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PEQUIM - O ministro do Comércio da China, Wang Wentao, pediu ao Japão que interrompa os controles de exportação de semicondutores, chamando a restrição de "infração" que "viola gravemente" as regras econômicas e comerciais internacionais, de acordo com um comunicado de seu ministério publicado na segunda-feira.

A mais recente condenação da China às restrições à exportação foi feita durante as conversas de Wang com o ministro do Comércio do Japão, Yasutoshi Nishimura, em 26 de maio, na conferência de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) em Detroit.

O Japão, juntamente com a Holanda, concordou em janeiro em igualar os controles de exportação dos Estados Unidos que limitarão a venda de algumas ferramentas de fabricação de chips para a China e impôs restrições à exportação de 23 tipos de equipamentos de fabricação de semicondutores para seu vizinho.

O Japão não destacou a China em suas declarações sobre os controles de exportação, dizendo apenas que está cumprindo seu dever de contribuir para a paz e a estabilidade internacionais.

No comunicado, o Ministério do Comércio chinês também disse, no entanto, que a China "está disposta a trabalhar com o Japão para promover a cooperação prática nas principais áreas econômicas e comerciais".

Na sexta-feira, Nishimura se reuniu com a secretária de Comércio norte-americana, Gina Raimondo, e concordaram em aprofundar a cooperação na pesquisa e desenvolvimento de chips e tecnologias avançadas, como computação quântica e inteligência artificial.

Wang também se encontrou com Raimondo e a representante comercial do país, Katherine Tai, durante a cúpula, criticando as políticas econômicas e comerciais norte-americanas em relação à China, incluindo a Estrutura Econômica Indo-Pacífica que exclui a China e visa fornecer uma alternativa centrada à influência norte-americana.

Os Estados Unidos, o Japão e outros membros do Grupo dos Sete (G7) concordaram este mês em "reduzir o risco", mas não se separar da China, reduzindo sua exposição à segunda maior economia do mundo em tudo, de chips a minerais.

 

 

Por Joe Cash e Bernard Orr

BRASÍLIA/DF - O número de clientes que usam o cartão de crédito cresceu 30,9% entre 2019 e 2022 no Brasil, segundo dados do Banco Central (BC). Em junho do ano passado, 84,7 milhões de usuários tinham saldo devedor relacionado a essa forma de pagamento. Em junho de 2019, eram 64,7 milhões.

O saldo devedor refere-se ao valor da compra, parcelada ou não, que ainda não foi pago pelo cliente e sobre o qual podem incidir juros. Os dados foram divulgados na segunda-feira (29) pelo BC e constam de um dos boxes do Relatório de Economia Bancária, que será publicado na íntegra no dia 6 de junho.

Segundo o BC, há tendência ao uso de modalidades mais onerosas do cartão de crédito à medida que aumentam os vínculos, que são o número de instituições emissoras de cartão em que o cliente tem saldo devedor.

“Na média, a partir de dois vínculos, aumentam a participação das modalidades com característica de crédito, sujeitas à cobrança de juros [como o crédito rotativo], e o percentual do limite utilizado”, explicou o BC. No total, 54% dos clientes tinham saldo devedor em apenas uma instituição; 25% em duas; e 20% em três ou mais.

“Quanto mais vínculos, maiores são o limite e o saldo médio da dívida. Isso sinaliza, de acordo com o estudo, que os usuários que estão utilizando cartões de mais de uma instituição aumentam sua capacidade de gastos com o aumento dos limites adicionais, elevando, em média, o saldo devedor consolidado”, acrescentou o BC.

Inclusão bancária

O aumento nos números pode ser explicado pela entrada de novas instituições no mercado nos últimos anos, principalmente no segmento de cartões pós-pagos, o que fez com que uma parcela significativa da população brasileira passasse a ter acesso a um ou mais cartões de crédito. Instituições de pagamento e bancos digitais aumentaram a base de usuários em 27,6 milhões de indivíduos no período analisado.

