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MUNDO - Os preços do petróleo subiram nesta última quarta-feira, após informações indicarem que a Opep e aliados cumpriram suas metas de cortes de oferta em setembro, embora haja preocupações de que a retomada na demanda por combustíveis seja estagnada pelo aumento no número de casos de coronavírus em todo o mundo.

Além disso, o dólar operou em queda nesta quarta, o que também pode dar impulso ao petróleo, à medida que investidores trocam de classes de ativos.

“Entre o dólar, a AIE e o alerta da IEA que pode ter um impacto no futuro das políticas da Opep, o tom passou a ser altista por aqui”, disse Bob Yawger, diretor de Futuros de Energia do Mizuho em Nova York.

Dados da Administração de Informações sobre Energia dos Estados Unidos (AIE) devem indicar uma queda nos estoques de petróleo do país na última semana, segundo projeções de analistas ouvidos por pesquisa da Reuters.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 0,87 dólar, ou 2,05%, a 43,32 dólares por barril. Já o petróleo dos EUA (WTI) avançou 0,84 dólar, ou 2,09%, para 41,04 dólares o barril.

Duas fontes afirmaram à Reuters que a Opep+ registrou em setembro conformidade de 102% ao pacto de cortes de oferta que tem promovido.

“(Mas) há um risco de que a recuperação na demanda seja estagnada pelo recente aumento no número de casos de Covid-19 em diversos países”, alertou a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta quarta-feira.

 

 

*Por: Jessica Resnick-Ault / REUTERS

Reportagem adicional de Jessica Jaganathan e Dmitry Zhdannikov

BRASÍLIA/DF - O medo do desemprego entre as mulheres é bem superior ao dos homens, mostra indicador da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta quarta-feira (14). O Índice de Medo do Desemprego e Satisfação com a Vida é uma publicação trimestral da CNI e nesta edição entrevistou 2 mil pessoas em 127 municípios do país, entre os dias 17 e 20 de setembro.

O indicador de medo do desemprego no público feminino ficou em 62,4 contra 46,8 no público masculino, uma diferença de 15,6 pontos. O medo do desemprego também é maior entre os jovens, especialmente aqueles na faixa dos 16 aos 24 anos (57,9), e o da faixa seguinte, entre 25 e 34 anos (57,3). Esse indicador também é maior entre a população que reside no Nordeste (61,2) e os que recebem até um salário mínimo (65).

Apesar dos graves impactos econômicos da pandemia de covid-19, o medo do desemprego na população em geral ficou em 55 pontos, uma queda de 1,1 ponto na comparação com dezembro de 2019.

"A partir do fim do primeiro trimestre de 2020, as medidas de proteção adotadas no período contribuíram para conter o desemprego e aumentar a segurança no emprego. Possivelmente, a transferência de renda às famílias também contribuiu para esse resultado. Por fim, a retomada gradual das atividades comerciais e produtivas nos últimos meses tem impactado positivamente a formação de expectativas dos agentes, que, em um primeiro momento, esperavam por uma recuperação econômica mais lenta", avalia a CNI.

 

Satisfação com a vida

Já o índice de satisfação com a vida cresceu ligeiramente entre dezembro do ano passado e setembro deste ano, passando de 68,3 para 68,5 pontos. A satisfação com a vida aumenta à medida que a renda também aumenta. Entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, esse valor é 72,8 pontos, enquanto quem tem renda de até um salário mínimo registrou pontuação de 65,7.

O indicador também é melhor entre os homens (70 pontos) na comparação com as mulheres (97,1).

 

 

*Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - A Apple anunciou, nesta última 3ª feira (13), o lançamento de 4 novos modelos do iPhone. Todos contarão com tecnologia 5G. São eles: iPhone 12, iPhone 12 mini, iPhone 12 Pro e iPhone 12 Pro Max. Fones de ouvido e carregador não acompanharão os aparelhos.

Serão os primeiros smartphones com 5G da marca. O anúncio foi feito em evento on-line a partir do Apple Park, sede da empresa na Califórnia. O CEO Tim Cook anunciou que a Apple fechou uma parceria com a Verizon, operadora de telefonia norte-americana.

