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BELÉM/PA - Os efeitos das mudanças climáticas naturais ocorridas ao longo de milhares de anos na Amazônia estão registrados no genoma de pássaros do gênero Willisornis. Também conhecidas como rendadinhos ou formigueiros, estas aves tiveram uma redução da sua diversidade genética ao longo do tempo, sobretudo devido às transformações ambientais ocorridas no período de glaciação. É o que aponta um estudo brasileiro que vinha sendo desenvolvido desde 2016 através da colaboração de diferentes instituições científicas.

Os resultados foram descritos em um artigo publicado nea quarta-feira (24) na revista científica Ecology and Evolution, publicação internacional voltada para a divulgação de pesquisas em ecologia, evolução e ciências da conservação. Apesar de tratar de eventos passados, os achados podem contribuir para a análise de possíveis efeitos do aquecimento global, fenômeno atualmente em curso impulsionado pela ação do homem no planeta.

O estudo foi coordenado pelo Instituto Tecnológico Vale - Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS). Criado em 2010 com sede em Belém, trata-se de um braço da mineradora Vale dedicada ao fomento da pesquisa científica. Houve ainda envolvimento da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade de Toronto, no Canadá.

Rio de Janeiro (RJ) 25/04/2024 - Mudanças climáticas do passado impactaram genética de ave na Amazônia Subir essas fotos para o Mosaico, a fim de colocar na matéria sobre mudanças climáticas. 
Foto:  Bruno Rennó / WikiAves

Mudanças climáticas do passado impactaram genética de ave na Amazônia. Foto: Bruno Rennó / WikiAves

 

Segundo o biólogo Alexandre Aleixo, pesquisador do ITV-DS que liderou o estudo, os pássaros do gênero Willisornis são considerados bioindicadores naturais da Amazônia. Significa que são seres vivos que podem ser utilizados para avaliar a qualidade ambiental do bioma onde vivem.

"Os pássaros do gênero Willisornis só vivem próximos ao solo de floresta úmida. Eles não conseguem habitar em nenhum outro ambiente. Então eu posso dizer que a distribuição dele indica a presença de floresta úmida. Pode parecer redundante. Mas quando a gente olha para o contexto histórico e prova, através da pesquisa científica, que os Willisornis estavam presentes nessa região da Amazônia há 400 mil anos, temos um indicativo muito seguro de que a floresta também estava presente nesse lugar, naquele período", explica Aleixo.

O estudo envolveu o sequenciamento do genoma completo de nove pássaros, oito deles realizados pelos pesquisadores brasileiros e um por cientistas canadenses. As informações contidas no DNA das aves passaram por uma análise. Modelos computacionais foram usados para compreender questões como a dinâmica do tamanho das populações e as relações de parentesco entre os indivíduos.

Aleixo explica que foi realizada uma análise coalescente, que permite obter um retrato retrospectivo da genética populacional. É a mesma técnica usada nos testes de ancestralidade, que se popularizaram nos últimos anos na Europa e nos Estados Unidos e que também já existe no Brasil. Por meio deles, é possível obter, a partir de uma amostra de saliva, informações do genoma de qualquer pessoa.

O teste irá mostrar as origens geográficas do DNA, indicando as regiões de onde vieram seus ancestrais, e pode revelar outras informações como o risco de desenvolver determinadas doenças. No Brasil, já existem empresas ofertando o serviço que prometem revelar o passado com base em dados de até oito gerações.

"No caso dos Willisornis, a gente também buscou essa cápsula do tempo que está registrada no DNA e ela nos permitiu que a gente chegasse numa resolução de 400 mil anos para cá, para o genoma de cada indivíduo. A datação é amparada por vários estudos", explicou Aleixo.

O biólogo acentuou também que as mudanças climáticas influenciam processos de expansão e retração da cobertura vegetal da Floresta Amazônica. Dessa forma, essas aves enfrentaram um cenário crítico no interstício que vai de 80 mil até 20 mil anos atrás, quando houve uma redução da área de mata fechada em decorrência da glaciação. De acordo com o pesquisador, já há estudos que apontam para mudanças drásticas no regime de chuvas nessa época, com estimativas que indicam uma queda de 40% a 60% no volume de precipitações. Passado esse período, a Floresta Amazônica voltou a se expandir para atingir o formato como a conhecemos atualmente.

