SÃO CARLOS/SP - Falando de São Carlos e da nossa região, este outono foi de tempo muito seco e temperaturas acima da média. Os efeitos persistentes do El Niño e a atmosfera mais quente, influenciada pelo Oceano Atlântico mais aquecido, fizeram o outono mais quente e mais seco do que o registrado no ano passado, por exemplo.
Outono está terminando e o inverno se aproxima, estações essas no qual a umidade do ar fica mais baixa e as temperaturas em queda levam à diminuição da transpiração corporal. Por causa desse fator, a pele fica mais seca.
A pele do rosto e do corpo fica ressecada, tornando-se esbranquiçada pela desnaturação da proteína durante o inverno. Doenças como Dermatite seborreica, Dermatite atópica, Psoríase e Ictiose vulgar podem ser desencadeadas ou agravadas neste período.
Falando de doenças respiratórias, com baixa umidade do ar associada ao frio, existe o ressecamento das vias aéreas que compromete a proteção natural do nariz, local onde há uma espécie de secreção líquida que lubrifica a região. O tempo seco facilita a entrada de vírus e de bactérias, propiciando as doenças como as bronquites crônicas, enfisema pulmonar e a asma se agravam, e as infecções respiratórias virais e bacterianas ocorrem frequentemente. Entre as infecções virais estão as gripes e os resfriados. Já as doenças resultantes de ações bacterianas são a sinusite, a faringite, a amigdalite e, nos casos mais graves, a pneumonia e a bronquite aguda.
UPAs e hospitais particulares estão sempre lotados devido ao tempo seco, pois as doenças respiratórias se apresentam com mais intensidade, e com isso o povo sofre.
SÃO CARLOS/SP - O Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC), da Secretaria Municipal de Saúde, realiza até está quarta-feira(12/06), das 7h às 12h e das 13h às 15h30, na Rua José de Alencar, nº 36, esquina com a Avenida São Carlos, no Parque Arnold Schimidt, testes rápidos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTS), HIV, sífilis e hepatites B e C pela a campanha “Testar também é um ato de amor”, alusiva ao Dia dos Namorados.
A ação tem por objetivo ressaltar a importância da testagem de ISTS como uma expressão de cuidado mútuo dentro dos relacionamentos e enfatiza que a testagem regular de ISTS desempenha um papel fundamental na promoção de saúde sexual e no bem estar emocional.
Identificar e tratar as ISTS precocemente não apenas protege a saúde individual, com ajuda a prevenir a disseminação dessas infecções para parceiros (as) sexuais.
É importante ainda que aconteça a prevenção combinada que é o uso de métodos de barreira como preservativos, juntamente com estratégias de redução de riscos, como a PREP (Profilaxia Pré-Exposição) para o HIV. A abordagem da prevenção combinada oferece uma camada extra de proteção, garantindo relacionamentos saudáveis e seguros.
Guilherme Dias Angelicio, supervisor do Centro de Atendimento à Infecções Crônicas, explica que a ação é importante para trazer as testagens uma triagem para as ISTS, hepatites B e C, sífilis e HIV, como uma forma de cuidado.
“É a partir do diagnóstico que o paciente será acompanhado e tratado. Na temática do Dia dos Namorados é importante falarmos também sobre os relacionamentos sorodiscordantes e sua possibilidade. A partir do momento que um paciente vive com HIV e passa a ser acompanhado, tende a ficar indetectável com a medicação disponível atualmente. Indetectável é o mesmo que intransmissível, ou seja, o paciente não transmite mais e os relacionamentos que esse paciente tiver passam a ser seguros, além de outras tecnologias existentes”, enfatizou Guilherme Angelicio.
Outras informações podem ser obtidas pelos telefones do CAIC (16) 3419-8240 ou (16) 3419- 8250.
PORTO ALEGRE/RS - A Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) publicou uma série de recomendações para se evitar doenças e dar mais segurança às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A proposta é ajudar a prevenir o adoecimento da população em meio ao período de calamidade pública tendo como base a prática de especialistas que atendem em pronto-socorros e pronto-atendimentos.
