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EQUADOR - A viúva de Fernando Villavicencio, candidato assassinado no Equador dias antes das eleições presidenciais de agosto, foi vítima de um atentado na quarta-feira (27), denunciou Christian Zurita, melhor amigo de Villavicencio e seu substituto na chapa presidencial.

"Verónica Sarauz acaba de sofrer um atentado", anunciou Zurita na rede social X, antigo Twitter, sem mencionar se houve vítimas. "Sua cápsula de segurança prendeu um cidadão venezuelano de moto que portava uma arma de fogo e que tentou atacar o carro."

A polícia descreveu o ocorrido em Quito como "um procedimento isolado", embora tenha prendido "um cidadão estrangeiro que circulava de moto em atitude suspeita e que portava uma arma".

Villavicencio foi assassinado em 9 de agosto, quando deixava um comício no norte da capital. Seis colombianos foram presos após o crime, e outro acusado de atirar contra o político morreu no confronto com a segurança de Villavicencio, ex-jornalista investigativo conhecido por suas denúncias de corrupção.

Zurita substituiu o político assassinado e ficou em terceiro lugar nas eleições de 20 de agosto, com 16% dos votos. A esquerdista Luisa González (34%) e o direitista Daniel Noboa (23%) irão disputar o segundo turno, em 15 de outubro.

O Equador enfrenta há anos uma onda de violência ligada ao narcotráfico. "Um país paralisado pelo terror", resumiu Zurita.

 

 

AFP

RIO DE JANEIRO/RJ - O PTB oficializou na segunda-feira (1º) a candidatura do deputado federal Roberto Jefferson à Presidência da República. Jefferson é presidente de honra do partido e teve seu nome aclamado por unanimidade. A convenção, no entanto, não contou com a sua presença, já que ele está em prisão domiciliar por determinação judicial. Ele é acusado de tumultuar o processo eleitoral e proferir discursos de ódio e atacar instituições democráticas.

Jefferson afirmou, em vídeo, que sua candidatura não pretende rivalizar com a tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, o objetivo é ampliar o número de alternativas à direita. “Agora, em 2022, Bolsonaro se candidata à reeleição sozinho, contra tudo e contra todos, enquanto a esquerda se apresenta como um polvo com vários tentáculos na forma de múltiplas candidaturas, preenchendo todos os nichos possíveis desse eleitorado”, disse, em vídeo exibido durante a convenção.

“O candidato de direita tem seu eleitorado inibido. Não se reconecta com os descontentes, os famosos isentões, e gera uma gigantesca abstenção que termina por eleger um candidato de esquerda pela minoria do eleitorado. É uma luta injusta”, acrescentou. O PTB não divulgou se o candidato a vice na chapa está definido.

Perfil

Advogado nascido em Petrópolis (RJ), Roberto Jefferson tem 69 anos e circula há décadas na política nacional. Antes de fazer carreira na política, chegou a participar de programas de televisão na década de 1980. Participou dos programas Aqui e Agora, em uma espécie de juri simulado, na TV Tupi; e do programa Domingo à Noite, na TVS, atualmente SBT. Também foi apresentador do programa O Povo na TV, também na TVS.

Seu primeiro mandato como deputado federal foi em 1983 e depois disso emendou seis mandatos consecutivos. Teve seu mandato cassado após confessar participação no esquema do mensalão. Ficou conhecido nacionalmente por denunciar o esquema de compra de votos, escândalo do qual também participou. Foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em agosto de 2021, Jefferson teve prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes por ataques às instituições em redes sociais. Suas contas em redes sociais também foram bloqueadas. Em janeiro deste ano, por questões de saúde, Jefferson passou a cumprir prisão domiciliar.

 

 

 Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil 

BRASÍLIA/DF - Depois de muitas idas e vindas, o grupo conhecido como terceira via na disputa eleitoral decidiu lançar um único candidato à sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em reunião realizada ontem, em Brasília, dirigentes do MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania fecharam uma aliança e anunciaram que vão divulgar o nome de quem representará o grupo na disputa ao Palácio do Planalto no dia 18 de maio.

Até agora, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) é a mais cotada para encabeçar a chapa única. O maior problema ocorre nas fileiras do PSDB porque o ex-governador de São Paulo João Doria, vencedor das prévias do partido, está emparedado pela movimentação do correligionário Eduardo Leite. Ex-governador do Rio Grande do Sul, Leite tenta avançar algumas casas no jogo e até admite ser vice em dobradinha com Tebet.

