grandes benefícios para a sociedade.
Assim, no dia 27 de novembro, às 17h00, será lançado o projeto intitulado “Desenvolvimento de Instrumentação para monitoramento da fermentação do mosto de bebidas por espectroscopia infra-vermelho e da bebida final”, realizado em parceria com a empresa BR Tecnologia em Bebidas Lda.. Nesta apresentação, serão divulgados os resultados do citado projeto e a apresentação de um novo produto que auxiliará as cervejarias de todos os tipos a avaliar a cor e o amargor da cerveja.
O segundo projeto a ser apresentado será lançado no dia 04 de dezembro, às 17h00, subordinado ao tema “Desenvolvimento de Processo e Planta para a Síntese Química de Curcumina e Aplicações do Ativo como Fotossensibilizador em Estudos que envolvam Terapia Fotodinâmica”, pela empresa PDT Pharma Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Lda..
Todos os eventos serão online e abertos à participação de todos os interessados, com explicações e demonstrações sobre os temas.
A Unidade EMBRAPPii do IFSC/USP tem plena certeza de que as parcerias estabelecidas com os setores empresarial e industrial são as formas mais eficazes de transferir o conhecimento inovador gerado na Universidade diretamente para a sociedade, consolidando, assim, a contribuição da cidade de São Carlos para o desenvolvimento do País.
Para participar nos eventos acima citados, acesse o link.
https://www.youtube.com/sitecepof
Para obter informações adicionais, utilize o email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
(Rui Sintra - IFSC/USP)
Realizada por alunos da UFSCar e da USP, projeto faz doações para instituições da cidade.
SÃO CARLOS/SP - A Operação Natal, projeto de extensão desenvolvido por alunos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade São Paulo - São Carlos (USP), realiza até sábado (21), a SemaNatal. O evento é uma adaptação ao "Dia de Mercado", ação realizada anualmente pelo grupo para conscientizar as pessoas sobre a importância da doação e arrecadação de donativos para instituições de São Carlos.
Durante toda a semana, qualquer pessoal pode fazer doações de alimentos não perecíveis, itens de higiene pessoal e limpeza em caixas identificadas, nos supermercados das redes Jaú e Savegnago e no Supermercado Arco-Íris. No sábado (21), os estudantes também vão promover um drive thru, das 10h às 19h, no Kartódromo.
"Devido a pandemia, adaptamos o nosso projeto. No sábado, faremos arrecadação de donativos, venda de produtos do projeto e de pães feitos pela instituição ACORDE e entrega de algumas lembrancinhas como forma de agradecer à população", afirmou Murilo Destro, um dos coordenadores da Operação Natal.
Todas as ações estão sendo realizadas cumprindo as orientações de distanciamento social e protocolos sanitários. Mais informações do projeto podem ser obtidas no Facebook @operacaonatalsc.
Operação Natal - A Operação Natal é um projeto de extensão criado em 2006, pelo Programa de Educação Tutorial (PET), da Engenharia de Produção, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), organizado por estudantes da UFSCar e da USP. Na UFSCar, o projeto de extensão nº 23112.009333/2020-94 é coordenado pela docente Denise Balestrero Menezes, do Departamento de Engenharia Civil (DECiv), da (UFSCar). Na USP-São Carlos, o projeto é coordenado pela docente Solange Rezende, do ICMC-USP. O projeto tem como missão espalhar a magia do Natal por meio de uma atuação sinérgica do grupo e impactar a vida de pessoas carentes por meio de ações de responsabilidade social.
Organização do Realiza-se nos dias 18 e 19 de novembro, este ano de forma virtual, a 4ª edição da Escola de Pesquisadores da USP, um evento organizado pelo Portal da Escrita Científica do Campus USP de São Carlos, sob coordenação do Prof. Dr. Valtencir Zucolotto, docente e pesquisador do IFSC/USP.
SÃO CARLOS/SP - Como tem sido habitual, este evento terá como público-alvo alunos de pós-graduação e pós-docs, técnicos de nível superior, professores e pesquisadores que exercem suas atividades em qualquer área do conhecimento, que pretendam aumentar suas potencialidades em pesquisa básica e aplicada, principalmente no que diz respeito a temas de grande importância, com alto impacto, adquirindo, desta forma, conhecimentos preciosos para melhor executarem seus trabalhos no estado da arte, contribuindo, assim, para o avanço da ciência e tecnologia no País.
