Frente formada por PT, PC do B, PV, PSD, PSB, Cidadania e PSOL em apoio à pré-candidatura de Newton Lima
SÃO CARLOS/SP - A Frente Democrática pela Reconstrução de São Carlos formada em apoio à pré-candidatura de Newton Lima à Prefeitura ganhou um importante reforço nesta quinta-feira (14) com a entrada do PSOL.
O anúncio foi feito pelo vereador e presidente do PSOL São Carlos, Djalma Nery, em encontro com os presidentes dos partidos que formam o Conselho Político da Frente – PT, PC do B, PV, PSD, PSB, Cidadania e, agora, PSOL.
“Estou muito feliz de estar aqui e de ver o PSOL e o PT juntos, alinhados com outros partidos pela reconstrução de São Carlos”, frisou Djalma. “Há 12 anos esperava estar ao lado do grupo político liderado pelo ex-prefeito Newton Lima”, ressaltou.
Para o ex-prefeito, a entrada do PSOL na Frente é um reforço fundamental. “O PSOL reúne a juventude e lideranças importantes que estão se despontando, o Djalma é um exemplo claro, foi o vereador mais votado e tem se mantido combativo em prol dos valores democráticos”, salientou Newton Lima.
“Temos um papel fundamental nestas eleições, que é a defesa da democracia e a construção de um programa de governo que atenda as pessoas da cidade com desenvolvimento, sustentabilidade e inclusão social”, ressaltou o coordenador da Frente, Carlos Martins.
“Estamos construindo uma aliança bastante forte e a entrada do PSOL é um ótimo reforço”, disse o presidente do PSD, Marcos Martinelli. “O PSOL é um partido de juventude e isso nos entusiasma ainda mais”, comentou o presidente do PV, Gabriel Bruno.
Para o presidente do PC do B, Roberto Menezes, é fundamental ampliar o arco de alianças para obter êxito nas eleições municipais. Já o presidente do PSB, Nino Mengatti, frisou a importância de unir todos os segmentos da cidade em prol da Frente Democrática pela Reconstrução São Carlos. O presidente do Cidadania, Azuaite Martins, também comemorou a união democrática em favor de São Carlos.
A incorporação do PSOL, na avaliação de todos os integrantes da Frente, é relevante pela inserção entre a juventude e a militância estudantil e ambiental, o que avança na consolidação de um projeto comum das forças democráticas de São Carlos.
SÃO PAULO/SP - A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) será homenageada com o título de cidadã honorária de São Paulo no dia 25 de março, em cerimônia no Teatro Municipal. A honraria foi aprovada pela Câmara Municipal em novembro de 2023. O vereador Rinaldi Digilio (União Brasil) foi o autor do pedido. É praxe que a sessão solene para a entrega do título seja realizada na própria Câmara. No caso de Michelle, por solicitação do autor, a solenidade será realizada em local externo.
Parlamentares do PSOL apresentaram representação no Ministério Público para vedar a realização do evento. O requerimento também foi enviado ao Ministério Público Eleitoral. Os autores alegam que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) está se valendo do cargo para "evento que o beneficiará eleitoralmente". Nunes é pré-candidato à reeleição e terá o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa.
A Câmara afirmou, em nota, que a transferência do local é uma prerrogativa do seu regimento interno "quando não há plenário disponível ou auditório que comporte o número de convidados em data específica". "Não há excepcionalidade nesse caso", afirmou, também em nota, a Secretaria Municipal de Cultura.
POR ESTADAO CONTEUDO
BRASÍLIA/DF - O congresso nacional do PSOL terminou n0 domingo (1º), marcado por brigas entre militantes, e com vitória de ala do partido ligada ao deputado Guilherme Boulos (SP), que defende aproximação com o governo Lula (PT).
O evento ocorreu num hotel em Brasília e antes que houvesse a eleição para definir a presidência da legenda, grupos opostos se provocaram até que começou uma confusão.
Militantes subiram no palco, houve empurrões e um homem aparece tentando desferir um soco. Uma pessoa com o microfone em mãos pediu que eles descessem "imediatamente" do palco.
Em nota, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, lamentou o ocorrido e afirmou que instaurou apuração sobre o caso.
"Durante o 8º Congresso Nacional do PSOL houve um desentendimento entre dois militantes que terminou por acirrar os ânimos e interromper o andamento do Congresso por alguns instantes."