A entidade alerta que tragédias de grandes proporções têm impactos significativos sobre a saúde da população e sobre a infraestrutura dos serviços de saúde. Após inundações, por exemplo, é possível que haja registro de casos de doenças como leptospirose, hepatite A e tétano acidental, além de problemas respiratórios e transtornos transmitidos por vetores.
Há ainda risco de acidentes provocados por animais, afogamentos, traumatismos e choques elétricos, comuns em cenários como o registrado ao longo dos últimos dias no Rio Grande do Sul.
Uma das principais orientações está relacionada a ações preventivas de desinfecção da água para consumo humano. De acordo com a associação, nos locais em que a rede de abastecimento estiver comprometida, é indispensável que a população consuma água de fontes seguras, como garrafas e galões lacrados.
“Na impossibilidade de consumir água mineral, é necessário realizar o procedimento de desinfecção caseira da água. Para tanto, é possível aplicar a seguinte fórmula: a cada um litro de água, utilizar duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, deixando a mistura repousar depois por 30 minutos.
Outras recomendações de especialistas em medicina de emergência são:
Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - A dor crônica na perna direita foi um tormento na vida da pintora Frida Kahlo, um dos maiores nomes das artes plásticas da América Latina. Infectada pelo poliovírus aos 6 anos, a mexicana teve que conviver toda a vida com as sequelas da poliomielite, que deixaram a perna atrofiada, mais fina e curta que a outra.
Acometido pelo mesmo vírus, o jornalista Boris Casoy só começou a andar aos 9 anos de idade, depois de uma cirurgia feita nos Estados Unidos para tratar sequelas causadas pela poliomielite. O compositor canadense Neil Young também precisou reaprender a andar após se recuperar de um quadro da doença, que quase o levou à morte.
Histórias como essas só se tornaram raras devido à vacinação contra a poliomielite. A imunização avançou com mais força na segunda metade do século 20. Antes que isso acontecesse, a doença paralisava mil crianças por dia no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde – por isso passou a ser temida e mais conhecida com o nome de paralisia infantil.
Especialista em vacinas e integrante da Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações do Estado de São Paulo, o médico Guido Levi explica que há um consenso internacional de que as vacinas foram o fator de maior impacto na saúde humana nos últimos anos, sendo tão importantes quanto o acesso ao saneamento básico e à água potável.
"Calcula-se que, no mundo todo, nos últimos 200 anos, a vacinas seriam responsáveis por um aumento médio de 30 anos no tempo de vida das pessoas. No Brasil, isso ocorreu em um período muito mais curto e mais recente. No início da década de 1970, o tempo de vida médio da nossa população era de 45 anos. Hoje, é mais de 75 anos. O principal fator para isso foi a criação do Programa Nacional de Imunizações [PNI], em 1973", afirma.
"Todos que temos mais idade ou estudamos esse período vimos crianças com muletas, pernas mecânicas ou coisas piores. Quando a doença acometia os nervos que controlavam a respiração, a criança ia para um pulmão de aço, uma máquina que fazia sua respiração artificialmente. E, lá, elas entravam para ficar o resto da vida. Visitei uma enfermaria de pulmão de aço e foi uma das coisas mais chocantes que aconteceram na minha carreira profissional."
A poliomielite é um dos casos mais emblemáticos dessa transformação, mas não foi o primeiro. Em 1980, as vacinas levaram a humanidade a erradicar a varíola, enfermidade responsável por milhões de mortes e associada a crises sanitárias ao longo da história, como a epidemia que culminou na Revolta da Vacina, no Brasil. Para se ter uma ideia da gravidade da varíola, é preciso destacar que a doença fez 300 milhões de vítimas apenas no século 20. A dimensão desse número supera as mortes causadas pelas duas guerras mundiais e o Holocausto nazista, além de diferentes estimativas de vítimas da colonização europeia na América.
A coordenadora da Assessoria Clínica do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Lurdinha Maia, destaca que erradicar uma doença como essa é a maior prova dos benefícios da vacinação. "A importância da vacinação na idade certa e no tempo adequado tem como maior exemplo não termos mais a varíola no mundo inteiro. Essa é uma doença terrível, que dizimou a população mundial. Quando a gente fala de pólio, o último caso no Brasil foi em 1989, em Souza, na Bahia. E o último caso nas Américas foi em 1994. Infelizmente tivemos agora um caso no Peru. Isso deixa em alerta todos os países vizinhos."
