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Emprego para o fim do ano e melhoria do consumo das famílias puxam números para cima; por outro lado, ano de 2020 deve terminar com mais desligamentos que admissões nos dois setores

 
SÃO PAULO/SP - Em recuperação desde o início do segundo semestre, os setores de comércio e serviços no Estado de São Paulo registraram novos crescimentos na geração de vagas formais em setembro: saldo positivo de 43.335 postos de trabalho, segundo a Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No caso dos comerciantes, as 14.982 vagas criadas marcaram o terceiro mês consecutivo em alta, enquanto os serviços fecharam o mês com 28.353 novos celetistas.
 

Tabela 1 – Saldo de vagas formais do comércio no Estado de SP (setembro/2020)
 


Tabela 2 – Saldo de vagas formais no setor de serviços no Estado de SP (setembro/2020)
 

 
   


Os números de setembro ajudam a diminuir os prejuízos acumulados ao longo do ano: no comércio, a geração de 37 mil vagas, de julho para cá, diminuiu o volume total da retração no número de vínculos, que é de 121.006 postos de trabalho a menos entre janeiro e setembro. O setor de serviços vive situação parecida: apesar de ter criado mais de 43,6 mil vagas em dois meses, ainda acumula diminuição expressiva de 146.605 postos no acumulado de 2020.
 
O motor de novas vagas do comércio, no mês, foi o varejo, que fechou com um saldo positivo de 10.378 novos postos de trabalho. Só os lojistas da área de equipamentos de informática e de comunicação geraram 2.907 empregos no período.
 
Destaque ainda para o saldo positivo de 1.709 novas vagas do varejo na cidade de São Paulo, que puxou a recuperação do comércio também na capital – de 2.893 novos postos de trabalho em setembro.
 
Já em relação ao setor de serviços, o crescimento mais significativo aconteceu entre as atividades administrativas, com saldo positivo de 19.242 novas vagas no Estado. Em seguida, a área de transporte, armazenagem e correio, com 5.050 postos. O contexto também foi positivo para os serviços na cidade de São Paulo, gerando 8.027 novas vagas formais em setembro.
 
Os passos da recuperação
No comércio, os resultados positivos – que já haviam sido previstos pela FecomercioSP quando da publicação dos dados de agosto – são consequências de diversos fatores que impactam positivamente o desempenho das vendas do setor. Entre eles, a volta gradual das famílias ao consumo depois de meses em quarentena por causa da pandemia de covid-19 e a injeção de dinheiro do auxílio emergencial, prorrogado até dezembro.
 
No caso do setor de serviços, o aumento maior no número de vagas está ligado à proximidade das datas de fim de ano, momento em que os empresários contratam profissionais temporários com o intuito de atender a uma demanda mais intensa. Por isso o bom resultado, nos últimos dois meses, do segmento de serviços de locação de mão de obra. Por outro lado, atividades relacionadas ao turismo e de alimentação fora de casa seguem prejudicadas pelo contexto pandêmico.
 
Ainda de acordo com a Federação, se a tendência é que os saldos de vagas celetistas continuem positivos até dezembro, eles não vão impedir que 2020 feche com mais desligamentos do que novas admissões em ambos os setores – também consequências do cenário adverso da pandemia, dos impactos da redução do auxílio emergencial e de inflação e desemprego crescentes.
 
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo – (PESP) passou por uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

SÃO PAULO/SP - O Mercado Livre, maior grupo de tecnologia para comércio eletrônico e serviços financeiros da América Latina, anunciou nesta 3ª feira (03) o lançamento de uma companhia área com frota própria de aviões no Brasil para entregar as compras feitas em seu site.

A Meli Air é formada por 4 aeronaves operadas por diferentes companhias aéreas. Segundo a empresa, o objetivo da aquisição é o de reduzir os prazos de envio dos pacotes no país, além de aumentar a capacidade de entregas para o dia seguinte. As informações foram publicadas pelo UOL.

