fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
Breaking News
 

ARGENTINA - O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que seu governo está “repensando” um acordo assinado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) porque tem uma cláusula de “mudança climática” que o país, em meio a uma seca histórica, se viu impedido de cumprir.

“É enorme o trabalho que está sendo feito em relação a essa cláusula”, disse Fernández em um evento na cidade de Benavídez, na província de Buenos Aires, após o ministro da Economia, Sergio Massa, voltar de uma viagem a Washington, nos Estados Unidos, para participar de um encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).

Fernández lembrou que o acordo com o FMI, firmado em março de 2022 para refinanciar uma dívida de US$ 45 bilhões que a Argentina contraiu com a entidade, tem uma cláusula indicando que se as condições econômicas projetadas no programa não forem cumpridas por razões fora do controle do país, é necessário “repensar o programa”.

“Especificamente”, segundo o presidente argentino, foi estipulado que a “mudança climática” é uma das razões que podem produzir uma lacuna no programa.

Um déficit de chuva pelo terceiro ano consecutivo no verão reduziu a produção de um dos principais produtores e exportadores agrícolas do mundo, o que pode significar um prejuízo de cerca de US$ 20 bilhões em exportações em um país com escassez de moeda estrangeira - e uma consequente queda na arrecadação traz risco de aprofundar o déficit fiscal.

Massa está em Washington desde a última quinta-feira e lá se encontrou com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, além de funcionários do governo dos EUA e de organizações multilaterais, o que lhe permitiu obter financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco Mundial e do fundo soberano da Arábia Saudita./EFE

 

 

ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - A temporada de cruzeiros 2022/2023 entra em sua reta final, consolidando-se como a maior dos últimos 10 anos, com a estimativa de 650 mil a 700 mil passageiros embarcados, mais de quatro vezes acima da anterior, que teve menos navios e menor período de navegação.

Segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil), a temporada atual, que termina em abril, gerou cerca de 48 mil empregos, trazendo impacto econômico de aproximadamente R$ 3,6 bilhões, crescimento de 240% em relação a 2021/2022. O valor engloba tanto os gastos diretos, indiretos e induzidos das companhias marítimas, quanto os gastos de cruzeiristas e tripulantes.

Os navios Costa Firenze, Costa Fortuna, Costa Favolosa, MSC Armonia, MSC Fantasia, MSC Musica, MSC Preziosa, MSC Seashore e MSC Seaview formam o grupo de nove embarcações de cabotagem que partiram dos portos de Itajaí (SC), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Santos (SP), com escalas em 17 destinos, incluindo Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este, que voltaram aos roteiros depois de um período de restrições.

De acordo com a Clia Brasil, a temporada 2022/2023 também marcou a volta do Brasil à rota de importantes companhias marítimas de todo o mundo, com 35 navios de longo curso fazendo paradas em 45 destinos localizados em 15 estados, como Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, entre outros.

O presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, disse que comemora avanços e conquistas nesta temporada, a maior da década, com as portas abertas para a próxima, que deve ser a maior dos últimos 11 anos.

“Estamos trabalhando muito pelo presente e pelo futuro do setor, e isso engloba a busca de novos destinos, com alguns já confirmados para 2023/2024, melhorias na infraestrutura, nos custos, no ambiente de negócios do Brasil, além investimentos em sustentabilidade rumo à meta de diminuir as emissões de carbono em 40% até 2030 e zerá-las até 2050, entre outras coisas”, afirmou, em nota.

Temporada 2023/2024

Para a temporada 2023/2024, prevista para ter navegação de outubro a maio, o setor tem perspectivas positivas, com a expectativa de ofertar 840 mil leitos, crescimento de 6% em relação à temporada atual, e injetar cerca de R$ 3,9 bilhões para a economia brasileira.

Segundo a CLIA Brasil, serão nove navios, como em 2022/2023, mas com capacidade maior. Entre as novidades, está a confirmação de Paranaguá (PR) como porto de embarque, além da possibilidade de estreia de destinos catarinenses, com escalas-teste em Penha e em São Francisco do Sul, além do trabalho de mais de longo prazo para viabilizar outras cidades, como Vitória.

A próxima temporada também terá 35 navios de longo curso, que farão paradas em 47 destinos de 15 estados, como Amapá, Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Nosso foco é que a indústria de cruzeiros continue crescendo, impactando positivamente a economia do país, de toda comunidade envolvida na nossa atividade, toda cadeia de turismo, como agências de viagens, operadoras de turismo, hotéis, gastronomia, atrações, entre outros, além dos destinos que recebem os navios”, disse Marco Ferraz.

