BRUXELAS - Na manhã desta quarta-feira (18), Finlândia e Suécia apresentaram formalmente suas propostas de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte [Otan]. Os dois países deixaram a neutralidade histórica e aceitaram a aliança militar depois da invasão russa ao território ucraniano.
Os dois países possuem relações próximas com a Otan, mas há anos não se alinham militarmente. A mudança de decisão, porém, aconteceu por pressão das respectivas populações após a vizinha Rússia invadir a Ucrânia no fim de fevereiro.
Os enviados de Finlândia e Suécia entregaram cartas com o interesse dos países ao secretário-geral Jens Stolenberg, em Bruxelas, na Bélgica. Se ambos forem aceitos, a Otan alcançaria a mais significativa expensão desde sua criação.
A dupla nórdica viajará para Washington na quinta-feira (19), para se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a Casa Branca. Enquanto isso, a Rússia planeja retaliações aos países. No último sábado, os russos suspenderam o fornecimento de eletricidade para a Finlândia.
Após uma guinada a favor da adesão, Suécia e Finlândia consideram necessário colocar-se sob o guarda-chuva da Otan, diante de uma Rússia capaz de invadir militarmente um de seus vizinhos.
Com isso, os dois países virariam a página de décadas de neutralidade e de não alinhamento militar, em busca de garantias de segurança de seus vizinhos nórdicos e das principais potências da Otan nas últimas semanas. Apenas os membros da Aliança se beneficiam do famoso artigo 5º de proteção mútua, não os candidatos.