Ainda de acordo com o documento, em junho de 2022, o número de cartões de crédito (190,8 milhões) representava quase o dobro da população economicamente ativa no Brasil (107,4 milhões), conforme dados de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e das estatísticas do Sistema de Pagamentos Brasileiro.

Para o BC, a expansão do mercado de cartões de crédito é positiva do ponto de vista da inclusão financeira, mas tem potencial para aumentar o nível de endividamento das famílias. “Quando o cliente deixa de pagar o valor total da fatura do cartão, o valor não pago se torna uma modalidade de empréstimo, chamada rotativo do cartão de crédito. Essa é uma das operações de crédito com maiores taxas de inadimplência e custo no mercado”, diz o documento.

Outro destaque é o percentual do uso do rotativo e do rotativo não migrado (valor que permanece no sistema de crédito rotativo por mais de 30 dias, prazo máximo previsto, após a fatura não ter sido paga integralmente na data de vencimento), entre 17% e 20%, independentemente do número de vínculos dos usuários, e a baixa migração do crédito rotativo, inferior a 5%.

Uso do limite

Sobre o uso do limite de cartão, os dados revelam que, quanto maior o número de vínculos, menor o percentual de usuários que comprometem praticamente todo o limite de crédito.

“A constatação sugere que se abre uma margem maior para gastos em razão dos limites oferecidos pelos cartões adicionais. Além disso, o estudo observou a elevação dos percentuais médios de consumo do limite à medida que o usuário adiciona novos vínculos, sinalizando maior propensão ao consumo para quem passa a utilizar mais cartões”, diz o BC.

As instituições financeiras digitais foram o grupo com maior crescimento no saldo devedor de seus clientes (292,3%), embora os grandes bancos públicos continuem concentrando a maior fatia do saldo devedor, R$ 57,7 milhões.

Sobre o endividamento com características de operação de crédito no cartão, o percentual maior (entre 39% e 57%, dependendo do número de vínculos) é de bancos ligados a empresas do ramo varejista que emitem cartões vinculados às suas redes de lojas. Segundo o BC, os dados estão em linha com o perfil de atuação deste grupo, “que tem como prática comum a realização de empréstimo pessoal com cobrança das parcelas na fatura do cartão”.

“Em lado oposto, está o segmento dos bancos cooperativos e cooperativas singulares, com percentual de utilização do cartão nas modalidades sujeitas a cobrança de juros bem menor que os demais grupos”, completou o órgão.

 

 

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Os motoristas de aplicativo e taxistas autônomos têm direito, pela legislação, a descontar 40% de seus rendimentos na hora de calcular os ganhos registrados como tributáveis no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O prazo final para enviar a declaração termina na próxima quarta-feira (31).  

A existência do benefício foi lembrada por José Carlos da Fonseca, supervisor nacional do Programa do Imposto de Renda, ao responder dúvidas dos ouvintes do programa Voz do Brasil, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).  

“Esses 40% são incluídos como se fossem as despesas que ele precisa ter”, disse o supervisor, ao destacar que o benefício foi inserido na legislação para compensar gastos dos motoristas com manutenção do veículo, gasolina, pneus, limpeza, entre outros. “Essa é uma fórmula para aqueles profissionais que não são empresa, nem MEI [Microempreendedor Individual]”, frisou Fonseca.  

Ou seja, têm direito ao desconto somente os motoristas que não possuem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e, portanto, recebem pelas corridas como pessoa física, como é o caso dos motoristas de aplicativos como Uber e 99, bem como de alguns taxistas.  

Como funciona? 

O motorista primeiro deve calcular se precisa apresentar declaração neste ano. Para isso, é necessário ter registrado todas as quantias recebidas em 2022. O desconto de 40% é aplicado sobre o total dessas receitas somadas. Se o valor restante (60% dos rendimentos) for maior do que R$ 28.559,70, o profissional é obrigado a declarar o IRPF.

Vale lembrar que se o motorista de aplicativo, por exemplo, tiver uma outra fonte de renda, ela entra integralmente na soma, sendo que o desconto de 40% deve ser aplicado somente sobre o valor recebido pelas corridas feitas. 

