EUA - A brasileira Bia Haddad estreou no Masters 1000 de Miami (Estados Unidos) com uma vitória de 2 sets a 1 (parciais de 3/6, 6/1 e 6/4) sobre a francesa Diane Parry na quinta-feira (21). Após este triunfo, em um confronto que durou 2h20min, a paulista de 27 anos terá como adversária a britânica Katie Boulter.
VIRA, VIRA, VIROU!
— Time Brasil (@timebrasil) March 21, 2024
Beatriz Haddad Maia ?? consegue grande virada pra cima de Diane Parry ?? e avança de fase no WTA 1000 de Miami ??
2 sets a 1 (3/6, 6/1 e 6/4) e agora a brasileira enfrentará Katie Boulter ??
Gigante, Bia! ? pic.twitter.com/XJjneMPL8S
“Muito obrigado a todo mundo que está aqui. É realmente muito especial sentir todo este carinho de vocês. Mesmo de longe dá para sentir esta energia. Eu me sinto muito honrada de ser uma mulher brasileira e de estar aqui neste palco hoje. Obrigado mesmo pela força. E, enfim, gostaria que a gente lembrasse e valorizasse o esporte feminino”, declarou Bia Haddad em entrevista em quadra logo após a partida.
Outro brasileiro a triunfar em Miami, mas na última quarta-feira (20), foi Thiago Wild, que bateu o português Nuno Borges por 2 sets a 0 (parciais de 6/4 e 7/5) em confronto válido pela primeira rodada da chave principal do torneio masculino de simples. Agora, o paranaense, que atualmente ocupa a 76ª posição do ranking da ATP (Associação de Tenistas Profissionais), terá uma pedreira pela frente, o norte-americano Taylor Fritz, o 13º melhor jogador do mundo.
Já nas duplas masculinas o único representante do Brasil na competição será Marcelo Melo, que, ao lado do francês Edouard Roger-Vasselin, encarará o mexicano Santiago González e o britânico Neal Skupski a partir das 11h (horário de Brasília) nesta sexta-feira (22).
ABU DHABI - Pela primeira vez juntas em um torneio WTA (Associação de Tênis Feminino, na sigla em inglês), as paulistanas Beatriz Haddad e Luisa Stefani garantiram presença nas quartas de final em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), com vitória de virada nesta terça-feira na estreia da chave de duplas. Após perderem o primeiro set por 6/2 para a parceira da cazaque Anna Danilina com a ucraniana Nadiia Kichenok, a dupla100% brasielira retomou o controle do jogo: levou a melhor na segunda parcial por 7/5 e também o tie-break (set decisivo) por 10/6. Cotadas para representar o país na Olimpíada de Paris, Bia e Luísa voltam à quadra na próxima sexta (9) contra as norte-americanas Desirae Krawczykt e Caroline Dolehide.
DUPLA BRASILEIRA VENCE NA ESTREIA! ?
— Time Brasil (@timebrasil) February 6, 2024
Beatriz Haddad Maia e Luisa Stefani ?? vencem na estreia das duplas e avançam às oitavas de final do WTA 500 de Abu Dhabi ??
Vitória sobre Anna Danilina ?? e Nadiya Kichenok ?? por 2 sets a 1 (2/6, 7/5 e 10/6)
Grande virada! ??
?:… pic.twitter.com/S0DX8pSau5
"Boa estreia, ótima vitória. Primeiro set com condições difíceis, Danilina jogando muito bem, impuseram o jogo delas o tempo todo. Mas a partir do segundo set sacamos melhor, tomamos conta dos nossos games de saque e no final aproveitamos a oportunidade de quebrar. No match tie-break foi nosso melhor momento do jogo. Ótima vitória para sair assim, ir nos conhecendo, nos entendendo em quadra também e muito boa energia. Foi um ótimo começo", comemorou Stefani, que defende o bicampeonato no no WTA de Abu Dhabi– no ano passado ela faturou o título de duplas ao lado da chinesa Shuai Zhang.