“Queremos ter a melhor logística do Brasil e aumentar o número de entregas no dia seguinte. A ampliação consistente e robusta da nossa malha logística é decisiva para a manutenção da excelência do atendimento e satisfação do consumidor final – tanto vendedores quanto compradores da nossa plataforma”, afirmou Leandro Bassoi, vice-presidente de Mercado Envios, braço logístico da empresa.

“Além de melhorar a experiência de compra no Brasil, esperamos que a iniciativa contribua para o aumento do reconhecimento visual da marca associado aos atributos de confiança e eficiência logística.”

As 4 aeronaves farão transporte de produtos armazenados em 2 centros de distribuição, São Paulo e Bahia, 7 dias por semana. Um dos aviões é 1 Boeing 737-400F, que será operado pela Sideral Linhas Aéreas, com quem o Mercado Livre fechou parceria. A aeronave foi para São José dos Campos em 12 de outubro para ser pintada nas instalações da Digex MRO e nesta 3ª feira (3.nov), retornou para Curitiba (PR).

Em agosto, o Mercado Livre ultrapassou Vale e Petrobras e se tornou a empresa mais valiosa da América Latina. Com a aquisição das aeronaves, a empresa segue os passos da gigante americana do e-commerce Amazon, que também lançou a sua frota própria de aviões de carga, denominada “PrimeAir”, em 2016.

MERCADO LIVRE

Fundado em 1999 por Marcos Galperin (CEO) e Josué Sales, o Mercado Livre é a companhia líder em tecnologia para e-commerce e serviços financeiros na América Latina. A sede é em Buenos Aires, na Argentina, mas oferece serviços nos seguintes países: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Uruguai, Costa Rica, Paraguai, Portugal, Bolívia, Honduras, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, El Salvador, Guatemala e Venezuela.

A empresa conta com as seguintes áreas de negócios: o Marketplace mercadolivre.com, a fintech Mercado Pago, Mercado Envios, Mercado Livre Veículos, Imóveis e Serviços, Mercado Livre Publicidade e Mercado Shops.

Segundo a empresa, o site mercadolivre.com contra com 51,5 milhões de usuários ativos e mais de 11 milhões de vendedores, incluindo grandes marcas. A cada segundo, 16 vendas são realizadas na plataforma. Ao todo, são quase 290 milhões de ofertas em tempo real, distribuídas em aproximadamente 1.500 categorias e subcategorias de produtos.

 

 

*PODER360

MUNDO - O governo holandês aprovou um plano de resgate de 3,4 bilhões de euros para a companhia aérea KLM, duramente atingida pela crise do coronavírus. A decisão veio na terça-feira (3), depois que os pilotos concordaram em reduzir seus salários por cinco anos.

O ministro das Finanças, Wopke Hoekstra, havia congelado no sábado a liberação desse auxílio na forma de créditos destinado à empresa holandesa do consórcio Air France-KLM, devido à recusa do sindicato dos pilotos em aceitar o corte salarial.

Mas a KLM anunciou que o sindicato finalmente cedeu e o governo declarou que está disposto a aprovar a concessão deste auxílio estatal de 3,4 bilhões de euros (3,9 bilhões de dólares).

Na semana passada, a KLM havia apresentado um plano de redução de gastos ao governo, que previa uma diminuição dos salários dos pilotos até março de 2022 e das equipes de voo e de solo até o início de 2023.

No entanto, Hoekstra rejeitou a proposta, insistindo que o corte de salários fosse aplicado ao longo de todo o plano de resgate de cinco anos do governo. Ele deu à direção e aos sindicatos da KLM até sábado para assinar este acordo.

A suspensão do plano colocou em risco o futuro da companhia aérea mais antiga do mundo, fortemente atingida pelo impacto da pandemia de covid-19.

