Jornalista/Radialista
SÃO CARLOS//SP - O vereador Leandro Guerreiro (PL) protocolou na Câmara Municipal, um projeto de lei que formata novas diretrizes para o uso do espaço público por pessoas que oferecem, aleatoriamente, o serviço de vigilância de veículos — os populares flanelinhas. “O teor dessa proposta é responder com mais responsabilidade à ocupação desordenada de ruas e calçadas por esses trabalhadores informais”, considerou.
No conteúdo formal do texto, o objetivo não é criminalizar a atuação dos flanelinhas, mas sim, estabelecer um marco legal para que o Poder Executivo possa controlar, organizar e fiscalizar essa atividade. “Não se trata de marginalizar quem tenta sobreviver ou sustentar a sua família”, justificou o parlamentar. “O que queremos é ordem e respeito aos direitos de todos os são-carlenses”, complementou.
Os artigos dessa propositura permitem que o Executivo adote uma série de medidas por decreto. Entre elas, a promoção de campanhas educativas voltadas tanto à comunidade local quanto aos próprios prestadores do serviço. Também existe o processo de inclusão de programas de mediação urbana, canais oficiais para denúncias e parcerias com os órgãos de segurança.
As ações propostas não criam novas atribuições para as instituições públicas, mas estabelecem que toda regulamentação deve sempre respeitar a Constituição Federal e a Lei Orgânica do Município (LOM). A intenção, segundo o vereador do PL, é oferecer ao Poder Executivo ferramentas legais que autorizam lidar com a situação sem arbitrariedade. “Esse fenômeno causa insegurança, constrangimento, e até mesmo restrições à liberdade de ir e vir”, observou.
A apropriação de um ambiente comunitário por particulares sem uma autorização formal da Prefeitura expõe um desrespeito ao bem comum e à autoridade do Estado. “Há um pacto social que precisa ser respeitado”, descreveu o edil. “Não podemos consentir que a rua seja dominada por interesses individuais sem algum mecanismo de controle ou contrapartida”, enfatizou.
Abordagem social e não punitiva
A principal justificativa do projeto adota um tom conciliador e destaca as raízes sociais da atuação dos flanelinhas. Na avaliação do vereador, o problema está diretamente ligado ao desemprego, à exclusão social e à falta de políticas públicas. “Muitas vezes, o flanelinha é um trabalhador que encontrou na rua sua única forma de sustento”, reconheceu.
Esse projeto também defende uma abordagem que una procedimentos de firmeza legal e de sensibilidade social. Ao invés de impor sanções e punições, a finalidade é propor um diálogo aberto e a inclusão de toda sociedade. “A solução passa por educação, mediação e respeito à dignidade humana”, detalhou o camarista.
Se for aprovado pela maioria dos pares da Casa, o projeto passará pela rubrica do prefeito Netto Donato (PP), que será o responsável pela apresentação de um decreto de lei, que definirá os detalhes de ação, coordenação e fiscalização. “Precisamos agir com mais responsabilidade”, ratificou Guerreiro. “São Carlos precisa de regras claras, mas também de empatia”, concluiu.
SÃO CARLOS/SP - Em seu primeiro mandato, a vereadora Larissa Camargo (PCdoB) vem se consolidando como uma das lideranças políticas mais atuantes de São Carlos. Nesta semana, ela esteve em Brasília acompanhada de seus assessores em uma agenda intensa de reuniões estratégicas com representantes do Governo Federal. O objetivo: debater pautas importantes e pleitear recursos para o desenvolvimento social e urbano da cidade.
A vereadora foi recebida no Ministério da Igualdade Racial, onde participou de um diálogo produtivo sobre políticas públicas voltadas à equidade racial e ao fortalecimento de ações nos territórios periféricos. Larissa destacou a importância de reforçar políticas antirracistas que impactem diretamente as comunidades mais vulneráveis de São Carlos.
Em outra frente, ela esteve no Ministério do Esporte, onde entregou um ofício solicitando apoio a projetos de incentivo à prática esportiva entre jovens da periferia. “O esporte transforma vidas. Queremos mais quadras, mais espaços e mais oportunidades para nossa juventude”, destacou Larissa.
A agenda também incluiu uma reunião com a Secretaria Nacional de Periferias, vinculada ao Ministério das Cidades. Neste encontro, foram discutidas possibilidades de cooperação com o Governo Federal para o desenvolvimento urbano e social das regiões mais carentes de São Carlos. A vereadora enfatizou que “é preciso olhar com carinho e responsabilidade para as periferias. A cidade só será verdadeiramente justa quando todos os territórios forem valorizados”.
Um dos pontos altos da viagem foi o encontro com a ministra Luciana Santos, titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Em uma conversa de alto nível, a vereadora articulou a inclusão de São Carlos — conhecida como cidade polo em pesquisa e desenvolvimento — em projetos e iniciativas do MCTI. “São Carlos tem vocação para a inovação. Nosso desafio é garantir que essa vocação chegue também às periferias, às escolas públicas, à juventude negra e às mulheres”, afirmou Larissa.
A atuação de Larissa Camargo tem sido marcada por coragem, articulação e compromisso com a justiça social. Sua presença em Brasília demonstra sua disposição em dialogar, construir pontes e buscar soluções concretas para os desafios da população são-carlense.
“Estar em Brasília é mais do que representar São Carlos. É lutar por ela. Cada reunião, cada documento entregue, cada conversa é um passo a mais rumo a uma cidade mais digna e inclusiva para todos”, concluiu a vereadora.
