Natural de Sorocaba, Teré passou sua infância imerso no mundo do desenho, descobrindo os traçados de grafia indígena na cidade de Dourados (MS), junto ao povo Guarani-Kaiowá. O marrom do barro, o vermelho do urucum e o preto do carvão despertaram o gosto pela cor em suas mais variadas tonalidades.
Na adolescência, experimentos materiais e técnicos em pintura, gravura, colagem e graffiti aumentaram o repertório criativo do artista, através de oficinas culturais. Em 2004, Teré iniciou a graduação em Educação Artística e, em contato com a produção acadêmica, identifica-se com o Suprematismo Russo de Kazimir Malevich, a Hard-Edge de Frederick Hammersley e a produção artística brasileira nos trabalhos de Waldemar Cordeiro, Luiz Sacilotto e Maurício Nogueira Lima.
De mochila nas costas, viajou pela América do Sul, estudando empiricamente a produção artística Quéchua e Aymará nos países andinos (Bolívia, Peru, Equador e Colômbia), em 2007, impactando-se com as combinações cromáticas aplicadas ao tear Aguayo dos povos tradicionais dessas regiões. O estudo das cores e suas possibilidades se desdobram na pesquisa geométrica influenciada pelo grafismo da arte étnica ameríndia e a arte concreta brasileira da década de 1950.
Teré atua desde 2006 com arte-educação na rede estadual de ensino de São Paulo e expõe em feiras culturais e eventos de arte independente.
A mostra "Compilações", na Biblioteca Campus Sorocaba da UFSCar, tem entrada livre e gratuita para todas as pessoas, de segunda a quinta-feira, das 13 às 22 horas, e às sextas-feiras, das 9 às 18 horas.