"Com menos cobertura vegetal, as populações de Willisornis acabam se reduzindo e, consequentemente, apresentam taxas mais elevadas de cruzamentos entre parentes. Isso resulta em menor diversidade genética", explica Aleixo. O que surpreendeu os pesquisadores, no entanto, foi a resiliência dessas aves, que demostraram capacidade de sobrevivência mesmo em uma situação adversa.

Vista aérea de floresta e rios da Amazônia

Os pássaros do gênero Willisornis só vivem próximos ao solo de floresta úmida.  - Valter Campanato/Agência Brasil

 

"O que vemos é que a floresta úmida se comporta como uma sanfona ao longo do tempo. Ela aumenta em períodos interglaciais e diminui em períodos glaciais. E isso deixa um impacto no genoma das espécies. Conforme a teoria genética de populações, quando você tem populações que são muito homogêneas, que não são tão diversas do ponto de vista genético, elas tendem à extinção. Chama atenção que os Willisornis são pássaros que não migram, não se deslocam muito. Eles têm um raio de ação muito pequeno. E mesmo essas drásticas reduções populacionais não foram suficientes para extinguir a espécie."

A pesquisa mostrou que esse processo ocorreu em toda a extensão florestal, mas não na mesma intensidade. Os nove pássaros que tiveram seus genomas sequenciados são de diferentes localidades e foi observada uma variação genética bem mais limitada no sul e no sudeste da Amazônia. De acordo com os pesquisadores, os resultados corroboram a tese de que essas regiões experimentam transformações mais significativas durante períodos secos, quando a floresta úmida se converte em ambientes abertos, como cerrados.

"Chamou atenção esse declínio maior no sul e sudeste. A gente sabe que mudanças climáticas impactaram Amazônia, isso está consolidado na literatura científica. Mas não existe ainda uma ideia muito clara de como cada setor se comportou. A gente consegue ver na nossa pesquisa que essa retração florestal não foi homogênea em toda a extensão do bioma. Essa parte que fica bem na transição entre a Amazônia e o Cerrado foi muito mais impactada do que as outras áreas", revela Aleixo.

Aquecimento global

Embora seja esperado que o planeta enfrente mudanças climáticas ao longo do tempo, as alterações atualmente em curso geram preocupações de cientistas. Nas últimas décadas, vem sendo registrado um aumento anormal da temperatura média do planeta, influenciado pela ação humana. A comunidade científica vem chamando atenção para as consequências alarmantes caso se mantenha o ritmo desse aquecimento global.

De acordo com Aleixo, embora não forneça dados específicos do período presente, o estudo com os Willisornis pode contribuir para um planejamento de ações voltadas para mitigar os efeitos das alterações climáticas em curso. "De certa forma, a gente já consegue inferir o que pode acontecer", diz ele, mencionando a existência de estudos que já fazem projeções sobre a Amazônia.

Rio de Janeiro (RJ) 25/04/2024 - Mudanças climáticas do passado impactaram genética de ave na Amazônia Subir essas fotos para o Mosaico, a fim de colocar na matéria sobre mudanças climáticas. 
Foto: ITV-DS / Divulgação

O estudo foi coordenado pelo Instituto Tecnológico Vale - Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS). Criado em 2010 com sede em Belém, trata-se de um braço da mineradora Vale Foto: ITV-DS / Divulgação

Ele chama atenção para desafios envolvendo as unidades de conservação. "Muitas vezes, adota-se a premissa de que, uma vez demarcada, a única coisa que precisaria ter é um trabalho ali de vigilância para evitar o desmatamento. Ou seja, a unidade está lá conservada e ponto final. Mas, na verdade, ela está totalmente despreparada para lidar com as mudanças climáticas. Mesmo em uma área conservada e cercada, você vai ter uma degradação em função do clima e da mudança na distribuição de chuvas", diz.

Dessa forma, pesquisas como a desenvolvida com os Willisornis podem contribuir para se pensar ações de conservação da biodiversidade. "A gente tem que ter indicativos, por exemplo, de quais são as populações que têm maior chance de sobreviver nesses locais diante da mudança climática. Isso permite estabelecer, por exemplo, estratégias de reintrodução ou de criação corredores de conexão. Mas eu preciso saber exatamente o que esse corredor vai estar conectando. Vai fazer diferença para essa espécie?", questiona Aleixo.

