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SÃO PAULO/SP - Quem tem o costume de cuidar de plantas percebe a diferença que existe entre regar com água da torneira e com água da chuva para a aparência das nossas companheiras. E isso não é somente impressão ou anedota dos mais antigos: trata-se de um fato científico. E tudo pode ser explicado com base na ciência.

Existem diversos fatos sobre a água da chuva que colaboram para essa impressão de “mais vida” para as plantas. E, realmente, elas preferem essa forma de hidratação do que aquela com água da torneira.

Por que a água da chuva faz bem para as plantas?

Um dos principais motivos que justifica a melhora das plantas com a água da chuva é a sua acidez: as gotas que caem do céu têm um pH mais baixo (ou seja, são mais ácidas) do que o líquido que costumamos beber. Essa acidez enriquece a terra e alegra mais, por exemplo, as plantas tropicais.

Outro fator considerado essencial é a ausência de sais minerais e outras substâncias. A água da chuva tem pouquíssimas substâncias químicas lhe cercando, o que faz com que ela seja quase pura. Mais sais minerais não são positivos para muitas plantas, que já obtêm muito do que precisam dos minerais do solo.

A irrigação pluvial também é um fator essencial para que a saúde das raízes seja mantida. Obviamente, aguar as plantas com água de beber ou da torneira não vai matá-las, mas pode ser um dos fatores para explicar aquela verdinha que “não vingou”.

Contudo, o que é verdade para as plantas não é, necessariamente, verdade para nós: não consuma água da chuva, ela pode conter níveis de acidez muito mais altos que a água normal e definitivamente, não fará bem para você.

 

 

por Yuri Ferreira / HYPENESS

ALEMANHA - O asteroide que provocou a extinção de boa parte das espécies de dinossauros há 66 milhões de anos não selou somente o destino dos animais, mas também alterou a rota evolutiva de plantas, flores e frutas. É essa a conclusão de um estudo recente, realizado por pesquisadores do Centro Alemão de Pesquisa Integrada em Biodiversidade (iDiv) e da Universidade de Leipzig: a extinção dos dinossauros provocou mudanças radicais no comportamento e no futuro da vegetação do planeta a partir de então.

O princípio de tal efeito é ligado diretamente à extinção em massa dos animais: muitos deles eram herbívoros, e as ausências, no consumo e manipulação das plantas e frutas causaram uma redução na velocidade evolutiva média e no desdobramento em novas espécies vegetais. A conclusão contraria a ideia recorrente de que, com o desaparecimento dos animais, as vegetações viveram uma explosão de crescimento, diversificação e evolução.

Já a velocidade de plantas com grandes frutos, segundo o estudo, permaneceu praticamente constante, com o tamanho dos frutos aumentando no período após a extinção. “Assumimos, portanto, que a falta de influência de grandes herbívoros levou a vegetações mais densas nas quais plantas com sementes e frutos maiores tinham uma vantagem evolutiva”, afirmou Renske Onstein, pesquisador que liderou o estudo, realizado a partir da análise de plantas fossilizadas e outras ainda vivas.

De acordo com a pesquisa, ao longo dos primeiros 25 milhões de anos que sucederam o asteroide, a vegetação enfrentou mudanças expressivas, com diversas plantas perdendo mecanismos de defesa, como espinhos, enquanto outras começaram a crescer frutos maiores. “Assim, pudemos refutar a suposição científica anterior de que a presença de grandes frutos de palmeiras dependia exclusivamente de mega-herbívoros”, diz o autor. “Traços de defesa sem predadores aparentemente não ofereciam mais vantagens evolutivas”, explicou o cientista.

Segundo o estudo, com a perda das defesas das plantas, os animais menores também passaram a comer grandes frutas e, assim, espalhar suas sementes. Não por acaso, essas defesas retornaram na maioria das espécies de palmeiras, quando os novos mega-herbívoros surgiram, como elefantes e rinocerontes. O estudo foi publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society.

 

 

Vitor Paiva / HYPENESS

ANTÁRTIDA - O aumento das temperaturas na Antártida na última década e a redução da cobertura de gelo fizeram com que a vegetação nativa se espalhasse com rapidez em algumas regiões. A conclusão consta no primeiro estudo sobre a aceleração das mudanças nos ecossistemas polares ocorrida nos últimos anos, realizado por um grupo de cientistas nas ilhas Signy e Órcades do Sul, no continente antártico.

Desde 2009, a disseminação da gramínea Deschampsia antarctica e da cariofilácia Colobanthus quitensis vem sendo maior do que na soma dos 50 anos anteriores. Esse período coincide com um aumento acelerado da temperatura do ar e com a redução da quantidade de focas, segundo o artigo publicado no portal científico Current Biology.

As populações das duas espécies de plantas vêm sendo estudadas desde os anos 1960. As pesquisas revelam que as gramíneas se espalharam em ritmo cinco vezes mais rápido entre 2009 e 2018, do que entre 1960 e 2009. No caso das cariofilácias, o aumento foi quase dez vezes maior.