O CEO da empresa, Hans Vestberg, apresentou o Verizon 5G Ultra Wideband –o 5G mais rápido do mundo. Na compra dos iPhones os consumidores terão a possibilidade de adquirir planos mensais de 5G da Verizon com desconto.

IPHONE 12

O iPhone 12 tem tela de 6,1 polegadas e display Super Retina XDR, que promete uma experiência mais imersiva de visualização. O modelo também conta com melhorias na durabilidade, com a tecnologia Ceramic Shield –projetada para ser até 4x mais resistente que os modelos anteriores. Há 5 cores disponíveis: azul, verde, preto, branco e vermelho.

Também contará com o A14 Bionic, que a Apple afirma ser o chip mais rápido em 1 smartphone. Tem sistema dual-camera e fotografia computacional, que traz melhorias nos modos noturnos. O iPhone 12 também introduz o MagSafe, que oferece o carregamento sem-fio e possibilidade de usar uma série de novos acessórios magnéticos, como 1 porta-cartões. O iPhone 12 custará a partir de US$ 799.

Detalhes:

Largura –  71,5 mm (2,82 pol.)

Altura – 146,7 mm (5,78 pol.)

Espessura – 7,4 mm (0,29 pol.)

Peso – 162 gramas

IPHONE 12 MINI

Em versão reduzida, o modelo tem tela de 5,4 polegadas. Possui as mesmas características do iPhone 12, em tamanho menor. A Apple apresentou o iPhone 12 mini como “o menor smartphone 5G do mundo“. Custará a partir de US$ 699.  Assim como o iPhone 12, estará disponível nas versões 64GB, 128GB, e 256GB.

Detalhes:

Largura – 64,2 mm (2,53 pol.)

Altura –  131,5 mm (5,18 pol.)

Espessura –  7,4 mm (0,29 pol.)

Peso –  133 gramas

IPHONE 12 PRO

O modelo tem tela de 6,1 polegadas. Tem o sistema de câmeras Pro, com 3 câmeras: grande angular, ultra-angular e teleobjetiva. A câmera grande-angular possui abertura ƒ/1.6, que captura 27% mais luz. Também conta com nova estabilização óptica de imagem, que faz 5 mil ajustes por segundo.

O modelo também conta com 1 scanner projetado para realidade aumentada. O LiDAR faz o reconhecimento automático das superfícies do seu espaço, e os apps de realidade aumentada começam imediatamente a analisar a cena para criar experiências personalizadas. A Nasa utilizará a tecnologia desenvolvida pela Apple na próxima missão à Marte.

O iPhone 12 Pro tem o foco na performance. Segundo a Apple, o A14 Bionic têm CPU e GPU até 50% mais rápidas do que qualquer outro chip de smartphone e aceleradores de aprendizado de máquina até 70% mais rápidos.

Detalhes:

Largura –  71,5 mm (2,82 pol.)

Altura – 146,7 mm (5,78 pol.)

Espessura –  7,4 mm (0,29 pol.)

Peso – 187 gramas

IPHONE PRO MAX

O modelo é o maior de todos os iPhones que a Apple já lançou, com tela de 6,7 polegadas. Também contará com o sistema de câmeras pro. O sensor ficou 47% maior e os pixels também cresceram. A nova estabilização óptica de imagem atua no sensor, e não na lente, deixando os cliques estáveis mesmo se a mão tremer. E a nova câmera teleobjetiva de 65 mm permite aproximar ainda mais o zoom nos retratos.

A gravação HDR no iPhone 12 Pro foi de 8 para 10 bits, capturando 700 milhões de cores. Na prática, isso significa vídeos mais realistas. O modelo também conta com o Dolby Vision, o formato usado pela indústria de cinema. Será possível editar vídeos Dolby Vision no iPhone e usar o AirPlay para ver na tela da TV.

Detalhes:

Largura – 78,1 mm (3,07 pol.)

Altura – 160,8 mm (6,33 pol.)

