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CHINA - As sanções à China que os EUA e os seus aliados implementaram com especial intensidade a partir de outubro de 2022, procuram minar a capacidade do país liderado por Xi Jinping de desenvolver semicondutores altamente integrados. Nestas circunstâncias, parece razoável intuir que a capacidade de produção global da indústria chinesa sofreu, mas não. SMIC, Hua Hong Semiconductor e outros produtores chineses de IC encontraram uma maneira de enfrentar a tempestade.

Na verdade, 2023 foi um ano razoavelmente bom para os fabricantes de chips chineses. Há um indicador que apoia esta conclusão: a sua capacidade de produção global de circuitos integrados aumentou durante 2023 em 6,9% em comparação com 2022, de acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas da China. Este resultado, numa situação de contracção do mercado de semicondutores e na presença de sanções muito restritivas, merece ser considerado um sucesso. Mesmo assim, para entender exatamente de onde vem é preciso pensar bem.

Na situação atual, os fabricantes chineses de chips optaram por se concentrar na produção de circuitos integrados maduros que muitas indústrias necessitam, tais como automóveis, eletrônica de consumo ou eletrodomésticos, e o indicador que observamos apoia a sua estratégia. É claro que a médio e longo prazo esta não é a solução. A China não tem outra escolha senão fortalecer as bases da sua indústria de semicondutores, desenvolvendo as tecnologias de que necessita para deixar de depender dos EUA e dos países na sua órbita.

Os fabricantes de chips chineses deram tudo de si na produção de semicondutores maduros. Tanto é assim, de fato, que a queda na procura de circuitos integrados que prevaleceu no mercado global durante grande parte de 2023 fez com que o mercado chinês estivesse atualmente sujeito a um excesso de oferta de chips maduros. E esta saturação tem inevitavelmente um impacto descendente perceptível no preço destes circuitos integrados, que estão a perder valor.

O cenário apresentado aos fabricantes chineses é semelhante ao que a Samsung e a SK Hynix foram forçadas a enfrentar no ano passado para evitar a queda do preço dos seus chips de memória DRAM. Naquela ocasião, a procura caiu e estas duas empresas tiveram que interromper abruptamente a produção para controlar os preços e evitar que caíssem além do aceitável. É muito provável que os fabricantes chineses de chips optem por essa mesma estratégia porque ela se mostrou eficaz inúmeras vezes.

No entanto, as empresas chinesas de semicondutores enfrentam outros desafios para além do impacto que as sanções dos EUA e dos seus aliados e o excesso de circuitos integrados maduros estão a ter. O portal DigiTimes Asia garante que alguns fabricantes chineses de chips estão sendo forçados a demitir alguns de seus trabalhadores a tal ponto que alguns declararam falência.

Além disso, tanto o investimento como a cotação de empresas privadas que poderiam presumivelmente estar interessadas em considerar uma oferta pública de ações estão a ser reduzidos. E, para piorar a situação, é provável que os EUA aprovem novas sanções comerciais contra a China nos próximos meses.

Os desafios que o país liderado por Xi Jinping enfrenta estão em cima da mesa e são intimidantes, mas a China demonstrou em muitas ocasiões que tem a força e os recursos necessários para superar as adversidades. Não dá para imaginar que os chineses simplesmente desistam de competir no mercado.

 

 

Viny Mathias / IGN Brasil

CHINA - Os fabricantes de chips chineses esperam produzir processadores de próxima geração para smartphones já neste ano, apesar dos esforços dos Estados Unidos para conter o desenvolvimento de tecnologias avançadas, noticiou o Financial Times na terça-feira.

A Semiconductor Manufacturing International Corp (SMIC), principal fabricante de chips do país, montou novas linhas de produção de semicondutores em Xangai para produzir em massa chips projetados pela Huawei, afirmou o jornal, citando fontes familiarizadas com o movimento.

A SMIC pretende usar seu estoque existente de equipamentos fabricados nos EUA e na Holanda para produzir chips de 5 nanômetros, acrescentou a reportagem.

A Huawei e SMIC não responderam imediatamente ao pedido de comentário da Reuters.

As empresas norte-americanas estão impedidas por Washington de fornecer tecnologia à SMIC sem uma licença especial, sob a justificativa de que seu suposto trabalho com o Exército chinês é considerado uma ameaça à segurança nacional norte-americana.

Diante dessas restrições, o governo chinês tem investido fortemente no desenvolvimento de uma cadeia de fornecimento de semicondutores autossuficiente.