O diretor executivo da KLM, Pieter Elbers, disse que "uma etapa importante foi superada com a assinatura deste compromisso por oito sindicatos".

O plano de austeridade da companhia prevê uma redução de despesas de 15% e um corte de 5 mil empregos. Cerca de 3 mil pilotos serão particularmente afetados, com cortes de até 20% em seus salários, segundo a imprensa holandesa.

A Air France-KLM registrou prejuízo de 1,6 bilhão de euros no terceiro trimestre, em comparação com lucro de 363 milhões de euros no mesmo período de 2019.

 

 

*Por: AFP

BRASÍLIA/DF - A união dos estados em torno da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo é essencial para ajudar os estados a reequilibrar as contas públicas, disse ontem (3) o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues. Ele reuniu-se com governadores, vice-governadores e secretários de 13 estados e do Distrito Federal como parte da agenda do Fórum dos Governadores, que ocorreu hoje (3) na capital federal.

Entre os assuntos prioritários da reunião estava a votação do Projeto de Lei Complementar 101/2020, que estabelece o Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal para os estados e o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF).

Os governadores e os demais representantes dos estados destacaram a importância da aprovação do projeto ainda em 2020 para melhorar a gestão das unidades da Federação e permitir a retomada da capacidade de investimento dos governos locais. Segundo os governadores, a covid-19 tornou mais dramático o quadro fiscal dos estados, que enfrentavam um cenário de dificuldades mesmo antes da pandemia.

O secretário especial de Fazenda lembrou que 14 estados estão em situação de emergência fiscal e que a União terá, em 2020, o sétimo ano de déficit primário (resultado negativo nas contas sem o pagamento dos juros da dívida pública). Rodrigues reforçou que a PEC do Pacto Federativo abrange quase todos os pontos cruciais relatados pelos governadores e pediu a união do governo federal com as bancadas dos estados.

Segundo o Ministério da Economia, o secretário reforçou a disposição da equipe econômica de apoiar as medidas que promovam a rota de saída dos estados e da União do déficit público. Compareceram ao encontro os governadores Gladson Cameli (AC), Renato Casagrande (ES), Ronaldo Caiado (GO), Mauro Mendes (MT), Paulo Câmara (PE), Wellington Dias (PI) e Eduardo Leite (RS) e o vice-governador Rodrigo Garcia (SP).

Também estiveram presentes no encontro representantes do Distrito Federal e dos seguintes estados: Amapá, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.

 

 

*Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

MUNDO - Uma coalizão de prefeitos da Califórnia, incluindo o de Los Angeles, pediu nesta segunda-feira (2) ao governador para relaxar os critérios estritos impostos para reabrir parques de diversões como a Disneylândia, fechados desde março pela pandemia e que empregam dezenas de milhares de pessoas.

Harry Sidhu, prefeito de Anaheim, onde fica a Disneylândia, e Eric Garcetti, de Los Angeles, onde estão os Universal Studios, destacam-se entre os oito signatários de uma carta enviada a Gavin Newsom para evitar que estas atrações permaneçam "fechadas indefinidamente".

"Nos preocupa que as recomendações do estado possam atrasar a reabertura dos principais parques temáticos em até um ano, o que teria um impacto significativo em centenas de milhares de postos de trabalho, milhares de pequenas empresas e milhares de receitas fiscais para nossas cidades", destacou a missiva.

Segundo as condições para reabrir, publicadas há duas semanas, os condados onde ficam os parques têm que estar em nível "amarelo", o mais baixo em uma escala sobre o controle do vírus, que tem quatro níveis.

O condado de Orange, por exemplo, que abrange Anaheim, está no nível "vermelho" ou três, enquanto Los Angeles está "púrpura", o mais restritivo.

Não está claro quando chegarão ao nível amarelo, devido aos novos casos de covid-19 no país.