Os dois conversaram ontem no Senado, onde posaram para fotos. Após o encontro, disseram que só uma candidatura única é capaz de furar a polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, favorito nas pesquisas de intenção de voto.

“O meu partido fez prévias, tem o seu pré-candidato estabelecido. Nós respeitamos isso, ninguém está deslegitimando as prévias, mas não se trata aqui apenas de atender a formalidades e, sim, de ajudar o País a encontrar um caminho”, afirmou Leite.

Tebet mudou um pouco o discurso. Antes de se reunir com o gaúcho, dizia que o vencedor das prévias do PSDB era Doria. “O Eduardo está dizendo que respeita as prévias, mas vem como um soldado. E por trás dele vêm outros soldados”, disse ela. “Estou esperançosa”.

Embora o nome de Tebet seja cotado para encabeçar a chapa, 13 líderes de diretórios do MDB, principalmente no Nordeste, querem apoiar Lula no 1.º turno. “Qualquer candidatura, para sobreviver, precisará ser competitiva, senão rebaixa os palanques estaduais e se torna desnecessária. O MDB já conhece esse filme”, disse o senador Renan Calheiros (MDB-AL), um dos líderes do movimento pró-Lula no partido.

 

Negociações

Em um dia marcado por articulações políticas, Doria e o presidenciável do PDT, Ciro Gomes – que também estavam em Brasília –, tiveram uma série de conversas reservadas, em busca de parcerias. Ciro almoçou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT-CE). Pediu apoio, mas o presidente do PSD, Gilberto Kassab, ainda diz que lançará candidato próprio. Nem o PSD nem o PDT fazem parte do grupo da terceira via, que se autointitula “centro democrático”.

Nenhum dos pré-candidatos participou da reunião de cúpula dos partidos. Em comunicado emitido após o acordo, MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania destacaram que o objetivo da aliança é apresentar um candidato como alternativa aos polos que atualmente dominam a disputa. “Conclamamos outras forças políticas democráticas para que possam se incorporar a esse projeto em defesa do Brasil e de todos os brasileiros”, diz o comunicado. O texto é assinado pelo presidente do União Brasil, Luciano Bivar; do MDB, Baleia Rossi; do PSDB, Bruno Araújo; e do Cidadania, Roberto Freire.

O União Brasil informou que apresentará um pré-candidato a ser submetido à análise do grupo no próximo dia 14. O ex-juiz Sérgio Moro se filiou recentemente ao União, após sair do Podemos. Presidido pelo deputado Luciano Bivar, o União diz, no entanto, que o projeto para Moro será em São Paulo, provavelmente disputando uma vaga na Câmara. As divergências de Moro com dirigentes de seu novo partido – principalmente com ACM Neto, que é candidato ao governo da Bahia – ficaram nítidas na semana passada, quando ele afirmou que não será candidato a deputado federal.

O próprio Bivar tem interesse em integrar a chapa presidencial, mas seu nome sempre é citado como vice. Ontem, ele negou que a inclusão de um indicado pelo partido nas próximas conversas sobre candidatura única dificultará a construção de um consenso. “O maior mentor de criar esse consenso fomos nós.”

 

Critérios

Bivar afirmou ainda que a escolha do candidato do grupo levará em conta vários critérios, e não apenas as pesquisas de intenção de voto. “Pesquisas são fotografias de momento. Precisa ver a capilaridade, o Fundo Partidário, a receptividade, a rejeição. Tudo isso vai ser considerado, prevalecendo um sistema de bom senso político”, disse ele.

Doria passou o dia em reuniões com deputados e senadores na sede do PSDB, em Brasília, e hoje viajará para a Bahia. Desembarcará em Rio das Contas, terra natal de seu pai, para tentar construir uma nova imagem na campanha, menos elitista e mais popular. As últimas pesquisas indicam que o ex-governador está estacionado num patamar muito baixo, na casa de 2%. É com esse argumento que adversários no PSDB, como o deputado Aécio Neves (MG) e o ex-senador José Aníbal (SP), querem tirá-lo do páreo.

Leite e Tebet também têm índices inexpressivos de intenção de voto, mas, de acordo com seus apoiadores, têm maior potencial de crescimento porque seus porcentuais de rejeição são baixos.

