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SÃO CARLOS/SP - A Defesa Civil de São Carlos assinou na última quarta-feira (30/06), no Palácio dos Bandeirantes, um convênio para o recebimento de recursos para a aquisição de novos equipamentos.

São Carlos foi contemplada, através de emenda parlamentar do deputado estadual Major Mecca, no valor de R$ 200.000,00 para a aquisição de um veículo pickup 4x4; kit combate a incêndio para veículos; balsa inflável; gerador elétrico; holofote torre de iluminação e capacete multiuso.

De acordo com o diretor de Defesa Civil, Pedro Caballero, os equipamentos serão de grande importância para ações de defesa civil no município de São Carlos, principalmente nas ações contra incêndios e enchentes, somando-se aos já adquiridos pelo município e também pela infraestrutura da nova sede recém disponibilizada. 

Para o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, pasta que a Defesa Civil faz parte, esse convênio é um ganho para o município. “Estamos investindo na nossa Defesa Civil, já adquirimos uma nova viatura, uma nova sede, mas sempre é preciso mais recursos. A Defesa Civil tem como objetivo reduzir riscos e danos sofridos pela população em caso de desastres. Ela autua antes, durante e depois de desastres por meio de ações como prevenção, mitigação, resposta e recuperação”, disse Samir Gardini agradecendo o apoio do deputado Major Mecca.

SÃO CARLOS/SP - Um novo decreto municipal vai ser publicado na edição do próximo sábado (03/07) no Diário Oficial do Município com novas medidas temporárias de prevenção à disseminação da COVID-19.

As novas restrições foram sugeridas e aprovadas pelo prefeito Airton Garcia pelo Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus considerando a elevação no número de óbitos e casos. Somente no último mês de junho foram registradas 88 mortes, 3.423 novos casos, sendo que a média de novos casos chegou a 168 (entre 22 a 29 de junho) e a média diária de óbitos a 2,93.

O Decreto Municipal que entra em vigor na próxima segunda-feira, dia 5 de julho, estabelece adequação no horário de atendimento presencial e consumo local, além da redução na capacidade de ocupação pelas atividades econômicas e religiosas. 

O comércio poderá funcionar das 9h às 16h; restaurantes, bares e similares entre 6h e 19h, ficando proibido música ao vivo. As atividades culturais, academias de esporte, salão de beleza, barbearias e educação não regulada também poderão atender somente das 6h às 19h. Já as atividades religiosas poderão ser realizadas das 6h às 20h.

Após as 19h o setor de serviços como restaurantes e similares (lanchonetes, casas de sucos, bares com função de restaurante e lojas de conveniência) somente poderá atender os clientes pelo sistema delivery. Pelo sistema drive-thru está autorizado também até 19h. O toque de recolher permanece das 20h às 05h.

A capacidade máxima de ocupação nos estabelecimentos liberados passa de 40 para 30%, podendo diminuir gradativamente. A Força Tarefa permanece nas ruas fiscalizando, orientando e coibindo as aglomerações e desobediência aos protocolos sanitários adequados impostos para combater a COVID-19.

“Com os números em alta não é possível flexibilização neste momento. Agradecemos o apoio da Câmara Municipal que tem nos ajudado muito nas decisões e sobretudo dos comerciantes da nossa cidade que mais uma vez compreenderam a gravidade da situação e nunca deixaram de dialogar com a Prefeitura. Se cada um fizer a sua parte, não precisaremos impor mais restrições, porém se as pessoas insistirem no descumprimento dos protocolos sanitários, isso será inevitável”, ressalta o prefeito Airton Garcia.

Mateus de Aquino, coordenador do Comitê Emergencial de Combate ao Coronavírus e secretário de Comunicação, disse que os membros do comitê avaliaram medidas mais restritivas também baseados na Nota Técnica emitida pelo Centro de Contingência do Governo do Estado que aponta a necessidade de aumentar as medidas restritivas nos municípios com mais de 90% de ocupação de leitos. 

“No último mês de junho a nosso média de ocupação de leitos de UTI/SUS ficou em 97,7% e foram registrados 13 óbitos de pessoas em leitos de estabilização aguardando transferência via CROSS”, afirma o coordenador.

As medidas restritivas serão válidas por no mínimo 14 dias consecutivos, portanto até 18 de julho.

SÃO CARLOS/SP - A Vigilância Epidemiológica de São Carlos confirma nesta quinta-feira (01/07) mais duas mortes por COVID-19 no município, totalizando 444 óbitos. Trata-se de um homem de 64 anos, internado em hospital público desde 02/06 e de um homem de 50 anos, internado em hospital público desde 22/06.