"A direção do PSOL lamenta o ocorrido. O caso está sob apuração das instâncias responsáveis. O incidente não alterou o curso do encontro que se encerrou elegendo a nova direção e aprovando todas as resoluções previstas", informou Medeiros.
O presidente do partido será substituído por Paula Coradi, eleita neste domingo com 67% dos votos de 451 delegados, que comandará o PSOL até 2026.
Paula é da corrente Primavera Socialista, que junto com Revolução Solidária, do deputado Guilherme Boulos, pré-candidato à prefeitura de São Paulo, formam o campo PSOL Popular, maioria na legenda. O grupo defende que o partido seja base do governo Lula e que não se isole das demais legendas.
A vencedora derrotou o grupo liderado por Sâmia Bonfim, da corrente (Movimento Esquerda Socialista), que defende a posição de independência do partido. Integrantes desta ala acusaram membros do outro grupo de fazer manobras regimentais para tentar reduzir o espaço da corrente minoritária no partido.
De acordo com pessoas ligadas a Boulos, a confusão no congresso nacional teve origem justamente em razão de discussões sobre o tamanho de cada ala.
O grupo ligado a Sâmia saiu menor do encontro, o que significa que a corrente deverá ter menos espaço na direção partidária.
por JULIA CHAIB / FOLHA de S.PAULO
SÃO CARLOS/SP - Na tarde do último sábado (19), cerca de 100 militantes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), reunidos no plenário da Câmara Municipal de São Carlos, elegeram o novo diretório municipal do partido para o ciclo 2023 – 2025.
A recomposição da direção local do partido ocorreu em conjunto com a realização da Plenária Intermunicipal integrante do 8° Congresso Nacional do PSOL, com espaço para debates, apresentação e votação de teses. A atividade teve duração aproximada de três horas, nas quais os presentes debateram sobre a conjuntura do país e da cidade e aprovaram diretrizes políticas e organizativas para o próximo período.
Para o novo ciclo da direção partidária, foram eleitos por unanimidade 7 membros: Djalma Nery (presidência); Natália Nabhan (Primeira Secretária); Rodrigo Correa (Tesouraria); Lucas Beco; Amanda dos Santos; Priscila Trucullo e Cassiano Sampaio.
“Apesar de todas as dificuldades e percalços, estamos muito contentes com o crescimento do partido e das lutas na cidade. Entendemos o PSOL como uma ferramenta que tem muito a contribuir para a melhoria de vida da população de São Carlos. Para isso, precisamos nos organizar e participar ativamente da vida pública, política e institucional de nossa região, bem como atuar nos diversos movimentos de luta por direitos. A conquista do primeiro mandato do partido na história da cidade; a entrada do MTST; a existência de uma sede municipal e o aumento do número de militantes e filiados são alguns dos importantes marcos do último período. Promover a participação popular, a unidade entre as forças progressistas, e difundir pautas e reivindicações justas serão algumas das tônicas desta nossa gestão à frente do PSOL São Carlos”, disse Djalma Nery. Ele ainda complementa: “estamos muito satisfeitos também com a atual composição de nosso diretório municipal, formado por mulheres, com presença de negros e negras, e por moradores de várias regiões da cidade. Atendemos a todos os critérios estatutários de representatividade do PSOL, garantindo espaços de protagonismo para setores historicamente excluídos da construção política em nossa sociedade, sub-representados em todas as instâncias e esferas institucionais”. E finaliza: “O PSOL pode contribuir muito para a vida da população de São Carlos, pois está realmente ao lado do povo e da classe trabalhadora e não tem medo de fazer o enfrentamento com a elite e com os setores ultra reacionários que tanto prejudicam o desenvolvimento social e humano em nossa cidade. Iremos lutar para ocupar cada vez mais espaços e colocar esses espaços à serviço das demandas populares! No próximo período teremos eleições municipais e o PSOL reafirma que terá candidatura própria para defender um projeto popular e socialista para São Carlos!”
O partido conta com quase 400 filiados no município e tem entre seus quadros o vereador mais votado das últimas eleições.
Para conhecer o partido, basta enviar uma mensagem para a página “PSOL São Carlos” no facebook ou escrever para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., solicitando uma conversa de apresentação.
