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Setor criou quase 12 mil novos postos; Serviços também avançaram ao gerar 67,7 mil empregos, 31% a mais do que no mesmo período do ano passado
 

 

SÃO PAULO/SP - Puxado pelo varejo, com destaque para os hipermercados e supermercados, o mercado de trabalho do setor do Comércio no Estado de São Paulo gerou 338% mais vagas de emprego, em fevereiro deste ano, do que no mesmo período de 2023. Foram criadas quase 12 mil vagas a mais em relação ao mesmo mês do ano passado. Nos Serviços, o cenário foi ainda mais favorável, com 67,7 mil novos empregos com carteira assinada, representando um aumento de 31% em comparação a fevereiro do ano anterior.
 
Apontados pela Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP), apurada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), os números surpreenderam, de forma positiva, os especialistas, que projetaram um cenário de desaceleração do ritmo de crescimento do mercado de trabalho de ambos os setores para 2024.
 

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Diante desse resultado, o Comércio teve o melhor fevereiro desde 2021 [gráfico 1], além de mostrar rápida recuperação das perdas sazonais de janeiro deste ano, principalmente nos segmentos varejistas de produtos alimentícios. As três divisões comerciais avançaram em fevereiro, com destaque para o varejo, que criou 6.848 vagas, especialmente os segmentos de hipermercados e supermercados (2.579) e os estabelecimentos que comercializam combustíveis (1.176). [tabela 1].
 

 


SETOR DE SERVIÇOS ACELERA
O setor de Serviços apontou a alta mais significativa, ao gerar 67,7 mil novos postos de trabalho, melhor desempenho não apenas dos últimos 13 meses [gráfico 2] como também o maior saldo mensal desde fevereiro de 2022. Em comparação ao mês de janeiro, o número de empregos foi 415% superior — e 31% maior do que as vagas geradas em fevereiro do 2023.
 

 
Dos 14 segmentos avaliados pela pesquisa, 12 registraram aumento nas contratações. A educação contribuiu para o cenário positivo, com 17.112 vagas, principalmente, nos ensinos infantil e fundamental. No entanto, outras atividades também contribuíram para o saldo positivo, como os serviços administrativos e complementares, ao gerar 13.751 novos postos de trabalho, mais de 10 mil vagas em relação ao mesmo mês de 2023 [tabela 2].
 

TENDÊNCIAS POSITIVAS
Na perspectiva da FecomercioSP, os resultados apontados pela PESP ressaltam que o cenário econômico está mais aquecido do que o esperado, o que tem refletido no desempenho das receitas dos setores de Comércio e Serviços e, consequentemente, no investimento em mão de obra.
 
Para os próximos meses, a Entidade indica uma previsão positiva para os dois setores. O Comércio deve manter crescimento. Já os Serviços devem avançar significativamente em março, mas em patamar inferior a fevereiro, uma vez que os setores terão menos impactos sazonais.

WASHINGTON - A economia dos Estados Unidos cresceu mais rápido do que o estimado anteriormente no quarto trimestre, impulsionada pelos fortes gastos dos consumidores e pelo investimento empresarial em estruturas não residenciais, como fábricas.

O Produto Interno Bruto aumentou a uma taxa anualizada de 3,4% no último trimestre, em dado revisado ante os 3,2% relatados anteriormente, informou o Departamento de Comércio em sua terceira estimativa do PIB do quarto trimestre.

A revisão refletiu aumentos nos gastos dos consumidores, no investimento fixo não residencial e nos gastos dos governos estaduais e locais.

Economistas consultados pela Reuters não esperavam nenhuma revisão. A economia está crescendo acima do que as autoridades do Federal Reserve consideram como a taxa de crescimento não inflacionária de 1,8% e continua a superar seus pares globais, apesar dos aumentos de 525 pontos-base na taxa de juros pelo banco central dos EUA desde março de 2022 para conter a inflação.

Quando medida pelo lado da renda, a economia expandiu a uma taxa robusta de 4,8%. A renda interna bruta aumentou em um ritmo de 1,9% no trimestre de julho a setembro. Em princípio, o PIB e a renda interna bruta deveriam ser iguais, mas, na prática, diferem, pois são estimados usando dados de fontes diferentes e, em grande parte, independentes.

Uma diferença cada vez maior entre renda interna bruta e o PIB nos trimestres anteriores gerou preocupações entre alguns economistas de que a economia não estava tão forte quanto sugerido pelos números do PIB. O aumento da renda interna bruta refletiu o aumento dos salários.