"Todos entendemos o difícil equilíbrio de proteger a saúde pública e, ao mesmo tempo, permitir uma atividade econômica segura", indicou a carta, também assinada pelos prefeitos de San Diego, San José, Fresno, Bakersfield, Riverside e Santa Ana.

Os prefeitos pedem que se permita abrir no nível "laranja", anterior ao amarelo, para beneficiar os parques menores.

Os parques californianos fecharam em março. Em setembro, a Disney anunciou que cortaria 28.000 postos de trabalho, condenando a posição das autoridades de não relaxar as restrições e permitir-lhes reabrir.

Seu parque na Flórida abriu em meados de julho, com capacidade reduzida e estritas medidas sanitárias.

Os prefeitos apoiaram parte das medidas de Newsom, como operar com 25% da capacidade com reservas antecipadas, exigir o uso de máscaras e medir a temperatura.

A Califórnia tem mais de 930.000 casos de covid-19 - 4.094 registrados só nesta segunda-feira - e 17.672 falecidos.

 

*Por: AFP

BRASÍLIA/DF - A partir de hoje (3), um grupo limitado de clientes poderá pagar e receber recursos pelo Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC). A ferramenta entra em fase restrita de funcionamento, para ajustes e correções de eventuais problemas, enquanto o BC faz a migração do serviço do ambiente de testes para o ambiente real.

O Pix funcionará em horários determinados para um grupo de 1% a 5% dos clientes de cada instituição financeira aprovada para operar a ferramenta. Os clientes autorizados a participar da fase restrita já foram comunicados pela instituição correspondente.

O novo sistema entrará em operação para todos os clientes no próximo dia 16. Na fase restrita, o Pix funcionará das 9h às 22h, de segunda a quarta-feira. Às quintas, o serviço reabrirá às 9h e só terminará de funcionar às 22h das sextas-feiras, para permitir o teste durante a madrugada.

A partir da próxima segunda (9), as instituições financeiras poderão elevar gradualmente o número de clientes aptos a participar do Pix, até que o sistema entre plenamente em operação, no próximo dia 16, com a possibilidade de fazer pagamentos e recebimentos 24 horas por dia por toda a população.

 

Registros

Desde 5 de outubro, os clientes podem registrar as chaves digitais de endereçamento. Segundo o balanço mais recente do BC, até a última quinta-feira (29) mais de 50 milhões de chaves tinham sido cadastradas. Como cada pessoa pode ter mais de uma chave, o número exato de pessoas registradas é desconhecido.

As chaves funcionarão como um código simplificado que associará a conta bancária ao número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), e-mail, número do celular ou uma chave aleatória de 32 dígitos. Em vez de informar o número da agência e da conta, o cliente apenas informa a chave para fazer a transação.

Uma pessoa física pode criar até cinco chaves por conta corrente. Para empresas, o limite aumenta para 20.

 

Instantaneidade

Por meio do Pix, o cliente pode pagar e receber dinheiro em até dez segundos, mesmo entre bancos diferentes. Diferentemente da Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou do Documento de Ordem de Crédito (DOC), que têm restrições de horário, o Pix funciona 24 horas por dia. Por questões de segurança, cada instituição financeira definirá um valor máximo a ser movimentado, mas o BC estuda criar modalidades para a venda e compra de imóveis e de veículos que permitam a movimentação instantânea de grandes quantias.

Para as pessoas físicas e para os microempreendedores, as transações serão gratuitas, exceto nos casos de recebimento de dinheiro pela venda de bens e de serviços. As pessoas jurídicas arcarão com custos. As tarifas dependerão de cada instituição financeira, mas o BC estima que será R$ 0,01 a cada dez transações.

O Pix servirá não apenas para transferências instantâneas de dinheiro, como poderá ser usado para o pagamento de boletos, de contas de luz, de impostos e para compras no comércio. Com a ferramenta, será possível o cliente sacar dinheiro no comércio, ao transferir o valor desejado para o Pix de um estabelecimento e retirar as cédulas no caixa.