Os pesquisadores já trabalham com derivações do estudo. Eles querem encontrar, no genoma, explicações para a resiliência dos Willisornis. "Eles têm algumas características que permitiram a essas aves se adaptarem a uma Amazônia mais seca, a uma Amazônia bastante perturbada. A gente sabe que a fauna se adapta e que existe uma resiliência para lidar com as mudanças climáticas. Mas esses estudos também nos ajudam a entender qual o limite dessa resiliência", diz Aleixo. Já está em andamento também uma avaliação do genoma de outras espécies da fauna e da flora da Amazônia, entre elas a palmeira de açaí, a castanheiras e alguns lagartos.

 

 

Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - Uma ave conhecida como ‘mãe-da-lua’ foi vista nesta quarta-feira, 31,  no Condomínio Tibaia de São Fernando 2 em São Carlos. 

A aparição da ave chamou a atenção dos moradores que passava pelo local. O registro foi feito por Marina, seguidora do São Carlos no Toque e moradora do condomínio, ela conta que sempre ouviu o canto da ave que parece um assovio mas nunca viu de perto uma.

O nome da mãe-da-lua é urutau, que em tupi significa “ave fantasma”. As penas acinzentadas com tons de marrom se misturam às cores dos troncos das árvores, situação incomum no mundo das aves, que não costumam se camuflar.

A mãe-da-lua é comum em bordas de florestas, cerrados e campos com árvores, mas também pode ser vista em locais abertos, inclusive dentro das cidades. A ave ocorre em todo o Brasil e tem o hábito de cantar à noite.

Ao contrário de muitas aves, o urutau não constrói ninho. Sua reprodução se dá numa cavidade natural na ponta de um tronco ou galho quebrado de uma árvore a poucos metros do solo.  Coloca um único ovo esbranquiçado com pequenas manchas cinzento-violáceas e pardacentas, que mede aproximadamente 40 x 25 mm, sendo incubado pelo macho por aproximadamente 33 dias.  O filhote nasce com penugem branca e permanece no ninho por cerca de 51 dias.
Muitos mitos rondam o Urutau, um deles é que antigamente Quando ele cantava era certeza de morte de gente próxima. 

De acordo com a classificação da IUCN (International Union for Conservation of Nature), seu estado de conservação é considerado como uma ave rara e sua conservação preocupante(LC).

 

 

SÃO CARLOS NO TOQUE

FORTALEZA/CE - Desde o início do período colonial, as aves do grupo dos psitacídeos, entre elas os periquitos, estavam entre os exemplares mais cobiçados pela metrópole. Em um período mais moderno, o tráfico de animais silvestres aliado ao desmatamento passou a exercer ainda mais pressão sobre a fauna brasileira. Muitos grupos, como o periquito cara-suja, passaram a correr sérios riscos de desaparecer por completo.

Um projeto ambiental, porém, tem conseguido sucesso na missão de trazer o periquito cara-suja de volta à natureza. “Os resultados positivos do nosso projeto são consequências de um tripé, que há 14 anos está sendo montado”, afirma o biólogo Fábio Nunes, coordenador técnico do projeto Cara Suja mantido pela ONG cearense Aquasis, com recursos internacionais da Loro Parque Fundación, da Espanha, e da alemã ZGAP.

De acordo com o cientista formado pela Universidade Federal do Ceará, o engajamento da sociedade, o suporte financeiro contínuo e a capacidade técnica desenvolvida pela equipe explicam o retorno da espécie. “Estamos falando de um dos dois projetos que conseguiram recuperar a população de uma espécie de ave no Brasil. O outro é o da arara-azul de lear na Bahia”, afirma Nunes.

No caso do cara-suja, é preciso um "pacote ecológico" para que trazer a ave de volta. O crescimento da população das aves, principalmente na Serra do Baturité, no interior do Ceará, tem relação com a maior preservação da mata, dentro de uma unidade de conservação. E, se a mata está preservada, o ciclo se completa: há mais água potável de nascentes e mais ar limpo - processos fundamentais para o futuro do planeta em tempos de mudanças climáticas.