 

 

 

Reportagem de Shivani Tanna em Bengaluru / REUTERS

PEQUIM - O ministro do Comércio da China, Wang Wentao, pediu ao Japão que interrompa os controles de exportação de semicondutores, chamando a restrição de "infração" que "viola gravemente" as regras econômicas e comerciais internacionais, de acordo com um comunicado de seu ministério publicado na segunda-feira.

A mais recente condenação da China às restrições à exportação foi feita durante as conversas de Wang com o ministro do Comércio do Japão, Yasutoshi Nishimura, em 26 de maio, na conferência de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) em Detroit.

O Japão, juntamente com a Holanda, concordou em janeiro em igualar os controles de exportação dos Estados Unidos que limitarão a venda de algumas ferramentas de fabricação de chips para a China e impôs restrições à exportação de 23 tipos de equipamentos de fabricação de semicondutores para seu vizinho.

O Japão não destacou a China em suas declarações sobre os controles de exportação, dizendo apenas que está cumprindo seu dever de contribuir para a paz e a estabilidade internacionais.

No comunicado, o Ministério do Comércio chinês também disse, no entanto, que a China "está disposta a trabalhar com o Japão para promover a cooperação prática nas principais áreas econômicas e comerciais".

Na sexta-feira, Nishimura se reuniu com a secretária de Comércio norte-americana, Gina Raimondo, e concordaram em aprofundar a cooperação na pesquisa e desenvolvimento de chips e tecnologias avançadas, como computação quântica e inteligência artificial.

Wang também se encontrou com Raimondo e a representante comercial do país, Katherine Tai, durante a cúpula, criticando as políticas econômicas e comerciais norte-americanas em relação à China, incluindo a Estrutura Econômica Indo-Pacífica que exclui a China e visa fornecer uma alternativa centrada à influência norte-americana.

Os Estados Unidos, o Japão e outros membros do Grupo dos Sete (G7) concordaram este mês em "reduzir o risco", mas não se separar da China, reduzindo sua exposição à segunda maior economia do mundo em tudo, de chips a minerais.

 

 

Por Joe Cash e Bernard Orr

HONG KONG - A China está trabalhando em um pacote de suporte de mais de 1 trilhão de iuans (143 bilhões de dólares) voltado a sua indústria de semicondutores, disseram três fontes, em um grande passo em direção à autossuficiência em chips. O pacote é uma resposta do país às medidas dos Estados Unidos para frear o desenvolvimento tecnológico chinês.

Pequim planeja lançar o que será um de seus maiores pacotes de incentivos fiscais em cinco anos. O plano inclui subsídios e créditos fiscais para reforçar a produção de semicondutores e atividades de pesquisa na China, disseram as fontes. O plano poderá ser implementado já no primeiro trimestre do próximo ano, disseram duas das fontes.

A maior parte da assistência financeira será usada para subsidiar a compra de equipamentos chineses de produção de chips por empresas do país, principalmente fábricas de semicondutores, disseram as fontes. Essas empresas teriam direito a um subsídio de 20% sobre o custo dos investimentos, disseram as três fontes.

O plano de apoio ocorre depois que o Departamento de Comércio dos EUA aprovou em outubro um amplo conjunto de regulamentos que podem barrar o acesso de laboratórios de pesquisa e centros comerciais de processamento de dados a chips avançados de inteligência virtual, entre outras restrições.

Os EUA também têm feito lobby com alguns de seus parceiros, incluindo Japão e Holanda, para restringirem exportações para a China de equipamentos usados na fabricação de microprocessadores.

Com o pacote de incentivos, Pequim pretende intensificar o apoio às empresas chinesas de chips para projetar, expandir ou modernizar instalações domésticas para fabricação, montagem, embalagem e pesquisa e desenvolvimento, disseram as fontes.

O Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China não comentou o assunto.

 

PROVÁVEIS BENEFICIÁRIOS

Os beneficiários do pacote serão empresas estatais e privadas do setor, principalmente grandes companhias de equipamentos de semicondutores como NAURA Technology Group, Advanced Micro-Fabrication Equipment China e Kingsemi.

Algumas ações de empresas do setor de chips da China em Hong Kong subiram acentuadamente após a notícia do pacote. A SMIC teve valorização de mais de 8%. Hua Hong Semiconductor fechou em alta de 17%.