Na chave de simples, Bia Haddad volta a competir às 7h45 (horário de Brasília) desta quarta (7). A brasileira, atua número 13 do mundo), encara a polonesa Magda Linette (37ª) pelas oitavas de final. Na estreia na segunda (5), a paulistana de 27 anos derrotou a chinesa Xiyu Wang (60ª) por 2 sets a 0.
Paris 2024 é logo ali
Medalhista ao lado de Luisa Stefani na Olimpíada de Tóquio, Laura Pigossi foi a primeira brasileira a garantir presença em Paris 2024 – ela faturou a vaga ao se classificar à final na chave de simples dos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile) no ano passado.
Ao todo serão 64 tenistas de cada gênero (feminino e masculino) na chave de simples nos Jogos de Paris. Desse total, 56 vagas serão definidas pelos rankings mundiais masculino (ATP) e feminino (WTA), cujo prazo final para pontuação será em 10 de julho. Cada país poderá ter no máximo quatro atletas. As demais vagas serão distribuídas pela Federação Internacional de Tênis (ITF).
No torneio de duplas haverá 32 de cada gênero, sendo o máximo de duas por país. A classificação nos rankings da ATP e WTA é assegurada para os 10 primeiros colocados, com a condição do parceiro do próprio país estar os 300 colocados no ranking (simples ou duplas).
AUSTRÁLIA - O tênis brasileiro se despediu do Aberto da Austrália nesta quarta-feira (24), com a derrota nas quartas de final da dupla de Luisa Setefani, última representante do país no Grand Slam, em Meubourne. Ao lado da holandesa Demi Shuurs, a paulista foi superada por 2 sets a 0 (parciais de 6/4 e 6/2) pelas parceiras Su Hsieh (Taiwan) e Elise Mertens (Bélgica), campeãs de Wimbledon (Inglaterra) há dois anos.
“Pena hoje, jogo duro. Mérito das adversárias que jogaram bem, nos deixaram desconfortáveis. Em nenhum momento conseguimos impor nosso jogo. Tivemos algumas chances no começo do segundo set, tomamos uma quebra cedo no primeiro set. Elas “lobaram” bem, neutralizaram muito bem a maneira com que jogamos”, analisou Stefani, referindo-se a uma jogada [lob] em que o tenista golpeia a bola e ela encobre o adversário do lado oposto.
A campanha de Stefani no Grand Slam pode elevar a tenista da atual 20ª colocação no ranking mundial para o top 15 na próxima segunda (29), quando a lista é atualizada. A partir de 5 de fevereiro ela estará em quadra ao lado da compatriota Beatriz Haddad, para competir nas duplas no WTA 500 de Abu Dabhi.
No último domingo (21), a parceria de Bia com a norte-americana Taylor Townseed se despediu de Melbourne, após derrota para a dupla da espanhola Cristina Bucsa com a russa Alexandra Panova, por 2 sets a 0 (6/2 e 6/4).
AUSTRÁLIA - Novak Djokovic venceu o americano Taylor Fritz por três sets a um - parciais de 7/6 (3), 4/6, 6/2 e 6/3, em 3h48 de jogo - e garantiu a classificação para as semifinais do Australian Open. Agora, o sérvio enfrenta o vencedor de Jannik Sinner e Andrey Rublev na próxima fase.
A boa vitória sobre o número 12 do mundo começou com grande imposição de Djokovic no primeiro set. O americano se recuperou e conseguiu vencer o segundo set. O sérvio não perdia um set na competição desde 2021.
Nos dois últimos sets, Djokovic só precisou administrar a vantagem para fechar o confronto e garantir seu lugar na próxima fase.
Essa foi a 33ª vitória consecutiva do sérvio no Grand Slam disputado em Melbourne, a maior sequência da história na Era Aberta, iniciada em 1968.