“Além do tráfico de animais, o grande problema em termos de reprodução é a falta de cavidades naturais para os animais se reproduzirem. Esse periquito usa, por exemplo, espaços ocos feitos por pica-paus e outros animais”, explica o biólogo da Aquasis. Para contornar essa dificuldade, resultado direto do desmatamento das matas do Nordeste do Brasil inseridas no bioma Mata Atlântica, os cientistas desenvolveram um método relativamente simples, considerado hoje um dos mais bem sucedidos do mundo em termos de reprodução de aves em ambiente natural.

 

Caixa-ninho

A caixa-ninho, idealizada e montada pela equipe do projeto, imita as cavidades naturais dos troncos vegetais usados normalmente para a gestação dos ovos que vão dar os filhotes. A reprodução do cara-suja ocorre apenas uma vez por ano, entre fevereiro e junho. A fêmea coloca em média 6 ovos. “É nessa etapa que entra a importância do engajamento da população local”, explica Nunes. Os ninhos artificiais são colocados em 55 sítios diferentes. E as caixas são monitoradas todo o tempo pelos moradores locais, para que a predação, pelo homem, não ocorra.

“Entre 2010 e 2022 voaram aproximadamente 2,3 mil filhotes", comemora Nunes. E a expectativa com a próxima etapa do trabalho, a realização de um censo mais recente sobre a população de cara-suja no Ceará, só cresce. “Em 2010, tínhamos mais de 100. Agora, quando os próximos números saírem, em breve, devemos ter um crescimento de 1.000%. Ou seja, temos mais de mil indivíduos da espécie na natureza”, explica o biólogo.

A contagem dos animais nas matas cearenses também é feita por um grupo de 160 voluntários, que seguem uma metodologia baseada em estudos sobre a biologia dos animais. “Eles ficam parados em um mesmo ponto e fazem uma contagem simultânea.”

O lado educacional do projeto – agora, segundo Nunes, muitos moradores e proprietários de terra entendem a importância da preservação tanto das matas quanto da espécie – é apenas um dos legados que estão se consolidando no Ceará.

A questão das políticas públicas também poderá ter desdobramentos em breve. O fato de o cara-suja aparecer na próxima lista estadual de espécies ameaçadas de extinção (status que já melhorou em relação ao passado) vai ser benéfico para a espécie, avalia Nunes. “Isso é importante porque o tema também deve virar prioridade em nível estadual. Todo esse trabalho é fruto de um monitoramento lento e constante. Todo tempo, quase, precisa ter alguém em campo.”

Os resultados da Serra do Baturité começam também a ser replicados em outras regiões do Ceará, como na Serra da Aratanha, onde o trabalho já começou. A ideia do grupo ainda é espalhar os filhotes, respeitando todo o conhecimento genético e ecológico que se tem da espécie, para outras 14 regiões cearenses.

 

 

Eduardo Geraque / ESTADÃO

BELO HORIZONTE/MG - Atualmente, a ave bacurau-de-rabo-branco, que vive no cerrado brasileiro, com registros nos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, consta nas listas oficiais das espécies ameaçadas de extinção do Ministério do Meio Ambiente e também da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).   Diante do preocupante cenário, o ideal, segundo especialistas, seria que todos os estados recebessem projetos com o objetivo de encontrar novas populações da espécie, a fim de identificar as principais ameaças nas regiões que ela habita, com propostas de ações para a sua conservação e, assim, auxiliando na redução do seu status de ameaça de extinção.  

O projeto, denominado "Onde está o bacurau?" e que busca auxiliar na redução do status de ameaça de extinção encontrando novos grupos da ave no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, recebeu no final da semana passada mais de R$ 260 mil em recursos da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios Paranaíba e Baixo Rio Grande.   O termo de destinação de R$ 260.060,00 ao projeto, que tem duração de 24 meses, foi assinado pela Prefeitura de Uberaba e Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba (Funepu), responsável pelo estudo. 

“Apesar de os recursos voltados ao entendimento da natureza ainda serem poucos no Brasil, todo recurso destinado à conservação e pesquisa é muito importante; seja ele qual for a quantia. Espero que esse recurso possa favorecer um pouco a um melhor entendimento da espécie, ou seja, como ela está distribuída na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba”, considerou o biólogo/ornitólogo André Grassi Corrêa, que tem mestrado em Ecologia de Ecótonos.   Segundo o promotor Carlos Valera, o recurso para o projeto do Triângulo Mineiro veio de medidas compensatórias, impostas àquelas pessoas que transgrediram as normas ambientais.