 

 

Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil

ALEMANHA - Em 2022, mais de 630 mil vagas não puderam ser preenchidas por falta de profissionais capacitados. Em áreas como saúde e educação, até 60% dos postos ficaram abertos. Autoridades destacam necessidade de mais imigrantes.

A escassez de mão de obra qualificada na Alemanha atingiu nível recorde em 2022, apesar de uma economia relativamente mais fraca, revelou um novo estudo do Instituto Econômico Alemão (IW, na sigla em alemão) divulgado no domingo (16/04).

Mais de 630 mil vagas para trabalhadores qualificados não puderam ser preenchidas no ano passado por falta de candidatos devidamente capacitados para o posto em todo o país. Segundo o estudo, é o número mais alto desde o início dos registros, em 2010.

Os setores de saúde, serviços sociais e educação estão entre os mais afetados, ao lado de construção, arquitetura, topografia e tecnologia de construção, nos quais seis em cada dez vagas abertas não foram preenchidas.

Também houve uma escassez de trabalhadores qualificados maior do que a média nos campos das ciências naturais, geografia e tecnologia da informação (TI).

O estudo do IW mostrou ainda que a escassez de mão de obra nas áreas de comércio, vendas, hotelaria e turismo quase triplicou em 2022, com três em cada dez vagas abertas sem preencher. Nesse caso, o aumento foi atribuído à alta de contratações após uma queda desencadeada pela pandemia de covid-19.

Geralmente, quanto maior o nível de qualificação exigido para uma vaga ou setor, mais difícil é preencher esses postos.

Especialistas com diplomas universitários nas áreas de TI, engenharia elétrica, planejamento e supervisão de construção foram particularmente procurados: registrou-se escassez de profissionais devidamente qualificados para nove em cada dez vagas abertas nessas áreas.

 

"Precisamos da imigração"

Por mais que 2022 tenha batido o recorde, a escassez de mão de obra adequada para as vagas abertas se reflete há muito tempo no mercado de trabalho alemão, e é amplamente reconhecido que atrair mais imigrantes se faz necessário para suprir esse déficit de profissionais.

"Precisamos da imigração", afirmou Andrea Nahles, chefe da Agência Federal para Emprego (BA, na sigla em alemão), acrescentando que, caso contrário, as vagas continuarão abertas.

Em março deste ano, cerca de 45,6 milhões de pessoas estavam empregadas em toda a Alemanha – também o número mais alto que se tem registro. Apesar da recessão econômica, inflação e incertezas políticas, trabalhadores qualificados foram abocanhados por empregadores do setor de comércio, indústria e serviços.

 

 

por dw.com

BRASÍLIA/DF - Os trabalhadores da iniciativa privada nascidos em maio e junho recebem nesta segunda-feira (17) o abono salarial ano-base 2021. A Caixa Econômica Federal iniciou o pagamento em 15 de fevereiro e prosseguirá com a liberação até 17 de julho, baseada no mês de nascimento do beneficiário.

O abono salarial de até um salário mínimo é pago aos trabalhadores inscritos no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há, pelo menos, cinco anos. Recebe o abono agora quem trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias em 2021, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos.

Para servidores públicos, militares e empregados de estatais, inscritos no Pasep, a liberação ocorre pelo Banco do Brasil, nas mesmas datas do PIS. Nos dois casos, no PIS e no Pasep, o dinheiro estará disponível até 28 de dezembro. Após esse prazo, os recursos voltam para o caixa do governo.

Neste lote, 4.694.323 trabalhadores receberão R$ 4,71 bilhões. Desse total, 4.139.132 têm direito ao PIS; e 555.191, ao Pasep. O benefício também será pago a 1.383.694 trabalhadores nascidos de janeiro a abril não contemplado nos dois lotes anteriores. Eles receberão R$ 1,4 bilhão após a Dataprev, estatal responsável pelo cadastro de trabalhadores, reprocessar os dados e liberar o abono salarial.

 

Trabalhadores da iniciativa privada que recebem pela Caixa Econômica Federal:

Mês de nascimento……….Data do pagamento

Janeiro e fevereiro………..15 de fevereiro

Março e abril……………...15 de março

Maio e junho……………...17 de abril

Julho e agosto……………15 de maio

Setembro e outubro……...15 de junho

Novembro e dezembro…..17 de julho

 

Trabalhadores do setor público, que recebem pelo Banco do Brasil:

Final da inscrição Pasep....Data do pagamento

0………………………........15 de fevereiro

1……….……….………......15 de março

2 e 3……….……….……....17 de abril

4 e 5……….……….……...15 de maio

6 e 7……….……….……...15 de junho

8 e 9……….……….……...17 de julho

 

Os valores pagos a cada trabalhador variam de acordo com a quantidade de dias trabalhados durante o ano-base 2021.