A história das vacinas e a história da varíola se misturam, uma vez que o primeiro imunizante do mundo foi desenvolvido para prevenir contra essa doença. O inglês Edward Jenner, no século 18, inventou a primeira vacina na tentativa de conter a varíola, e conseguiu amenizar os casos graves em pacientes vacinados. As primeiras epidemias de varíola foram oficialmente registradas na Europa durante a Idade Média, no século 10. Cientistas investigam, porém, vestígios muito anteriores que indicam possibilidades de casos no Antigo Egito, nas Cruzadas e navegações vikings.
No Brasil, a história da doença está relacionada à colonização, e o primeiro surto registrado de varíola ocorreu em meados de 1555, quando a enfermidade foi introduzida no Maranhão por colonos franceses. O tráfico de africanos escravizados e a imigração portuguesa também causaram surtos no país, do litoral para o interior. A eliminação da doença no Brasil é anterior à criação do PNI, e se deu em 1971, seis anos antes do último surto no mundo, registrado em 1977, na Somália. Em 2023, o programa completa 50 anos.
No Brasil, as campanhas contra a doença ganharam força na década de 1980, e o último caso registrado foi em 1989. Pesquisador de Bio-Manguinhos/Fiocruz desde a década de 1960, Akira Homma participou do trabalho de estruturar a produção das vacinas contra a poliomielite no Brasil, decisivo para que a doença fosse erradicada.
Homma integrou, como técnico, os primeiros testes da vacina oral contra a poliomielite no país, na década de 1960, no Instituto Adolfo Lutz, e ajudou a organizar o laboratório de virologia quando entrou na Fiocruz, em 1968, participando do isolamento e caracterização do vírus da pólio. Após experiências no exterior, Homma chegou à direção de Bio-Manguinhos nas décadas de 1970 e 1980, quando a produção da vacina oral no Brasil foi de fato estruturada.
Ele destaca que fabricar a vacina no país foi de extrema importância, mas a mobilização social para que as vacinas chegassem às crianças na época, por meio dos dias nacionais de Vacinação, também teve um papel central.
"O governo federal possibilitou a adesão de todos os ministérios à campanha, e também toda a sociedade brasileira foi envolvida nesse processo. Houve uma motivação muito grande da sociedade e até da iniciativa privada. Houve a participação de milhares de voluntários, e também a mídia explicando o papel da vacinação. Em 1980, tínhamos 1.290 casos de poliomielite. Em 1981, caiu para 122. Em 1982, para 42 casos. E, em 1989, acontece o último caso. Esse é o impacto de altas coberturas vacinais. Em um dia se conseguia vacinar 18 milhões de crianças."
Apesar da vitória nacional contra a doença no passado, a poliomielite ainda existe de forma endêmica no Afeganistão e no Paquistão, e teve casos pontuais registrados recentemente no continente africano, nos Estados Unidos, em Israel e no Peru.
Ameaça grave à saúde dos recém-nascidos, o tétano materno e neonatal era conhecido como o "mal dos sete dias", porque surgia a partir de uma semana após o parto e tinha uma evolução aguda e letal, causando contraturas musculares generalizadas que poderiam se agravar até impedir a respiração. A doença foi considerada eliminada de todo o continente americano em 2017, mas chegou a ser responsável por mais de 10 mil mortes de recém-nascidos ao ano na região. No Brasil, foi eliminada em 2012.
Os bebês são contaminados pela bactéria causadora do tétano durante o parto, por motivos como falta de condições e instrumentos esterilizados, mas a vacinação das gestantes e mulheres em idade fértil com a vacina contra tétano, difteria e coqueluche acelular (dTpa) foi um motivo decisivo para essa doença ter praticamente desaparecido, porque os anticorpos são transmitidos pela mãe aos filhos.
"Hoje, a maior parte das enfermarias de tétano que existiam está fechada, principalmente pelo uso bastante extenso da vacinação antitetânica", conta Guido Levi. "As crianças morriam rapidamente, em poucos dias. No máximo, em uma semana ou duas. Também não havia tratamento adequado."