Constatada a necessidade de declarar o IRPF 2023, o motorista deverá recorrer ao chamado carnê-leão. A ferramenta faz o cálculo automático do imposto a ser pago de acordo com o rendimento de cada mês.  

Para isso, o profissional de transporte deve selecionar como ocupação a opção “Motorista e Condutor do Transporte de Passageiros”. Na hora de preencher os valores recebidos, o profissional deve lembrar de descontar os 40%, conforme autorizado pela legislação tributária.

Se o carnê não foi preenchido ao longo do ano passado e caso haja imposto a pagar, será necessário emitir e quitar o Documento de Arrecadação Federal (Darf). Para cada mês de atraso no pagamento é cobrado juros de 1%, além de multa de 0,33% ao dia, limitada a 20% do imposto devido.

O carnê-leão pode ser acessado na página Meu Imposto de Renda, da Receita Federal. O login pode ser feito por meio da plataforma Gov.Br. Uma vez logado, o motorista deve clicar na opção “acessar carnê-leão” e, em seguida, preencher as informações na tela.

É preciso ficar atento com o ano que consta no topo da página. O IRPF 2023 se refere aos rendimentos recebidos no ano passado, portanto deve ser escolhida a opção 2022 na hora de preencher o documento.

Declaração  

Ao preencher a declaração do IRPF em si, deve constar como “Rendimento recebido de pessoa física” o valor equivalente a 60% das corridas do motorista autônomo. Nesse caso, as informações podem ser importadas do carnê-leão.

Os outros 40%, mesmo que isentos de imposto, também devem constar na declaração, sendo classificado como “Rendimento isento ou não tributável”. O motorista autônomo precisa ainda registrar qualquer outra fonte de renda, além dos bens e direitos que possui, assim como os demais contribuintes.

O prazo final para a entrega do IRPF 2023 é 31 de maio.  

 

 

AGÊNCIA BRASIL

DETROIT - Os Estados Unidos "não irão tolerar" a proibição da China sobre compras de chips da Micron Technology e estão trabalhando em colaboração com aliados para lidar com o que classificam como "coerção econômica", disse a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, no sábado.

Raimondo disse em coletiva de imprensa após uma reunião de ministros de comércio no âmbito da chamada Estrutura Econômica Indo-Pacífico, cúpula chefiada pelos EUA, que os Estados Unidos "se opõem firmemente" às ações da China contra a Micron.

Eles "visam uma única empresa dos EUA sem qualquer base factual. Vemos isso como uma coerção econômica pura e simples e não iremos tolerar isso, nem pensamos que a medida será bem sucedida."

O órgão regulador do ciberespaço da China disse no último dia 21 de maio que a Micron, maior fabricante de chips de memória dos EUA, havia falhado em sua revisão de segurança de rede e que isso impediria que operadores de infraestrutura comprassem da empresa, levando-a a prever redução de receitas.

A medida ocorreu um dia depois de os líderes das democracias do G7 concordarem com novas iniciativas para pressionar contra a coerção econômica da China --uma decisão observada por Raimondo.

 

 

Por David Lawder / REUTERS

SÃO PAULO/SP - O concurso 2.596 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (27), em São Paulo. Ninguém acertou as 6 dezenas, e prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 57 milhões.

 

Veja os números sorteados:

34-35-39-47-51-56.

 

A QUINA — 71 apostas ganhadoras levaram R$ 64.445,75

A QUADRA — 4.564 apostas ganhadoras levaram R$ 1.432,21

O próximo sorteio da Mega-Sena será na quarta-feira (31).

 

 

G1

BRASÍLIA/DF - O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou inflação de 0,40% em maio deste ano. A taxa é superior à observada no mês anterior (0,23%), mas inferior à apurada em maio de 2022 (1,49%). O dado foi divulgado nesta sexta-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O INCC-M acumula taxa de inflação de 1,34% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada chega a 6,32%, abaixo dos 11,20% acumulados em maio do ano passado.