Como foi a partida
1º set: Djokovic 7 x 6 (1) Fritz
Djokovic começou bem a partida, tendo três oportunidades de quebrar o serviço de Fritz no primeiro game. Um game, aliás, que durou incríveis 16 minutos. O americano suportou bem, pressionando o jogo do sérvio. O set foi decidido no tie-break. Djoko quebrou dois serviços do americano, fazendo 7 a 3 e fechando o set em 7 games a 6.
2º set: Fritz 6 x 4 Djokovic
O segundo set, no entanto, foi de superioridade do americano. Quebrou o saque de Djokovic e teve a chance de fechar sacando. O sérvio até tentou devolver a quebra e teve quatro break points no oitavo game. Mas Fritz foi melhor e fechou o set em 6/4. Desde 2021, o sérvio não perdia um set na competição.
3º set: Djokovic 6 x 2 Fritz
Na terceira parcial, Djokovic começou sacando e em seguida quebrou o serviço de Fritz. No game decisivo, o sérvio conseguiu outra quebra e fechou em 6 a 2.
4º set: Djokovic 6 x 3 Fritz
Com as tradicionais forças física e mental, Djokovic controlou as ações no último set. Quebrou o serviço de Fritz no sexto game. O americano devolveu a quebra no game seguinte, mas o número 1 do mundo voltou a quebrar o saque do adversário. Sacando para o jogo, Djokovic fechou em 6/3.
AUSTRÁLIA - Carlos Alcaraz voltou com tudo ao Australian Open. Depois de vencer Richard Gasquet na estreia, o espanhol bateu nesta quinta-feira o italiano Lorenzo Sonego, 46º do ranking da ATP, por 3 sets a 1 - parciais de 6/4, 6/7, 6/3 e 7/6 em 3h29 de jogo. Com o resultado, o espanhol repete a sua melhor campanha em Melbourne, em 2022.
Cabeça de chave número 2 do torneio, Alcaraz enfrenta na terceira rodada Juncheng Shang, da China, número 140 do ranking.
WE ARE NOT WORTHY ?@carlosalcaraz • @wwos • @espn • @eurosport • @wowowtennis pic.twitter.com/1EiXnkU8Kj
— #AusOpen (@AustralianOpen) January 18, 2024
Por não ter disputado o Australian Open do ano passado, por conta de uma lesão, Alcaraz não tem pontos a defender e pode roubar a liderança do ranking em caso de tropeço precoce de Novak Djokovic - o sérvio defende os 2.000 pontos do título.
Redação do ge
MELBOURNE - Bia Haddad, atual número 12 do mundo, venceu mais uma vez no Australian Open nesta quarta-feira. Cabeça de chave número 10 do Grand Slam de Melbourne, a brasileira de 27 anos venceu por 2 sets a 0 a russa, Alina Korneeva, 179ª do ranking da WTA - parciais de 6/1 e 6/2 em pouco mais de 1h de jogo. É a primeira vez que a brasileira alcança a terceira rodada do Aberto da Austrália.
Após a partida a brasileira analisou o seu bom momento. E explicou como consegue ficar focada nos momentos mais adversos dos jogos. Korneeva chegou a ter três break points no sexto game do segundo set.
- Tudo vem do meu coração. Eu sei o quão duro meu time, minha família e as pessoas que estão comigo trabalham todo dia. Nós não temos desculpas e tentamos sempre dar a nossa melhor versão todos os dias. Eu acho que eu tenho essa mentalidade por causa deles.
A brasileira ainda foi só elogios à jovem adversária.
- Ela é uma ótima jogadora. Muito jovem com um bom saque. Ela estava jogando muito bem durante esta semana. Eu vi um pouco. Ela terá um grande futuro. Desejo à ela tudo de melhor. Foi muito difícil… Cada vez que entramos em quadra precisamos respeitar e aceitar o que estamos sentindo. Tentei fazer o meu melhor com todas as emoções que tinha. Estou feliz com meu trabalho.
Bia ainda elogiou a torcida brasileira presente nas arquibancadas.