A eliminação da síndrome da rubéola congênita é outro motivo para comemorar o sucesso da vacinação. Transmitida pela placenta ao feto, a infecção da mãe pelo vírus da rubéola pode resultar em aborto, morte fetal ou anomalias congênitas como diabetes, catarata, glaucoma e surdez, sendo este último o sintoma que aparece primeiro. Dependendo da fase da gestação em que ocorrer a infecção, a chance de a doença atingir o feto chega a 80%.
Os últimos casos da doença foram registrados no Brasil em 2010, e a síndrome foi declarada eliminada do continente americano em 2015. A consultora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) Carla Domingues ressalta que as sequelas causadas pela síndrome da rubéola congênita são irreversíveis, e, assim como em outras infecções, os problemas podem afetar diversas áreas da vida.
"São doenças que podem trazer problemas neurológicos seriíssimos que vão comprometer o lado cognitivo das crianças e o aprendizado", alerta.
Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
INGLATERRA - A maioria das pessoas conhece distúrbios psiquiátricos como a esquizofrenia e o transtorno bipolar. Mas existem algumas condições tão incomuns que muitos psiquiatras não encontrarão um único caso em toda a sua vida profissional.
Aqui, apresento cinco das síndromes mais raras — e estranhas — conhecidas pela psiquiatria.
1. Síndrome de Fregoli
A síndrome de Fregoli acontece quando alguém acredita que pessoas diferentes, na verdade, são a mesma pessoa que simplesmente muda de aparência. Pessoas com esta síndrome costumam sentir-se perseguidas por quem elas acreditam estar disfarçada.
O nome do distúrbio vem do ator de teatro italiano Leopoldo Fregoli (1867-1936), que ficou conhecido pela sua notável capacidade de mudar de aparência rapidamente no palco.
A síndrome de Fregoli ocorre tipicamente em conjunto com outros distúrbios mentais, como o transtorno bipolar, a esquizofrenia e o transtorno obsessivo-compulsivo. Ela pode também ser causada por lesões cerebrais e pelo uso da droga levodopa, durante o tratamento de mal de Parkinson.
Um estudo de 2018 concluiu que menos de 50 casos foram relatados em todo o mundo desde a descoberta desta condição. Mas um estudo mais recente, de 2020, relatou incidência de 1,1% entre pacientes que sofreram AVC. Por isso, certamente são mais de 50 casos, mas ainda é algo muito raro.
Não existe cura conhecida para a síndrome de Fregoli, mas o tratamento com drogas antipsicóticas pode reduzir os sintomas.
2. Síndrome de Cotard
A síndrome de Cotard, também conhecida como “síndrome do cadáver ambulante”, ocorre quando as pessoas têm a crença ilusória de que estão mortas e não existem. Outras acreditam que partes do seu corpo estão faltando.
O nome da síndrome vem do neurologista francês Jules Cotard (1840-1889), que descreveu a condição pela primeira vez em 1882.
A esquizofrenia, a depressão e o transtorno bipolar são fatores de risco para a síndrome de Cotard. Mas ela também foi relatada como um raro efeito colateral do medicamento antiviral aciclovir.
Acredita-se que a síndrome seja originada da desconexão entre as regiões do cérebro que reconhecem os rostos e as regiões que associam o conteúdo emocional a esse reconhecimento facial.
Esta condição rara normalmente é tratada com antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores do humor, além de terapia eletroconvulsiva.
3. Síndrome da mão alienígena
A síndrome da mão alienígena é um dos distúrbios neurológicos mais estranhos que existem.
Ela ocorre quando a mão de uma pessoa parece ter mente própria e age de forma autônoma. A sensação da pessoa é que sua mão não lhe pertence.
Esta síndrome foi identificada pela primeira vez em 1908, mas só foi definida claramente no início dos anos 1970.
A expressão “síndrome da mão alienígena” foi cunhada pelo neurofisiologista norte-americano Joseph Bogen (1926-2005), para descrever um comportamento voluntarioso incomum, observado ocasionalmente durante a recuperação de certos tipos de cirurgia cerebral.