São Carlos contabiliza neste momento 23.131 casos positivos para COVID-19 (88 resultados positivos foram divulgados hoje), com 444 óbitos confirmados e 130 descartados. 

Dos 23.131 casos positivos, 21.164 pessoas apresentaram síndrome gripal e não foram internadas, 44 óbitos sem internação, 1.923 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 1.433 receberam alta hospitalar e 400 positivos internados foram a óbito. 22.290 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 40.816 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus (114 resultados negativos foram liberados hoje).

Estão internadas neste momento 107 pessoas, sendo 26 adultos na enfermaria. 8 pacientes estão em Unidades de Cuidados Intermediários (UCI - Santa Casa), 5 estão em Unidades de Suporte Ventilatório (USV – HU/UFSCar). No total na UTI adulto estão internadas 60 pessoas, sendo 41 em leitos de UTI/SUS e 19 em leitos de UTI da rede particular. Na enfermaria SUS 5 crianças estão internadas neste momento. Três crianças ocupam vagas de UT/SUS. 10 pacientes de outros municípios estão internados em São Carlos neste momento. A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS adulto está em 93,18% (41 adultos estão internados). 

Neste momento o município disponibiliza 44 leitos adulto de UTI/SUS para COVID-19, já que a Santa Casa voltou a operar com 30 leitos adulto para UTI/SUS, 20 leitos de UCI, 6 de UTI infantil e 8 de enfermaria o Hospital Universitário (HU/UFSCar) opera com 14 leitos de UTI/SUS adulto, 6 de Unidade de Suporte Ventilatório (USV) e 15 de enfermaria.

UPA – 11 pessoas estão neste momento sendo atendidas em leito de estabilização da UPA do Santa Felícia e do Centro de Triagem. Os pacientes já estão cadastrados e aguardam transferência via CROSS.

NOTIFICAÇÕES – Já passaram pelo sistema de notificação de Síndrome Gripal do município 75.744 pessoas desde o dia 21 de março, sendo que 73.070 pessoas já cumpriram o período de isolamento e 2.674 ainda continuam em isolamento domiciliar.

A Prefeitura de São Carlos está fazendo testes do tipo PCR em pessoas que passam em atendimento nos serviços públicos de saúde com Síndrome Gripal sendo que 50.482 pessoas já realizaram coleta de exames, 34.908 tiveram resultado negativo para COVID-19, 15.342 apresentaram resultado positivo (esses resultados já estão contabilizados no total de casos). 232 aguardam resultado de exame.

SÃO CARLOS/SP - Dois funcionários do setor de zeladoria e manutenção da secretária municipal de saúde foram afastados por testar positivo para covid-19.

Nossa reportagem recebeu denúncia afirmando que as pessoas que tiveram contato com os positivados teriam sido orientados a continuar trabalhando sem realizar exames. O Sindspam ficou sabendo da situação, onde interveio e fez com que os funcionários que tiveram contato com os colegas positivados ficassem em casa e realizassem os exames.

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria de Cidadania e Assistência Social, foi incluída pelo Governo do Estado de São Paulo no Programa SP Acolhe, que vai oferecer auxílio de R$ 300,00 para famílias em situação de vulnerabilidade social que perderam ao menos um membro da família para a COVID-19 desde o início da pandemia do novo coronavírus. O programa faz parte do Bolsa do Povo, benefício de proteção social também oferecido pelo Estado de São Paulo.

A iniciativa vai beneficiar famílias inscritas no CadÚnico (Cadastro Único) até 19/02/21 com renda mensal de até três salários mínimos que tenham perdido ao menos um familiar vítima de COVID-19, podendo ser pai, mãe, avô, avó, filho, filha ou outro parente, desde que a morte tenha ocorrido dentro do núcleo familiar. O programa considera todas as estruturas familiares, exceto a unifamiliar (uma única pessoa), com filhos de todas as idades.

De acordo com Glaziela Solfa Marques, secretária de Cidadania e Assistência Social de São Carlos, 25 famílias serão beneficiadas pelo SP Acolhe em São Carlos. “Temos 15 mil famílias cadastradas no CadÚnico e 25 se enquadram no perfil do programa. O valor será pago diretamente pelo Governo do Estado por meio de voucher com senha e login gerado no Portal Bolsa do Povo, que permitirá o saque nos caixas eletrônicos do Banco do Brasil e Banco 24 Horas. Gradualmente, os beneficiários receberão cartão magnético do programa”, explica a secretária, lembrando que as famílias podem confirmar a elegibilidade e confirmação de cadastro no Portal Bolsa do Povo no https://www.bolsadopovo.sp.gov.br/ disponibilizando o número do NIS (Número de Identificação Social).