Com essa agenda positiva e propositiva, Larissa Camargo reafirma seu protagonismo político e sua força como voz ativa na construção de uma São Carlos mais justa, democrática e participativa, sempre olhando pelo bem de toda gente
DESCALVADO/SP - A Universidade Brasil (UB), instituição comprometida com a excelência acadêmica há mais de cinco décadas, realizou a 3º edição da Ação Comunitária no campus de Descalvado, no interior de São Paulo, para atendimento de moradores da cidade e regiões próximas. O evento acontece pelo terceiro ano consecutivo e tem se consolidado como uma importante iniciativa de prestação de serviços gratuitos à população e integração entre universidade e comunidade.
Na edição de 2025, foram contabilizados mais de 1.500 atendimentos, um crescimento expressivo em relação aos anos anteriores, cerca de 600 em 2023 e 1.000 em 2024, evidenciando o alcance e a relevância da iniciativa para a região.
Entre os serviços oferecidos gratuitamente, a população teve acesso a vacinação contra a gripe, testes rápidos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), orientações psicológicas e odontológicas, aplicação de flúor em crianças, avaliações infantis, atendimentos em saúde animal, orientações jurídicas, atividades lúdicas, educação no trânsito, exposição de máquinas agrícolas, doação de mudas e plantão de vagas de emprego. Os participantes contaram ainda com triagens e orientações de saúde humana e animal, incluindo prevenção de doenças, cuidados com pets e incentivo ao bem-estar.
“A Ação Comunitária é muito mais do que um evento pontual. Ela representa o compromisso contínuo da universidade com a promoção da saúde, da cidadania e da qualidade de vida da população. Temos orgulho em ver nossos alunos colocando em prática o que aprendem em sala de aula, com empatia, responsabilidade e geração de impacto positivo”, afirma Bárbara Costa, reitora da Universidade Brasil.
Durante o evento, os atendimentos foram realizados por estudantes com supervisão de professores, promovendo uma vivência prática essencial para a formação acadêmica. Casos que exigem acompanhamento contínuo, como os da clínica odontológica e do Hospital Veterinário, podem seguir com atendimentos a custos reduzidos, como parte dos serviços permanentes oferecidos pela instituição.
“O crescimento da ação a cada ano demonstra a confiança da comunidade em nosso trabalho e também o engajamento dos nossos alunos e colaboradores. É um momento de troca, aprendizado e construção coletiva de soluções para a sociedade”, destaca Éder Simêncio, diretor do campus Descalvado.
Aberta a toda a população, incluindo moradores de cidades vizinhas, a Ação Comunitária reforça a missão da Universidade Brasil de oferecer uma educação transformadora e conectada com os desafios e necessidades reais das pessoas.
SÃO CARLOS/SP - Após encerrar março com saldo negativo, São Carlos voltou a registrar crescimento no número de postos de trabalho com carteira assinada em abril. Segundo dados do Ministério do Trabalho, compilados pela ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos), o município criou 372 novas vagas no mês — desempenho superior ao mesmo período de 2024, quando foram abertas 154 posições formais.
O setor industrial liderou a geração de empregos, com 156 contratações líquidas, seguido pelo comércio (93), construção civil (55), serviços (36) e agropecuária (32). No total, o estoque de vínculos formais em São Carlos chegou a 89.267.
A presidente da ACISC, Ivone Zanquim, avalia o resultado como sinal de recuperação econômica e destaca a importância da qualificação. “Estamos observando uma retomada consistente, especialmente na indústria. É fundamental que as empresas e instituições invistam em capacitação profissional, pois a demanda por mão de obra qualificada tem crescido em ritmo acelerado”, afirmou.
O retorno ao campo positivo contrasta com o mês anterior, quando a cidade havia encerrado março com saldo negativo de 31 vagas. A retomada do crescimento acompanha a tendência nacional. Em abril, o Brasil criou 257.528 novos postos com carteira assinada, com destaque para a região Sudeste, responsável por 129.950 vagas — das quais 72.283 foram geradas no Estado de São Paulo.
A maioria das contratações formais em São Carlos envolveu profissionais com ensino médio completo, seguidos por trabalhadores com ensino superior completo e médio incompleto. A faixa etária com maior número de admissões foi a de 17 a 24 anos. Do total de vagas geradas em abril, 215 foram preenchidas por homens e 155 por mulheres.
Nos quatro primeiros meses de 2025, o saldo positivo do município chegou a 1.340 vagas. A indústria segue como principal motor da criação de empregos, com 650 novos vínculos, seguida por serviços (517), construção civil (177) e agropecuária (15). O comércio, por sua vez, apresentou retração no período, com perda de 10 postos.
Para o economista Elton Casagrande, do Núcleo Econômico da ACISC, os números refletem uma reacomodação do mercado de trabalho local. “É um sinal importante. A geração de empregos formais é um indicativo de maior estabilidade e confiança dos empregadores. A tendência é de manutenção desse ritmo, desde que haja continuidade nas políticas de estímulo à atividade produtiva e ao consumo”, analisou.
Casagrande também alerta para o debate sobre a jornada de trabalho 6x1, que deve se intensificar nos próximos meses. “Esse será um desafio para o setor produtivo. A busca por trabalhadores qualificados e dispostos a esse regime pode impactar a velocidade de contratação em determinados segmentos.”
(Análise elaborada pelo Núcleo de Economia da ACISC)
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