As pessoas que sofrem da síndrome da mão alienígena tipicamente possuem transtornos do processamento sensorial e se dissociam das ações da sua mão.
Pesquisas indicam que as pessoas com a síndrome frequentemente personificam a mão alienígena e podem acreditar que ela está possuída por algum outro espírito ou forma de vida extraterrestre.
As causas da síndrome incluem demência, AVC, doença de príon (uma doença cerebral fatal), tumores e convulsões. Casos de síndrome da mão alienígena também foram relatados entre pacientes que passaram por cirurgia para separar os hemisférios direito e esquerdo do cérebro, no tratamento de epilepsia grave.
A síndrome é muito rara. Uma análise de 2013 encontrou apenas 150 casos nas publicações médicas.
Embora não haja cura conhecida para a síndrome da mão alienígena, os sintomas podem ser gerenciados e minimizados, até certo ponto, mantendo a mão afetada ocupada e envolvida em uma tarefa — dando um objeto para que ela segure, por exemplo.
Outros tratamentos incluem injeções de toxina botulínica e terapia de caixa de espelhos. Pacientes com caso de AVC costumam apresentar melhor sucesso no tratamento.
4. Síndrome de Ekbom
A síndrome de Ekbom é uma alucinação tátil que faz com que as pessoas acreditem que estão infestadas por parasitas. Muitas vezes, elas sentem insetos rastejando sob a sua pele.
A síndrome recebeu o nome do neurologista sueco Karl Ekbom (1907-1977), que descreveu a condição pela primeira vez no final dos anos 1930.
O número exato de pessoas que sofrem desta síndrome é desconhecido, mas um estudo relatou que existem cerca de 20 novos casos por ano em uma grande clínica de referência nos Estados Unidos.
Segundo uma meta-análise de 1.223 casos de Ekbom, a síndrome é mais comum entre as mulheres (que representam dois terços dos pacientes) e em pessoas com mais de 40 anos. Os sintomas duram tipicamente de três a quatro anos.
A síndrome de Ekbom é associada a diversas condições, incluindo esquizofrenia paranoide, doença cerebral orgânica, neurose e transtorno de personalidade paranoide. Ela também foi relatada em pessoas com abstinência de álcool, abuso de cocaína, AVC, demência e lesões em uma parte do cérebro chamada tálamo.
Os pacientes que sofrem da síndrome de Ekbom, muitas vezes, não querem receber tratamento psicológico porque estão convencidos de que o problema exige tratamento médico.
5. Síndrome de Alice no País das Maravilhas
Na síndrome de Alice no País das Maravilhas, também conhecida como síndrome de Todd, a sensação de imagem do corpo, visão, audição, tato e espaço/tempo da pessoa estão distorcidos.
Pessoas com a condição tipicamente observam objetos como se fossem menores do que a realidade e as pessoas parecem maiores do que são. Ou o contrário: os objetos são percebidos como maiores do que são e as pessoas parecem menores.
Estas experiências podem ser acompanhadas por sensações de paranoia.
Pouco se sabe sobre a incidência deste distúrbio, que afeta principalmente crianças e pessoas que sofrem de enxaqueca.
As pessoas com a condição podem ficar assustadas e entrar em pânico. Por isso, o tratamento bem sucedido, muitas vezes, inclui repouso e relaxamento.
Na maioria dos casos, é uma condição que dura relativamente pouco tempo. O estudo mais recente sobre a síndrome de Alice no País das Maravilhas relatou que cerca da metade dos pacientes são tratados com sucesso.
*Mark Griffiths é diretor da Unidade Internacional de Pesquisa em Jogos e professor de Dependência Comportamental da Universidade Trent de Nottingham, no Reino Unido.
Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original em inglês.
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio do Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, divulgou a programação da Campanha de Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) para o Dia dos Namorados, promovendo a prestação de serviços em saúde pública e a conscientização da população.
A campanha acontece em três locais e se inicia no dia 10/06, das 9h às 13h, quando, na Praça do Mercado Municipal e no Terminal Rodoviário, equipes do CAIC distribuirão preservativos, auto-testes de HIV/AIDS e kits de prevenção às ISTs. Também haverá a entrega de folhetos e orientações aos munícipes, bem como, no caso da Praça do Mercado, a realização de testagem rápida de HIV/AIDS e sífilis.