Espessura – 7,4 mm (0,29 pol.)

Peso –  226 gramas

SUSTENTABILIDADE

A Apple assumiu 1 compromisso de até 2030 ser 100% neutra em carbono e ter impacto climático zero em toda a cadeia de negócios, o que inclui a produção e todo o ciclo de vida dos produtos.

A empresa também está removendo o adaptador de energia e os EarPods das embalagens do iPhone, sob o pretexto da sustentabilidade. As alterações, segundo a Apple, irão reduzir mais de 2 milhões de toneladas métricas de emissões de carbono anualmente, o equivalente à remoção de quase 450.000 carros da estrada por ano.

MAGSAFE

A tecnologia MagSafe permitirá o carregamento sem-fio, com 15W de potência. São duas opções de carregadores: o MagSafe Charger e o MagSafe Duo Charger, que permitirá o carregamento do iPhone e Apple Watch ao mesmo tempo.

O MagSafe também dará a possibilidade de acoplar magneticamente acessórios na parte de trás dos iPhones, como capas para celular, e porta-cartões de couro.

Ainda não há previsão de lançamento dos modelos do iPhone 12 no Brasil. Também não há informações sobre preços.

Assista ao evento de lançamento (1h10min58s):

 

*Por: BEATRIZ ROSCOE / PODER360

SÃO PAULO/SP - O fenômeno dos fundos de investimento imobiliário registrado nos últimos dois anos vai se intensificar e permanecer por um bom tempo no País, desde que as condições macroeconômicas permitam a manutenção dos juros baixos. O diagnóstico, apresentado de forma unânime por especialistas reunidos no Summit Imobiliário 2020, aponta também novas formas de financiar o setor.

“O FGTS e a poupança, além, claro, do crédito bancário são linhas de financiamento bem definidas. Mas como ainda temos um déficit habitacional e faltam recursos precisamos encontrar novas formas de financiamento para não ficarmos correndo atrás do rabo”, afirma Adalberto Bueno, do Grupo Bueno Netto. Para o empresário, que em 45 anos de vida profissional nunca viu os juros no patamar que ele se encontra atualmente, os fundos imobiliários, nesse contexto, têm tudo para ser um dos mais importantes meios de financiamento do setor, desde que a estabilidade econômica, ainda que tênue, esteja presente.

A manutenção de um cenário com juros baixos e inflação sob controle é uma premissa para qualquer tipo de discussão sobre formas alternativas de financiamento imobiliário, segundo Reinaldo Lacerda, sócio da Hieron Patrimônio Familiar e Investimento. Para ele, com a maturação do mercado, tanto as soluções de financiamento quanto as de crédito vão começar a surgir fora dos sistemas tradicionais. “O interessante é termos mecanismos onde os fundos de investimentos imobiliários possam carregar dívidas no longo prazo mas, ao mesmo tempo, oferecer liquidez para o investidor no curto prazo. As pessoas nem sempre vão carregar dívidas por 30 anos”, diz.

Um dos caminhos que ainda não foram trilhados pelos fundos de investimento imobiliário, segundo os debatedores, é o que leva ao mercado imobiliário residencial. O que mostra que existe muito espaço para o crescimento desses tipos de investimento.

De acordo com Leandro Bousquet, sócio da Vinci Partners e Head de Real State, não há dúvida que esses instrumentos ainda apresentam pouco impacto em imóveis em construção. “Mas esse veículo é uma alternativa bastante interessante. Vejo como um caminho natural essa migração para financiamentos alternativos. Assim que o investidor passar a se sentir mais confortável, ele vai ampliando o apetite ao risco. Com isso, o impacto dos fundos na produção imobiliária será maior.”

 

Políticas Públicas

O representante do governo federal na discussão, Gustavo Tillmann, diretor do departamento de Gestão de Fundos da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, afirmou que todas as mudanças feitas nos últimos meses no FGTS para o enfrentamento da pandemia levaram em consideração a sustentabilidade futura do Fundo. “A mensagem é positiva. O FGTS é um fundo que permite fazer políticas públicas. Para o dia de amanhã, quando a pandemia passar, ele está com todas as condições de alavancar novas operações para que o mercado imobiliário possa gerar renda e também mais empregos."