BRASÍLIA/DF - O relatório final da CPI do MST vai propor o indiciamento de cinco lideranças envolvidas com invasão de áreas de terras no País, segundo apurou o Estadão. O texto do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) também pretende mirar políticos do PT e do PSOL, legendas que tradicionalmente têm ligação com o movimento dos sem-terra.
Em uma tentativa de vincular o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o grupo, Salles deve mencionar no documento membros dos dois partidos que teriam recebido apoio financeiro e político do movimento. Uma escalada de invasões de terra em abril provocou a abertura da CPI. Segundo o Estadão apurou, dez nomes de políticos serão citados no relatório final.
O plano é apresentar o relatório final e submetê-lo à votação já nesta terça terça-feira, 15, após o depoimento do líder do MST, João Pedro Stédile, um dos mais esperados pelos integrantes do colegiado.
Como revelou o Estadão, o comando da CPI ameaça antecipar o fim dos trabalhos em resposta a atuação do governo Lula para esvaziar as investigações. Na semana passada, o governo recorreu ao Centrão para ter maioria no colegiado que antes era composto majoritariamente por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Como reação a esse movimento do Planalto, Salles, que foi ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, promete apresentar um relatório duro, expondo, segundo ele, a destinação de recursos públicos ao movimento. Será mais um ato político. Como o relatório final precisa ser votado e a CPI hj tem maioria governista as chances de que o texto de Salles seja derrotado são enormes.
Em algumas sessões da CPI, Salles já deu pistas do que poderia apresentar no relatório ao falar da ligação ideológica entre o governo e os movimentos. Durante uma sessão, ele questionou o fato do líder sem-terra José Rainha, da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), ter pedido votos para a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) durante a campanha em 2022. O partido da parlamentar integra a base do governo Lula.
O episódio rendeu a primeira ameaça de prisão no colegiado. Rainha incialmente negou que tenha feito campanha política. Salles insistiu no questionamento. Ele disse que a fala poderia configurar falso testemunho e exibiu um vídeo em que o líder dos sem-terra agradeceu os votos dados à parlamentar. Após a apresentação, Rainha voltou atrás e confirmou o apoio.
O PT tem três integrantes da comissão ligados ao MST: Marcon (RS), João Daniel (SE) e Valmir Assunção. Em depoimento à CPI na última quarta-feira, 9, Vanuza dos Santos de Souza disse que Valmir foi o responsável por ser o mandante da remoção dela da própria casa em um assentamento na Bahia, e alegou, como motivo, pressão política. “Ou você vota, ou você perde a terra”, relatou ela sobre o que teria ouvido.
CPI fez diligências em assentamentos
Na sexta-feira, 11, a CPI fez diligências em assentamentos na região rural de Atalaia (AL). Da oposição, acompanharam o trabalho Ricardo Salles, o presidente da comissão, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) e Delegado Fábio Costa (União-AL). Do governo, foram João Daniel, Valmir Assunção e Paulão (AL).
Em abril, integrantes do MST invadiram a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Maceió para exigir a exoneração do superintendente do órgão, César Lira, primo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A ação - que motivou a criação da CPI - fez parte do “Abril Vermelho”, jornada nacional do movimento, mobilizou mais de mil militantes organizados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), incluindo outros grupos, como a Frente Nacional de Luta (FNL), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento Terra Livre (MTL), entre outros.
Um dos braços da investigação da oposição em Alagoas teria detectado repasses de R$ 5,9 milhões do Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado ao longo dos últimos sete anos a uma única empresa, que realizou suporte logístico com transporte e estrutura ao MST.
De acordo com um dos documentos, o Incra pediu ausência de licitação para transportar integrantes do MST para “resolver ou evitar conflitos envolvendo os movimentos sociais, tais como invasões, manifestações, etc.”. “Os integrantes de movimentos sociais do Estado, quando se encontram em uma situação onde não são atendidos seus interesses, costumam realizar protestos e invasões para pressionar os representantes do governo”, diz o documento.
Ao longo do período, o órgão teria custeado o aluguel de tendas, montagem e desmontagem de infraestrutura e o transporte de produtos e alimentações de feiras, assim como o transporte de integrantes para encontros da militância.
