Jornalista/Radialista
MUNDO - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu indultos e comutações de penas para 20 pessoas na terça-feira (22). Entre os que receberam o perdão presidencial estão condenados no processo que investigou a interferência da Rússia nas eleições de 2016, ex-congressistas e militares que assassinaram iraquianos em 2007.
Entre os nomes mais famosos do perdão, está George Papadoulos, ex-conselheiro de Política Externa de Trump em 2016, que confessou ter feito declarações falsas durante a investigação do "Russiagate", liderada pelo procurador especial Robert Mueller.
Ainda pelo caso envolvendo a Rússia, foi perdoado o advogado Alex van der Zwann, que também confessou que mentiu em depoimento. Recentemente, o republicano havia perdoado outro condenado no "Russiagate", o seu ex-conselheiro de segurança nacional Michael Flynn.
Os ex-deputados que receberam clemência são Chris Collins, Steve Stockman e Duncan Hunter, todos condenados por crimes financeiros e fraudes e todos republicanos.
Trump perdoou ainda quatro militares que atuaram na guerra do Iraque e que foram acusados de matar 17 civis iraquianos na praça de Nisour, em Bagdá. O episódio abalou as relações entre os dois países em 2007 e o Departamento de Justiça travou um longo processo para condená-los.
Os quatro atuavam pela empresa Blackwater, que paga "mercenários" para fazer a segurança em áreas de conflito pelo mundo, e pertencia na época a um aliado de Trump, Erik Prince.
Sua irmã, Betsy DeVos é a atual secretária de Educação do governo (o que equivale a ministra no Brasil).
Um dos condenados, Nicholas Slatten, tinha recebido uma pena de prisão perpétua por ser considerado o principal responsável pelo massacre de civis. Já Dustin Heard, Evan Liberty e Paul Slough haviam sido condenados por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).
Essa não deve ser a última rodada de perdões de Trump antes de sair da Casa Branca, em 20 de janeiro.
MUNDO - As autoridades de concorrência chinesas anunciaram nesta quinta-feira uma investigação sobre o gigante do comércio online Alibaba por "práticas de monopólio suspeitas".
A Administração Estatal de Regulamentação do Mercado também anunciou que entrou em contato com o Ant Group, líder global em pagamentos online e subsidiária da Alibaba, para discutir "supervisão e aconselhamento", algumas semanas depois de Pequim frustrar no último minuto seu IPO.
Esses anúncios fizeram com que as ações do Alibaba caíssem 3% na abertura da Bolsa de Valores de Hong Kong.
A investigação é um golpe para o mundo empresarial chinês, onde o Alibaba e seu carismático fundador Jack Ma são símbolos do sucesso tecnológico da China.
A suspensão no limite da entrada na bolsa do Ant Group no início de novembro gerou uma grande surpresa. Isso aconteceu poucos dias depois do discurso de Jack Ma em Xangai, no qual o bilionário criticou a atitude dos reguladores financeiros.
As autoridades estão preocupadas com o poder dos grupos de tecnologia e, mais particularmente, com suas investidas no setor de crédito online, onde contornam as regras de prudência impostas aos bancos públicos.
A imprensa chinesa expressou preocupação com os riscos de turbulência financeira.
A investigação contra o Alibaba "é uma medida importante para o nosso país fortalecer a supervisão antitruste no setor da Internet e promover um desenvolvimento saudável de longo prazo da economia digital", escreveu o Diário do Povo, um órgão do Partido Comunista no poder.
Prova da preocupação das autoridades públicas com o Alibaba é que o grupo recebeu uma multa de 500.000 yuans (62.000 euros) na semana passada por não ter comunicado uma aquisição.
*Por: AFP
MUNDO - A Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF, sigla em inglês) cancelou a realização do Mundial por equipes da modalidade, que seria disputado em fevereiro do ano que vem em Busan (Coreia do Sul). Em nota, a entidade argumentou que o avanço do novo coronavírus (covid-19) no país e o cenário "problemático da pandemia em muitas regiões do mundo levaram essa difícil decisão a ser tomada".
A competição estava inicialmente marcada para o último mês de março, mas sofreu três adiamentos devido à pandemia: primeiro para junho, depois setembro e, por fim, fevereiro do ano que vem. Segundo o comunicado da ITTF, o adiamento da Olimpíada e da Paralimpíada de Tóquio (Japão) para 2021 fez com que fosse inviável postergar o Mundial por equipes mais uma vez. "Também foi observado que o Mundial de Tênis de Mesa [individual] será realizado após os Jogos e os detalhes finais deste evento estão sendo finalizados, para anúncio em janeiro", completa a nota.