BRASÍLIA/DF - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), admitiu ontem a possibilidade de ser candidato à Presidência e antecipou um movimento que pode aprofundar o racha nas fileiras tucanas. Com convite para deixar o PSDB e se filiar ao PSD do ex-ministro Gilberto Kassab, Leite afirmou a empresários que tem “disposição” de apresentar um projeto alternativo e chegou a recorrer a uma imagem popular ao dizer que um “cavalo encilhado não passa duas vezes”. A ideia do governador é anunciar a mudança de partido em março.

A saída do PSDB vem sendo avaliada por Leite desde o fim de novembro, quando ele perdeu as prévias para o governador de São Paulo, João Doria, escolhido como pré-candidato da sigla à sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PL). De uns tempos para cá, no entanto, as negociações nesse sentido avançaram, tanto que seus apoiadores já começaram a manter conversas sobre a confecção de um programa de governo com economistas como Persio Arida e Arminio Fraga.

Em reunião na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), na manhã de ontem, o governador gaúcho falou em “passar o bastão” no Estado e indicou que deve renunciar ao mandato em março. Na prática, ele descartou a disputa pela reeleição, embora há uma semana tenha admitido essa hipótese.

O tom do discurso foi de despedida. “De fato, estou sendo provocado novamente sobre o cenário nacional. Olha, passar um cavalo encilhado já não é fácil; passar dois, não dá para a gente desprezar”, disse Leite, numa referência aos convites que têm recebido para concorrer à Presidência.

Foi nesse momento que ele vestiu o figurino da chamada terceira via, mostrando-se disposto a romper a polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), hoje líder nas pesquisas de intenção de voto. “Me causa especial preocupação que, no cenário nacional, se insista numa fórmula de enfrentamento em todas as candidaturas que estão postas. Existem dois campos políticos bem marcados que polarizam fortemente esta disputa eleitoral”, afirmou o governador para a plateia de empresários. “Se for, de fato, algo consistente, e que a gente tenha apoio para isso, eu tenho coragem, vontade e disposição de poder apresentar algum caminho alternativo.”

Braço direito de Leite, o secretário de Apoio à Gestão Administrativa e Política do governo gaúcho, Agostinho Meirelles, vai se filiar ao PSD na próxima quarta-feira. Alguns apoiadores do governador, porém, desconfiam das intenções de Kassab, sob a alegação de que ele pode apoiar Lula.

Aos empresários, Leite fez um balanço de sua gestão e defendeu o equilíbrio fiscal. “Como é, possivelmente, uma das minhas últimas falas aqui como governador, não sei se até o final do ano ou se até logo mais, em março, (...), eu quero fazer uma prestação de contas”, disse o tucano, dirigindo-se ao vice-governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). “Fiquem sempre atentos às medidas populistas, demagógicas que governos tentem fazer no Rio Grande do Sul”, destacou.

O movimento de Leite contraria a cúpula do PSDB, que está negociando uma candidatura única com o MDB e o União Brasil. A senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata do MDB, é vista por parte do grupo como possível nome para vice. Kassab, por sua vez, também avalia que a senadora pode compor a chapa com Leite. O ex-ministro conversou com o governador sobre o assunto na última segunda-feira.

BRASÍLIA/DF - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que termina hoje (16) o prazo para os partidos realizarem suas convenções internas para escolherem os candidatos que vão disputar os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores nas eleições municipais de novembro. A Justiça Eleitoral espera receber mais de 700 mil registros de candidaturas no pleito deste ano.

O prazo está previsto na Lei das Eleições e deveria ter sido encerrado em agosto. No entanto, o período das convenções foi prorrogado por 42 dias devido ao adiamento das datas do calendário eleitoral em função da pandemia da covid-19.

O Congresso adiou o primeiro turno das eleições deste ano de 4 de outubro para 15 de novembro. O segundo turno, que seria em 25 de outubro, foi marcado para 29 de novembro.

O registro dos candidatos escolhidos pelas legendas deverá ser feito até 26 de setembro na Justiça Eleitoral dos estados.

A íntegra do calendário eleitoral pode ser acessada no site do TSE.