Depois, no dia 12/06, na sede do próprio CAIC (Avenida São Carlos, 3392 – Tijuco Preto) serão disponibilizados os mesmos serviços – incluindo a testagem rápida de HIV/AIDS e sífilis – e a roda de conversa “Você conhece a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a
Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP)?”, reunindo informações e orientações para a prevenção do HIV. Nesta data, as atividades serão feitas das 7h30 às 15h30.
Segundo a supervisora do CAIC, Eliza Costa, outras ações pontuais igualmente estão previstas nesta campanha. “Também teremos equipes visitando locais onde namorados se encontram, como bares, lanchonetes e outros estabelecimentos, com o objetivo de reforçar aos casais de todas as idades a importância da prevenção e da relação sexual segura”, ressalta Eliza.
É importante lembrar que, independente de campanhas como a do Dia dos Namorados, a Prefeitura de São Carlos promove a prevenção às ISTs constantemente. Além dos serviços do próprio CAIC, como a realização de testes de HIV/AIDS, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e Unidades de Saúde da Família (USF’s) disponibilizam preservativos gratuitamente e orientações à população.
Conheça os sintomas e o tratamento para as doenças inflamatórias intestinais mais comuns entre os brasileiros
SÃO PAULO/SP - Mais de cinco milhões de pessoas são acometidas por doenças inflamatórias intestinais em todo o mundo. No Brasil, houve o aumento dos diagnósticos nos últimos anos, o que elevou as estatísticas do país para cem casos a cada cem mil habitantes. Os dados são do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS) e foram divulgados pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) neste ano.
A situação acende o alerta para a necessidade de a população conhecer as doenças inflamatórias intestinais, seus sintomas e os fatores de risco. As informações contribuem para que as primeiras manifestações não sejam ignoradas e o diagnóstico possa ser dado ainda no estágio inicial, facilitando o tratamento e oferecendo mais qualidade de vida ao paciente.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, as doenças inflamatórias intestinais se caracterizam por uma série de sintomas que se manifestam, sobretudo, na região do cólon, parte do intestino responsável pela extração de água e sais minerais durante o processo de digestão.
Dentre os principais sinais desse tipo de patologia estão cólicas, desconforto abdominal, dor, flatulência exagerada, alternância entre diarreia e prisão de ventre, sensação de barriga estufada e de esvaziamento incompleto do intestino. O Ministério da Saúde destaca que as manifestações podem ser mais intensas após a ingestão de cafeína, álcool e alimentos mais gordurosos. O cigarro também é responsável por intensificar o problema.
Alternando períodos de manifestação clínica com ausência dos sintomas, no médio prazo o paciente pode ter falta de apetite, cansaço e perda de peso. O agravamento de uma doença inflamatória intestinal pode provocar, ainda, problemas como distensão abdominal, febre, anemia e até mesmo desnutrição.
Ainda segundo o Ministério, três em cada dez pessoas diagnosticadas com doenças intestinais inflamatórias apresentam dor nas articulações, problemas na pele e lesões oftalmológicas.
Autoridades de saúde alertam para que o acompanhamento médico seja realizado a fim de evitar o agravamento do quadro. As doenças inflamatórias intestinais não têm cura, mas podem apresentar remissão dos sintomas quando tratadas.
O médico gastroenterologista atua nos cuidados com todo o aparelho digestivo e poderá auxiliar no diagnóstico do paciente. Para isso, são realizados exames laboratoriais e endoscópicos.
Já o coloproctologista é especializado em patologias que acometem o intestino. Ele é o profissional que acompanha o paciente após o diagnóstico de uma doença inflamatória intestinal.
Neste caso, o tratamento pode incluir dieta, medicamentos, terapia biológica e, em alguns casos, cirurgia. O médico especialista na área de coloproctologia está apto para realizar o procedimento cirúrgico. Em situações emergenciais, o paciente também pode ser atendido pelo cirurgião-geral.