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A economia está sendo sustentada por um mercado de trabalho resiliente, que está mantendo o crescimento dos salários elevado e impulsionando os gastos dos consumidores. As estimativas de crescimento para o primeiro trimestre estão convergindo em torno de um ritmo de 2,0%.

Um relatório separado do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 2.000 na semana encerrada em 23 de março, para 210.000 em dado com ajuste sazonal. Economistas previam 212.000 pedidos na última semana.

Os pedidos têm oscilado em uma faixa de 200.000 a 213.000 desde fevereiro. A maioria dos empregadores está mantendo seus funcionários, apesar de uma onda de demissões no início do ano.

 

 

Reportagem de Lucia Mutikani / REUTERS

ALEMANHA - A taxa de desemprego da zona do euro voltou à mínima recorde de 6,4% em janeiro, depois de subir levemente a 6,5% em dezembro, segundo dados com ajustes sazonais divulgados na sexta-feira, 1, pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.

O resultado de janeiro veio em linha com a expectativa de analistas consultados pela FactSet. A taxa de dezembro foi levemente revisada para cima, de 6,4% originalmente. A Eurostat calcula que havia 11,009 milhões de desempregados na zona do euro em janeiro. Em relação a dezembro, o número de pessoas sem emprego na região teve queda de 34 mil.

 

 

ISTOÉ

BRASÍLIA/DF - A taxa de desocupação do trimestre encerrado em janeiro de 2024 ficou em 7,6%. Esse resultado é o menor para o período desde 2015. O índice está abaixo do registrado no trimestre terminado em janeiro de 2023 (8,4%). Os dados foram divulgados na quinta-feira (29) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O nível de desemprego ficou estável em comparação aos 7,6% do trimestre móvel imediatamente anterior, finalizado em outubro de 2023. 

A população desocupada, ou seja, aqueles que estavam em busca de trabalho, chegou a 8,3 milhões, estável na comparação trimestral e recuando 7,8% (menos 703 mil pessoas) em 12 meses.

Ocupação

O número de trabalhadores ocupados chegou a 100,6 milhões, o que representa alta de 0,4% (ou mais 387 mil pessoas) ante o trimestre encerrado em outubro de 2023 e de 2% (mais 1,957 milhão de pessoas) em 12 meses.

Na comparação com trimestres móveis, os grupamentos de atividade que ajudaram a subir a ocupação foram transporte, armazenagem e correio (4,5%, ou mais 247 mil pessoas), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (1,9%, ou mais 241 mil pessoas) e outros serviços (3,1%, ou mais 164 mil pessoas).

De acordo com a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, é comum uma estabilidade da população ocupada no trimestre encerrado em janeiro, ou até mesmo uma queda dessa população, mas não foi o que aconteceu em 2024. “Pelo contrário, vemos uma expansão da ocupação”, apontou.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 38 milhões, alta de 0,9% (ou mais 335 mil trabalhadores) entre os trimestres seguidos e de 3,1% (ou mais 1,1 milhão) ante o mesmo período do ano passado.

Informalidade

Já a quantidade de empregados sem carteira no setor privado (13,4 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 2,6% (mais 335 mil pessoas) no ano.

A taxa de informalidade foi de 39% da população ocupada. Isso representa 39,2 milhões de trabalhadores informais. O percentual é estável em relação ao mesmo trimestre móvel de 2023.

O rendimento real do trabalhador fechou janeiro de 2024 em R$ 3.078. Esse valor aponta alta de 1,6% no trimestre e 3,8% em 12 meses.

A Pnad Contínua traz informações de uma amostra de 211 mil domicílios de 26 estados e do Distrito Federal.

 

 

Por Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil

EUA - O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu inesperadamente na semana passada, sugerindo que o crescimento do emprego provavelmente permaneceu sólido em fevereiro.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 12.000 na semana encerrada em 17 de fevereiro, para 201.000 em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 218.000 pedidos para a última semana.

Os pedidos de auxílio estão oscilando em níveis historicamente baixos, apesar de demissões registradas no início do ano.

As dificuldades para encontrar mão de obra durante e após a pandemia de Covid-19 deixaram os empregadores relutantes em reduzir o número de funcionários. A produtividade dos trabalhadores também aumentou, enquanto a economia continua a se expandir apesar dos fortes aumentos da taxas de juros pelo Federal Reserve.