“A penalização veio por meio de um ajustamento de conduta e os recursos passam a beneficiar a população que sofreu aquele crime ambiental”, complementou.

 

Queimadas e conversão do cerrado em pastagem e plantios

De acordo com o biólogo André Grassi, que atua como guia de observação de aves na Brazil Birding Experts, as principais ameaças para o bacurau são as queimadas e a conversão do cerrado em plantios de eucaliptos, pastagens, soja, cana-de-açúcar, entre outras culturas. 

“Essa espécie de ave com hábitos noturnos depende de um ambiente muito específico, num subsistema de campo limpo abundante e com cupinzeiros”, complementou.   Além disso, Grassi explica que é importante também destacar que a espécie leva esse critério de ameaça porque tem uma população pequena, localmente distribuída e porque tem perdido seus hábitos naturais.   “A espécie só existe em três estados do Brasil e bem localmente, ou seja, na região do Triângulo Mineiro e na região do Parque Nacional das Emas (que abrange os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul)”, finalizou o biólogo.

 

 

Renato Manfrim - Especial para o EM

PORTO FERREIRA/SP - Na data de ontem 22/01, Policiais Ambientais da cidade de Santa Rita do Passa Quatro, em atendimento a denúncia que tratava sobre aves nativas em cativeiro e comércio irregular de peixes, em dois locais distintos, sendo uma residência e um estabelecimento comercial, ambos no município de Porto Ferreira.

Pela residência após a conclusão da vistoria foi constatado a presença de 73,1 Kg de pescado nativo, congelados e acondicionados em um freezer no interior da residência, onde não foi apresentada a devida Declaração de Estoque, haja visto a sua necessidade de apresentação em virtude do Período da Piracema, tão pouco a nota fiscal comprovando a sua origem, onde foi aplicada a respectiva multa no valor de R$ 2.160,00 (dois mil cento e sessenta reais), a apreensão do pescado e a devida destinação para Instituição Filantrópica.

Pelo estabelecimento comercial foi constatado a presença de uma ave Silvestre nativa mantida em cativeiro (canário da terra verdadeiro) sem a devida anilha de identificação e autorização do Órgão Ambiental, sendo aplicado devida advertência, apreensão da ave e destinação em local adequado para reabilitação.

Referente ao comércio irregular de peixes, foi constatado a presença de 38,968Kg acondicionados em freezer no interior do estabelecimento, também sem a devida documentação regular de comprovação de origem e a declaração de estoque, sendo aplicado a respectiva multa no valor de R$1.478,36 (mil quatrocentos e setenta e oito reais e trinta e seis centavos), a devida apreensão e posterior destinação para Instituição Filantrópica do Município.

A Polícia Ambiental informou que os peixes apreendidos foram destinados para as instituições filantrópicas Solar Jovens de Ontem e Casa Reamar.

SÃO CARLOS/SP - Uma linda arara azul apareceu ontem (13), na residência de uma moradora no Parque Novo Mundo, em São Carlos.

Raquel França, avistou a ave no seu quintal e ficou maravilhada com tamanha beleza da ave. A arara era mansa, pois Raquel se aproximou fez carinho, deu água e tratou da ave.

Segundo Raquel, ela ligou na Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiros e nada aconteceu. A mulher ligou ainda para Polícia Militar e teriam orientado a deixar solta a ave. Não contente, Raquel, ligou para a Guarda Municipal, onde foi bem atendida e orientaram a falar no departamento de proteção animal. Ela ligou e funcionários do Parque Ecológico foram e buscaram a ave.

“Quero salientar que somente o pessoal da Guarda Municipal, através da GM Marcia Alves Marinovic, me orientou corretamente e fez que a ave fosse resgatada e levada ao Parque Ecológico. A ave continha uma anilha, ou seja, o pessoal do Zoológico vai investigar para saber de quem é ave, de onde veio. Quero agradecer o Roger Paschoal, do Canil e a Samanta do Parque Ecológico que foram muito atenciosos e prestativos” relatou moradora do Pq. Novo Mundo.

 

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