O programa vai beneficiar 11.026 famílias em todo o estado, com 11.143 auxílios, totalizando repasse estadual de R$ 20 milhões. O benefício de R$ 1,8 mil será pago em seis parcelas mensais de R$ 300,00 entre os meses de julho e dezembro de 2021.

SÃO CARLOS/SP - Jair Chagas Furquim, 65 anos, foi encontrado morto com marcas de violência na noite de ontem, 30, na Rua José Quatrochi, no bairro São Carlos V.

Segundo informações, o Copom (190), foi acionado, pois a casa estava com sinais de arrombamento. A PM foi ao local e encontrou o corpo de da vítima estirado no chão. Imediatamente a Polícia Cientifica foi chamada, onde realizou a perícia na residência.

O corpo foi levado ao IML de São Carlos.

O caso será investigado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais).

SÃO CARLOS/SP - O famoso vendedor televiso do Brasil, Ciro Bottini estrela campanha institucional da ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos), para apresentar os serviços prestados pela associação.

O principal objetivo da campanha é reafirmar e apresentar de forma ampla o propósito da entidade, que é se posicionar como referência em serviços pensados em aumentar a produtividade e o crescimento de negócios como plano de saúde, telefonia móvel e assistências acessíveis para a classe empresarial.  As veiculações acontecem na TV, em rádios, outdoors, redes sociais (Facebook e Instagram @aciscsc), além de ações por toda a cidade.

“A ACISC oferece os melhores serviços a fim de proporcionar aos empresários um novo nível de tranquilidade no seu negócio, tanto para seus bens materiais quanto para os seus colaboradores e dependentes. E para facilitar ainda mais, todos os benefícios proporcionam economia e meios eficazes de vendas”, comenta o presidente da Associação José Fernando Domingues, o Zelão.

Segundo o gerente administrativo financeiro da entidade Alexandre Rosa, essa campanha marca um novo momento que estamos vivendo, uma transformação que vem potencializar o foco no segmento empresarial, oferecendo aos empresários facilidades e benefícios. “A ACISC está buscando constantes melhorias e benefícios para a classe empreendedora e essa campanha vem para ampliar a visibilidade desses serviços e reafirmar que a associação está trabalhando arduamente para buscar soluções econômicas e inteligentes aos seus associados”, reforçou.

SÃO CARLOS/SP - O vereador Azuaite Martins de França (Cidadania), presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal, lamentou a atitude de vereadores que recusaram o ingresso na pauta da sessão de terça-feira (29), do projeto de Decreto Legislativo de sua autoria, que institui a comemoração do Ano do Centenário de Paulo Freire, para discussão e reflexão do pensamento e obra do patrono da educação brasileira.

Oito vereadores negaram expressamente seu apoio para que o projeto fosse discutido e votado na última sessão plenária online  do semestre legislativo. Outros oito parlamentares, incluindo o autor, concordaram com a inclusão em pauta, mas pelo Regimento Interno eram necessárias 14 adesões. Dois vereadores preferiram abster-se.

Os vereadores que se negaram a discutir e votar o projeto foram: André Rebello, Ubirajara Teixeira (Bira), Cidinha do Oncológico, Gustavo Pozzi, Malabim, Moisés Lazarine, Robertinho Mori e Sérgio Rocha. Foram favoráveis à inclusão da proposta o autor Azuaite França e os vereadores Dimitri Sean, Djalma Nery, Elton Carvalho, Marquinho Amaral, Professora Neusa, Raquel Auxiliadora e Roselei Françoso. Abstiveram-se os vereadores Bruno Zancheta e Rodson Magno do Carmo.

Azuaite afirmou esperar que os vereadores que se opuseram à votação na terça-feira reavaliem seu posicionamento. “São Carlos é conhecida como a Capital do Conhecimento e seus representantes no Parlamento saberão estar à altura deste título, acolhendo a proposta para celebrar o centenário de um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial”, afirmou.

Pelo projeto, os eventos de comemoração do centenário de nascimento de Paulo Freire deverão ser coordenados pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara Municipal. Uma comissão deverá ser criada, composta por representantes das secretarias municipal e estadual de Educação, do conselho municipal, dos cursos de nível superior de Educação e Pedagogia das universidades públicas e privadas do município, das entidades de profissionais da Educação com representação no município e pesquisadores de Educação.

Após a derrubada da inclusão da matéria em pauta na sessão, o presidente da Câmara, vereador Roselei Françoso, que atua na Educação, deixou claro que se posicionou favorável à urgência da votação e destacou que na rede municipal de Educação existe um forte e importante trabalho realizado com a doutrina de Paulo Freire.

