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Bicampeonato de Roland Garros de Guga completa 20 anos

Escrito por  Jun 12, 2020

SÃO PAULO/SP - Em 11 de junho de 2000, Gustavo Kuerten reinava pela segunda vez na carreira na quadra Philippe Chatrier e conquistava o bicampeonato de Roland Garros.

O título consolidava Guga como um dos maiores da história do saibro, com seus drop shots precisos, seus incríveis backhands na paralela e sua agressividade acompanhada do gemido ao bater na bola inconfundível.

Ao contrário da conquista anterior, em 1997, onde ele era o número 66 do ranking e uma zebra para ganhar o título, em 2000 Guga era favorito à taça, cabeça de chave número 5, tendo vencido o título do Masters de Hamburgo semanas antes, logo depois do vice em Roma para Magnus Norman.

E foi justamente contra Norman que o destino colocou Guga naquela final novamente. Mas desta vez não deu para o sueco.

"Por lógica, histórico e evolução da careira, o primeiro título de Roland Garros não deveria ter ocorrido ali. Poderia ter vindo em 1999, mas não veio. Em 2000, eu não podia deixar escapar. Precisava beijar aquela taça novamente", diz Guga, no livro "Guga - Um Brasileiro".

Além de Guga e Norman, Yevgeny Kafelnikov e Juan Carlos Ferrero eram outros candidatos ao título que também foram despachados pelo brasileiro.

"De fato me sentia um dos cinco que podiam sair de lá como campeão. Estava embalado, seguro, confiante no meu plano de ir avançando nos catorze dias seguintes até abocanhar a parte mais saborosa da sobremesa", explica o ex-tenista.

"No terceiro set (contra Ferrero), tive a impressão de estar jogando contra o Guga avassalador de 1997, o gurizão desconhecido que tinha chegado ali para surpreender todo mundo. Eu sentia na pele o mesmo desespero, pânico e aflição que Kafelnikov, Muster e Bruguera passaram comigo. Aquilo não era possível, como que o quinto melhor jogador do mundo não conseguia anular o jogo de um cara de 20 anos".

Campeão com 'escassez' de raquetes

"Fazia quase dois anos que ele (Larri Passos) batia na mesma tecla. No começo do ano, como de praxe, o pessoal da Head tinha mandado um lote novo de raquetes. Não gostei do modelo, que retardava a velocidade da minha bola. Com ele, ainda ganhei no Chile e fiz final em Miami, mas decidi encostar essas raquetes no início da temporada no saibro. Resgatei duas antigas que tinha em casa com a intenção de jogar com elas até que a Head mandasse as novas.

Larri ficava maluco com minha decisão. Dizia que eu tinha perdido o juízo, principalmente quando uma raquete perdia a tensão durante o jogo e ele tinha que correr até o vestiário para encordoá-la e me devolver o mais rapidamente possível.

Pouco antes de Roland Garros, a Head mandou seis raquetes novinhas, baseadas no modelo antigo, que eu gostava. Escolhi apenas dois, pois, naquela altura, eu já tinha me apegad ao hábito de contar somente com um par durante a partida inteira. E, além de tudo, estava dando sorte"

Kafelnikov 'pedra no sapato'

O russo foi um dos maiores rivais de Guga em toda a sua carreira. Mas em Roland Garros, só deu o brasileiro. Em todos os três títulos do brasileiro lá, todos foram ganhando nas quartas de final de Kafelnikov. Em 2000, Kuerten chegou a ficar 2 sets a 1 abaixo e recebeu atendimento médico antes da virada que o levou para a semi.

"Nas quartas, lá veio de novo Kafelnikov. Caramba, esse cara não saía do caminho. Eu torcia apra ele estar num dia ruim, mas, se isso aconteceu, nunca foi na minha vez e muito menos em Roland Garros. Na bola que poderia me conduzir a meu último suspiro, Kafelnikov mandou uma bomba que saiu por um milímetro de nada. 'Opa, finalmente errou uma. Será que é a minha chance?', me agarrei a esse pensamento. Aí, na sequência, errou mais uma. 'Será', pensei de novo, me sentindo mais aliviado. 'Sim, ainda estou vivo no jogo'", conta Guga em seu livro.

A final que não queria acabar

Guga dominou Magnus Norman, mas o título não veio fácil. O brasileiro precisou de 12 match points para ganhar o título. Em um deles, veio até uma polêmica, em uma boa do sueco que Guga achou ter sido fora, mas a arbitragem deu dentro, e o ponto teve que ser jogado novamente.

"Num aspecto, esse talvez tenha sido o jogo mais importante da minha carreira, não só pelo resultado e o título, mas pelo fator moral. Aquilo tinha sido uma aula de superação. Tive que lidar com cansaço, guerra de nervos, enxurrada de emoções, frustração, desesperança, erro de juiz. Se eu tinha contornado tudo jogando só com duas raquetes, conseguiria qualquer coisa, fosse com adversário impossível, debaixo de chuva, neve, geada. Foi a primeira vez na vida que me convenci de que, sim, era possível, eu tinha mesmo chance de me tornar o número 1 do mundo".

O caminho até o título

1ª rodada: Andreas Vinciguerra-SUE, 6/0, 6/0 e 6/3

2ª rodada: Marcelo Charpentier-ARG, 7/6 (7/5), 6/2 e 6/2

3ª rodada: Michael Chang-EUA, 6/3, 6/7 (9/11), 6/1 e 6/4

Oitavas: Nicholas Lapentti-EQU, 6/3, 6/4 e 7/6 (7/4)

Quartas: Yevgeny Kafelnikov-RUS, 6/3, 3/6, 4/6, 6/4 e 6/2

Semi: Juan Carlos Ferrero-ESP, 7/5, 4/6, 2/6, 6/4, 6/3

Final: Magnus Norman-SUE, 6/2, 6/3, 2/6 e 7-6 (8/6)

 

 

 

*Por: ESPN.com.br

Redação

 Jornalista/Radialista

Website.: https://www.radiosanca.com.br/equipe/ivan-lucas
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