A China há muito está atrás do resto do mundo no setor de equipamentos de fabricação de chips, que continua sendo dominado por empresas sediadas nos Estados Unidos, Japão e Holanda.

Várias empresas domésticas surgiram nos últimos vinte anos, mas a maioria permanece atrás de seus rivais em termos de capacidade de produzir chips avançados.

Os equipamentos de gravação e processo térmico da NAURA, por exemplo, só podem produzir chips de 28 nanômetros ou mais, tecnologias relativamente maduras.

A SMEE, a única empresa de litografia da China, pode produzir chips de 90 nanômetros, bem atrás da ASML da Holanda, que está produzindo chips de até 3 nanômetros.

 

 

 

Por Julie Zhu; reportagem adicional de Josh Horwitz, Brenda Goh, Jason Xue, Kevin Huang e Xu Jing / REUTERS

BERLIM - A Alemanha pode se tornar o maior fabricante de semicondutores da Europa graças aos investimentos feitos pelo país no setor, disse o chanceler alemão, Olaf Scholz, na sexta-feira, 09.

"Isso pode criar um ecossistema que ajudará a União Europeia, de forma que não dependeremos de outras regiões", disse Scholz, acrescentando que a Alemanha está trabalhando intensamente para restabelecer a produção de componentes eletrônicos.

 

 

Por Miranda Murray / REUTERS

EUA - O Departamento de Comércio dos Estados Unidos disse ontem (26) que uma pesquisa global com produtores e usuários de chips semicondutores mostra que a escassez persistirá, provocada principalmente por restrições de capacidade de produção de wafers.

A pesquisa voluntária de 150 empresas no ano passado na cadeia de suprimentos confirmou que “há um descompasso significativo e persistente na oferta e demanda de chips, e os entrevistados não viram o problema desaparecendo nos próximos seis meses”.

A secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, disse a repórteres que o departamento “em alguns casos não conseguiu realmente o que precisávamos e vamos ir de empresa por empresa e fazer engajamento pessoal e obter o que precisamos”.

O Ministério da Economia de Taiwan, respondendo à pesquisa, reiterou que as empresas taiwanesas estão trabalhando duro para produzir chips e coordenando com “importantes parceiros de negócios internacionais” para fortalecer as cadeias de suprimentos.

A TSMC, a empresa listada mais valiosa da Ásia e a maior fabricante global de chips contratados, não quis comentar.

Os Estados Unidos podem obrigar empresas estrangeiras de semicondutores com operações no país a responder perguntas detalhadas sobre a indústria de chips.

O Departamento de Comércio disse que viu alguns preços excepcionalmente altos entre alguns chips usados ​​por montadoras e fabricantes de dispositivos médicos.

O departamento disse que “vai engajar a indústria na solução de problemas específicos nas próximas semanas. Também analisaremos reclamações sobre preços excepcionalmente altos”.

“A demanda por chips está alta. Está aumentando”, disse Raimondo, acrescentando que a demanda agora está cerca de 20% acima dos níveis de 2019. “Não há muitas boas notícias” nesta pesquisa, acrescentou.

O departamento informou que o estoque médio para consumidores de chips importantes caiu de 40 dias em 2019 para menos de 5 dias em 2021.

O presidente dos EUA, Joe Biden, tem pressionado o Congresso a aprovar mais verbas para aumentar a produção de chips nos Estados Unidos, já que a escassez dos principais componentes usados ​​em automóveis e computadores exacerbou os gargalos da cadeia de suprimentos.

 

 

REUTERS

FORBES

Os materiais foram encontrados durante cumprimento de ordem judicial

 

MARÍLIA/SP - A Polícia Civil apreendeu, na última quarta-feira (24), mais de mil chips e equipamentos eletrônicos, durante uma ação para cumprimento de mandado de busca e apreensão relacionado a inquérito que apura a prática de jogos de azar em Marília.

Os trabalhos foram realizados por agentes do 5º Distrito Policial e do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade, que estavam em diligências quando identificaram um imóvel que utilizado para jogos ilegais.

Foi requisitado mandado de busca e apreensão para o local e o pedido prontamente deferido. Durante os trabalhos no endereço alvo, foram encontrados quatro notebooks, cinco celulares, uma máquina de cartão e um HD externo.

Além dos equipamentos, ainda foram recolhidos 1.115 chips de operadora de telefonia móvel e notas fiscais. Os materiais, que foram localizados em um escritório situado no pavimento superior da residência vistoria, foram apreendidos para perícia.