Devem receber o benefício cerca de 22 milhões de trabalhadores, com valor total de mais de R$ 20 bilhões. Os recursos vêm do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

A Caixa informou que o crédito será depositado automaticamente para quem tem conta no banco. Os demais beneficiários receberão os valores por meio da Poupança Social Digital, podendo ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem.

Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, sempre de acordo com o calendário de pagamento.

Abonos esquecidos

Desde 15 de fevereiro, cerca de 400 mil trabalhadores que esqueceram de retirar o abono do PIS/Pasep referente a 2020 podem pedir o dinheiro ao Ministério do Trabalho. Os valores ficaram disponíveis até 29 de dezembro do ano passado, mas quem perdeu o prazo tem até cinco anos para retirar os recursos, desde que entre com recurso administrativo.

Segundo o Ministério do Trabalho, 399.975 pessoas não sacaram o abono salarial de 2020, dos quais 120.947 não retiraram o PIS e 279.028 não sacaram o Pasep. Isso equivale a menos de 1% dos trabalhadores com direito ao PIS e a 10% com direito ao abono do Pasep.

A abertura do recurso administrativo ao Ministério do Trabalho pode ser feita de três formas: presencialmente, por telefone ou pela internet. O pedido presencial pode ser feito em qualquer unidade do Ministério do Trabalho, o que inclui Superintendências Regionais de Trabalho e Emprego, Gerências Regionais do Trabalho e Emprego, agências regionais, agências do Sistema Nacional do Emprego (Sine) e unidades móveis do trabalhador.

O endereço mais próximo pode ser encontrado na página da pasta na internet.

Os pedidos por telefone devem ser pedidos por meio da Central Alô Trabalhador, no número 158. As ligações podem ser feitas das 7h às 19h e são gratuitas para telefones fixos e cobradas para celulares. Pela internet, o trabalhador pode fazer o pedido no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital ou por e-mail. Os e-mails devem ser escritos para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., trocando "uf" pela sigla da unidade da Federação onde o trabalhador mora.

 

 

Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil

EUA - A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, afirmou durante entrevista à CNN no domingo, 16, que as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, em especial contra a Rússia, representam um risco para a hegemonia do dólar enquanto moeda de troca internacional.

“Existem riscos muito sérios quando usamos sanções financeiras que estão atreladas ao dólar. Com o tempo, a ação pode minar a hegemonia da moeda americana, mas essa é uma ferramenta que procuramos usar criteriosamente quando temos o apoio de nossos aliados”, afirmou Yellen.

Ela reconheceu que países afetados buscam outras alternativas à moeda americana, mas negou ter identificado atualmente outra nação com infraestrutura institucional equivalente aos EUA para internacionalizar globalmente a sua própria moeda.

“A sanção econômica através do dólar é uma ferramenta muito eficaz, e claro que cria um desejo por parte da China, Rússia e Irã de procurarem por outras alternativas de moeda, mas o dólar é usado de forma global porque não é fácil encontrar outra alternativa com as mesmas propriedades do dólar”, disse Yellen.

A secretária disse ainda que o Tesouro americano é o mais ativo, seguro e líquido, reforçando que o mercado financeiro dos EUA são sólidos e oferecem forte segurança jurídica aos investidores. Ela destacou que estes fatores são fundamentais para o desenvolvimento de outra moeda de transação global.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

No primeiro mês de 2023, setor apresentou rendimento de R$ 55,9 bilhões, aponta pesquisa da FecomercioSP
 

SÃO PAULO/SP - Impulsionado pelo desempenho do turismo, o setor de serviços na cidade de São Paulo faturou R$ 55,9 bilhões em janeiro. O valor é o maior para o período desde 2010, quando se deu início à Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços na Cidade de São Paulo (PCSS), elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Apesar de o rendimento ter caído 18,6% no primeiro mês do ano, quando comparado a dezembro de 2022, o indicador é 11,3% maior em relação a janeiro do ano passado. Na comparação interanual, o valor representa um montante de R$ 5,6 bilhões superior às receitas do setor. No acumulado em 12 meses, o avanço foi de 9,4%.