O MST e os parlamentares do governo na CPI, articulam, paralelamente, atos em defesa do movimento. Deputadas do PSOL e do PT participaram de um na quinta-feira, 10, em Brasília, e agora realizarão outro no sábado, em São Paulo, no armazém do campo, que contará com a presença de artistas e intelectuais.
por Levy Teles / ESTADÃO
BRASÍLIA/DF - Uma ala do PSOL, partido que fez parte da coligação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defende que a sigla adote uma postura independente em relação ao novo governo e não ocupe cargos na gestão federal. A direção nacional vai se reunir no próximo dia 17 para definir os rumos da legenda a partir de 2023.
De acordo com o deputado federal reeleito Glauber Braga (PSOL-RJ), pelo indicativo de correntes políticas da sigla que se posicionaram publicamente, já é possível aferir que o partido terá maioria da direção nacional para firmar independência em relação à gestão petista.
No entanto, ainda que existam resistências internas na sigla, a ala pró-Lula tem maioria para formalizar o alinhamento e negocia espaços no primeiro escalão. Como mostrou o Estadão, Lula não terá oposição à esquerda pela 1ª vez no Congresso.
Ao Estadão/Broadcast, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que a sigla vai ajudar o presidente eleito a “reconstruir” o País e garantiu que o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) “estará na linha de frente”.
“O PSOL vai ajudar Lula a reconstruir o Brasil e Boulos estará na linha de frente”, disse Juliano à reportagem, que preferiu não dar mais declarações para não alimentar especulações sobre o tema. Boulos é cotado para assumir o Ministério das Cidades.
Em nota à imprensa, Boulos seguiu na linha de Medeiros. “Defendo que o partido participe do novo governo, sem perder sua autonomia, para ajudar a superar o pesadelo bolsonarista, além de contribuir para puxar a agenda do país para a esquerda. Quem vai fazer oposição ao Lula é o bolsonarismo, e não estaremos ao lado deles”, declarou Boulos.
Para Braga, no entanto, a posição independente, sem ocupação de cargos no Executivo, é mais benéfica ao governo para que a sigla possa fazer enfrentamento às “chantagens do Centrão”. “Quando você ocupa cargos como base, você fala para dentro e perde sua capacidade inclusive de fazer esse enfrentamento com eles para fora”, afirma.
A partir da posição independente, de acordo com o deputado, a legenda pode manter suas bandeiras levantadas e dar “tratamento eficaz” por meio de “denúncias permanentes à extrema-direita, à direita neoliberal e aos partidos que deram sustentação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL)”.
Novo governo
Braga nega que a não ocupação de cargos no Executivo possa enfraquecer a legenda. “Para se fortalecer, o partido tem que manter suas bandeiras levantadas, tem que manter a relação permanente com movimentos sociais. Quem está preocupado em ter cargos é o Centrão”, afirmou.
Aliados já durante a campanha
Desde o primeiro turno da eleição presidencial, Boulos fez campanha a favor de Lula, após o PSOL não lançar um candidato ao Palácio do Planalto. Com o petista eleito, o deputado federal eleito foi anunciado como integrante do grupo de Cidades do governo de transição. Questionado sobre a possibilidade de saída de filiados do partido caso a legenda opte pela independência em relação ao governo, Medeiros negou, citando Boulos. “Não existe essa hipótese de saída de pessoas do partido”, disse.
O PSOL formalizou federação com o partido Rede e as siglas devem caminhar juntas nos próximos quatro anos. Apesar da junção, o PSOL tem liberdade para aderir, mesmo que isolado, à posição de independência. A federação elegeu 14 deputados para a próxima legislatura, sendo 12 filiados ao PSOL.
por Giordanna Neves e Sofia Aguiar / ESTADÃO
SÃO PAULO/SP - Fortalecido após chegar ao segundo turno na disputa pela prefeitura de São Paulo no ano passado, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, deve se consolidar como a principal liderança nacional do PSOL e isolar as correntes antipetistas da legenda em setembro, quando o partido vai realizar seu próximo congresso.
Pelas projeções de líderes do partido ouvidos pelo Estadão, a chapa articulada por Boulos deve vencer a corrente que é contra uma aliança com o ex-presidente Luiz Inácio da Silva na disputa presidencial do ano que vem – o petista, que recuperou os direitos políticos, lidera as pesquisas de intenção de voto à Presidência.
Fundado a partir de uma dissidência do PT, o partido lançou candidatura própria em todas as eleições presidenciais desde a sua criação, em 2005. Com um discurso de oposição sistemática à esquerda aos governos petistas, o PSOL caminha agora para uma nova correlação interna de forças. Batizada como “Revolução Solidária”, a corrente criada por Boulos se uniu ao grupo “Primavera Socialista”, liderado pelo deputado Ivan Valente, que também prega uma aproximação com o PT.