EUA - Com os carros ficando cada vez mais sofisticados e exigindo mais e mais poder de computação, a escassez de chips para equipamentos eletrônicos (também chamados de semicondutores) incomodou as montadoras e interrompeu a produção de veículos no mundo todo.

A Ford agiu na quinta-feira, 18, para enfrentar esse desafio e anunciou uma colaboração que pode dar à empresa mais controle sobre o fornecimento e o desenvolvimento de seus processadores - os cérebros necessários para controlar motores, transmissões, freios, sistemas de infoentretenimento e muito mais.

A montadora afirmou que assinou um acordo com a fornecedora de semicondutores norte-americana GlobalFoundries para colaborar no desenvolvimento de chips para veículos da Ford, e que as empresas vão estudar como expandir a fabricação de chips nos Estados Unidos.

Chuck Gray, vice-presidente da Ford para a área de software e controles incorporados em veículos, disse que mesmo com a nova parceria, a montadora espera que o fornecimento de chips continue desigual por algum tempo. “Ainda achamos que haverá problemas no ano que vem”, disse ele.

Mas o executivo acrescentou que trabalhar com a GlobalFoundries deve permitir que a Ford comece a desenvolver alguns de seus próprios chips de computador.

 

Indústria em transformação

Até recentemente, muitos componentes automotivos podiam ser facilmente controlados por chips de computador genéricos. Mas isso não é mais o caso, pois os fabricantes adicionam recursos cada vez mais complexos, como o monitoramento de bateria, sistemas avançados de assistência ao motorista e serviços de rede.

“O poder da computação é a nova medida de potência (do carro)”, disse Gray. “A demanda por poder de computação agora é tão alta, e precisamos dos chips certos para fazer as coisas certas.”

Nos últimos anos, as montadoras americanas contrataram milhares de desenvolvedores e programadores de software. Gray disse que a Ford agora está procurando trazer também designers de chips. “Em um futuro próximo, estaremos construindo isso (a capacidade de desenvolver processadores)”, disse ele.

A concorrente General Motors (GM), dona da marca Chevrolet, também está tomando medidas para controlar melhor o desenvolvimento e a disponibilidade de chips. O presidente da GM, Mark Reuss, disse na quinta-feira que a empresa espera que o número de semicondutores usados em veículos dobre nos próximos anos. Como resultado, segundo ele, a GM está trabalhando com fabricantes de chips para desenvolver três tipos de microprocessadores para lidar com quase todas as suas necessidades de computação.

Os movimentos são parte de uma estratégia para reduzir o número de variedades de chips em 95 por cento e devem ajudar a aumentar o fornecimento de chips e ao mesmo tempo cortar custos significativamente, disse Reuss em uma conferência de tecnologia automotiva realizada pelo Barclays, o banco de investimento. “Vamos liderar a indústria com isso”, disse ele. “E isso vai gerar qualidade e previsibilidade.”

Para garantir o fornecimento de novos chips feitos com um material de eficiência superior chamado carboneto de silício, a GM chegou a um acordo no mês passado com a Wolfspeed, uma empresa anteriormente chamada Cree que está construindo uma fábrica no estado de Nova York.

Reuss afirmou que a GM conversa com muitos fornecedores importantes para garantir chips suficientes para manter suas fábricas funcionando. A escassez de processadores e as paralisações na produção de laminados nas fábricas de automóveis deixaram as concessionárias com estoques baixos de veículos novos.

A Ford e a GM relataram que as vendas de veículos novos caíram cerca de um terço nos Estados Unidos no período de três meses encerrado em setembro, afetando seus ganhos.

 

Futuro dos carros

Mike Hogan, vice-presidente sênior da GlobalFoundries encarregado de seus negócios automotivos, disse que as discussões com a Ford inicialmente se concentraram em garantir chips essenciais para a produção atual de automóveis. Mas as negociações se ampliaram para outras áreas, incluindo a permissão para a Ford obter informações antecipadas sobre os processos de produção de chips que poderiam moldar as características dos carros, como a distância que um veículo elétrico pode percorrer.

“Historicamente, sempre houve muitas empresas intermediárias entre nós e uma companhia como a Ford”, disse Hogan. O movimento da montadora para se envolver mais na modelagem da tecnologia de chips "é um ótimo exemplo dos tipos de mudanças que serão vistas", disse ele.