De acordo com os números apresentados durante o Summit Imobiliário 2020, o FGTS tem hoje em caixa cerca de R$ 390 bilhões e 90% de todo esse montante está voltado para o setor de habitação.

 

Demanda por crédito impulsiona setor bancário

Se depois do otimismo moderado do início do ano a pandemia levou o grau de incerteza de muitas áreas financeiras para níveis estratosféricos, entre os departamentos de crédito imobiliário de vários bancos não foi diferente. O cenário, entretanto, mudou depois de alguma calibragem na rota. O que se vê agora, principalmente por causa das baixas taxas de juros, é uma demanda aquecida por crédito.

“Depois que baixamos as taxas dos nossos produtos, observamos uma resposta muito rápida”, afirma Sandro Gamba, diretor executivo de Negócios Imobiliários do Santander Brasil. Segundo o executivo, enquanto em maio a demanda por crédito no Santander girou ao redor de R$ 7 bilhões, em agosto, depois da mudança nas taxas, o valor chegou aos R$ 11 bilhões.

Ao conseguir enfrentar os desafios de passar a queda de juros para produtos na ponta da cadeia, o Itaú Unibanco também tem colhido bons frutos, segundo Danilo Caffaro, diretor de Crédito Imobiliário e Consórcios do banco. “Nós temos esse papel de contribuir para esse mercado que é super importante para a nossa economia.”

Para José Ramos Rocha Neto, diretor executivo do Banco Bradesco, a desburocratização do processo de contratação de crédito imobiliário e até a questão da migração para o home office estão ajudando a sustentar esse crescimento. “As pessoas estão procurando imóveis com espaço para trabalhar e os canais digitais vêm facilitando muito.”

 

 

*Por: Eduardo Geraque, especial para o Estadão

MUNDO - O secretário-geral das Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu aos bancos de desenvolvimento que interrompam o apoio a projetos de combustíveis fósseis, aumentando a pressão sobre os credores públicos antes de uma cúpula sobre mudança climática que a França realizará no mês que vem.

Os ativistas ambientais há anos exigem que os bancos comerciais listados na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia parem de financiar novas usinas elétricas a carvão, exploração de petróleo ou infraestrutura de gás natural. Mas os bancos de desenvolvimento do mundo, cujo apoio é muitas vezes crucial para determinar se tais projetos são viáveis, também estão enfrentando apelos para acabar com o financiamento à indústria de combustíveis fósseis.

Guterres pediu uma reunião virtual de uma coalizão de ministros da Economia e formuladores de políticas econômicas de dezenas de países para garantir que os bancos de desenvolvimento eliminem os investimentos em combustíveis fósseis, aumentem rapidamente o suporte à energia renovável e apoiem projetos para ajudar os mais expostos aos impactos das mudanças climáticas.

"Precisamos de velocidade, magnitude e liderança decisiva", disse Guterres em mensagem de vídeo. "Conto com essa coalizão para enfrentar o desafio." A França vai receber o que diz ser a primeira reunião global de todos os bancos públicos de desenvolvimento para discutir a mudança climática, chamada Finance in Common Summit, em 12 de novembro.

 

 

*Por Matthew Green - Repórter da Reuters

MUNDO - O Google retirou a Austrália da lista de países incluídos em parceria que pagará a empresas por conteúdo jornalístico –o Google News Showcase, lançado em 1º de outubro.

A big tech argumenta não ter certeza se o programa seria viável no país por causa de 1 projeto de lei, proposto em 31 de julho, que determina o pagamento a veículos de mídia por conteúdo reproduzido no Google e no Facebook.

A vice-presidente do Google na Austrália, Melanie Silva, disse que o “sistema de arbitragem” proposto no texto é “impraticável”.

“Não nos opomos a 1 código e a 1 sistema para resolver disputas entre as partes. Mas o sistema de arbitragem delineado no projeto é impraticável. Temos preocupações sobre suas condições de pagamento injustas e definições e obrigações pouco claras”, afirmou.