Para além deste fator importante, os participantes desta 4ª Escola de Pesquisadores da USP terão a oportunidade de conhecer os vários aspectos relacionados com a Ética em Pesquisa, a produção de artigos científicos internacionais de alto impacto, através de escrita apropriada, bem como a produção de artigos de revisão e escrita de livros ou capítulos de livros científicos. Este evento irá proporcionar, ainda, um conhecimento alargado sobre as principais ferramentas disponíveis para a realização de revisões bibliográficas, treinamento em bases de dados e gerenciamento de referências.
Espera-se, como resultado final, que os participantes deste evento possam gerar um elevado nível de conhecimento e inovação, auxiliando na formação de novos recursos humanos altamente capacitados.
Para conferir a programação desta 4ª Escola de Pesquisadores da USP (que fornecerá certificados de participação), clique em
Para se inscrever, clique no link abaixo
https://doity.com.br/4-escola-de-pesquisadores-do-campus-usp-so-carlos
Informações complementares poderão ser fornecidas através do e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Por: Rui Sintra - Assessoria de Comunicação - IFSC/USP
O foco é combater infecções durante o uso de ventilação mecânica
SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) finalizaram o processo de desenvolvimento de um tubo endotraqueal especial que evita a formação de colônias bacterianas, evitando, dessa forma, infecções. O trabalho foi recentemente publicado pela prestigiosa revista da Academia Americana de Ciências – Procedings of the National Academy of Science (PNAS), no último mês de agosto.
O processo de intubação nada mais é que a introdução de um tubo na traqueia, um procedimento médico rotineiro que se realiza sempre que existe a necessidade de auxiliar a respiração de pacientes que estejam com doenças respiratórias, ou pelo fato do sistema nervoso estar comprometido em dar o comando aos pulmões para inflarem e desinflarem.
O designado tubo endotraqueal é, de fato, um objeto estranho ao corpo humano, sendo que na região da traqueia onde ele fica instalado existem mucos e outros fluidos, que, em situação normal, são constantemente trocados. Porém, na presença do tubo, esses fluidos e mucos acumulam-se e, devido a esse fato, inicia-se um processo de multiplicação bacteriana e as infecções se estabelecem, sendo muito comum os pacientes intubados contraírem pneumonia.
O trabalho dos pesquisadores do Grupo de Óptica do IFSC/USP consistiu em aderir aos tubo endotraqueal uma molécula de curcumina - que é totalmente amigável ao ser humano, não causando nenhum problema -, seguindo-se a introdução, nesse tubo, de uma fibra óptica - pouco mais grossa que um fio de cabelo - que ilumina o interior do tubo.
Dessa forma, quando as moléculas são iluminadas, um processo chamado “ação fotodinâmica” ocorre na superfície do tubo, produzindo espécies reativas de oxigênio, que atacam as bactérias, evitando assim qualquer infecção.
A equipe de pesquisadores está agora realizando mais testes e ensaios para, finalmente, testar em seres humanos.
Se este protocolo for bem sucedido, a solução poderá ser um alivio para os problemas de infecção relacionados com a ventilação mecânica em todo mundo, especialmente agora, em um momento grave onde as infecções respiratórias são as principais preocupações relacionadas com a pandemia da COVID-19.
Esta pesquisa teve a colaboração de pesquisadores da Universidade de Coimbra (Portugal).
*Por: Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP
Ataque quimioterápico e estimulação do sistema imunológico em câncer de pâncreas
SÃO CARLOS/SP - Um artigo científico publicado em julho último na revista Materials Advance (Royal Society of Chemistry - UK), dá a conhecer uma importante pesquisa realizada por pesquisadores do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia do Instituto de Física de São Carlos (GNano-IFSC/USP), onde é apresentada uma nanocápsula com biofuncionalidade. Ainda em fase de pesquisa “in vitro”, os pesquisadores do GNano desenvolveram este novo formato de nanocápsulas especialmente dedicado ao combate do câncer de pâncreas, com uma atuação simultânea em duas frentes distintas, como explicamos a seguir.
O Paclitaxel e a Gemcitabina - designação de dois quimioterápicos de primeira linha que atualmente são administrados a pacientes que se submetem a quimioterapia - provocam inúmeros efeitos colaterais, já que eles se espalham por todo o corpo. Neste trabalho científico, os pesquisadores desenvolveram uma nanocápsula que transporta estes dois quimioterápicos diretamente para o tumor, incidindo sua ação até neutralizá-lo e sem efeitos colaterais para o paciente. Por outro lado, os pesquisadores revestiram essa nanocápsula com uma membrana extraída da própria célula tumoral do paciente, o que provoca um ataque do sistema imunológico à célula cancerígena. Ou seja, a nanocápsula provoca um duplo ataque, simultâneo, ao câncer de pâncreas, algo que é considerado inovador em termos de nanomedicina.