- Os brasileiros são incríveis. Eles estão sempre em todos os lugares torcendo por mim. Não importa em que parte do mundo. Estou muito feliz e orgulhosa de ser uma mulher brasileira e de estar nas grandes quadras do mundo e representar todas elas. Estou feliz e espero poder trazer mais felicidade para eles também - finalizou.
Na terceira rodada, Bia Haddad terá pela frente Maria Timofeeva. A russa, número 170 do ranking, passou pela ex-número 1 do mundo Caroline Wozniacki por 2 sets a 1, com parciais de 1/6, 6/4 e 6/1.
Safe passage secured.
— #AusOpen (@AustralianOpen) January 17, 2024
Beatriz Haddad Maia defeats Alina Korneeva 6-1 6-2 to qualify for the #AusOpen third round for the first time. pic.twitter.com/QMcCA53h7G
1° set - Começo arrasador de Bia
Bia Haddad começou bem o jogo muito concentrada, quebrando o serviço de Korneeva duas vezes seguidas e fez 5 a 1 em 28 minutos de jogo. Com a russa de 16 anos visivelmente sentindo o forte ritmo da brasileira, cometendo 17 erros não forçados, Bia não teve dificuldades para fechar a primeira parcial em 6/1.
2° set - Bia garante a vitória
Na abertura do segundo set, Bia Haddad Maia seguiu com forte ritmo, quebrou logo de cara o saque de Korneeva e confirmou seu serviço abrindo 2 a 0. O sexto game foi o mais difícil para a brasileira. Korneeva chegou a ter três break points, mas Bia se recuperou e fez 4 a 2. Na sequência, a número 12 do mundo conseguiu mais uma quebra e depois fechou em 6/2.
SANTIAGO - O tênis de mesa brasileiro fez uma estreia acachapante no Parapan de Santiago nesta quinta-feira (16), véspera da abertura oficial do evento programada para às 19h (horário de Brasília) de sexta (17). Foram 42 vitórias em 51 partidas disputadas.
TÊNIS DE MESA NO PARAPAN - Arrasador! Brasileiros atropelam nos primeiros jogos em Santiago
— CBTM (@CBTM_TM) November 16, 2023
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Entre os mesatenistas que brilharam nesta quinta (16) está Paulo Salmim que avançou às semifinais da classe 7 (andantes) ao somar três vitórias por 3 sets a 0. Salmim estreou superando o colombinao Miguel Castro, depois bateu o argentino Aleksy Kaniuka e, na última partida, levou a melhor sobre o panamenho Francisco Xavier Córdoba. O brasileiro voltará a competir no sábado (19).
A delegação brasileira conta com 26 atletas no Pan de Santiago, de olho na classificação para a Paralimpíada de Paris. Quem vencer no individual e conquistar a medalha de ouro, de quebra carimba vaga nos Jogos de Paris no ano que vem. Na disputa de duplas, o desempenho no Parapan conta pontos para o ranking mundial, que vale de parâmetro para a conquista da vaga.
No tênis de mesa paralímpico, os atletas são divididos em 11 classes diferentes (dez para deficiência física e uma para intelectual). No caso das classes de deficiência física, quanto maior o número, menor o comprometimento físico-motor do atleta. As classes de 1 a 5 contemplam os atletas cadeirantes, enquanto as que vão de 6 a 10 são as dos mesatenistas andantes.
Confira AQUI todos resultados dos mesatenista brasileiros na quinta (16) no Parapan de Santiago.
CHINA - A paulista Beatriz Haddad Maia conquistou, no domingo (29), em Zhuhai, na China, o maior título na categoria simples de sua carreira. Número 19 do ranking da Associação de Tênis Feminino (WTA, na sigla em inglês), a brasileira foi campeã do WTA Elite Trophy, torneio que reúne as melhores tenistas fora do top-8 mundial.