Em maio deste ano, os materiais, equipamentos e serviços apresentaram uma inflação de 0,06%, ante uma variação de 0,14% em abril. Já a mão de obra teve uma alta de preços de 0,75% em maio, ante uma taxa de 0,23% no mês anterior.

 

 

 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil

EUA - O tempo está se esgotando para republicanos e democratas concordarem em aumentar o limite da dívida dos EUA para evitar que o governo federal declare moratória.

Se um acordo não for alcançado antes de junho, Washington não conseguirá cumprir suas obrigações e isso pode ter sérias consequências para a economia global, já que os EUA continuam sendo o principal motor econômico do planeta.

Nos últimos dias, a Casa Branca e os republicanos no Congresso deram sinais de que as negociações estão avançando positivamente, embora isso não tenha impedido que o nervosismo se espalhasse.

O cenário levou alguns analistas a falarem sobre uma opção — descabida para muitos — de último recurso: a emissão de uma moeda de platina de US$ 1 trilhão (R$ 5,04 trilhões) para salvar o país do calote.

Isso porque uma lei de 1997 autoriza o secretário do Tesouro dos Estados Unidos a cunhar moedas de platina de qualquer denominação e por qualquer motivo.

Os que defendem a cunhagem dessa moeda dizem que, diante da impossibilidade de um acordo no Congresso para aumentar o teto da dívida, ela serviria para financiar os gastos do governo americano e evitar a falência.

A secretária do Tesouro, Yanet Yellen, rejeitou a ideia, assim como outras autoridades do governo Joe Biden, embora isso não tenha impedido os defensores da moeda de 1 trilhão de dólares de fazerem suas vozes serem ouvidas.

 

Moedas para colecionadores

O poder do Secretário do Tesouro de cunhar moedas de platina de qualquer denominação nunca foi uma solução para aumentar o limite da dívida dos Estados Unidos.

O objetivo era fazer moedas de edição especial que os colecionadores pudessem comprar.

Mas e se os Estados Unidos decidissem produzir a moeda de 1 trilhão de dólares?

"Seria apenas preciso escrever U$ 1 trilhão na moeda e enviá-la para o Federal Reserve (banco central americano)", disse Philip Diehl, ex-chefe da Casa da Moeda dos EUA, ao programa Marketplace da rádio pública NPR.

Embora muitos riam imaginando que seria uma gigantesca e pesada moeda de platina, a verdade é que ela poderia ser tão pequena quanto uma simples moeda comum de 25 centavos de dólar que se guarda no bolso.

Nem precisaria ter todos os zeros listados para valer 1 trilhão. Bastaria que as palavras indicassem aquela denominação.

"Se você tiver que escolher entre a inadimplência e a cunhagem da moeda... o Poder Executivo não tem o direito de permitir a inadimplência", disse Rohan Gray, professor de direito da Willamette University, à NPR em Oregon, e um dos principais promotores da ideia.

A possibilidade da moeda de US$ 1 trilhão evitar o calote do governo de Washington foi descrita pela primeira vez em 2010 na seção de comentários de um blog dedicado à política monetária não convencional.

O comentarista era Carlos Mucha, um advogado desconhecido de Atlanta, considerado por alguns como o "criador intelectual" da moeda de platina, que se deparou com a cláusula da Lei da Moeda de 1997 que permite a cunhagem de moedas de platina.

“Curiosamente, o Congresso já delegou ao Tesouro a autoridade para cunhar uma moeda de US$ 1 trilhão”, escreveu Mucha no fórum, sem imaginar que seu comentário seria discutido nos corredores da Casa Branca e do Capitólio.

"A melhor coisa foi receber um e-mail de Phil Diehl, ex-diretor da Casa da Moeda", disse o advogado ao site de notícias Vox em entrevista.

Nela, conta Mucha, o economista lhe disse que sua proposta "realmente funcionaria".

 

Ideia que viralizou

Como uma bola de neve, o comentário do blog começou a ganhar seguidores. Mas foi só em 2011 que entrou no debate público, em meio à crise dos limites da dívida ocorrida durante o primeiro governo de Barack Obama.