O turismo continua desempenhando a melhor performance entre as 13 atividades que compõem o indicador, com faturamento de R$ 1,287 bilhão. O valor é R$ 702 milhões a mais em comparação ao observado em 2022. Na comparação com dezembro, o segmento caiu 18%, mas, no acumulado de 12 meses, avançou 126,1%. Mercadologia e comunicação também continuam com boa performance: o setor cresceu 76,3% na relação interanual. O faturamento foi de R$ 2,4 bilhões a mais na mesma base comparativa.

Seguindo a tendência, em comparação a dezembro, houve queda de 9,1%. Por outro lado, no acumulado de 12 meses o setor avançou 21,3%. No ano, houve alta de 21%.
 

 
De acordo com a FecomercioSP, o faturamento real do setor de serviços, na cidade de São Paulo, apresenta crescimento entre a maioria das atividades. Contudo, as incertezas macroeconômicas preocupam e impactam as expectativas dos empresários, principalmente quanto ao cenário de inflação e juros elevados.
 
Apesar disso, os índices de janeiro mostram a contínua retomada da demanda por serviços. Ao empresário do setor, a dica da Federação é manter as operações sob controle, por meio da administração do fluxo de caixa, do planejamento das finanças ou do acompanhamento de tudo o que influencia a performance econômica da empresa.
 
Nota metodológica
PCSS
A Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) é o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal. Utiliza informações baseadas nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador conta com uma série histórica desde 2010, permitindo o acompanhamento do setor em uma trajetória de longo prazo. As atividades foram reunidas em 13 grupos, levando em conta as suas similaridades e a representação no total do que é arrecadado de ISS no município. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas, considerando a sinergia entre os municípios do entorno, os resultados refletem o cenário da região metropolitana.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

ARGENTINA - Inflação de três dígitos, depois de três décadas. A Argentina não registrava tamanha alta desde 1991, mas com os 13,1% somados em janeiro e fevereiro de 2023, o acúmulo anual chegou a 102,5% agora em março, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC). É sob esse peso que os argentinos seguem rumo às eleições para presidente, governadores e legisladores, em 22 de outubro, um domingo que poderá revelar a força política da extrema direita no país, impulsionada em boa parte pela crise econômica enfrentada há décadas pela população. Fato, de certa forma inesperado, e importante, “esse radicalismo se apresenta pela primeira vez na história da Argentina, tradicionalmente voltada aos direitos humanos e à democracia”, como observa Flavia Loss, professora de Ciência Política da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo).

O cenário se tornou propício a populistas como Javier Milei ­— ex-goleiro de futebol, vocalista de banda cover dos Rolling Stones, comediante e radialista ­— , que completa 53 anos justamente na data da eleição. Também economista, surpreendeu como líder de uma coalizão liderada pelo partido que fundou, o La Liberdade Avanza, ao ser eleito deputado nacional por Buenos Aires em 2021, e agora faz campanha para presidente dizendo-se “anarco-capitalista” ou “liberal libertário”. Chamado de “El Peluca” (“Peruca”, por conta do corte de cabelo desvairado), se mostra agressivo, defende armas para a população, nega o aquecimento global que diz ser invenção comunista, e se vale de xingamentos ­— o que também lhe garantiu o rótulo de “Bolsonaro argentino”. Assinou a Carta de Madrid, elaborada pelo partido extremista espanhol Vox, e que descreve grupos ibero-americanos de esquerda como criminosos sob influência cubana. Diz que não visita os pais porque, para ele, estão mortos, e considera como filho o primeiro dos cinco cachorros (da raça mastim inglês) que mantém.

Nesse percurso, Javier Milei ganhou uma Bolsonaro-de-saias como concorrente: Patricia Bullrich, presidente do partido Proposta Republicana (PRO), que foi deputada em dois mandatos (1993-1997 e 2007-2015) e três vezes ministra (do Trabalho, da Segurança Social e de Segurança). Perto de completar 67 anos (em junho), é classificada como linha-dura ao declarar que “direitos humanos são para delinquentes” e defender repressão a quaisquer protestos da população. Seu partido está na coalizão Juntos pela Mudanza e tem na violência urbana a principal bandeira de campanha. Bullrich vem ganhando terreno na extrema direita, mas para conseguir vaga como candidata à presidência da Argentina ainda precisa derrotar internamente o rival Horacio Rodríguez Larreta, prefeito de Buenos Aires, de centro-direita.