A decisão pode ser revista, segundo Melanie. No texto, a vice-presidente afirma que as condições “podem ser alteradas” para tornar o projeto “justo e viável“.

CONTEXTO

O ministro das Finanças da Austrália, Josh Frydenberg, determinou em abril que Google e Facebook negociassem a porcentagem de remuneração por material de empresas de jornalismo.

Como explicou o articulista Mario Cesar Carvalho em artigo no Poder360, a Austrália quer 1 produto mais profundo de regulamentação. Investigação do governo concluiu que Google e Facebook cometem violações que vão desde a invasão de privacidade ao monopólio.

O que a Austrália defende, em suma:

  • publicidade e usuários comerciais – já que Facebook e Google atuam como agências e também intermediadores de negócios;
  • mídia – objetivo seria esclarecer o que pode ou não nas redes sociais como veículos de comunicação e distribuidores de notícias;
  • relação comercial e monetização de notícias – intenção é gerar renda para jornais e outros meios de comunicação que têm seu material veiculado no Facebook –e que não recebem nada por isto.

GOOGLE NEWS SHOWCASE

O novo acordo da empresa com veículos em vários países (Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá e Reino Unido) para pagar por conteúdo jornalístico apresenta cláusula controversa: impede que as companhias de mídia, que aderirem ao projeto, cobrem algum tipo de reparação judicial pelo uso que considerarem indevido de seu material na plataforma da big tech.

É como se jornais impressos ou digitais, revistas ou qualquer veículo jornalístico renunciassem ao direito de cobrar do Google por alguma irregularidade cometida com uso impróprio de conteúdo. A empresa de jornalismo que buscar alguma reparação judicial terá seu contrato com o Google imediatamente rompido –o que pode tornar muitos negócios de comunicação ainda mais dependentes dos serviços da big tech.

A controvérsia foi apontada de maneira bem direta e crítica numa nota do Conselho Europeu de Publishers, publicada em 1º de outubro de 2020.

A crítica que os europeus fazem é sobre a tentativa do Google de se antecipar a legislações nacionais que estão em fase de implantação e que pretendem impor à big tech pagamentos muito mais pesados pelo uso de conteúdo jornalístico de terceiros.

 

 

*Por: PODER360

Famílias brasileiras comprometeram mais de 10% da renda com juros, segundo estudo

 

SÃO PAULO/SP - R$ 278,8 bilhões. Esse foi o montante que o sistema financeiro recebeu pelos juros cobrados de pessoas físicas e jurídicas no Brasil no primeiro semestre do ano. É o que indica estudo realizado pela FecomercioSP, com base em dados do Banco Central (BC) – um valor 1,6% maior em comparação ao primeiro semestre de 2019.
 
De forma proporcional, o montante representa 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB) semestral – tudo isso no período mais agudo da pandemia de covid-19 no País, num cenário econômico cuja taxa Selic manteve o patamar de 2% a.a. e a inflação permaneceu na faixa dos 2,5% a.a.
 
A inadimplência (total de dívidas acumuladas acima de 90 dias), que atingiu R$ 78,8 bilhões em junho, foi 254% menor do que o valor transferido, de fato, para as instituições financeiras no mesmo intervalo de tempo – o que, para a Entidade, evidencia o espaço que há para redução de taxas e para mais equilíbrio entre o endividamento do setor privado e o seu real padrão de solvência.
 
No total, o sistema financeiro emprestou R$ 1,76 trilhão para pessoas físicas e jurídicas no País no primeiro semestre, valor equivalente a quase o total dos R$ 2,13 trilhões do saldo de crédito em carteira do sistema no fim de junho de 2020. Isso significou também que o volume de concessões acumuladas entre janeiro e junho deste ano cresceu 2,3% em relação ao mesmo período de 2019, quando foi de R$ 1,728 trilhão.
 