A ata da reunião de 30 e 31 de janeiro do banco central dos EUA, publicada na quarta-feira, mostrou que as autoridades continuaram a considerar o mercado de trabalho como "apertado", mas várias "observaram que os ganhos recentes de emprego estavam concentrados em alguns setores, o que, em sua opinião, apontava para riscos negativos nas perspectivas de emprego".

Desde março de 2022 o Fed aumentou sua taxa de juros em 525 pontos-base, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.

Os dados de pedidos de auxílio-desemprego cobriram o período durante o qual o governo pesquisou empresas para o relatório de emprego de fevereiro. A economia dos EUA criou 353.000 vagas de trabalho em janeiro.

 

 

Reportagem de Lucia Mutikani / REUTERS

WASHINGTON - O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, apontando para a força subjacente do mercado de trabalho, apesar do recente aumento nas demissões em massa.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego estaduais caíram em 9 mil, para 218 mil em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 3 de fevereiro, informou o Departamento do Trabalho dos EUA na quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 220 mil pedidos para a última semana.

Os pedidos de auxílio sofreram pouca alteração em comparação com o mesmo período do ano passado, apesar das recentes demissões em massa de alto nível, muitas delas nos setores de tecnologia e mídia.

De modo geral, os empregadores estão cautelosos em mandar trabalhadores para casa após as dificuldades de encontrar mão de obra durante e após a pandemia de Covid-19. Os economistas também apontam o aumento da produtividade dos trabalhadores, marcado por um crescimento superior a um ritmo anualizado de 3% por três trimestres consecutivos, e a redução dos custos de mão de obra como outros fatores que incentivam as empresas a manter suas forças de trabalho.

O governo norte-americano informou na semana passada que a criação de vagas não agrícolas totalizou 353 mil empregos em janeiro. A taxa de desemprego ficou inalterada em 3,7%. A força sustentada do mercado de trabalho forçou os mercados financeiros a reduzir as expectativas de um primeiro corte de juros pelo Federal Reserve em março.

As autoridades do banco central dos EUA sinalizaram na quarta-feira que não tinham pressa em reduzir os custos dos empréstimos até que estivessem confiantes de que a inflação está se aproximando da meta de 2% do Fed.

 

 

Por Lucia Mutikani / REUTERS

BRASÍLIA/DF - Entidades empresariais que representam os 17 setores da economia com a folha de pagamento desonerada reforçaram a necessidade de derrubar o veto presidencial à prorrogação da matéria, o que deve ocorrer nesta quinta-feira (14) na sessão do Congresso Nacional. Para as entidades, o fim da desoneração pune empresários e trabalhadores, gera insegurança jurídica e põe em risco a competitividade das empresas.

A presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), Vivien Mello Suruagy, afirmou que a reoneração da folha de pagamento vai triplicar a carga tributária das empresas e provocar demissões em massa.

"A desoneração mantém [e] gera empregos e evita que tenhamos que demitir 1 milhão de trabalhadores. Vamos triplicar a carga tributária sobre a folha de pagamentos. Então, a conta é simples, se temos um valor fixo para gastar com remuneração, e aumenta o gasto com impostos, o gasto com salário diminui. Infelizmente, teremos que demitir", afirmou.

Vivien destacou que o setor de telecomunicações é formado por aproximadamente 137 mil empresas e mais de 2,5 milhões de trabalhadores. Desse total de empregados, cerca de 55% da mão de obra é formada por mulheres ou jovens em primeiro emprego.

"Vamos quebrar empresas, gerar demissão, além do aumento do custo de serviços para a população. Ou seja, nós precisamos da desoneração, e isso não significa renúncia fiscal, significa arrecadação, maior investimento e menores gastos sociais. É o emprego, vindo da desoneração, o melhor programa social", concluiu.

Márcio Gonçalves, vice-presidente da Federação Nacional das Empresas de Informática (Fenainfo), afirmou que o fim da medida pode acarretar até 10% de perdas de vagas no setor. "Estamos no escuro. São 120 mil empresas e 2 milhões de empregos com estudos de cortes de pelo menos 10% para poder acomodar os custos do aumento da carga tributária."

Fernando Pimentel, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), destacou que o setor já enfrenta gargalos para crescer em razão das condições desfavoráveis de competição com o mercado internacional e projeta que, sem a continuidade da medida, o preço final pago pelo consumidor deve aumentar, dificultando ainda mais o cenário econômico da área.