A outra questão é onde as peças futuras serão feitas. A maioria dos chips com tecnologia de ponta é produzida pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), que é de longe o maior fabricante de chips por encomenda. Mas as interrupções na logística de fornecimento da Ásia por causa da pandemia fizeram os políticos se preocuparem com a dependência de fábricas em Taiwan, especialmente em vista das reivindicações territoriais da China sobre a ilha.

Portanto, o Senado americano aprovou com maioria esmagadora um pacote de subsídios de US$ 52 bilhões com o objetivo de incentivar a construção de mais fábricas de chips nos Estados Unidos, embora esse financiamento tenha sido objeto de disputas partidárias na Câmara.

A GlobalFoundries foi formada em parte por meio de aquisições de fábricas que antes pertenciam à fabricante de chips Advanced Micro Devices (AMD) e à IBM, ambas dos EUA. Ela fez uma oferta pública inicial de ações em outubro e está investindo pesado para expandir sua produção.

Embora 89% da propriedade da empresa seja do governo de Abu Dhabi, a GlobalFoundries fabrica chips confidenciais para o Pentágono em fábricas em Vermont e no interior do estado de Nova York. Ela tem uma fábrica de alto volume perto de Albany, também no estado de Nova York, e espera dobrar a capacidade de produção com a ajuda do pacote de financiamento do Congresso, se ele for aprovado, disse Hogan, o vice-presidente da empresa. Produzir chips nos Estados Unidos, disse ele, definitivamente faz parte do acordo com a Ford.

 EUA - O custo da falta de semicondutores aumentou em mais de 90%, elevando o impacto total na receita das montadoras mundiais em 2021 para US$ 210 bilhões.

Essa é a previsão mais recente da AlixPartners, segundo a qual montadoras globais fabricarão 7,7 milhões de veículos a menos devido à crise de chips neste ano. O volume é quase o dobro da estimativa anterior da consultoria, de 3,9 milhões. Apesar dos esforços contínuos para reforçar a cadeia de suprimentos, a disponibilidade de semicondutores caiu ainda mais com estoques esgotados das montadoras e falta do componente em outros segmentos.

“O barril está vazio, não há mais nada para raspar”, disse Dan Hearsch, diretor-gerente de prática automotiva e industrial da AlixPartners, em entrevista. “Daqui para frente, as vendas vão sofrer. Ainda não tinham sofrido porque havia estoque suficiente. Já não há mais.”

Fabricantes alertam que os problemas começam a se espalhar e poderiam afetar os resultados do terceiro trimestre. Na quinta-feira, fornecedores como Faurecia e Hella fizeram coro à Traton, unidade de caminhões da Volkswagen, e também soaram o alarme. Na semana passada, a consultoria IHS Markit fez o maior ajuste em suas projeções para a produção de veículos, que têm sido reduzidas ao longo do ano devido à escassez global de chips.

BERLIM - A crise de semicondutores que atingiu o setor automotivo deixa as montadoras com uma escolha dura: pagar, estocar ou correr o risco de ficar paralisado enquanto as fabricantes de chips se concentram em negócios mais lucrativos em outros lugares.

Fabricantes de automóveis, incluindo Volkswagen, Ford e General Motors, cortaram a produção à medida que o mercado de chips foi varrido por fabricantes de eletrônicos de consumo, como smartphones - os clientes preferidos da indústria de chips porque compram chips mais avançados e de maior margem de lucro.

A escassez de semicondutores - mais de US $ 800 em silício embalado em um veículo elétrico moderno - expôs a desconexão entre uma indústria automotiva estragada por décadas de entregas just-in-time e uma cadeia de suprimentos da indústria eletrônica que não pode mais se curvar à sua vontade.

“O setor automotivo está acostumado com o fato de que toda a cadeia de suprimentos está centrada nos carros”, disse Ondrej Burkacky, sócio da McKinsey. “O que foi esquecido é que os fabricantes de semicondutores realmente têm uma alternativa.”

As montadoras estão respondendo à escassez fazendo lobby com os governos para que subsidiem a construção de mais capacidade de fabricação de chips.

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Na Alemanha, a Volkswagen apontou o dedo aos fornecedores, dizendo que os avisou oportunamente em abril passado - quando grande parte da produção mundial de automóveis estava paralisada devido à pandemia do coronavírus - de que a demanda se recuperaria fortemente no segundo semestre do ano.