Edson José Comparetti (28), primeiro autor do artigo científico e aluno de doutorado do IFSC/USP, salienta o fato de ter querido, neste trabalho, aprimorar a técnica de entrega de fármacos através de nanocápsulas. “Quis aprimorar essa entrega de quimioterápicos e para isso tive que utilizar membranas, nanopartículas lípidas, que são sintetizadas a partir das membranas das células cancerígenas. Então, a equipe extraiu a membrana da célula cancerígena, sintetizou uma nanopartícula com ela e conjugamos com os dois quimioterápicos - Paclitaxel e a Gemcitabina -, que são usualmente utilizados para tratamento do câncer de pâncreas. A vantagem de usar esse nanosistema é que quando extraímos a membrana da célula cancerígena, ela vem com proteínas que funcionam como direcionadoras dessa nanopartícula, e que vai facilitar a entrega dos citados nquimioterápicos à célula neoplásica. O maior diferencial deste artigo é que ele traz uma análise de imunomodelação dessas nanopartículas em monócitos do nosso sange periférico e em especial nas células dendriticas, que são as principais apresentadoras de antígeno, de material antigênico, para os linfócitos, que irão induzir uma resposta citotóxica contra a célula doente. Quando extraímos a membrana da célula cancerígena, ela vem com grande quantidade de material antigênico. Esse é o diferencial desta nanopartícula, pois carrega proteínas do câncer para a célula imunocompetente, que irá direcionar uma resposta uma resposta para a célula cancerígena - a célula doente. As nossas células expressam proteínas de adesão, incluindo quando podemos desenvolver câncer, sendo que no tecido existente entre as células existe uma grande quantidade de proteínas de adesão”, explica o jovem pesquisador.
O Coordenador do GNano, Prof. Valtencir Zucolotto (IFSC/USP), classificou este trabalho como excelente. “É um excelente artigo científico, que abre portas para novos desenvolvimentos e novas realidades. A partir daqui temos que aguardar que cesse esta emergência mundial relativa à pandemia, para iniciarmos os ensaios pré-clínicos com modelos animais”.
Além de Edson Comparetti, assinam este artigo cientifico os pesquisadores João Quitiba, Paula Lins e Valtencir Zucolotto.
*Por: Rui Sintra (IFSC/USP)
SÃO CARLOS/SP - Dirigida a todo(a)s o(a)s deputado(a)s da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o Professor Titular da Universidade de São Paulo e Diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Bagnato, manifesta-se contra o PL-529/2020, que, resumidamente, confisca as reservas das Universidades Estaduais Paulistas e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), medida essa que levará a consequências desastrosas para a ciência nacional e para a sociedade brasileira.
Já anteriormente, desde agosto do corrente ano, a diretoria do IFSC/USP, na pessoa do Prof. Vanderlei Bagnato, se manifestou contra este PL através de uma primeira carta aberta, não só internamente, para alunos, funcionários e docentes, como também, posteriormente, como Presidente do Conselho Gestor do Campus USP de São Carlos, a todos os diretores e restante comunidade do Campus.
Talvez a sociedade brasileira ainda não tenha enxergado o enorme prejuízo que esse Projeto Lei (PL) - se aprovado - vai acarretar para todos os cidadãos, atendendo a que a ciência que se faz no Estado de São Paulo impacta em todo o Brasil, em prol dessa mesma sociedade. Contudo, os cientistas que desde março suspenderam as pesquisas que estavam sendo feitas para combater um conjunto lato de doenças graves, para assumirem as primeiras fileiras na luta desigual contra a pandemia, sabem perfeitamente os riscos que a ciência corre, caso esse Projeto Lei seja aprovado.
E é nesse sentido que o Diretor do IFSC/USP despiu seu jaleco e se dirigiu como cidadão comum aos deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, cuja carta-aberta do cientista abaixo reproduzimos na íntegra.