A brasileira precisou de duas horas e 50 minutos de jogo para superar a chinesa Qinwen Zheng, 18ª do mundo, por 2 sets a 0, ambos definidos no tie-break, com parciais de 7/6 (13-11) e 7/6 (7-4). O troféu conquistado em Zhuhai é o terceiro de Bia em disputas de simples. Em junho do ano passado, a paulista foi campeã dos torneios de Nottinhgam e Birmingham, no Reino Unido.
O título na China reaproximará Bia do top-10 do ranking mundial. Na próxima atualização da lista, a brasileira terá 700 pontos a mais e aparecerá na 11ª posição. A melhor colocação da paulista na carreira foi o décimo lugar, atingido em junho, após ser semifinalista de Roland Garros, na França, um dos quatro principais torneios do circuito, conhecidos como Grand Slams.
Bia também foi campeã do torneio de duplas do Elite Trophy. Na final, realizada após a decisão de simples, ela e a russa Veronika Kudermetova derrotaram a japonesa Miyu Kato e a indonésia Aldila Sutjiadi por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/3.
A competição de duplas não soma pontos no ranking da WTA, onde a brasileira aparece na 24ª posição. A parceira Kudermetova está na 30ª colocação, enquanto as rivais Sutjiadi e Kato ocupam, respectivamente, o 26ª e o 27º postos.
Apesar disso, o título garantiu à parceria uma bonificação de US$ 55 mil (R$ 274 mil, aproximadamente), a ser dividida entre as atletas.
Pelo título de simples, Bia embolsou outros US$ 605 mil (R$ 3,01 milhões). Com isso, ao todo, a paulista se despediu da China com um total de US$ 632,5 mil (R$ 3,15 milhões) em premiações.
Por Lincoln Chaves – Repórter da EBC
Atleta que representa o Recreio da Juventude foi chamado para competição que começa em 20 de outubro
CAXIAS DO SUL/RS - O Recreio da Juventude estará representado nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. O tenista Marcelo Demoliner, que voltou a ser federado pelo Clube em 2023, foi convocado pelo capitão Jaime Oncins para a disputa da principal competição multi-esportiva das Américas. A competição ocorre entre os dias 20 de outubro e 5 de novembro.
Demoliner estará ao lado de Thiago Monteiro, com quem faria dupla nos Jogos Olímpicos de Tóquio antes da lesão de Bruno Soares, e Gustavo Heide, um dos nomes promissores da nova geração do tênis brasileiro. Recentemente, no Fair Play - o Podcast do Recreio-, o tenista caxiense de 34 anos falou sobre a expectativa em ser convocado para o Pan-Americano e dos planos para buscar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.
- A Olimpíada é o máximo para o atleta. Mesmo que se tenham os grandslams, para mim, representar a bandeira, o país, é muito mais importante que isso. Copa Davis, adoro, esse ano tem o Pan-Americano, grandes chances de eu estar e vou fazer de tudo para jogar, porque gosto de representar a minha bandeira - afirmou o tenista antes da confirmação da convocação.
Nesta semana, Demoliner disputa o ATP de Chengdu, na China, onde buscará mais pontos para seguir na briga por um lugar nos Jogos na capital francesa. Atualmente, o gaúcho ocupa o 70º lugar do Mundo no ranking de duplas masculinas da Associação dos Tenistas Profissionais.
EUA - Novak Djokovic é incansável. Já são 15 anos desde que o sérvio conquistou o primeiro título de Grand Slam. No domingo, ele levantou pela 24ª vez o troféu de um dos quatro principais torneios do mundo no tênis. A mais recente conquista foi no US Open. Tetracampeonato em Nova York que faz Djokovic igualar a australiana Margaret Court, maior vencedora da história, com 24 Grand Slams.
Justamente no torneio que celebra os 50 anos da igualdade de pagamentos na premiação entre homens e mulheres no Aberto dos Estados Unidos, Djokovic iguala Court, que dominou o tênis feminino entre os anos 1960 e 1970. Após a conquista, Djokovic comemorou o título com uma camisa com um 24, com foto e referência a Kobe Bryant, em razão do número de títulos de Grand Slams.