Pessoas físicas
No período analisado, grande parte do montante de juros foi transferido para as instituições financeiras por pessoas físicas: R$ 201,5 bilhões, um crescimento de 1,1% em relação ao primeiro semestre do ano passado (quando foram pagos R$ 199,4 bilhões em juros).
 
No entanto, em meio a um contexto pandêmico, a taxa de inadimplência registrou uma variação significativa para cima: 17,1%, passando de R$ 49,8 bilhões nos primeiros seis meses de 2019 para R$ 58,3 bilhões agora.
 
De acordo com a análise da FecomercioSP, com renda semestral média de R$ 1.971, as famílias brasileiras comprometeram 10,22% de tudo o que receberam para pagar juros.
 
No período estudado, o sistema financeiro emprestou R$ 866,4 bilhões a pessoas físicas no Brasil, praticando uma taxa de juros média mensal efetiva de 3,27%. No acumulado do semestre, essa taxa foi de 21,3%.
 
Pessoas jurídicas
As empresas, por sua vez, transferiram R$ 77,3 bilhões em pagamentos de juros para as instituições financeiras no primeiro semestre do ano. Chama a atenção principalmente que, embora o montante pago tenha crescido 2,8% em relação ao mesmo período de 2019 (R$ 75,2 bilhões), a taxa de inadimplência registrou uma queda significativa de 8,7%: de R$ 22,4 bilhões no ano passado para R$ 20,5 bilhões agora.
 
Em outras palavras: as pessoas jurídicas pagaram mais juros em um cenário de menos endividamento.
 
Segundo a FecomercioSP, o total transferido em juros do setor produtivo para o sistema financeiro representa 2% do PIB semestral, o que seria, em comparação, o mesmo valor usado para financiar o programa de auxílio emergencial do governo federal em meio à pandemia por dois meses, atendendo em torno de 63 milhões de pessoas.
 
O juro médio mensal praticado foi de 1,36% (retração de 12,5% em relação ao primeiro semestre de 2019), enquanto o acumulado do período foi de 8,4% (redução de 12,9%) – o que, para a Entidade, ainda é muito acima do padrão de 2% da Selic.
_______________________________________________________________
 
PRINCIPAIS NÚMEROS DO ESTUDO SOBRE JUROS
Total de juros pagos por pessoas físicas e jurídicas no primeiro semestre de 2020
R$ 278,8 bilhões (alta de 1,6% em relação ao mesmo período de 2019)
 
Total de juros pagos só por pessoas físicas no primeiro semestre de 2020
R$ 201,5 bilhões (alta de 1,1% em relação ao mesmo período de 2019)
 
Total de juros pagos só por pessoas jurídicas no primeiro semestre de 2020
R$ 77,3 bilhões (alta de 2,8% em relação ao mesmo período de 2019)
 
Taxa de inadimplência entre pessoas físicas e jurídicas no primeiro semestre de 2020
R$ 78,8 bilhões (alta de 9,1% em relação ao mesmo período de 2019)
 
Taxa de inadimplência só entre pessoas físicas no primeiro semestre de 2020
R$ 58,3 bilhões (alta de 17,1% em relação ao mesmo período de 2019)
 
Taxa de inadimplência só entre pessoas jurídicas no primeiro semestre de 2020
R$ 20,5 bilhões (queda de 8,7% em relação ao mesmo período de 2019)
_______________________________________________________________
 
Nota metodológica
O estudo quantificou o volume de recursos destinados nos primeiros seis meses de 2019 e de 2020 para o pagamento dos juros dos empréstimos obtidos pela tomada de crédito de recursos livres, tanto pelas empresas (PJ) como pelas pessoas físicas (PF). Ao mesmo tempo, quantificou e expôs a evolução dos níveis de inadimplência das PF e PJ nesse mesmo período. O dimensionamento dessas duas variáveis – juros pagos e valores de crédito em atraso – permite se ter a noção clara da importância do impacto das taxas de juros praticadas teve sobre o comportamento da liquidez do setor privado ao longo da pandemia vis a vis com o ocorrido no mesmo período do ano anterior.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

MUNDO - O Paraguai espera conter o impacto negativo da pandemia de covid-19 em sua economia este ano e prevê uma recuperação rápida a partir de 2021, informou o ministro das Finanças, Benigno López.

