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BIELORRÚSSIA - A Bielorrússia informou hoje (15) que está tentando convencer migrantes acampados na fronteira com a Polónia a voltarem para casa. Até o momento, os esforços não foram bem-sucedidos, adiantou o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. A informação é dada no mesmo dia em que a União Europeia (UE) deve anunciar novas sanções contra Minsk.

O governo garante que trabalha “ativamente” para retirar os migrantes encurralados na fronteira entre a Polônia e a Bielorrússia. “Estamos prontos, como sempre temos dito, para os colocar em aviões que os levem de volta para casa. Há um trabalho para convencer essas pessoas, mas ninguém quer voltar”, disse Lukashenko, citado pela agência estatal Belta.

Milhares de migrantes viajaram para a Bielorrússia na esperança de alcançar a União Europeia. Bruxelas acusa Minsk de orquestrar uma crise migratória artificial e instrumentalizar migrantes, em resposta às sanções aplicadas ao regime bielorrusso.

Impedidos de entrar em território da UE e incentivados a seguir caminho por Minsk, os migrantes continuam em acampamentos precários na área fronteiriça, sem saída e expostos a temperaturas agrestes.

“Tenho de reafirmar que não queremos nenhum conflito na nossa fronteira. Para nós, seria completamente prejudicial”, afirmou Lukashenko.

O líder bielorrusso acusou ainda a Polônia de “precisar” dessa crise devido a “problemas internos” com os parceiros do bloco comunitário, numa referência a recentes decisões judiciais que elevaram as tensões entre Varsóvia e Bruxelas.

Impedidos de seguir viagem

Bagdá anunciou, nesta segunda-feira, a organização de um primeiro voo de repatriamento “voluntário” de migrantes que se encontrem atualmente na fronteira entre a Bielorrússia e a Polônia.

"O Iraque vai colocar à disposição, no dia 18 deste mês [quinta-feira], o primeiro voo para aqueles que voluntariamente queiram vir", disse Ahmed al-Sahaf, porta-voz do Ministério iraquiano dos Negócios Estrangeiros, em declarações à televisão pública do país. 

De acordo com o porta-voz, há "571 iraquianos" bloqueados na fronteira entre a Bielorrússia e a Polônia que estão dispostos a regressar "voluntariamente" ao Iraque. Trata-se de um grupo de cidadãos que se encontra na Bielorrússia, majoritariamente originário da região autônoma do Curdistão iraquiano.

As ligações aéreas regulares entre Bagdá e Minsk já foram suspensas, e os consulados da Bielorrússia em Bagdá e Erbil, capital do Curdistão iraquiano, foram fechados na semana passada. 

Estas medidas “reduziram as viagens”, adiantou o porta-voz do governo iraquiano. No entanto, o “problema” mantém-se porque há migrantes chegando de forma “indireta”, por meio de voos da Turquia, do Qatar, dos Emirados Árabes Unidos e do Egito.

Hoje, os Emirados Árabes anunciaram a restrição de voos para a Bielorrússia. Em comunicado, a transportadora estatal bielorrussa Belavia, citada pela agência Reuters, adiantou que a decisão foi tomada nesse domingo (14).

Vários cidadãos afegãos, sírios, iemenitas e iraquianos foram impedidos de seguir em voos para a capital bielorrussa, a partir de Dubai.

A companhia de aviação privada síria Cham Wings Airlines também interrompeu os voos para Minsk. Por sua vez, a Turquia está proibindo cidadãos de nacionalidade iraquiana, síria e iemenita de entrarem em território bielorrusso.

Sanções

Mesmo com as últimas ações, a União Europeia deverá anunciar nesta segunda-feira novas sanções contra a Bielorrússia. A previsão é que essas sanções visem especificamente empresas aéreas envolvidas com o transporte de migrantes.

Antes de reunião hoje entre ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, o chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, disse  que as companhias aéreas devem parar de transportar migrantes para Minsk ou serão impedidas de aterrissar na Europa.