 

Ampliação

Na última quinta-feira (29), o BC ampliou as funcionalidades do sistema. Com o Pix Cobrança, os comerciantes poderão emitir um QR Code (versão avançada do código de barras fotografada por smartphones) para que o consumidor faça o pagamento imediato por um produto ou serviço. Além disso, será permitido fazer cobranças em datas futuras, com atualizações de juros, multas ou descontos, como ocorre com os boletos.

O BC também obrigou as instituições financeiras que oferecerem o Pix aos usuários recebedores a usar interface de programação padronizada pelo órgão. A medida foi tomada para evitar que um empresário não consiga migrar a conta para outra instituição por causa dos custos de adaptação a um novo sistema de programação.

 

 

Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil

SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP - A Ford anunciou, por meio de nota divulgada no sábado (31), que concluiu a venda da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para a Construtora São José, especializada em empreendimentos logísticos, e para a FRAM Capital, empresa de gestão de recursos. O memorando de venda havia sido assinado há quase 4 meses.

A transação, segundo a companhia, é resultado de 1 processo de seleção que envolveu uma série de potenciais compradores –entre eles o grupo Caoa–, no qual as duas empresas vencedoras apresentaram a melhor alternativa para a área e para a região.

“Desde o início deste processo, demos prioridade para projetos que melhor atendessem as necessidades da região”, disse Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul e Grupo de Mercados Internacionais. “Estamos muito felizes em concluir essa transação com a Construtora São José e com a FRAM, empresas conceituadas e com ampla experiência em seus segmentos de atuação, que contribuirão com a geração de empregos e o desenvolvimento de São Bernardo do Campo.”

Na nota, Mauro Silvestri, sócio-fundador da Construtora São José, disse que “grandes realizações se concretizam com trabalho e dedicação, fruto de muito esforço e compromisso de todos, com propósitos firmes”.

A construtora não deu detalhes do que fará na área onde a Ford manteve a produção de carros e caminhões durante 52 anos. Em junho deste ano, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), disse que a São José compraria a área por R$ 550 milhões e tinha planos de instalar uma montadora no local e abrir nova cadeia de empregos no município.

Desde o início de 2019, a Ford vinha anunciando que fecharia a fábrica de São Bernardo do Campo (SP). De acordo com a fabricante, a decisão foi tomada como parte da reestruturação que a empresa passa durante os últimos anos. O fechamento ocorreu em outubro do ano passado. A unidade produzia o automóvel Fiesta e caminhões, e empregava 2,8 mil trabalhadores.

A São José atua no setor de construção civil há 37 anos. A construtora vem intensificando sua participação em 10 Estados nos setores de hotéis, loteamentos, shopping centers e outlets. O grupo foi responsável pela construção, no ABC, do Shopping São Bernardo Plaza, com 200 lojas.

 

FÁBRICAS DA FORD NO BRASIL

A fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo, era a mais antiga em operação da montadora no Brasil e dedicava-se à manufatura de veículos automotores, da estamparia à montagem final. Além disso, ocupava a 4ª posição no segmento de caminhões no país, com 12% de participação em 2018, atrás de Mercedes-Benz, Volkswagen e Volvo.

 

A Ford ainda possui outras 3 fábricas:

  • Camaçari (BA): produz 250 mil veículos por ano, 912 veículos por dia e 1 veículo a cada 80 segundos;
  • Tatuí (SP): é onde fica o campo de provas da empresa, no qual são testados todos os veículos;
  • Taubaté (SP): uma das pioneiras no Brasil, fica a 130 km da capital paulista.

 

 

*Por: PODER360 

MUNDO - O negócio de Dung Trans está crescendo. “No ano passado, adicionamos um segundo andar à nossa fábrica. E agora procuramos um novo local quatro vezes maior do que o atual”, diz o empresário. Para sua companhia, a fabricante de eletrônicos Spartronics, a disputa comercial entre China e os Estados Unidos tem sido uma bênção. E ele não está sozinho.

