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Abel Ferreira é o técnico com mais cartões no Brasil desde que chegou ao Palmeiras; veja ranking (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Abel Ferreira é o técnico com mais cartões no Brasil desde que chegou ao Palmeiras; veja ranking

Escrito por  Jun 10, 2023

RIO DE JANEIRO/RJ - Com 50 cartões (42 amarelos e 8 vermelhos) em 211 jogos, Abel Ferreira é o técnico com mais cartões no Brasil desde que chegou ao Palmeiras, em 2020. Já o também português António Oliveira é quem tem a maior média de punições recebidas por jogo no período, com um cartão a cada 3,4 partidas - Abel tem a média de uma punição a cada 4,2 jogos. António recebeu 23 amarelos e três vermelhos em 88 jogos.

O alto número de cartões recebidos pelo treinador do Palmeiras levou o clube a questionar se ele está tendo um tratamento diferente de outros técnicos. O Seleção Sportv analisou a questão a partir de dados levantados desde então pelo Espião Estatístico, que coleta dados de jogos oficiais dos times que disputam a Série A do Brasileirão e dos gigantes que eventualmente estejam na Série B.

O ranking abaixo organiza os técnicos que trabalharam em pelo menos 84 jogos oficiais por clubes da Série A desde novembro de 2020, o que representa 40% do total de jogos de Abel Ferreira no Palmeiras.

Média de jogos por cartão recebido pelos técnicos

Treinador Jogos Amarelos Vermelhos Cartões Jogos por cartão
António Oliveira 88 23 3 26 3,4
Abel Ferreira 211 42 8 50 4,2
Fernando Diniz 142 24 5 29 4,9
Mano Menezes 88 15 1 16 5,5
Maurício Barbieri 170 25 4 29 5,9
Guto Ferreira 126 14 1 15 8,4
Luiz Felipe Scolari 86 9 1 10 8,6
Jair Ventura 99 10 1 11 9,0
Juan Vojvoda 162 7 1 8 20,3
Cuca 120 3 2 5 24,0
Marquinhos Santos 87 2 1 3 29,0
Rogério Ceni 156 4 1 5 31,2
Vagner Mancini 159 4 1 5 31,8
Renato Gaúcho 119 2 0 2 59,5

Fonte: Espião Estatístico

- Essas são as médias, muito mais importantes do que o número de cartões. O Diniz tem um número muito parecido com o do Abel Ferreira e não diz que é perseguido. O Renato Gaúcho é um monge budista, precisa de 60 jogos para receber um cartão. A gente aventou a possibilidade de o Abel sofrer xenofobia no Brasil, mas esse levantamento demonstra que não. Não há diferença no tratamento dado a treinadores brasileiros e estrangeiros - afirmou o apresentador André Rizek.

O ranking abaixo apresenta a média de cartões dos treinadores que trabalharam entre 33 e 83 jogos oficiais nos clubes da elite nacional desde novembro de 2020.

Média de cartões para treinadores que trabalharam entre 33 e 83 jogos

Treinador Jogos Amarelos Vermelhos Cartões Jogos por cartão
Paulo Pezzolano 68 12 4 16 4,3
Fabián Bustos 37 6 2 8 4,6
Lisca 56 9 2 11 5,1
Jorge Sampaoli 35 5 1 6 5,8
Enderson Moreira 65 8 3 11 5,9
Odair Hellmann 37 6 0 6 6,2
Vítor Pereira 83 9 3 12 6,9
Vanderlei Luxemburgo 46 5 1 6 7,7
Marcelo Cabo 75 8 1 9 8,3
Paulo Turra 35 4 0 4 8,8
Tiago Nunes 54 5 1 6 9,0
Luís Castro 76 6 2 8 9,5
Dado Cavalcanti 59 6 0 6 9,8
Eduardo Baptista 33 2 1 3 11,0
Pintado 47 3 1 4 11,8
Eduardo Coudet 36 2 1 3 12,0
Dorival Júnior 75 5 1 6 12,5
Gustavo Morínigo 69 5 0 5 13,8
Roger Machado 79 4 0 4 19,8
Hernán Crespo 61 3 0 3 20,3
Marcelo Chamusca 42 2 0 2 21,0
Marcão 42 2 0 2 21,0
Antonio Mohamed 45 2 0 2 22,5
Umberto Louzer 71 3 0 3 23,7
Abel Braga 48 2 0 2 24,0
Diego Aguirre 35 1 0 1 35,0
Eduardo Barroca 72 1 1 2 36,0
Mozart 42 0 1 1 42,0
Alberto Valentim 42 0 1 1 42,0
Renato Paiva 44 1 0 1 44,0
Jorginho 81 1 0 1 81,0
Glauber Ramos 36 0 0 0 não levou cartão
Sylvinho 43 0 0 0 não levou cartão
Fábio Carille 34 0 0 0 não levou cartão

Fonte: Espião Estatístico

O que diz a CBF

O presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol, Wilson Luiz Seneme, cobra comportamento responsável dos técnicos e fala em mudança de cultura.

- A regra do jogo prevê um comportamento responsável dos técnicos e auxiliares nas áreas técnicas. Nas palestras realizadas antes do início do Brasileirão, passamos as instruções e que os árbitros não iriam tolerar indisciplina que coloque em risco o controle e a temperatura do jogo. Essas instruções vêm de encontro ao que se exigiu na Copa do Mundo FIFA Catar 2022. Estamos vivendo um momento de mudança de cultura nesse sentido e vai tomar seu tempo para que todos possam se adaptar a ela.

 

 

Por Valmir Storti / GE

Redação

 Jornalista/Radialista

Website.: https://www.radiosanca.com.br/equipe/ivan-lucas
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