"O Brasil é um país que carrega um custo para produzir muito maior que outros concorrentes. Nosso setor clama que se queira revogar [o veto] a algo que é absolutamente exitoso e que é fundamental para um objetivo maior, que é gerar emprego e renda", afirmou. "Nós queremos resgatar a competitividade industrial do país. Temos que parar de colocar ônus sobre aqueles que investem o seu capital para fazer o Brasil crescer", concluiu.

O deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista, também criticou a decisão do governo de vetar a desoneração e lembrou que a proposta teve o amplo apoio dos parlamentares na Câmara e no Senado.

"Nós tramitamos este projeto na Câmara e no Senado, e em nenhum momento as lideranças do governo ou do Partido dos Trabalhadores sentou com os relatores ou com qualquer líder dizendo que era contra a desoneração, que teria que fazer modificações ou apresentar novo projeto. Isso não aconteceu. Ao contrário, a base do governo votou a favor da desoneração da folha", comentou.

Aprovado pelo Congresso em outubro, o projeto de lei pretendia manter a contribuição para a Previdência Social de setores intensivos em mão de obra entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta. A política beneficia principalmente o setor de serviços. Até 2011, a contribuição correspondia a 20% da folha de pagamento. Esse cálculo voltará a ser aplicado em janeiro de 2024. A proposta sugere a prorrogação da medida até dezembro de 2027.

 

Votos suficientes para derrubar veto à desoneração

O senador Efraim Filho (União-PB), autor do projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento até 2027, afirmou que há votos suficientes para derrubar o veto da desoneração. Isso porque a decisão de Lula é contrária ao posicionamento de 84% dos deputados federais. Dos 513 membros da Câmara, 430 votaram a favor da proposta. O texto também passou com facilidade no Senado, que analisou a matéria em votação simbólica, que acontece quando há consenso entre os parlamentares.

 

Setores contemplados

• Confecção e vestuário

• Calçados

• Construção civil

• Call center

• Comunicação

• Construção e obras de infraestrutura

• Couro

• Fabricação de veículos e carroçarias

• Máquinas e equipamentos

• Proteína animal

• Têxtil

• Tecnologia da informação (TI)

• Tecnologia da informação e comunicação (TIC)

• Projeto de circuitos integrados

• Transporte metroferroviário de passageiros

• Transporte rodoviário coletivo

• Transporte rodoviário de cargas

 

Empregos e salários

Segundo os dados da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), a iniciativa garantiu, em 2022, aumento de 19,5% na remuneração dos trabalhadores dos setores beneficiados.

Se a folha não tivesse sido desonerada, o salário médio desses segmentos teria sido de R$ 2.033. Com a desoneração, a média salarial desses trabalhadores subiu para R$ 2.430.

 

 

Hellen Leite, do R7

EUA - A economia dos Estados Unidos criou 336 mil empregos em setembro, em termos líquidos, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 6, pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado superou de longe as expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que previam geração de 140 mil a 250 mil postos de trabalho, com mediana em 175 mil.

Já a taxa de desemprego dos EUA ficou em 3,8% em setembro, inalterada em relação a agosto. Neste caso, o consenso era de queda da taxa a 3,7% no mês passado.

O Departamento do Trabalho também revisou para cima os números de criação de empregos de agosto, de 187 mil para 227 mil, e também de julho, de 157 mil para 236 mil.

Em setembro, o salário médio por hora teve alta de 0,21% em relação a agosto, ou US$ 0,07, a US$ 33,88, variação que ficou abaixo da projeção do mercado, de 0,30%. Na comparação anual, houve ganho salarial de 4,15% no último mês, também inferior à previsão de 4,30%.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

Levantamento aponta arrefecimento na geração de vagas celetistas no comércio e nos serviços do Estado de São Paulo

 

SÃO PAULO/SP - A geração de empregos celetistas nos setores de comércio e serviços registrou o menor desempenho para um primeiro semestre desde 2020. Os dados são da Pesquisa do Emprego (PESP), apurada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

De acordo com o levantamento, nos primeiros seis meses do ano, o setor de serviços gerou 164.799 vagas, contra pouco mais de 237 mil no mesmo período do ano anterior. Já no comércio, houve a criação de tímidos 1.676 novos postos de trabalho, após a geração de 19,5 mil no mesmo período de 2022. No mês de junho, especificamente, os serviços criaram 19.774 vagas, e o comércio, 4.814.

