EUA - Os cinemas voltam a receber um lançamento com forte apelo comercial nesta quinta (18/2), o primeiro filme live-action de “Tom & Jerry”. Extraoficialmente, “Tom & Jerry – O Filme” foi lançado em sessões de pré-estreia na semana passada, atingindo destaque como o título que mais vendeu ingressos entre os dias 11 e 16 de fevereiro, durante o fim de semana prolongado.
A produção tem formato híbrido, em que os protagonistas continuam animados e do jeito que os fãs lembram, apesar de contracenarem com atores de carne e osso. O resultado é bem diferente do live-action do “Scooby Doo”, para citar outro desenho clássico que ganhou adaptação da Warner. Enquanto o cachorro da Hanna-Barbera se materializou no cinema com visual realista criado por computação gráfica, desta vez os personagens da MGM quase não mudaram, preservando a aparência de seus antigos desenhos bidimensionais.
Embora a combinação de cartum e atores pareça retrô, a opção não aliena os fãs dos cartoons originais. Além disso, essa combinação evoca o excelente “Uma Cilada para Roger Rabbit” (1988) e, claro, “Looney Tunes: De Volta à Ação” (2003), inclusive na forma como incorpora a física surreal dos desenhos, como portas que mudam de lugar e quedas quilométricas que não matam. Tudo isso se torna ainda mais divertido diante da reação humana ao caos.
Na trama, Tom e Jerry decidem se separar amigavelmente após décadas de brigas. Mas quando o rato apronta na despedida e resolve se mudar para um hotel de luxo de Nova York, o gato tem prazer em renovar sua rixa ao ser contratado para exterminá-lo.
O elenco humano destaca Chloë Grace Moretz (“Suspiria”) como a funcionária do hotel encarregada de se livrar do rato e que acredita que Tom é a solução para seus problemas – aparentemente, ela nunca viu o desenho! Os demais coadjuvantes são interpretados por Michael Peña (“Homem-Formiga”), Ken Jeong (“Se Beber, Não Case”), Colin Jost (“Saturday Night Live”) e Rob Delaney (“Catastrophe”). A direção é de Tim Story, responsável por dois “Quarteto Fantástico” e por lançar a franquia “Uma Turma do Barulho”.
A programação se completa com mais dois lançamentos, que antes da pandemia teriam distribuição limitada. Ambos foram destruídos pela crítica internacional, com 20% de aprovação no Rotten Tomatoes – os dois. Vale apontar que o thriller alemão “Berlin Alexanderplatz” teve trajetória premiada, que inclui a conquista do Festival de Estocolmo, na Suécia, e o troféu de Melhor Trilha Sonora na premiação da Academia Europeia de Cinema. Mas não se compara à minissérie homônima de 1980, premiada nos festivais de Munique e Veneza, com direção do mestre Rainer Werner Fassbinder.
*Por: Pipoca Moderna