Nessa época, foi publicada uma carta com o apoio de 7 mil assinaturas, inclusive de alguns economistas de peso, como o Prêmio Nobel Paul Krugman e o próprio Philip Diehl, promovendo a iniciativa.

Havia até uma hashtag no Twitter para isso: #MintTheCoin (algo como #CunheAMoeda).

A ideia, porém, não prosperou, mas toda vez que o drama político e econômico do limite da dívida é desencadeado, como agora, ela ressurge.

Em meio à crise atual, o governo de Joe Biden não considera uma alternativa possível.

"Na minha opinião, é uma artimanha", disse a chefe do Departamento do Tesouro, Janet Yellen, há alguns dias.

Alguns especialistas argumentam que a ideia de uma moeda de US$ 1 trilhão foi colocada na mesa como uma das armas de negociação política dos democratas contra os republicanos.

Os republicanos, que fazem oposição ao governo Biden, não estão dispostos a aprovar no Congresso o aumento do limite da dívida solicitado pelos democratas sem antes obter algumas contrapartidas, como o corte de gastos públicos.

Enquanto isso, o prazo se aproxima: 1º de junho.

 

 

BBC NEWS

BRASÍLIA/DF - O governo federal anunciou na quinta-feira (25) a redução de impostos com o objetivo de diminuir o valor final de carros novos no Brasil. A medida será possível com a redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) para a indústria automotiva.

Os descontos que incidirão sobre o valor dos veículos irão de 1,5% a 10,96%, de acordo com critérios de preço, eficiência energética e densidade industrial no país. A medida vale para carros de até R$ 120 mil.

Contudo, ainda não há definição de qual será o nível de redução das alíquotas e como o governo compensará o benefício. A medida está em discussão no Ministério da Fazenda, que terá 15 dias para apresentar os parâmetros que serão usados na edição de um decreto (para reduzir o IPI) e de uma medida provisória (MP) (para reduzir PIS/Confins) que será encaminhada para aprovação do Congresso Nacional.

As informações foram dadas pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com representantes de entidades de trabalhadores e fabricantes do setor automotivo, no Palácio do Planalto, em Brasília.

No encontro, Lula e Alckmin discutiram medidas de curto prazo para ampliar o acesso da população a carros novos e alavancar a cadeia produtiva ligada ao setor automotivo brasileiro, visando à renovação da frota no país. Segundo o vice-presidente, os benefícios serão temporários, para este momento de ociosidade da indústria.

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o preço final ao consumidor pode cair para menos de R$ 60 mil, conforme a política de cada montadora. Atualmente, não é possível comprar um carro popular por menos de R$ 68 mil. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, explicou que é importante que o benefício seja de pelo menos 12 meses, para melhor planejamento e investimentos da indústria.

Segundo Leite, os descontos serão imediatos após a publicação da MP e do decreto e incidirão, inclusive, sobre os veículos que já estão nos pátios das montadoras.

Critérios

Alckmin explicou que haverá uma metodologia para aplicação dos descontos, que levarão em conta três critérios. O primeiro é a questão social, do preço do carro. “Hoje o carro mais barato é quase R$ 70 mil. Então, queremos reduzir esse valor”, disse. “O carro, quanto menor, mais acessível, maior será o desconto do IPI e PIS/Cofins. Então, o primeiro item é social, é você atender mais essa população que está precisando mais.”

O segundo critério é a eficiência energética, “é quem polui menos”. “Então, você premia e estimula a eficiência energética, carros que poluem menos, com menor emissão de CO2 [gás carbônico, gases de efeito estufa]”, disse.

Para Márcio de Lima Leite, da Anfavea, de modo geral, com a renovação da frota, já haverá ganhos ambientais para o país, uma vez que um veículo usado pode emitir 23 vezes mais gases de efeito estufa que um carro novo.

E, por fim, o critério da densidade industrial. “O mundo inteiro, hoje, procura fortalecer a sua indústria. Então, se eu tenho uma indústria [em] que 50% do carro é de peças [fabricadas no Brasil] e feito no Brasil e o outro é 90%, isso vai ser levado em consideração”, explicou Alckmin.