- Meu pensamento ao fazer essa camiseta, caso eu vencesse, veio há sete dias, e só falei com pessoas próximas. Kobe era um amigo próximo. Mentalidade vencedora. Ele é uma das pessoas que me apoiavam, me davam suporte, quando eu não estava bem. Quando ele se foi há 3 anos isso me machucou. Ele se tornou uma lenda com essa camiseta 24 nos Lakers e é muito simbólico para mim - explicou Djokovic.
Para atingir esse mais novo feito na carreira, aos 36 anos, o sérvio precisou correr muito para vencer o russo Daniil Medvedev, de 27 anos, por 3 sets a 0, parciais de 6/3, 7/6(5) e 6/3. Djokovic foi incansável. Ok, ele deitou no chão depois de uma troca de 31 rebatidas, alongou durante o segundo set, sentou e colocou água gelada na nuca. Apesar de tudo, era impressionante como chegava em quase todas as bolas na defesa enquanto atacava com potência e precisão.
- Eu não sei por onde começar. Eu fico repetindo para mim mesmo que estou vivendo um sonho. Vim de dificuldades no meu país nos anos 90, principalmente meus pais e chegar aqui. Um esporte muito caro, não acessível, mas minha família ama o tênis e é incrível a resiliência dos meus pais, das pessoas por trás e mim. Meus filhos, minha esposa, é por isso que sorrio e agradeço ao sucesso. Fazer história nesse esporte é especial. Não há palavras para descrever. Quando eu tinha 7 ou 8 eu queria ser o melhor do mundo e ganhar Wimbledon. Já tive muitos sonhos mas nunca imaginei que essa seria a realidade. Fazer parte da história – disse Djokovic.
E curioso é quem foi Medvedev quem recebeu atendimento médico no intervalo do segundo para o terceiro set, recebendo massagem no ombro esquerdo. Na linha das curiosidades, o russo também caiu em quadra no meio de um ponto e ainda discutiu com o treinador no meio do terceiro set. Deve cansar muito o corpo e a mente jogar contra Djokovic.
Essa foi a décima decisão de Djokovic no US Open, com títulos em 2011, 2015, 2018 e 2023. Ou seja, o sérvio mais perdeu do que ganhou finais no Arthur Ashe Stadium. Foi na quadra central de Nova York, inclusive, que ele disputou pela primeira vez uma decisão de título em um Grand Slam. E perdeu para Roger Federer. Mas o sérvio é um incansável.
O adversário de domingo, aliás, havia vencido a decisão entre ambos em 2021. Aquele é, até hoje, o único título de Grand Slam de Medvedev. Naquele mesmo ano ocorrera a primeira vez que se encontraram em uma final de Grand Slam, quando Djokovic venceu o russo na decisão do Australian Open, torneio em que já é o maior campeão da história.
Ao todo, Novak Djokovic acumula 10 títulos do Australian Open, três de Roland Garros, sete de Wimbledon e, agora, quatro do US Open. Empatado em 24 conquista com Margaret Court, o sérvio se descola da americana Serena Williams, já aposentada e com 23 Grand Slams na conta. Entre os homens, o espanhol Rafael Nadal é quem está mais perto, com 22 conquistas e com a promessa de voltar a jogar em 2024. O suíço Roger Federer deixou as quadras com 20 troféus de Majors.
Além de mais um troféu para a galeria e da retomada do posto de número 1 do mundo no ranking que será divulgado nesta segunda-feira, Djokovic ainda recebeu US$ 3 milhões, cerca de R$ 14,9 milhões, como premiação pelo título. Medvedev permanece como terceiro colocado do ranking mundial. Enquanto o espanhol Carlos Alcaraz, derrotado pelo russo na semifinal, se mantém como segundo do mundo. A nova e a novíssima geração do tênis está pronta. Contudo, Djokovic é incansável.
Redação do ge
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