Os Estados Unidos e a China estão envolvidos em uma disputa comercial há mais de dois anos. Entre julho de 2018 e setembro de 2019, os EUA impuseram tarifas de até 25% sobre quase todas as importações da China.

As tarifas tiveram um impacto profundo. Antes do início da disputa, 23% de todas as importações dos EUA vinham da China –mais de 526 bilhões de dólares apenas em 2017. No final de 2019, esse valor caiu para 18% –uma redução de mais de 26 bilhões de dólares.

 “Os dois maiores perdedores com o conflito são os próprios Estados Unidos e a China“, avalia Yasuyuki Sawada, economista-chefe do ADB (Banco de Desenvolvimento Asiático). Uma análise do ADB em 2020 conclui que o PIB (Produto Interno Bruto) e as taxas de emprego em ambos os países serão afetados devido ao conflito.

Para os consumidores dos EUA, a disputa fez com que muitos tivessem que pagar preços mais altos pelos produtos chineses, enquanto para a China, isso levou principalmente a uma perda no valor das exportações, de acordo com uma análise da ONU de novembro de 2019.

Um olhar sobre as maiores exportações chinesas para os EUA confirma que as empresas americanas estavam adquirindo substancialmente menos telefones celulares, computadores e móveis da potência econômica asiática no final de 2019 do que no final de 2017, antes de a guerra comercial começar.

Trégua comercial e pandemia

Em janeiro de 2020, os EUA e a China assinaram a “fase 1” do acordo, visando diminuir as tensões comerciais. Convidou a China a comprar bilhões a mais em produtos americanos, a fim de reduzir o superávit comercial chinês com os EUA. A condição foi considerada irreal antes mesmo de o acordo entrar em vigor. A pandemia piorou a situação.

“As exigências para importações adicionais de produtos americanos parecem muito, muito desafiadoras, dado que o crescimento da economia chinesa será muito mais lento do que o previsto em janeiro”, diz Yasuyuki Sawada. Além disso, o acordo manteve as tarifas existentes em vigor, efetivamente paralisando o conflito em vez de resolvê-lo.

A pandemia que se seguiu efetivamente interrompeu as cadeias de abastecimento globais. Mas a economia da China conseguiu se recuperar a partir do 2º trimestre de 2020. Como uma das primeiras grandes economias a sair do bloqueio, o país foi capaz de fornecer a nações como os EUA os produtos de que precisam.

“Parte disso se deveu ao aumento das exportações de suprimentos e equipamentos de saúde“, ressalta Sawada. As importações de máscaras da China para os Estados Unidos, por exemplo, aumentaram mais de 10 vezes.

Isso foi ajudado pelas muitas exceções tarifárias concedidas pelos Estados Unidos nos últimos meses em relação a produtos como luvas cirúrgicas e máscaras, mas também muitos itens eletrônicos, peças automotivas e outros. Tudo isso impulsionou o comércio entre os EUA e a China quase de volta aos níveis anteriores à disputa.

Mas os efeitos da guerra comercial ainda estão sendo sentidos. Enquanto os preços das importações chinesas subiram durante a disputa, a demanda americana por celulares, computadores, lâmpadas ou impressoras não cessou. Como resultado, os consumidores e fabricantes dos EUA estão mudando para outros países para obter os produtos de que precisam.

Sudeste Asiático e México se beneficiaram

Para alguns, os ganhos desse redirecionamento comercial podem até superar os efeitos negativos da disputa. “Para economias emergentes não chinesas, o impacto positivo predomina“, alerta Sawada. “O ganho parece ser maior para países que podem produzir produtos semelhantes aos fabricados na China.”

Entre os que mais se beneficiaram está o vizinho dos Estados Unidos, o México: entre 2017 e 2019, o país exportou cerca de 4,7 bilhões de dólares a mais para os EUA em decorrência da disputa comercial.