 A geração de postos de trabalho nos serviços vinha diminuindo desde quando atingiu o seu pico, em fevereiro. Na avaliação da Federação, o resultado apresentado em junho, portanto, não surpreende. Ainda que o desempenho do primeiro semestre seja o menor para o período em três anos, ele é superior ao projetado inicialmente para esse período neste ano, o que demonstra, de certa forma, resiliência frente a uma conjuntura estimada de maiores dificuldades.

 

Saldo líquido mensal do emprego nos serviços paulistas

Gráfico, Gráfico de cascata

Descrição gerada automaticamente

Fonte: Caged Elaboração: FecomercioSP

 

Na avaliação setorial, os maiores saldos positivos foram observados nos segmentos de transporte armazenagem e correio (29.990), educação (29.572) e atividades administrativas e serviços complementares (29.346). Nesses grupos, destacaram-se, respectivamente, os segmentos de transporte rodoviário de carga (18.158 novos empregos), educação infantil e ensino fundamental (21.883) e serviços para edifícios e atividades paisagísticas (16.427).

 

No comércio, a primeira metade do ano foi marcada pela estabilidade. O que explica esse fenômeno, avalia a FecomercioSP, é a conjuntura de crédito mais caro e endividamento e inadimplência familiares elevados. Na comparação com os serviços, faz diferença a influência que o setor ainda tem da retomada pós-pandemia — processo que começou antes para os estabelecimentos comerciais.

 

Saldo líquido mensal do emprego no comércio paulista

 

Gráfico, Gráfico de cascata

Descrição gerada automaticamente

Fonte: Caged Elaboração: FecomercioSP

 

No ano, as divisões de comércio e reparação de veículos (5.857) e comércio atacadista (8.260) foram os destaques positivos, puxadas pelos respectivos segmentos de comércio a varejo de peças e acessórios novos (responsável pela criação de 1.978 vagas) e atacado de equipamentos de uso pessoal e doméstico (944). Já o varejo marcou uma retração de 12.441 vínculos, influenciada pelo desempenho da atividade de vestuário e acessórios (com 7.989 vagas a menos).

Para a segunda metade do ano, a perspectiva é que o pagamento do décimo terceiro salário e as datas especiais propiciem um cenário de evolução. Entretanto, ambos os setores ficarão abaixo do avanço observado no segundo semestre do ano passado.

 

Primeiro semestre na capital paulista

No comércio da cidade de São Paulo, foram registrados 2.509 novos postos de trabalho, após 207.743 admissões e 205.234 desligamentos, considerando um estoque de mais de 852 mil vínculos ativos. O atacado, que abriu 3.745 vagas, liderou o movimento, com destaque especial para o ramo atacadista de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico (392 postos de trabalho).

No mercado de trabalho dos serviços, houve a criação de pouco mais de 44 mil vínculos empregatícios com carteira assinada. As seções de alojamento e alimentação (10.078) e serviços administrativos e complementares (12.651) foram os que mais impactaram o desempenho geral, influenciados pelos segmentos de bares e restaurantes (4.743 novas vagas) e serviços para edifícios e atividades paisagísticas (9.206).

WASHINGTON - A criação de empregos nos Estados Unidos acelerou em maio, mas um salto na taxa de desemprego para uma alta de sete meses de 3,7% sugere que as condições do mercado de trabalho estão melhorando, o que pode dar ao Federal Reserve cobertura para abrir mão de uma taxa de juros aumento da taxa este mês.

O aumento na taxa de desemprego de uma mínima de 53 anos de 3,4% em abril relatado pelo Departamento do Trabalho na sexta-feira foi impulsionado principalmente pelos negros. Também foi em parte o resultado de mais pessoas entrando na força de trabalho, um aumento na oferta que está reduzindo a pressão sobre as empresas para aumentar os salários.

O crescimento dos salários moderou no mês passado, o que deve oferecer algum conforto às autoridades do Fed que lutam para trazer a inflação de volta à meta de 2% do banco central dos EUA. O relatório de emprego, acompanhado de perto, ofereceu mais evidências de que a economia estava longe de uma temida recessão, apesar da fraqueza do setor manufatureiro sensível às taxas de juros e do mercado imobiliário.