Segundo o vice-presidente, o Brasil vem sofrendo um processo de desindustrialização e, por isso, o poder público deve fazer um esforço de recuperação para aumentar a competitividade e reduzir o Custo Brasil. “É o que chamamos de neoindustrialização”, disse.

Custo Brasil é um termo que descreve o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem e comprometem novos investimentos pelas empresas e pioram o ambiente de negócios no país. Ou seja, é a despesa adicional que as empresas brasileira têm de desembolsar para produzir no Brasil, em comparação com os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em estudo realizado pelo governo federal em parceria com o Movimento Brasil Competitivo, em 2019, o Custo Brasil foi estimado em R$ 1,5 trilhão, ou 22% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

Entre outras medidas, o governo aposta na reforma tributária, em discussão no Congresso Nacional, para redução desse custo.

Crise na indústria

De acordo com Márcio de Lima Leite, o setor automotivo trabalha hoje com 50% da sua capacidade instalada “É um dos menores números e um dos piores meses da indústria automotiva, mercado que representa 20% do PIB industrial.

A produção de veículos aumentou 8% no primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo balanço divulgado em abril pela Anfavea, foram fabricadas 496,1 mil unidades nos primeiros três meses deste ano.

Apesar de o número representar alta em relação ao ano passado, na ocasião, Leite lembrou que o primeiro trimestre de 2022 foi o pior resultado da indústria automobilística desde 2004. “Nós estamos repetindo em 2023 o pior trimestre desde 2004”, disse, ao comparar os dados da produção em 2022 e em 2023.

Hoje, o presidente da Anfavea destacou que, neste ano, houve 14 momentos de paralisação de fábricas, em razão da falta de semicondutores (insumo importante para o setor) e do problema de oferta que ainda vem da crise provocada pela pandemia de covid-19.

“Nesse momento, as montadoras têm reafirmado a crença no Brasil, e nós estamos investindo R$ 50 bilhões, um dos maiores ciclos de investimento da indústria automotiva. Nós acreditamos na competitividade e estamos fazendo um trabalho, junto com o governo, para retomada, para que o mercado tenha um aquecimento”, disse, em conversa com jornalistas, após a reunião no Palácio do Planalto, citando ainda a retomada da oferta de empregos no setor.

Crédito para exportação

Outra medida que deve beneficiar o setor automotivo foi anunciada hoje pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante. O banco abrirá uma linha de crédito de R$ 2 bilhões só para produtos de exportação, financiados em dólar.

Mais R$ 2 bilhões estarão disponíveis para que empresas exportadoras realizem investimentos na modernização da sua linha de produção.

“Isso é uma medida extremamente urgente, relevante e que o setor tem visto com bons olhos”, disse o presidente da Anfavea.

 

 

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

COLÔMBIA - Desde que os traficantes desapareceram, Carlos não consegue vender por um bom preço os torrões de pasta de coca que se acumulam em sua casa. Em outros tempos, teria recebido muito dinheiro por eles, mas uma crise no mercado da droga tem afetado muitos trabalhadores do campo na Colômbia.

O homem de 36 anos fala baixo e usa um nome fictício por temer represálias de grupos armados que atuam perto de suas terras.

Ele diz à AFP que cultivar dois hectares de coca custou-lhe cerca de 660 dólares (o equivalente a 3.264 reais na cotação atual). Ele estima que, com sorte, poderá recuperar 154 dólares (761 reais) em um contexto sem precedentes de baixos preços e de poucos clientes. Foi a primeira de quatro colheitas do ano.

Grupos de "raspachines", os coletores de coca, avançam em um mar verde de cultivo da droga em Llorente, um município do departamento de Nariño (sul).

Sacas de folhas de coca chegam às mãos de Carlos, que as "cozinha", trituradas com uma mistura de químicos, em um pequeno fogareiro até obter pedras brancas.

Há mais de um mês, oito quilos de pasta de coca estão guardados em sacos plásticos sob sua cama.

