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XANGAI - Xangai flexibilizou as regras para a compra de imóveis na cidade, seguindo a tendência de outros governos regionais da China, diante da crise imobiliária que afeta a economia do país.

Muitas cidades adotaram, há uma década, restrições e exigências rigorosas de crédito rigorosos para a compra de casas, em uma tentativa de conter a escalada de preços e a especulação.

Porém, atualmente, em um cenário de crise da dívida no setor, de demanda reduzida e queda de preços, muitos governos locais estão desistindo das políticas rigorosas.

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Na segunda-feira, a cidade mais populosa e rica da China anunciou a redução do número de anos que uma pessoa deve morar na localidade para ser autorizada a comprar um imóvel, de cinco para três anos.

Também reduziu em 20% o pagamento inicial no momento de assinar uma hipoteca e permitirá que famílias com dois ou mais filhos adquiram uma residência adicional.

Outras cidades, como Hangzhou ou Xi’an, aprovaram medidas similares e o governo central também anunciou medidas para estimular o setor que antes gerava 25% da riqueza nacional.

Este mês, Pequim reduziu o valor do depósito inicial para comprar uma casa e informou que o governo poderia comprar imóveis comerciais.

 

 

ISTOÉ

PEQUIM/XANGAI - A China buscava vacinar as pessoas mais vulneráveis nesta quinta-feira, antecipando-se a ondas de infecções por Covid-19, com alguns analistas prevendo que o número de mortos suba depois que o país afrouxou os rígidos controles que manteve por três anos.

A pressão por imunização ocorre quando a Organização Mundial da Saúde também levantou preocupações de que a população de 1,4 bilhão da China não foi vacinada adequadamente e os Estados Unidos ofereceram ajuda para lidar com um aumento nas infecções.

Na semana passada, Pequim começou a desmantelar seus rígidos controles de 'Covid-zero', eliminando os requisitos de teste e facilitando as regras de quarentena que causaram estresse mental para dezenas de milhões e atingiram a segunda maior economia do mundo.

O afastamento da política de "Covid-zero" incentivada pelo presidente Xi Jinping ocorreu após protestos generalizados sem precedentes contra ela. Mas, o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, disse que as infecções estavam disparando na China bem antes da decisão do governo de eliminar gradualmente seu regime rigoroso.

"Há uma narrativa no momento de que a China suspendeu as restrições e, de repente, a doença está fora de controle", disse Ryan em Genebra.

"A doença estava se espalhando intensamente porque acredito que as medidas de controle em si não estavam impedindo a doença."

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, afirmou na quinta-feira, 14, que a China tem "vantagens institucionais" para combater a Covid.

"Certamente seremos capazes de superar o pico da epidemia", disse ele em uma coletiva de imprensa regular em resposta à afirmação do porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, de que os EUA estão prontos para ajudar se a China solicitar.

Há sinais crescentes de caos durante a mudança de rumo da China - com longas filas do lado de fora das clínicas, corridas por remédios e compras de pessoas em pânico em todo o país.

Um vídeo postado online na quarta-feira mostrou várias pessoas em roupas grossas de inverno ligadas a soros intravenosos enquanto se sentavam em bancos na rua em frente a uma clínica na província central de Hubei. A Reuters verificou a localização do vídeo.

O temor de Covid na China também levou pessoas em Hong Kong, Macau e em alguns bairros da Austrália a procurar remédios para febre e kits de teste para familiares e amigos no continente.

Por todos os seus esforços para conter o vírus desde que surgiu na cidade central de Wuhan no final de 2019, a China agora pode pagar um preço por proteger uma população que carece de “imunidade de rebanho” e tem baixas taxas de vacinação entre os idosos, disseram analistas.

“As autoridades permitiram que os casos em Pequim e outras cidades se espalhassem a ponto de que retomar as restrições, testes e rastreamento seria amplamente ineficaz para controlar os surtos”, disseram analistas do Eurasia Group em nota na quinta-feira.

"Mais de 1 milhão de pessoas podem morrer de Covid nos próximos meses."

Outros especialistas estimam o número potencial em mais de 2 milhões. A China registrou apenas 5.235 mortes relacionadas à Covid até agora, número extremamente baixo para os padrões globais.

A China, que disse que cerca de 90% de sua população está vacinada contra a Covid, decidiu agora lançar a segunda dose de reforço para grupos de alto risco e idosos com mais de 60 anos.

O porta-voz da Comissão Nacional de Saúde, Mi Feng, disse na quarta-feira que era necessário acelerar as vacinações, de acordo com comentários relatados pela mídia estatal.

 

 

Por Brenda Goh e Albee Zhang / REUTERS

XANGAI - As ações de Xangai e Hong Kong fecharam em máximas de quase dois meses nesta segunda-feira, conforme Pequim e Xangai voltam à vida normal depois do maior surto de Covid-19 da China em dois anos, com o sentimento impulsionado por medidas para reanimar a economia do país.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 1,87%, maior nível em sete semanas, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,28%, máxima desde 8 de abril.

O índice de Hong Kong Hang Seng avançou 2,71%, também maior patamar desde 8 de abril, enquanto o China Enterprises Index teve ganho de 3,2%.

Pequim vai relaxar ainda mais as restrições contra a Covid-19 ao permitir refeições em ambientes fechados, enquanto Xangai levantou a maioria das restrições nos últimos dias.

"A reabertura em Xangai foi um catalisador positivo em si, mas o impacto imediato é mais no sentimento do que nos fundamentos", disseram analistas do Morgan Stanley em uma nota. "Continuamos a aconselhar paciência."

O banco central da China reforçará a implementação de sua política monetária prudente e antecipará medidas para apoiar a economia, disse o vice-presidente Pan Gonsheng.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,56%, a 27.915 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 2,71%, a 21.653 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 1,28%, a 3.236 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,87%, a 4.166 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI não abriu.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,32%, a 16.605 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,17%, a 3.226 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,45%, a 7.206 pontos.

 

 

REUTERS

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