Na última década, a temperatura durante o verão antártico aumentou de 0,02 ºC para 0,27 ºC, apesar de um forte resfriamento registrado em 2012.

A professora e pesquisadora-chefe do estudo, Nicoletta Cannone, da Universidade de Insubria, em Como, na Itália, afirma que os ecossistemas terrestres da Antártida reagem com rapidez às mudanças no clima.

"Esperava um aumento dessas plantas, mas não nessa magnitude”, observou. "Recebemos, múltiplas evidências de que uma grande mudança está ocorrendo na Antártida.”

 

Aumento da temperatura

O fator primário dessas mudanças é o aquecimento do ar durante o verão; e o secundário é a redução da população de focas nas ilhas. O motivo da diminuição do número desses animais, que costumam se deslocar sobre essas plantas e esmagá-las, é desconhecido, mas estaria provavelmente associado a mudanças na disponibilidade de alimentos e nas condições do mar.

Análises comprovam a influência das focas nas mudanças ocorridas entre 1960 e 2009. Mas, depois desse período, o maior fator de transformação foi mesmo o aumento da temperatura. A tendência de aquecimento deve se manter, com o surgimento de novas áreas de degelo nas próximas décadas.

A maior presença dessas espécies de plantas poderá causar mudanças na acidez do solo, nas bactérias e fungos nele encontrados e na forma com a matéria orgânica se decompõe. A professora Cannone explica que as transformações na química do solo, além da degradação do permafrost, podem desencadear mudanças em série que poderão afetar todos os componentes dos ecossistemas terrestres da região.

Essas plantas são capazes de realizar fotossíntese em temperaturas abaixo de zero e com neve, e de se reproduzirem rapidamente mesmo em condições climáticas adversas.

"Estas são as primeiras evidências na Antártida de respostas aceleradas de ecossistemas ao aquecimento global, em conformidade com observações semelhantes realizadas no hemisfério norte”, afirmam os cientistas no estudo.

Docente do Senac São Carlos orienta sobre como criar um projeto paisagístico e usar elementos naturais para compor o espaço

SÃO CARLOS/SP - O verde das plantas está cada vez mais presente em casas e apartamentos, propiciando aos moradores um clima acolhedor. A constatação é de Camila Postigo dos Santos, docente da área de design de interiores do Senac São Carlos. Isso porque, segundo ela, ao mesmo tempo que preenche espaços e torna a decoração mais interessante, a construção de um jardim pode trazer mais naturalidade à rotina, melhorar a qualidade do ar e favorecer a sensação de bem-estar. E para quem deseja ter um local destinado às plantas e flores, a docente orienta sobre o cultivo e o planejamento de espaços verdes.

Os primeiros passos, conforme indica Camila, são definir o local e o tamanho do jardim, pensar na posição do sol em relação ao terreno, para que as plantas recebam a quantidade adequada de luz natural, pesquisar as melhores espécies para o ambiente, além de entender o pH do solo e a disponibilidade de água. “Os jardins podem servir como espaços de lazer, área de estar ou apenas ser um lugar contemplativo. O importante é definir o que se espera desse ambiente”. A profissional reforça também a importância de saber o que é viável, o que cabe no local e o que condiz com a necessidade de uso.

É preciso ainda escolher as espécies mais adequadas para cada ambiente, compreendendo se elas ficarão em espaços fechados ou ao ar livre. “Não se esqueça que um jardim necessita de cuidados diários para se manter saudável”, pontua a docente do Senac. “E a definição do tamanho do jardim será fundamental, pois, a partir do local disponível, é possível dimensionar a quantidade dos demais insumos (mudas, adubos, ferramentas) e definir como será o projeto paisagístico”.

Camila também explica que, em um lugar onde não há terra ou pouco espaço, os vasos são uma ótima opção. Entretanto, é importante atentar-se para o uso de espécies que sejam adequadas para essa forma de plantio. Uma vantagem da alternativa é que esses recipientes podem ser reposicionados facilmente e são encontrados em diversas cores, tamanhos, formas e texturas.

Outra possibilidade para quem deseja unir a funcionalidade dos vasos com o poder medicinal de algumas espécies é apostar em plantas com qualidades fitoterápicas ou medicinais. “A maioria delas também são usadas em temperos, como o alecrim, manjericão, hortelã, babosa e a melissa, todas com dupla utilidade e que se adaptam bem em vasos”, ressalta.  

 

Aprendizado

           Para quem pretende conhecer mais sobre o assunto e as técnicas de plantio, o Senac São Carlos está com inscrições abertas para os cursos do Senac Online - ao vivo: Horta Orgânica Caseira, entre outros. Para mais informações e inscrições, acesse ao Portal Senac: https://www.sp.senac.br.

 

Serviço:

Senac São Carlos

Local: Rua Episcopal, 700 – centro, São Carlos/SP

Informações: https://www.sp.senac.br/senac-sao-carlos

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