Segundo a SBCP, a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn estão entre as doenças inflamatórias intestinais com maior incidência na população brasileira. A principal diferença entre elas está nas regiões do trato intestinal que são afetadas.
A retocolite ulcerativa atinge o cólon e o reto, localizados no intestino grosso. Essa inflamação se manifesta nas camadas mais internas — a mucosa e a submucosa. Já a doença de Crohn pode afetar todo o trato digestório, incluindo a passagem que o alimento faz durante o processo de digestão, da boca ao ânus.
No quadro da doença de Crohn, há maior prevalência da inflamação nas regiões do cólon, do intestino delgado e perianal. Neste caso, não só a mucosa e a submucosa são afetadas, como também as camadas muscular e serosa do intestino.
A retocolite ulcerativa, a doença de Crohn e outras inflamações intestinais são mais comuns em pessoas com faixa etária entre 15 e 40 anos. Diferentes causas podem contribuir para o aparecimento das patologias, como explica a SBPC. Dentre elas estão a hereditariedade, a alteração da flora intestinal, infecções, depressão e ansiedade.
A recomendação do Ministério da Saúde para prevenir esse tipo de enfermidade é manter hábitos saudáveis para o corpo e a mente. Isso inclui uma alimentação equilibrada, com baixo teor de gordura, a prática regular de exercícios físicos e a realização de psicoterapia e técnicas de relaxamento. Também é recomendável evitar bebidas alcoólicas e cigarro.
Em caso de sintomas, as autoridades de saúde recomendam buscar o auxílio de um profissional. Quanto mais cedo o diagnóstico, menos invasivo será o tratamento, o que permite ao paciente levar uma vida normal, mantendo os cuidados necessários.
BRASÍLIA/DF - A Câmara aprovou na terça-feira (23) um projeto de lei (PL) que amplia o número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho, realizado com a coleta de gotas de sangue dos pés do recém-nascido. O texto segue para análise do Senado.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) realiza um teste que engloba seis doenças. Pelo projeto, o exame passará a englobar 14 grupos de doenças de forma escalonada. O prazo para inclusão do rastreamento das novas doenças será fixado pelo Ministério da Saúde. As mudanças propostas pelo texto entrarão em vigor 365 dias após sua publicação.
Na primeira etapa de implementação, o teste do pezinho continuará detectando as seis doenças que são feitas no teste atualmente, ampliando para o teste de outras relacionadas ao excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à hemoglobina (hemoglobinopatias), além de incluir os diagnósticos para toxoplasmose congênita.
Em uma segunda etapa, serão acrescentadas as testagens para galactosemias; aminoacidopatias; distúrbios do ciclo da uréia; e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos (deficiência para transformar certos tipos de gorduras em energia).
Para a etapa 3, ficam as doenças lisossômicas (afeta o funcionamento celular); na etapa 4, as imunodeficiências primárias (problemas genéticos no sistema imunológico); e na etapa 5 será testada a atrofia muscular espinhal (degeneração e perda de neurônios da medula da espinha e do tronco cerebral, resultando em fraqueza muscular progressiva e atrofia).
O projeto também prevê que, durante os atendimentos de pré-natal e de trabalho de parte, que os profissionais de saúde devem informar à gestante e aos acompanhantes sobre a importância do teste do pezinho e sobre eventuais diferenças existentes entre as modalidades oferecidas no SUS e na rede privada de saúde.
* Com informações da Agência Câmara
Por Agência Brasil *
Posse ocorreu em evento para celebrar o Dia Mundial de Doenças Raras, comemorado sempre no último dia de fevereiro
BRASÍLIA/DF - “Nós vamos ter o melhor comitê da esplanada”, disse a titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves, sobre o Comitê Interministerial de Doenças Raras. A declaração foi dada em evento organizado na quinta-feira (25) para homenagear o Dia Mundial das Doenças Raras, celebrado sempre no último dia de fevereiro.
Na oportunidade, a ministra deu posse ao comitê. Criado em dezembro de 2020, por meio do Decreto 10.558 será coordenado pelo MMFDH e contará com representantes dos ministérios da Saúde, da Economia, da Cidadania, da Ciência, Tecnologia e Inovações, da Casa Civil, e da Educação.