Os bilhões faturados adicionalmente são especialmente significativos para países com PIBs mais baixos, como Vietnã, Malásia ou Taiwan. Entre eles, o Vietnã é o vencedor claro: os 6,4 bilhões de dólares adicionais ganhos durante os 2 anos do conflito são correspondem a quase o dobro de todos os gastos anuais com saúde do país.

Este é o resultado de uma análise DW a partir das importações dos EUA entre 2017 e 2019, visando descobrir quais os países e quais setores, em particular, se beneficiaram mais. Uma pista para a importância de um exportador é a participação de mercado que seus produtos conquistam entre todos os importados por seu parceiro comercial.

Por exemplo, a China fornecia 62% dos computadores importados pelos EUA. No final de 2019, esse valor caiu para 44%, uma perda de mais de 5 bilhões de dólares.

Mas a perda da China foi o ganho de Taiwan e do México: cada um deles ganhou cerca de seis pontos percentuais em participação de mercado. Ao final de 2019, forneciam, respectivamente, 10% e 25% de todos os computadores importados pelos EUA.

Para o México, porém, a pandemia interrompeu os ganhos obtidos nos últimos 2 anos. As importações do México para os EUA despencaram. Até menos produtos chegam do México para os EUA agora do que antes do início da disputa comercial.

Mas, até agora, o Vietnã e outras economias do Sudeste Asiático conseguiram manter seus ganhos. Alguns, como Vietnã e Taiwan, até aumentaram ainda mais suas exportações para os Estados Unidos.

Isso se deve em parte ao fato de países como o Vietnã há muito tempo terem começado a se posicionar como alternativas para a China. “O Vietnã aumentou progressivamente a fabricação, atraindo investidores estrangeiros e aumentando as exportações para os EUA“, diz Khiem Vu, gerente no Vietnã da Global Resources, que agência que conecta empresas a fornecedores na Ásia.

A disputa comercial acelerou a decisão de multinacionais de se mudarem da China, segundo ele. “Muitos forçaram seus atuais fabricantes chineses a transferir a produção para o Vietnã. Por exemplo, o fabricantes chineses que produzem sandálias Crocs construíram fábricas empregando vários milhares de trabalhadores em Phu Tho, para atender apenas o mercado dos Estados Unidos“, frisa.

Demanda por eletrônicos do Vietnã

A Crocs não é a única empresa de calçados fazendo essa mudança. O Vietnã exportou 30% a mais em calçados para os Estados Unidos no final de 2019 do que há dois anos, enquanto as exportações da China diminuíram 15%. “Produtos de mão de obra intensiva com altas tarifas na China, como bolsas, malas, óculos, roupas, móveis e eletrônicos, podem tornar os fornecedores vietnamitas mais competitivos do que nunca“, sublinha Khiem Vu.

A maior mudança é registrada no setor de itens eletrônicos, como os fabricados na Spartronics, assim como celulares e computadores. O Vietnã mais que dobrou suas exportações de celulares para os Estados Unidos entre o final de 2017 e 2019.

Para a Spartronics, a pandemia apenas acelerou o crescimento. “Temos sorte de estar no lugar certo na hora certa“, comemora Dung Tran. Parte de seu negócio vem da fabricação de produtos médicos, como ventiladores e kits de teste para covid-19. “Está crescendo incrivelmente. Nosso superávit está compensando os desafios que enfrentamos em nossos outros segmentos.”

Dung Tran diz que tudo isso trouxe mudanças visíveis no Vietnã. “Eu morava no Vale do Silício, Califórnia. Posso comparar o que estamos experimentando no Vietnã com o boom das pontocom naquela época. Se você já esteve no Vietnã antes e você voltar agora, verá mais prédios, mais arranha-céus.”