Essa reclamação da montadora de volume número 2 do mundo corta pouco gelo com os fabricantes de chips, que dizem que a indústria automobilística é rápida em cancelar pedidos em uma recessão e em exigir investimentos em nova produção em uma recuperação.

“No ano passado, tivemos que dispensar funcionários e arcar com o custo de manutenção da capacidade ociosa”, disse uma fonte de um fabricante europeu de semicondutores, que falou sob condição de anonimato.

“Se as montadoras estão nos pedindo para investir em nova capacidade, eles podem nos dizer quem vai pagar por essa capacidade ociosa na próxima desaceleração?”

A indústria automobilística gasta cerca de US $ 40 bilhões por ano em chips - cerca de um décimo do mercado global. Em comparação, a Apple gasta mais em chips apenas para fabricar seus iPhones, avalia Neil Campling, analista de tecnologia da Mirabaud.

Além disso, os chips usados ​​em carros tendem a ser produtos básicos, como microcontroladores feitos sob contrato em fundições mais antigas - dificilmente a tecnologia de produção de ponta na qual os fabricantes de chips estariam dispostos a investir.

“Os fornecedores estão dizendo: 'Se continuarmos a produzir esse material, não haverá outro lugar para onde ir. A Sony não vai usá-lo para um Playstation 5 ou Apple para seu próximo iPhone '”, disse Asif Anwar da Strategy Analytics.

Os fabricantes de chips ficaram surpresos com a reação de pânico da indústria automobilística alemã, que convenceu o ministro da Economia, Peter Altmaier, a escrever uma carta em janeiro para seu homólogo em Taiwan pedindo aos fabricantes de semicondutores que fornecessem mais chips.

Nenhum suprimento extra estava chegando, com uma fonte da indústria alemã brincando que os americanos tinham uma chance melhor de conseguir mais chips de Taiwan porque eles poderiam, pelo menos, estacionar um porta-aviões na costa - referindo-se à capacidade dos Estados Unidos de projetar energia em Ásia.

Mais perto de casa, uma fonte de outra fabricante de chips europeia expressou descrença com o pouco entendimento de uma montadora de como ela opera.

“Recebemos um telefonema de uma montadora que estava desesperada por suprimentos. Eles disseram: Por que você não executa um turno da noite para aumentar a produção? ” esta pessoa disse.

“O que eles não entenderam é que funcionamos no turno da noite desde o início.”

SEM CORREÇÃO RÁPIDA

Embora a Infineon, fornecedora líder de chips para a indústria automotiva global, e Robert Bosch, o principal fornecedor de peças de 'Tier 1', planejem comissionar novas fábricas de chips este ano, há poucas chances de que a escassez de fornecimento diminua em breve.

Fabricantes de chips especializados como a Infineon terceirizam parte da produção de chips automotivos para fabricantes terceirizados liderados pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Co Ltd (TSMC), mas as fundições asiáticas estão atualmente priorizando fabricantes de eletrônicos de ponta à medida que enfrentam restrições de capacidade.

No longo prazo, a relação entre os fabricantes de chips e a indústria automobilística ficará mais próxima à medida que os veículos elétricos forem sendo mais amplamente adotados e recursos como direção assistida e autônoma serão desenvolvidos, exigindo chips mais avançados.

Mas, no curto prazo, não há solução rápida para a falta de fornecimento de chips: a IHS Markit estima que o tempo que leva para entregar um microcontrolador dobrou para 26 semanas e a escassez só chegará ao mínimo em março.

Isso coloca em risco a produção de 1 milhão de veículos leves no primeiro trimestre, diz IHS Markit. Os executivos e analistas da indústria de chips europeus concordam que a oferta não acompanhará a demanda até o final do ano.

A escassez de chips está tendo um “efeito bola de neve”, já que os fabricantes de automóveis perdem alguma capacidade para priorizar a construção de modelos lucrativos, disse Anwar, da Strategy Analytics, que prevê uma queda na produção de automóveis na Europa e América do Norte de 5% -10% em 2021.

O chefe da fabricante de chips franco-italiana STMicroelectronics, Jean-Marc Chery, prevê que as restrições de capacidade afetarão as montadoras até meados do ano.

“Até o final do segundo trimestre, a indústria terá que administrar no nível de estoque enxuto”, disse Chery em uma conferência recente da Goldman Sachs.

 

 

 

*Por: Douglas Busvine de Berlim e Christoph Steitz de Frankfurt; Reportagem adicional de Mathieu Rosemain e Gilles Gillaume / REUTERS

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