“Essa vai ser a principal disputa no congresso do PSOL: uma posição pública sobre 2022. Na nossa avaliação, não há um cenário que indique vitória do Bolsonaro no 1.° turno. Não faz sentido o PSOL abrir mão de sua independência e programa”, disse a deputada federal Sâmia Bomfim (SP).
Ela integra o grupo Movimento Esquerda Socialista (MES), que é contra o apoio a Lula a até “lançou” o deputado Glauber Braga (RJ) como pré-candidato ao Palácio do Planalto. “Desde que recuperou seus direitos políticos, o Lula sinaliza mais para o Centrão e a direita liberal do que à esquerda. Seria irresponsabilidade o PSOL não apresentar um nome próprio”, disse.
Dissidente do PT e um dos fundadores do partido, Ivan Valente discorda. “Lula é muito competitivo e tem uma atração muito forte na base do eleitorado progressista. Ainda tem gente com a visão de que o PT pode cooptar o PSOL. Não vejo esse risco”, afirmou.
Procurado, Boulos não se manifestou sobre a disputa interna, mas seus aliados dizem que ele vai entrar “com tudo” no congresso do partido após filiar militantes do MTST, do movimento estudantil e de movimentos sociais que o apoiaram na eleição. Alinhado com Boulos, o atual presidente do PSOL, Juliano Medeiros, deve ser reconduzido ao cargo.
Enquanto o PSOL se move para a órbita de Lula, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) adotou o antipetismo como uma estratégia em busca do eleitor de esquerda que se decepcionou com o ex-presidente. Esse discurso causou reações no PDT.
O primeiro a vocalizar a discordância foi o deputado federal Túlio Gadelha (PE), que se reuniu recentemente com Boulos e outras lideranças do PSOL em uma sinalização de que pode mudar de partido. Em entrevistas, Gadelha disse achar um “erro” os ataques de Ciro a Lula.
O ex-deputado Miro Teixeira (RJ), que deixou a Rede e voltou ao PDT este ano para coordenar a campanha de Ciro, disse que discorda “dessa linha radical contra Lula”.
*Por: Pedro Venceslau / ESTADÃO
BRASÍLIA/DF - A líder do PSOL na Câmara, deputada Sâmia Bomfim (SP), cobrou informações do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre os estoques de cilindros de oxigênio, seringas e agulhas para vacinação em todos os Estados do Brasil. A parlamentar protocolou na terça-feira, 19, um requerimento pedindo explicações ao Ministério da Saúde.
No documento, Sâmia solicita detalhamento de dados como a média de consumo semanal de oxigênio medicinal em cada unidade federativa e em quais Estados o Ministério da Saúde percebeu aumento de consumo deste insumo a partir de dezembro.
A deputada questiona, ainda, se existe um plano para evitar a escassez de equipamentos de proteção individual na rede pública - como luvas descartáveis, óculos de proteção, aventais, máscaras cirúrgicas, máscaras N95, toucas descartáveis e protetor facial de acrílico.
"Devemos garantir urgentemente que tal situação de desabastecimento não se repita e que os trabalhadores da saúde tenham sua segurança assegurada pelo poder público", disse Sâmia.
Com a nova explosão de casos de covid-19 no Amazonas, o Estado vive atualmente o pior momento da pandemia, com colapso no sistema de saúde e falta de oxigênio para pacientes.
Na última quinta-feira, 14, o estoque do insumo chegou a acabar nos hospitais de Manaus e pacientes morreram asfixiados, segundo o relato de médicos. Nesta terça-feira, 19, sete pacientes morreram em Coari (AM) e seis em Faro (PA) devido à falta do insumo.
Como divulgou o Estadão, pelo menos desde o dia 23 de novembro a Secretaria de Saúde do Amazonas sabia que a quantidade de oxigênio hospitalar disponível seria insuficiente para atender a alta demanda provocada pela pandemia de covid-19.
As dificuldades no atendimento da demanda teriam sido relatadas ao Ministério da Saúde no dia 7 de janeiro. O governo federal disse ao Supremo Tribunal Federal que soube da falta de oxigênio no dia 8. Pazuello esteve em Manaus no dia 11.
*Por: Camila Turtelli / ESTADÃO
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