A questão, segundo ele, é com que rapidez o país pode ampliar sua infraestrutura para lidar com o crescimento. “De repente, você tem congestionamentos em aeroportos e portos devido ao grande volume de produtos que chegam. O governo está muito empenhado em fazer melhorias, mas vai levar tempo.” E, no momento, é difícil dizer o que os próximos anos trarão.

Esperança de fim da guerra comercial

Ele está confiante de que as mudanças que viu em seus negócios e em todo o Vietnã vieram para ficar. “Acho que o Sudeste Asiático e o Vietnã continuarão crescendo, independentemente dessas questões comerciais.” Mesmo assim, ele prefere o fim da disputa comercial. “Não podemos viver sem a China”, pondera. “Precisamos depender uns dos outros de maneira justa. Isso é muito importante.”

Como mostra esta análise, uma disputa comercial entre dois grandes países hoje quase sempre afeta outros também. “Ipads, Iphones e gadgets agora são produzidos usando redes de cadeia de suprimentos muito complicadas e estreitamente conectadas“, diz Yasuyuki Sawada. “Produtos chineses que enfrentam uma produção mais baixa afetarão os fornecedores de produtos intermediários. Isso vai gerar grandes efeitos colaterais negativos nos países e economias asiáticas.”

Ele também espera o fim das tensões comerciais entre EUA e China. “A região do Pacífico Asiático se beneficiou muito com o comércio aberto nas últimas décadas. Acho que é muito importante, se possível, voltar para antes da era de tensões comerciais EUA-China”.

 

 

 *Deutsche Welle

*PODER360

MUNDO - A economia da Alemanha cresceu a um recorde de 8,2% no terceiro trimestre e a maior economia da Europa se recuperou parcialmente da pior recessão histórica causada pela pandemia de Covid-19, mostraram dados da Agência Federal de Estatísticas nesta sexta-feira.

O salto da produção entre julho e setembro foi o maior desde que a agência começou a coletar os dados de crescimento trimestral em 1970 e foi mais forte do que a alta de 7,3% esperada em pesquisa da Reuters.

No segundo trimestre a economia havia caído 10% uma vez que os gastos das famílias, os investimentos das empresas e o comércio entraram em colapso durante a primeira onda da pandemia.

A recuperação acima do esperado no terceiro trimestre foi impulsionada por consumo privado mais alto, recuperação do investimento em equipamentos e exportações fortes, disse a agência de estatísticas.

Separadamente, o governo alemão revisou para cima nesta sexta-feira sua estimativa para o Produto Interno Bruto este ano.

A expectativa agora é de contração do PIB de 5,5% em 2020 contra estimativa anterior de queda de 5,8%. Ajustada para os efeitos do calendário, a previsão agora é de recuo de 5,9%.

O governo confirmou sua estimativa para a economia em 2021 de expansão de 4,4%.

 

 

*Por Michael Nienaber - Repórter da Reuters

BRASÍLIA/DF - O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou que iniciou o pagamento de diferenças nas antecipações do benefício por incapacidade temporária, antigo auxílio-doença, que foram pagos até 2 de julho de 2020. O pagamento será feito porque alguns segurados têm direito a um benefício maior.

Segundo o INSS, quem tiver direito ao pagamento da diferença receberá uma carta do órgão com todas as informações do recálculo. Quem tiver interesse também poderá checar se tem direito à diferença pelo site e aplicativo Meu INSS, além do telefone 135. Segundo o órgão, 497 mil segurados estão aptos a receber os valores. Em geral, devem ser contemplados pessoas que tiveram duração média do benefício de 32 dias e renda média de R$ 1.481,99.

De acordo com o órgão, a diferença será calculada em relação ao valor da antecipação (R$ 1.045), com correção proporcional ao tempo de afastamento.

A antecipação do benefício foi uma das medidas adotadas pelo governo durante a pandemia da covid-19.

 

 

*Por Agência Brasil

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