Como prevaleceu a recusa dos parlamentares, o processo passou a ter tramitação comum, sendo remetido às comissões técnicas da Câmara.

“PEDAGOGIA DO OPRIMIDO” - O educador Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife. Tendo vivenciado a pobreza e a fome na infância, durante a depressão de 1929, ele construiu um método de alfabetização inovador e se tornou uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Seu livro, Pedagogia do Oprimido, está entre as obras mais citadas em trabalhos e textos sobre Educação por todo o mundo.

A partir das primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, o método Paulo Freire foi adotado primeiramente em Pernambuco.

Em resposta aos eficazes resultados, o governo brasileiro aprovou a multiplicação dessas primeiras experiências num Plano Nacional de Alfabetização, que previa a formação de educadores em massa e a rápida implantação de 20 mil núcleos (os "círculos de cultura”) pelo País. Em 1964, meses depois de iniciada a implantação do Plano, o golpe militar extinguiu esse esforço. Freire foi encarcerado por 70 dias. Em seguida passou pela Bolívia e trabalhou no Chile por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a FAO da ONU. Em 1967, durante o exílio chileno, publicou no Brasil seu primeiro livro, Educação como Prática da Liberdade.

Freire foi convidado para ser professor visitante da Universidade de Harvard em 1969. No ano anterior, ele havia concluído a redação de seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido, que foi publicado em várias línguas; mas no Brasil, por causa da ditadura só foi publicado em 1974. Depois de um ano em Cambridge, Freire mudou-se para Genebra, na Suíça, trabalhando como consultor educacional do Conselho Mundial de Igrejas. Durante esse tempo, atuou como consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na África, particularmente na Guiné-Bissau e em Moçambique.

Com a Anistia em 1979, Freire pôde retornar ao Brasil, mas só o fez em 1980. Exerceu o cargo de secretário de Educação de São Paulo, de 1989 a 1991, quando criou o Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), um modelo de programa público de apoio a salas comunitárias de alfabetização de jovens e adultos que até hoje é adotado por numerosas prefeituras, inclusive aqui em São Carlos, e outras instâncias de governo.

Falecido em 2 de maio de 1997, neste ano de 2021 Paulo Freire completaria 100 anos de idade.

Paradigmas educacionais que incluam o empoderamento e o olhar humanizado dos profissionais auxiliam no aprimoramento do sistema público de saúde

 

Oferecer a futuros profissionais de Saúde uma formação voltada ao mundo real, que considere o contexto brasileiro e, também, seja multidisciplinar e compromissada com o olhar para o paciente como um todo - em oposição à formação fragmentada, excessivamente especializada e pautada na lógica de mercado - é fundamental ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta é a síntese de reflexões e estudos realizados por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Gestão da Clínica (PPGGC).

As inquietações relacionadas à defesa do SUS surgiram quando Antonio Flavio Archangelo Junior e Enderson Carvalho, à época estudantes no curso de mestrado profissional do PPGGC, tentavam entender como a Educação em Saúde pode ser utilizada como ferramenta de fortalecimento do Sistema, no período em que ocupavam também o papel de gestores da Fundação Municipal de Saúde da cidade de Rio Claro (SP). Os debates ocorreram no escopo da atividade curricular "Processos Educacionais em Saúde", com foco em discussões teóricas da obra de autores que trabalham com as chamadas metodologias ativas - processo de ensino-aprendizagem que incentiva a autonomia e a participação dos estudantes buscando favorecer sua capacidade crítica e reflexiva.

Uma das obras estudadas foi a de David Ausubel, com a Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS). O psicólogo da Educação estadunidense defende o conhecimento prévio de uma pessoa como principal fator que influencia em seu aprendizado. Nesse sentido, é importante os educadores desenvolverem estratégias pedagógicas que levem em consideração esse conhecimento já existente.

Ao refletirem sobre a teoria com foco na área da Saúde, os pesquisadores enfatizam a importância do ensino voltado para as necessidades de aprendizagem dos estudantes e que aborde problemas e desafios relacionados diretamente ao contexto brasileiro, auxiliando, portanto, na formação voltada ao mundo real.