“Prezado(a) Deputado(a),
Como cidadão do Estado de São Paulo, tenho interesse no progresso e otimização do Estado para podermos vencer de forma adequada a atual crise instalada. Se por um lado concordo com otimizações e renovações necessárias, por outro temo mudanças em setores que comprovadamente funcionam como molas propulsoras do desenvolvimento do Estado. Imagine o Estado de São Paulo com uma Universidade Estadual Fraca e com uma FAPESP deficitária? Estaríamos promovendo um enorme retrocesso, com grandes impactos sociais, econômicos e mesmo político. Somos referência Nacional pois já há anos tratamos formação de pessoas, geração de conhecimento e desenvolvimento tecnológico com maturidade. O papel das Universidades Estaduais, e da FAPESP na realidade do Estado não são insignificantes. Dezenas de milhares de empregos gerados, milhares de novas empresas de tecnologia formadas, atração de investimentos externos e mais importante, cuidado de nossa população com aquilo que há de mais moderno em tratamentos para a saúde. Tudo isto tem sido feito pelas universidades estaduais e principalmente pela FAPESP. Desta forma, solicito seu empenho para votar contrário ao Artigo 14 do Projeto de Lei 529/2020 e ao Artigo 3º das Disposições Transitórias. Qualquer forma de retirada de recursos das Universidades Públicas Paulistas e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) é um mau exemplo de cidadania para com este Estado, que poderá ter consequências irreparáveis.
Valorizo a democracia, amo este estado e confio em nosso legislativo para ser coerente e correto nos assuntos relevantes".
Atenciosamente,
Vanderlei S. Bagnato
Cidadão Paulista- Residente em São Carlos - SP
*Por: Rui Sintra - IFSC/USP
SÃO CARLOS/SP - Nos dias 15, 16 e 17 de setembro ocorrerá a primeira edição do evento Mercado Conecta, evento online e gratuito que contará com a presença de grandes empresas de diferentes ramos, com o propósito de ajudar no desenvolvimento pessoal e profissional de estudantes universitários.
O evento foi elaborado pelo Iniciativas Mercado, grupo de extensão da USP de São Carlos, que é referência em atividades alinhadas ao mercado de trabalho na cidade de São Carlos. Por conta da pandemia e paralisação das atividades acadêmicas, o grupo sentiu a necessidade de se adaptar para continuar promovendo a aproximação entre estudantes e empresas. Com isso criaram esse novo formato de evento, em que a interação universitários-empresas será dada por meio de palestras e salas paralelas para quem quiser mais informações sobre as companhias.
Grandes nomes estarão participando do evento, ao todo serão 9 empresas e são elas: Ambev, A.T.Kearney, B2W, Magazine Luiza, McKinsey, Motorola, Movile, Onovolab e P&G.
Para participar do Mercado Conecta basta inscrever-se pelo site: https://www.even3.com.br/mercadoconecta/. Mais informações nas redes sociais do grupo Iniciativas Mercado: @iniciativasmercado , no Instagram; e Iniciativas Mercado - USP São Carlos, no Facebook.
Pastas, livros e documentos entram no rol
SÃO CARLOS/SP - Um melhor entendimento sobre a COVID-19 originou uma maior preocupação por parte dos cientistas e, consequentemente, de todos quantos se perfilaram no combate à pandemia.
As tecnologias voltadas para esse combate foram aparecendo rapidamente e promoveram melhorias consideráveis nas condições ambientais que minimizaram, em elevado grau, as chances de contaminação. Apesar de nada poder ser descartado, em especial os itens de proteção pessoal (máscaras e sanitizantes para mãos), ainda existem alguns desafios importantes que deverão ser vencidos.
Dentre estes está a descontaminação de dinheiro, item de grande circulação entre as pessoas, livros das bibliotecas e, principalmente, documentos que ainda têm a particularidade de passar de mão em mão nos diversos setores administrativos públicos e privados. Imaginemos quantos processos judiciais um jurista tem que manusear todos os dias e dividir com diversos colegas e funcionários? E as notas de dinheiro?
Todos sabem a alta circulação que eles apresentam.
Em um supermercado, o dinheiro pode chegar a passar por três mãos em menos de cinco minutos, sendo um dos itens mais contaminados que temos: e todos continuam andando com ele nos bolsos. Em um pedágio, o dinheiro pode circular por diversas mãos no espaço de poucos minutos. Estes itens, também precisam ser descontaminados. Como fazer?
Imagine passar uma luz ultra-violeta em todas páginas de um processo, ou mesmo borrifar álcool nas notas de dinheiro. Um trabalho moroso, complicado.