“Em um mundo onde suportamos tentativas desestabilizadoras, é um orgulho celebrar 40 anos de democracia”, Alberto Fernández, presidente da Argentina

Respostas prontas

Atual presidente da Argentina, Alberto Fernández (kirchnerista do Frente de Todos) se debate para segurar a queda da moeda. Agora no início de abril, criou o “dólar agrícola”, espécie de subsídio aos exportadores do agronegócio, com valor intermediário entre o dólar oficial e o paralelo (que chegaram a uma diferença de 160% em julho passado), para reverter a situação de produtores que retêm dólares no Exterior e ganham com a desvalorização da moeda do país. São tentativas de cumprir o plano de reestruturação apresentado pelo FMI à época da renegociação da dívida de US$ 45 bilhões, em 2022.

102,5%  foi a inflação acumulada do país em março

Fernández segue candidato à reeleição. Cristina Kirchner, ex-presidente e sua atual vice (com quem está rompido), aparecia em segundo lugar na intenção de votos herdados do peronismo, mas diz que não irá concorrer, assim como o ex-presidente Mauricio Macri. O radical Javier Milei, que defende a dolarização da economia com a extinção do Banco Central, aparece como terceiro na preferência dos eleitores, mas concorrendo na mesma raia de Bullrich, que, para muitos, teria mais chances do que ele na linha de chegada.

Flavia Loss vê o esgotamento do kirchnerismo (de centro-esquerda) como um dos fatores pela ascensão da extrema direita na Argentina. Para ela, o continente surfou a onda rosa de pujança, mas não conseguiu cumprir promessas quanto a resoluções de problemas como desigualdade, inflação e fome. Em resumo, não entregou prosperidade. A resposta à população de um continente conservador foi, espertamente, da extrema direita, contrária à pauta social e progressista. “Essa tática dos extremistas é desenvolvida desde os anos 1980 e ganhou força a partir de 2010 com as redes sociais, que se tornaram a ponta-de-lança desse movimento”, diz a professora, para quem ou os progressistas reagem, ou em cinco anos a direita poderá ter tomado vários governos do mundo.

Quando se buscam saídas em meio a um cenário de deterioração, não apenas econômico, como da própria democracia, continua Flavia, é a extrema direita que vem se apresentando em vários países, com o mesmo modus operandi que se vê no trumpismo ou no bolsonarismo. “Na Argentina, o movimento veio à tona de maneira nunca vista e forte, como parte dessa manifestação estruturada internacionalmente, além de eficiente em articulação, sobre uma esquerda que segue fragmentada ou até engolida, como a centro-direita já foi.”

 

 

por Alinne / ISTOÉ

RÚSSIA - As exportações de petróleo da Rússia atingiram em março o nível mais elevado desde abril de 2020, apesar das sanções da União Europeia e do G7, mas a receita é muito inferior ao valor registrado no mesmo período do ano passado, informou a Agência Internacional de Energia (AIE).

As exportações de petróleo aumentaram 0,6 milhão de barris diários (mbd) em março, a 8,1 mbd, o que representa quase um bilhão de dólares a mais em receita para Moscou, a um total de US$ 12,7 bilhões, um valor que, no entanto, é 43% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo a AIE.

“As exportações russas de petróleo registraram em março o nível mais elevado desde abril de 2020 graças ao aumento dos fluxos de produtos, que voltaram aos níveis observados pela última vez antes da invasão da Ucrânia pela Rússia”, afirmou a AIE, que tem sede em Paris, em seu relatório mensal.

Apesar das sanções internacionais em represália à ofensiva russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, a Rússia redirecionou as exportações de combustíveis para outros países, como a Índia.

“A Rússia foi o maior fornecedor de petróleo da Índia em fevereiro, pelo oitavo mês consecutivo, com uma cota de quase 38%”, informou na quinta-feira a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), que citou dados da Kpler, uma empresa de análise de commodities.

Além das sanções ao petróleo russo em vigor desde 5 de dezembro, em fevereiro a União Europeia adotou um embargo às compras de derivados de petróleo russos por via marítima. Além disso, os países do G7 aplicam um teto ao preço dos derivados de petróleo procedentes da Rússia.

Moscou anunciou em 10 de fevereiro que reduziria sua produção em 500.000 barris por dia, mas não atingiu a meta em março.

“A produção russa de petróleo bruto caiu quase 290.000 barris diários em março, a 9,58 milhões de barris diários, sem cumprir sua meta de redução (…) porque o país parece estar transferindo seus barris para novos mercados, apesar das sanções da UE”, afirmou a AIE.