“Não estamos nem próximos do fim da espiral de sanções”, ameaçou. “Lukashenko exige que retiremos todas as sanções. Vamos dar a nossa resposta”, acrescentou o diplomata alemão.

De acordo com Heiko Maas, essas novas sanções vão atingir com “maior severidade” todos os envolvidos no transporte de migrantes. Ele alertou que novas sanções econômicas ao país serão “inevitáveis”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, também se manifestou hoje sobre as novas sanções a serem aplicadas à Bielorrússia. Ela acusou Minsk de um comportamento "pérfido" em relação aos migrantes e adiantou que a UE está a tentar intervir nos países de onde os migrantes são originários.

Paralelamente, Bruxelas procura manter a pressão na Rússia: "O presidente russo tem influência sobre Lukashenko e tem de usar essa influência. Os próximos dias serão decisivos", afirmou Von der Leyen.

 

 

Por RTP

BIELORRÚSSIA - A oposição bielorrussa estendeu ontem (30) os protestos aos países bálticos e à Polônia para exigir a libertação do jornalista Román Protrasevich, preso em Minsk, a capital, após o desvio forçado de um avião da Ryanair em que viajava.

A líder da oposição, Svetlana Tijanóvskaya, exilada na Lituânia, participou da maior marcha realizada, que passou pela capital daquela república báltica. Houve também concentrações semelhantes na Letônia e na Estônia.

Os pais do jornalista detido compareceram ao protesto em Varsóvia, na Polônia, onde foi exigido o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia (UE) contra o regime do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.

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Já no domingo (23), o presidente biolurrusso determinou o desvio forçado, para o aeroporto de Minsk, de um voo da companhia aérea irlandesa Ryanair, que fazia a rota Atenas-Vílnius, e onde viajava o jornalista opositor ao regime, Roman Protrasevich, com a sua companheira. Ambos foram detidos, após aterrissagem em Minsk.

Svetlana Tijanóvskaya deve reunir-se nesta segunda-feira (31) com o presidente da Estônia, Kersti Kaljulaid, encontro que faz parte de sua intensa agenda em busca de apoio político.

Os países bálticos e a Polônia tornaram-se suportes dentro do bloco europeu para reivindicações da oposição.

Berlim e Paris também se manifestaram pela rápida adoção de sanções contra a Bielorrússia, uma questão que o presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, deverão abordar na reunião virtual de amanhã.

Desde quarta-feira (26), praticamente apenas companhias aéreas chinesas e russas sobrevoam a Bielorrússia, de acordo com o serviço de rastreamento de voos FlightRadar24.

Entre as empresas que decidiram evitar o espaço aéreo bielorrusso estão, além da Air France e da Austrian Airlines, a Lufthansa, a Swiss, a Finnair, a Iberia, a polonesa LOT, a Air Baltic, a KLM e a própria Ryanair.

Além disso, a Ucrânia suspendeu todos os voos entre os dois países e proibiu as suas companhias aéreas de cruzar o espaço bielorrusso, apesar de o aeroporto de Kiev perder 10% de sua receita por causa da medida.

A companhia aérea bielorrussa Belávia, por sua vez, anunciou o cancelamento de voos para cerca de uma dezena de países devido ao fechamento do espaço aéreo pela UE para a companhia.

Lukashenko vai encontrar-se com o presidente russo, Vladimir Putin, para debater a situação criada em torno do incidente com o voo da Ryanair.

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Rússia

A Rússia tornou-se o único apoio da Bielorrússia neste confronto com o Ocidente.

O país anunciou neste domingo um apoio financeiro de 410 milhões de euros à Bielorrússia. É a resposta de Moscou às sanções aplicadas pelos Estados Unidos e pela União Europeia a Minsk. Além do empréstimo, a Rússia acena ainda com o aumento no número de ligações aéreas entre os dois países.

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