"A única opção é guardá-la", afirma, preocupado com o futuro das filhas de 10 e 15 anos. A mais velha quer ir para a universidade.

A febre dos opiáceos sintéticos como o fentanil, a superprodução de coca e a desarticulação de cartéis são algumas das hipóteses dos especialistas, cultivadores e autoridades para o aparente colapso da chamada "bonança cocalera" na Colômbia, o maior produtor mundial de cocaína.

A economia de pelo menos 250.000 famílias dependem dessa safra, ou seja, 1,5% dos 50 milhões de colombianos, segundo números oficiais.

A crise se estende pelo litoral Pacífico colombiano empobrecido e dominado por dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que não aderiram ao acordo de paz de 2016. A região concentra 44% dos 204.000 hectares de cultivo de droga na Colômbia, segundo o último balanço das Nações Unidas (2021).

O diretor do Programa de Substituição Voluntária do governo, Felipe Tascón, supõe que "pactos de não agressão" anteriores ao desarmamento das Farc foram rompidos e acabaram com a ordem estabelecida pelos cartéis. Também acredita que há uma "superprodução".

Para Julián Quintero, da ONG Échele Cabeza, a coca tem cada vez mais "alcalinidade e rendimento", e cada vez menos folhas são necessárias para a produção de cocaína.

 

- Mudança no consumo -

Em 13 de maio, o presidente Gustavo Petro visitou o município de Olaya Herrera, onde o preço do quilo da pasta passou de 695 dólares (3.438 reais) para 440 dólares (2.176 reais).

É "provável que a baixa demanda" esteja relacionada à "mudança no consumo dos americanos", disse Petro.

Nos Estados Unidos, onde 97% da cocaína é de procedência colombiana, proliferam os opiáceos sintéticos, mais causadores de dependência do que o pó branco.

Para Quintero, a cocaína se transformou em uma droga para consumidores "de alto poder aquisitivo", como executivos com longas jornadas de trabalho.

Petro chegou a afirmar ainda que a desvalorização da moeda local se deve, em parte, à falta de circulação de dólares procedentes do narcotráfico.

Agricultores na fronteira com a Venezuela asseguraram à AFP que a crise coincidiu com a extradição para uma prisão americana de "Otoniel", líder do maior cartel, o Clã do Golfo.

A fome aumenta nas regiões cocaleras, onde muitos já buscam alternativas como o corte ilegal de madeira.

 

 

AFP

ALEMANHA - O Corsa, vendido na Europa pela Opel, chega à linha 2024 com atualizações em seu visual e em motorização. A data de lançamento para o mercado europeu não foi divulgada.

A frente, que agora vai seguir o estilo do seu irmão maior, o Astra, adota faróis em LED aprimorados e com 14 elementos controlados individualmente – em vez de oito. Eles são unidos por uma faixa em preto.

Na traseira, há a nomenclatura “CORSA” no porta-malas. Outra novidade é a cor Grafik Grey, disponível pela primeira vez para o hatch e que pode ser acompanhado do teto em preto.

Interior

O interior conta com o novo multimídia de 10 polegadas, disponível como opcional. Ele tem capacidades melhoradas de gráficos e inteligência artificial (IA).

O sistema também é compatível com Apple CarPlay e Android Auto e permite carregar smartphones via wireless.

Assistência de direção

Em relação às tecnologias de assistência à direção, há uma nova câmera de visão traseira panorâmica de alta resolução.

Corsa Electric

O Corsa Electric será oferecido em duas opções de propulsão elétrica: uma com 100 kW/136 cv e uma autonomia de até 357 km; e uma segunda de 115 kW/156 cv com até 402 km de autonomia (ciclo WLTP).

Utilizando um carregador rápido, a bateria pode ser recarregada de 20% a 80% de sua capacidade total em 30 minutos.

As opções híbridas contarão com um sistema de 48 Volts. Os motores serão de 74 kW/100 cv e 100 kW/136 cv, equipados com uma nova transmissão automática de dupla embraiagem.

 

 

por Mauro Balhessa / MOTOR SHOW

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