Pensando nisto e nas necessidades da própria Universidade de São Paulo, o Instituto de Física de São Carlos, da USP, tendo como base a anterior criação de modelos similares, desenvolveu um sistema constituído por ciclos de vácuo (remoção do ar) e injeção de ozônio (gás sanitizante) para diminuir a contaminação destes itens. A designada Câmara de Ozônio, desenvolvida em parceria com duas empresas e com o apoio do programa EMBRAPII e FAPESP, consegue descontaminar, de forma eficiente, dinheiro, livros e documentos, minimizando o transporte dos microorganismos entre os usuários do mesmo item.
O sistema funciona colocando os itens em seu interior, fazendo vácuo, sendo que todo ar é retirado, mesmo entre as páginas de um livro ou entre as notas de um pacote de dinheiro. Após completado o ciclo de vácuo, gás ozônio é injetado na câmara, penetrando em todos os espaços que antes eram ocupados pelo ar. Como o gás ozônio oxida vírus e microorganismos em geral, ele promove a descontaminação dos itens sem haver a obrigação de, manualmente, descontaminar página a página, ou nota por nota.
Testes feitos com inóculos de microorganismos em pastas de processos, livros e pacotes de dinheiro, mostraram uma alta eficiência neste sistema. Os resultados mostrados abaixo demonstram esta eficiência.
De um modo geral, atinge-se mais de três casas logarítmicas de descontaminação, que representam diminuição de 99,9% dos microorganismos com três ciclos de vácuo-ozônio, um processo que leva menos de cinco minutos cada.
O processo é eficiente e preserva a qualidade dos itens processados, de modo que, por iniciativa da Pró-Reitoria da Universidade de São Paulo, começará a ser utilizado em muitas das unidades que precisam deste tipo de processamento.
Segundo o coordenador do projeto, Prof. Vanderlei Bagnato, a câmara de ozônio foi primeiro usada na descontaminação de máscaras para uso hospitalar, mas na verdade, ela serve para muito mais, sendo que agora chegou a hora de usar esta tecnologia para outros fins. Segundo Bagnato, o processo é altamente seguro e não expõe os usuários a qualquer contato com o ozônio.
Talvez no Brasil não seja necessário fazer o que a China fez, que teve que destruir grandes quantidades de dinheiro para de alguma forma conter a contaminação das pessoas.
*Por: Rui Sintra - IFSC/USP-CEPOF
A Agência de Comunicações Eca Jr. (USP) promoverá a feira de recrutamento e conteúdo Matraca Seis nas plataformas digitais do evento. A iniciativa pretende unir o mercado de comunicação ao público universitário, permitindo trocas e experiências no meio virtual.
SÃO PAULO/SP - A partir do dia 30 de julho, alunos de todo o país terão acesso à conteúdos especiais oferecidos pelas plataformas digitais da Matraca, a primeira feira de recrutamento e conteúdo do Brasil, feita por comunicadores para comunicadores.
Promovida pela Agência de Comunicações Eca Jr. (USP), a Matraca tem como objetivo unir o mercado de comunicações ao público universitário com trocas de experiências sobre o mercado de trabalho e conteúdos de comunicação. Em sua 6ª edição, a feira que reuniu nas edições passadas empresas como Facebook, Google, Grupo Globo, Senac e Wmccann, apresenta agora um formato inédito, adequado ao cenário vivido pela pandemia da Covid-19.
No mês de Agosto, durante duas semanas, o evento reunirá conteúdos exclusivos de várias empresas, que poderão ser acessados a qualquer momento nas plataformas digitais da Feira - Site, Facebook e Instagram. A Matraca é uma forma de trazer para perto esses dois pontos de contato, empresas e universitários, reunindo pautas de atualidades, mercado de trabalho, tendências, diversidade e sociedade. A ação é relevante para o público jovem, pois muitos têm grandes expectativas em relação ao seu futuro no trabalho, ainda mais considerando o momento de pandemia.
Nesta edição, o evento conta com o apoio da Dobra e Ecogabs do Brasil e apresenta um sistema de “gamificação” para os estudantes que se inscreverem e se atentarem aos conteúdos oferecidos. Os melhores colocados concorrerão aos kits Matraca com brindes dos apoiadores.
A presença da feira nos meios digitais não nasceu apenas nesse momento: a relação com seus públicos vem sendo construída durante todo o ano, servindo como fonte de informação no oferecimento de linhas editoriais que versam sobre entretenimento, matérias de atualidades, recomendações de conteúdos e divulgação de oportunidades de trabalho em grandes empresas. Além disso, o blog com o editorial “Fala Matraca!”, foi desenvolvido pelo seus organizadores a fim de expressar o ponto de vista do evento sobre os assuntos relevantes no momento.
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