 

Protocolo de saúde

Na semana passada, o TSE definiu o protocolo sanitário com medidas preventivas para eleitores e mesários que vão trabalhar no pleito. Os eleitores só poderão para entrar nos locais de votação se estiverem usando máscaras faciais e deverão higienizar as mãos com álcool em gel antes e depois de votar. A distância de um metro entre as demais pessoas também deverá ser mantida. O TSE recomenda ainda que o eleitor leve sua própria caneta para assinar o caderno de votação.

Eleitores e mesários que estiverem com sintomas da covid-19 não devem comparecer ao local de votação. Posteriormente, a ausência poderá ser justificada na Justiça Eleitoral. Cartazes ilustrativos com o passo a passo da votação serão divulgados nas seções eleitorais para orientar os eleitores.

 

 

*Por André Richter - Repórter da Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - Levantamento da empresa Paraná Pesquisas indica que o presidente Jair Bolsonaro lidera as intenções de voto na disputa à Presidência da República nas eleições de 2022. O chefe do Executivo está na frente em todos os cenários de 1º turno, com percentuais que variam de 27,5% a 30,7%.

A pesquisa (íntegra – 537KB), divulgada nesta 6ª feira (24.jul.2020) pela revista Veja, foi realizada de 18 a 21 de julho, por meio de ligações telefônicas, em 188 cidades das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%.

O presidente manifesta intenção de disputar a reeleição. Em 10 de maio, disse que só deixa a Presidência em janeiro de 2027. De acordo com pesquisa DataPoder360, realizada de 20 a 22 de julho, a aprovação do trabalho do presidente é de 30% e a rejeição é de 43%.

Os dados mostram ainda que Bolsonaro derrotaria os 6 potenciais adversários no 2º turno da disputa ao Planalto em 2022 com percentuais em torno de 45%. Os adversários testados contra Bolsonaro foram: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); os ex-ministros Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB); e o apresentador Luciano Huck.

No 1º cenário de 1º turno testado pelo Paraná Pesquisas, Bolsonaro aparece 12 pontos percentuais a frente do 2º colocado, Sergio Moro. O presidente tem 29% e o ex-ministro da Justiça tem 17,1%. Em seguida, aparecem Fernando Haddad (13,4%), Ciro (9,9%), Luciano Huck (6,5%) e Doria (4%).

O levantamento também testou 1 cenário sem Haddad e Luciano Huck; com Lula e com a ex-ministra Marina Silva (Rede). Bolsonaro lidera 27,5%. O presidente fica 6 pontos percentuais à frente do petista. Em seguida, vêm Moro (16,8%), Ciro (8,3%) e Doria (3,8%).

Em mais 1 cenário, foram incluídos os nomes do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B). Não entram na disputa o ex-presidente Lula, Moro e Marina Silva. O presidente Jair Bolsonaro apresenta resultado melhor, com 30,7% das intenções dos votos ao Planalto. Em seguida, aparece Haddad (14,5%), com 16 pontos percentuais atrás do chefe do Executivo.

 

2º TURNO

A pesquisa também apurou como seriam os resultados do 2º turno. Os dados indicam que Jair Bolsonaro venceria em todos os 6 cenários e seria reeleito à Presidência.

O maior percentual que o presidente alcança é contra João Doria. Bolsonaro tem 51,7% das intenções de votos em 1 eventual 2º turno com o tucano, que teve 23%.

O maior adversário do presidente seria Lula. No 2º turno, no entanto, o levantamento mostra Bolsonaro 9 pontos à frente do petista, com 45,6% contra 36,4%.

 

Eis os cenários de 1 eventual 2º turno na disputa ao Planalto em 2022:

 

Cenário 1:

Bolsonaro – 46,6%

Haddad – 32%

não sabe – 4,6%

nenhum – 16,8%

Cenário 2:

Bolsonaro – 44,7%

Moro – 35%

não sabe – 5,6%

nenhum – 14,6%

Cenário 3:

Bolsonaro – 45,6%

Lula  – 36,4%

não sabe – 4,3%

nenhum – 13,7%

Cenário 4:

Bolsonaro – 48,1%

Ciro Gomes – 31,1%

não sabe – 4,7%

nenhum – 16,8%

Cenário 5:

Bolsonaro – 51,7%

Doria – 23%

não sabe – 5,7%

nenhum – 14,6%

Cenário 6:

Bolsonaro – 50,8%

Luciano Huck – 27,6%

não sabe – 5,4%

nenhum – 16,2%

 

 

*Por: PODER360

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