"As empresas americanas ainda estão contratando agressivamente, provavelmente para atender à demanda resiliente do consumidor", disse Sal Guatieri, economista sênior da BMO Capital Markets em Toronto.

"No entanto, as outras áreas de suavidade neste relatório sugerem que o mercado de trabalho está perdendo força. Provavelmente há bolsões de suavidade suficientes neste relatório para que o Fed rejeite o aumento das taxas na próxima reunião."

A pesquisa de estabelecimentos mostrou que as folhas de pagamento não-agrícolas aumentaram em 339.000 empregos no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam que as folhas de pagamento aumentariam em 190.000. A economia criou 93.000 empregos a mais em março e abril do que o estimado anteriormente.

A economia precisa criar de 70.000 a 100.000 empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.

Apesar das demissões em massa no setor de tecnologia depois que as empresas contrataram em excesso durante a pandemia do COVID-19 e o peso dos custos de empréstimos mais altos em habitação e manufatura, o setor de serviços, incluindo lazer e hospitalidade, ainda está se recuperando depois que as empresas lutaram para encontrar trabalhadores mais os últimos dois anos. Setores como saúde e educação também experimentaram aposentadorias aceleradas.

O preenchimento dessas aposentadorias e o aumento da demanda por serviços são alguns dos fatores que impulsionam o crescimento do emprego. A demanda reprimida por trabalhadores foi ressaltada pelos dados do Departamento do Trabalho nesta semana, mostrando que havia 10,1 milhões de vagas no final de abril, com 1,8 vagas para cada desempregado.

As ações dos EUA abriram em alta. O dólar manteve-se estável em relação a uma cesta de moedas. Os preços do Tesouro dos EUA caíram.

 

INFLAÇÃO DE SALÁRIOS DIMINUI

No mês passado, os serviços profissionais e empresariais criaram 64.000 empregos, com ajuda temporária, vista como um prenúncio de futuras contratações, se recuperando. O emprego no governo aumentou em 56.000, mas permanece 209.000 empregos abaixo do nível pré-pandêmico.

O setor de saúde gerou 52 mil empregos, a maioria em serviços ambulatoriais e hospitalares. As folhas de pagamento de lazer e hospitalidade aumentaram 48.000, impulsionadas por restaurantes e bares. O emprego nesta indústria permanece 349.000 abaixo do nível pré-pandêmico. O emprego na construção aumentou 25.000, enquanto transporte e armazenamento adicionaram 24.000 empregos.

Mas as folhas de pagamento da indústria caíram e houve ganhos moderados de empregos em mineração, pedreiras, extração de petróleo e gás, bem como comércio atacadista, comércio varejista e atividades financeiras.

A maioria dos economistas espera que o crescimento geral da folha de pagamento continue pelo menos até o final do ano.

O salário médio por hora subiu 0,3%, após subir 0,4% em abril. Isso reduziu o aumento anual dos salários para 4,3%, após avançar 4,4% em abril. O crescimento salarial anual foi em média de cerca de 2,8% antes da pandemia.

No início da sexta-feira, os mercados financeiros viram uma chance de mais de 70% de o Fed manter sua taxa de juros inalterada na reunião de 13 a 14 de junho, de acordo com a FedWatch Tool do CME Group. O Fed elevou sua taxa de juros overnight de referência em 500 pontos-base desde março de 202, quando embarcou em sua campanha de aperto monetário mais rápida desde a década de 1980.

A pesquisa domiciliar a partir da qual a taxa de desemprego é calculada mostrou uma queda de 310.000 empregos no mês passado, provavelmente refletindo uma greve em andamento de 11.500 membros do Writers Guild of America. O Bureau of Labor Statistics do Departamento do Trabalho, que compila o relatório de emprego, não registrou a paralisação do trabalho em seu relatório de greve de maio.

A queda no emprego doméstico combinada com um aumento de 130.000 na força de trabalho para aumentar a taxa de desemprego. A taxa de desemprego dos negros saltou de 4,7% para 5,6% em abril.

“Isso pode ser um ruído estatístico ou um sinal de que os trabalhadores negros estão sofrendo desproporcionalmente o peso de um aumento no desemprego”, disse Nick Bunker, chefe de pesquisa econômica do Indeed Hiring Lab.

A taxa de participação na força de trabalho, ou a proporção de americanos em idade ativa que têm emprego ou estão procurando um, permaneceu inalterada em 62,6%.

 

 

Reportagem de Lucia Mutikani / REUTERS

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