 

 

ISTOÉ 

SÃO PAULO/SP - O ministro da Fazenda Fernando Haddad disse à GloboNews que a taxação de empresas chinesas é uma "isonomia na concorrência".

Segundo Haddad, existem reclamações de concorrência desleal por parte de alguns sites. Ele afirmou que, quando não há isonomia na concorrência, a economia brasileira sai prejudicada.

Ministro disse que algumas mercadorias chinesas são "feitas com base em trabalho análogo à escravidão". "O melhor que pode acontecer para o consumidor e para a economia brasileira é uma isonomia na concorrência, você tem que ter igualdade de condições na concorrência. Ninguém acha que vai ser bom para a economia contrabando, carga roubada e mercadorias feitas com base em trabalho análogo à escravidão. A melhor forma de resolver isso é garantindo igualdade de condições".

Preços falsos para pagar menos imposto também são alvo do governo. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse em entrevista à GloboNews que a medida também serve para combater empresas que subfaturam produtos e, com isso, burlam as leis brasileiras.

 

 

FOLHA de S.PAULO

SÃO PAULO/SP - As vendas no comércio varejista no país cresceram 3,8% de dezembro para janeiro, a maior variação para o mês desde o início da série histórica, em 2000. Em relação a janeiro de 2022, o aumento foi de 2,6%, o sexto positivo consecutivo neste tipo de comparação. No indicador acumulado nos últimos 12 meses, a alta foi de 1,3%.

Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada na quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a primeira divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, para retratar mudanças econômicas da sociedade.

O aumento apresentado em janeiro também é o maior para qualquer mês desde julho de 2021, quando houve alta de 3,9%. Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, cada mês tem sua especificidade no setor, mas ele destacou que desde setembro (1,1%) o volume de vendas no varejo não registrava alta.

“É um resultado importante, porque o comércio vinha de resultados negativos ou estabilidade”, afirmou, em nota.

A alta do mês foi disseminada entre as atividades pesquisadas, já que sete das oito tiveram crescimento em janeiro. Destaque para o setor de tecidos, vestuário e calçados, que aumentou 27,9% após quatro meses de queda.

Outro grupo que influenciou no resultado do varejo nacional foi o de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com aumento de 2,3% após dois meses de diminuição no volume de vendas.

“Ambos os setores sinalizam uma recuperação em janeiro. Pelo resultado de dezembro, é possível considerar que movimentos como Black Friday e o Natal não foram positivos para as duas atividades. Com as quedas anteriores e a base de comparação mais baixa, houve um crescimento importante em janeiro, motivado principalmente por iniciativas pós-Natal”, disse Santos.

O único setor que registrou queda nas vendas em janeiro foi o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,2%), que já vinha de trajetória de perdas em dezembro (-0,5%). “Esse movimento foi muito influenciado por cosméticos e perfumaria, que seguem em queda e têm variações mais sensíveis, já que os artigos médicos e farmacêuticos costumam ter trajetória mais estável”, afirmou o pesquisador.

Varejo ampliado varia 0,2%

A PMC também investiga o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que teve variação de 0,2% em relação a dezembro de 2022 e de 0,5% contra janeiro de 2022. Esse índice, além das oito atividades pesquisadas, ainda inclui os setores de veículos, motos, partes e peças; o de material de construção e, o grupamento estreante de atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, incluído após as atualizações e alterações anunciadas pelo IBGE em março.

Com o resultado de janeiro, o comércio varejista ampliado inverte a trajetória de queda registrada nos últimos dois meses (-1,4% em novembro e -0,6% em dezembro de 2022). O índice de janeiro faz com que o varejo nacional esteja 3,3% acima do patamar pré-pandemia de covid-19 (de fevereiro de 2020).

"Embora acima, esse índice não está alto, considerando que já são quase três anos. E o comércio ainda tem mais atividades abaixo do patamar pré-pandemia. Ao todo, são seis, como é o caso do varejo ampliado, cujo volume de vendas está 1,3% menor que em fevereiro de 2020”, disse.

Na comparação de janeiro de 2023 com janeiro de 2022, a alta de 2,6% no volume de vendas inclui seis das oito atividades pesquisadas, com destaque para combustíveis e lubrificantes (26,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (15,2%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,8%).

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-7,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,5%) apresentaram taxa negativa no confronto interanual. Já no comércio varejista ampliado, veículos, motos, partes e peças cresceram 4,4% enquanto material de construção teve aumento de 1,1%. O atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo teve queda, de 0,9%.

 

 

Por Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Maio 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
    1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31    
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.