O Comitê atuará no desenvolvimento de políticas que resultem em melhor qualidade de vida para essas pessoas. Também formulará estratégias para a coleta, processamento, sistematização e disseminação de informações sobre doenças raras, além de incentivar a atuação em rede dos centros especializados, dos hospitais de referência e dos demais locais de atendimento às pessoas com doenças raras da rede pública.
Damares Alves destacou que o comitê dará respostas positivas. “Esse comitê tem metas, tem plano de trabalho e tem objetivo, porque a vida não espera e, lá na ponta, estamos com crianças gritando de dor. Temos mães e pais em profundo desespero e a gente não pode mais esperar para dar respostas para esse povo querido”, disse.
Durante o evento, também foi anunciada a inclusão do rol “doenças raras” nos canais de atendimento da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do MMFDH. Também foi lançada a campanha Seja um Voluntário Raro, do Programa Pátria Voluntária.
A campanha, segundo a primeira dama da República, Michelle Bolsonaro, vai facilitar e engajar uma rede de voluntariado em prol das famílias e dos pacientes. “Nosso propósito aqui é compartilhar informação e fomentar conhecimento. Dessa forma estamos contribuindo para diminuir o preconceito relacionado a essas doenças”, disse a primeira dama.
O evento contou com a presença de mães que tem filhos com doenças raras. Na oportunidade, foram mostradas ações do Programa Pátria Voluntária além da exibição do documentário Tin Soldiers, relacionado ao tema.
A titular da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD), do MMFDH, Priscilla Gaspar, ressaltou a atenção do governo com relação aos raros. “Esse governo está olhando com muito carinho para os raros e quer que todos ganhem consciência a respeito deles, de forma que eles saiam da invisibilidade. São pessoas iguais a todos que, com suas particularidades, vivem em sociedade e merecem nossa atenção”, concluiu, Priscilla.
Estudo científico apontou que pacientes com esta condição tem três vezes mais chances de precisar de um leito de UTI
SÃO CARLOS/SP - A higiene bucal se mostra não apenas um elemento de manutenção da arcada dentária, como um fator que pode comprometer a saúde de todo o organismo. Em um contexto de pandemia, porém, a importância desse hábito se mostra ainda mais trivial. Um estudo de colaboração internacional publicado no Medical Xpress constatou que pacientes com Covid-19 que possuem doenças gengivais apresentam risco de complicações de três a quatro vezes maiores que os demais.
A pesquisa analisou 568 pacientes que contraíram o SARS-CoV-2 entre fevereiro e julho de 2029, deste 45% possuía alguma doença gengival, além de considerar fatores como idade, peso, histórico de saúde a hábitos. O resulto da amostra apontou que paciente que convivem com a condição apresentam 3,5% a mais de chances de precisarem de uma UTI, elevando assim a possibilidade de morte.
A odontologista Dra. Patrícia Bertges aponta que esse fator não chega a ser uma surpresa, visto que problemas relacionados à saúde dentária e gengival costumam condicionar o organismo a um estado mais inflamatório. “A boca é um dos principais canais de entrada do vírus no organismo. Quando esse ambiente apresenta cáries e periodontites, por exemplo, a presença dos microrganismos causadores dessas condições tende a afetar toda a imunidade do indivíduo, o que diminui a resistência do corpo as infecções”, elucida.
Desta forma, quando o paciente com problemas gengivais contrai o vírus, a resposta inflamatória ao SARS-CoV-2 tende a ser mais agressiva — visto que além do fato do indivíduo nunca ter tido contato com o patógeno, o que por si só já diminui a ação do sistema imunológico, a proteção do organismo encontrasse debilitada pela ação das doenças bucais.
“O estudo apenas destacou o quanto uma higiene bucal bem cuidada contribui para um corpo mais saudável. Quando mais baixa for a carga bacteriana bucal, menores são os riscos de aspiração para o trato respiratório, assim como a resposta inflamatória. Por isso, escovar bem os dentes após as refeições, fazer uso de fio dental e enxaguante, assim como manter acompanhamento com o dentista são primordiais para evitar contrair o vírus, assim como suas complicações”, recomenda Dra. Patrícia Bertges.
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