É a primeira vez que o evento não será realizado desde a Segunda Guerra Mundial. Entre 1926 e 1997, um único Mundial reunia disputas individuais e por equipes. A partir de 1999, as competições se dividiram, com uma última edição "geral" ocorrendo em 2001.
No último Mundial por equipes, em 2018, o Brasil perdeu nas quartas de final da chave masculina para a vice-campeã Alemanha. Já no feminino, a seleção caiu na primeira fase. Foi a primeira vez que o país teve as duas equipes nacionais competindo na divisão de elite do torneio.
*Por Lincoln Chaves - Repórter da Rádio Nacional e da TV Brasil
SÃO PAULO/SP - Primeira nadadora brasileira campeã mundial, Etiene Medeiros sonha com a inédita medalha olímpica nos Jogos de Tóquio (Japão), em 2021. O maior desejo dela para o próximo ano, porém, não tem a ver com a esfera esportiva e sim com o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
“Espero para 2021 a vacina [da covid-19]. Se Deus quiser, uma vacina que possa dar segurança para todos nós. Possa dar alegria e possamos ter nossas vidas de volta, acima de tudo. Planejo muita coisa para o ano que vem, mas a gente só vai saber o que vai acontecer se tiver esse controle diante deste vírus, que traz muita incerteza”, declarou Etiene em comunicado à imprensa.
A nadadora de 29 anos está em Recife, cidade onde nasceu, e passará a virada de ano com a família, treinando no Complexo Aquático Santos Dumont. Há um ano, a preparação para Tóquio, antes do adiamento do evento, era feita na Espanha. De lá para cá, segundo ela, a temporada atípica em razão da pandemia fez com que refletisse sobre a carreira e a vida pessoal.
“Eu me reencontrei nesta pandemia, lutando contra várias questões mentais e recuperando valores que tinha deixado de lado, como me inteirar melhor nos assuntos do mundo, da política. Tive tempo para focar nisso. Alterei minhas relações de trabalho fora da natação, aproximei-me de pessoas que sabem o que estão fazendo, pessoas boas e novos projetos”, disse a pernambucana.
“Esse tempo foi de lutar com a questão psicológica, mental. De enfrentar o fato de não ter como fazer o que estava no planejamento, de não poder encontrar com os amigos ou família. O cuidado com meus pais e meus sogros, e também comigo mesma e minha saúde. Na vida, só basta estar vivo para morrer, como meu pai Jamison diz. Então, para mim, foi uma dificuldade mental. De ficar todos os dias positiva, de que as coisas iriam dar certo nos treinamentos, na minha saúde e da minha família”, completou.
Após o longo período de torneios suspensos devido à pandemia, Etiene voltou a competir em outubro, em Budapeste (Hungria), na Liga Internacional de Natação (ISL, sigla em inglês). Trata-se de um evento disputado em piscina curta (25 metros), realizado pela primeira vez no ano passado e que, em 2020, reuniu 400 atletas divididos em dez times de vários países. A pernambucana nadou pela equipe italiana Aqua Centurions e subiu duas vezes ao pódio, em provas de 50 metros costas, sua especialidade.
“Participar da ISL representou a retomada da minha confiança interna, de estar de novo entre as melhores e poder fazer aquilo que amo. Um privilégio diante de uma pandemia. Poucos atletas tiveram esse privilégio de estar lá e foi uma oportunidade muito boa, que me trouxe uma bagagem muito boa de motivação. Nas semanas em que fiquei isolada, a motivação ficou desequilibrada”, avaliou a nadadora do Sesi-SP, que ainda competiu no Torneio de Integração Nacional, em Santos (SP), no início de dezembro.
A participação de Etiene em Tóquio passa pela classificação dela na seletiva olímpica da natação, prevista para abril do ano que vem, no Rio de Janeiro, ainda sem data definida. Já as provas da modalidade nos Jogos da capital japonesa estão marcadas para o período de 24 de julho a 1º de agosto.
“Espero que possamos dar a volta por cima, com cuidado, pensando no próximo e num ambiente melhor. A Olimpíada está marcada para julho, mas o que tiver que ser feito melhor para sociedade e atletas será feito, e seguirei o que for definido. Vamos viver um dia de cada vez”, concluiu.
*Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional
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