Em contraposição, Archangelo afirma que, atualmente, os profissionais da Saúde são ensinados para um atendimento descontextualizado da realidade brasileira, com formação fragmentada e especializada, voltada à lógica mercadológica - ou seja, segundo o pesquisador, em um sistema que restringe os serviços de saúde ao comercializá-los, por planos particulares, elitizando o acesso à saúde, além de atrair os médicos para o setor privado.
Desse modo, defendem a necessidade de criação de novos paradigmas na Educação em Saúde, com foco em metodologias ativas, visão multidisciplinar e pautados no atendimento humanizado e no olhar para o paciente como um todo. Assim, um médico no SUS poderá ir além do tratamento a uma doença específica, conforme exemplifica Archangelo. "É um olhar integral, para entender, junto com uma equipe multidisciplinar, os fatores e condicionantes que afetam aquele paciente. O foco no meio, na sociedade e no contexto familiar nos quais o indivíduo está inserido e a prioridade no cuidado com o outro são ações que suscitam o empoderamento, que traz, por sua vez, um sentimento de competência e de liberdade ao profissional."

Para Archangelo, ao entender e refletir, criticamente, sobre onde se opera, como se opera e para quem se opera sua prática, o profissional enxerga a equidade em uma sociedade tão desigual quanto a brasileira. "Ao contrário disso, quando o acesso à saúde é dado de acordo com o poder monetário, uma grande parcela da população é automaticamente condenada à desassistência. Se apoderar do conhecimento e do atendimento integral ao paciente é uma forma de resistência e de valorizar o sistema público de saúde", reforça o pesquisador.

No entanto, a mudança envolve desafios. "É uma luta diária, que envolve reflexão e formação desses profissionais do SUS que operam o sistema, mas quando alcançarmos esses novos paradigmas, nos fortaleceremos para enfrentar os constantes ataques e a lógica perversa de desmonte e privatização em detrimento ao sistema público, universal e gratuito. E esse deve ser o compromisso de todas as pessoas", defende Archangelo.

Os debates deram origem ao artigo "Transcendence in the Formation of the Healthcare Professional for Changing Practice" (disponível em https://bit.ly/3A9Mb8D), publicado no Journal of Modern Education Review.

Além de Archangelo e Carvalho, mestres em Gestão da Clínica pela UFSCar, assinam a publicação Aline Guerra Aquilante e Jair Borges Barbosa Neto, docentes do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar; Eucinete Ferreira de Lima, profissional do SUS de Rio Branco (AC); e Ángela Maria Velasquez Lainez, docente da Universidade de Honduras.

Regionalização

Com o aprofundamento dos estudos em sua dissertação de mestrado, intitulada "Regionalização como garantia de acesso aos serviços de saúde: revisão integrativa de literatura" (https://bit.ly/3x4xd1I), sob orientação de Roberto de Queiroz Padilha, docente do PPGGC, Archangelo detectou que esse empoderamento dos profissionais da Saúde também é importante para aprimorar o processo de regionalização do SUS, diretriz que se caracteriza por atribuir, a órgãos locais, atribuições e poder político, administrativo e fiscal.

Instrumento que visa o acesso adequado e integral do cidadão aos serviços de saúde, a regionalização enfrenta vários entraves, como, por exemplo, a dificuldade na interação entre União, estados e municípios. Por isso, o empoderamento das pessoas que trabalham no SUS pode auxiliar na mudança da prática. "A partir desse viés, é possível olhar para as demandas específicas de uma região geográfica e de sua população e entender suas características e peculiaridades; isso é uma gota de esperança no combate às históricas desigualdades que assolam o Brasil", finaliza o pesquisador.

Sua dissertação deu origem ao livro "Regionalização e acesso", cujas versões em diferentes idiomas podem ser acessadas em https://bit.ly/3qv5ept.

SÃO CARLOS/SP - Na sessão desta terça-feira (29), o vereador Gustavo Pozzi teve seu projeto de Decreto Legislativo aprovado pelo colegiado da câmara. O Decreto cria o Selo “Empresa Amiga da Mulher”, de reconhecimento à valorização dos direitos da mulher.

Segundo o vereador, o projeto dispõe sobre a criação do Selo “Empresa Amiga da Mulher”, que com o objetivo de incentivar as empresas na contratação e valorização da mulher no mercado de trabalho, buscando a igualdade de sexo entre homem e mulher no quadro de funcionários das empresas, além do acréscimo e aprimoramento de práticas empresarias que culminem em políticas sociais de valorização e/ou proteção das mulheres e seus direitos.

Gustavo destaca que a iniciativa valoriza a aplicação de diversos mecanismos legais, já implementados no Brasil, de proteção aos direitos da mulher, estimulando o combate ao assédio moral e sexual no ambiente corporativo e a promoção de igualdade salarial, contribuindo para a redução de desigualdades, com a finalidade de valorizar a mulher.

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“Além disso, contribui com o acréscimo e aprimoramento de práticas empresariais que culminou em políticas sociais de valorização e/ou proteção das mulheres e seus direitos”, concluiu.

 
 
 
 

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