"O Paraguai registra a menor queda da região e o FMI (Fundo Monetário Internacional) informa a probabilidade de um salto significativo de cerca de 5% do PIB em 2021", disse López em declarações à AFP.

A expectativa de crescimento do Paraguai para 2020 era estimada em 4% em dezembro de 2019, mas a crise da saúde abalou esse número, que hoje é de uma contração de 3,5%.

O presidente Mario Abdo Benítez destacou esta semana que "o Paraguai é a única economia da região que cresceu 2,9% em junho (em relação ao mesmo mês do ano anterior)".

O Banco Central paraguaio informou que esse crescimento se deve principalmente à produção de soja, pecuária, alguns ramos industriais e da construção.

De acordo com o Ministro da Fazenda, durante esses meses de pandemia, o Paraguai emitiu uma linha de crédito de 1,6 bilhão de dólares a partir de créditos nos mercados internacionais e por meio de organismos multilaterais.

Com esses recursos "o sistema de saúde foi fortalecido, conseguimos atingir os setores mais vulneráveis. Conseguimos permitir e garantir o funcionamento do Estado e demos uma série de desonerações fiscais e sociais aos contribuintes", disse.

Em setembro, o governo paraguaio apresentou um projeto de orçamento para 2021 de 85,7 trilhões de guaranis (cerca de 12,1 bilhões de dólares), quase o mesmo que o aprovado para 2020.

O governo está tentando fazer com que o Parlamento autorize um déficit fiscal de 4% do PIB, acima do máximo de 1,5% permitido pela lei atual.

 

 

*Por: AFP

BRASÍLIA/DF - Neste feriado de 12 de outubro os aeroportos brasileiros devem receber mais de 713 mil passageiros. Os aeroportos com maior movimentação devem ser o de Brasília, com 129 mil pessoas viajando, e o Santos Dumont (RJ), com 75 mil.

A previsão é do Ministério do Turismo, que realizou levantamento a partir de consultas às empresas administradoras de aeroportos de todo o país. São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza são os destinos mais buscados no feriado.

Como foi o primeiro levantamento feito pelo Ministério do Turismo, não há comparação com outros feriados para aferir os impactos da pandemia e se esses números representam uma retomada.

Mas a diferença pode ser medida com os números dos aeroportos da Infraero. Nestes devem passar 389.135 passageiros no feriado, segundo a empresa. A previsão de dias mais movimentos começaram ontem (9) e a próxima terça-feira (13). O número de passageiros deste ano representa 41% do registrado no ano passado, quando viajaram nos aeroportos da Infraero 941.411 pessoas.

 

Pandemia

Neste momento de pandemia, os aeroportos e companhias aéreas permanecem sujeitas a protocolos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Entre elas estão a observância do distanciamento de pelo menos dois metros, obrigação de uso de máscaras por passageiros, adoção de equipamentos de proteção individual por trabalhadores e higienização dos aeroportos e das aeronaves.

 

 

*Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - O governo anunciou nesta sexta (09) que as regiões que permanecem na fase amarela vão poder estender de 8h para 10 horas o funcionamento dos estabelecimentos comerciais, incluindo comércios de rua, shoppings, academias e prestadores de serviços.

Com isso São Carlos permanece na fase amarela, mas o comércio terá alteração no horário de funcionamento à partir da próxima terça (13).

SEGUNDA A SEXTA das 09h às 18h respeitando as 2h de refeição dos funcionários

2 PRIMEIROS SÁBADOS do mês das 09h às 17h

OS DEMAIS SÁBADOS das 09h às 13h (sendo opcional até as 17h), ou seja, a jornada de trabalho volta as 44h trabalhadas semanais.

Lembrando que restaurantes, bares e similares, salões de beleza e estética e as academias, também poderão continuar atendendo presencialmente com 40% de ocupação, com 10 horas de funcionamento, respeitando as recomendações de segurança e adotando os protocolos padrões e setoriais específicos.

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