RÚSSIA - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que Moscou irá trabalhar para redirecionar suas exportações de energia para o Oriente, enquanto a Europa tenta reduzir sua dependência, e acrescentou que os países europeus não irão conseguir abandonar o gás russo imediatamente.
A Rússia fornece cerca de 40% do gás natural da UE, e as sanções ocidentais por conta do que Moscou chama de sua "operação militar especial" na Ucrânia atingiram as exportações energéticas complicando o financiamento e a logística de acordos pré-existentes.
Enquanto a UE debate se aplica sanções sobre o petróleo e o gás russos, e países do bloco buscam o fornecimento em outros países, o Kremlin têm formado laços mais próximos com a China, maior consumidor de energia do planeta, além de outros países asiáticos.
"Os chamados parceiros de países hostis admitem para eles mesmos que não conseguirão ficar sem os recursos energéticos da Rússia, incluindo o gás natural, por exemplo", disse Putin em uma reunião do governo televisionada.
"Não há substituição racional para o gás russo na Europa hoje".
ALEMANHA - A Europa já anunciou que proibirá a comercialização de veículos tradicionais equipados com motores de combustão interna a partir de 2035, passando a priorizar unicamente modelos elétricos. No entanto, poderá continuar produzindo carros convencionais com propulsores a gasolina e diesel. O objetivo não será vendê-los internamente, mas sim exportá-los para outras regiões, especialmente onde o processo de eletrificação ainda é tímido.
A informação partiu do comissário de mercado interno da União Europeia, Thierry Breton, que pediu às principais montadoras europeias que continuem fabricando veículos tradicionais. "Embora a Europa proíba a venda de veículos de combustão, outros países continuarão a usá-los", disse durante viagem à Lombardia, onde se reuniu com representantes da indústria automotiva, incluindo o presidente da Stellantis, John Elkann.
Breton enfatizou que a participação de mercado de veículos elétricos será limitada a 12% das vendas de carros novos em mercados da África até 2030 e cerca de 40% nos Estados Unidos ou na Índia. "Encorajo toda indústria automotiva a garantir a transição elétrica a ser preparada para 2035 na UE, mas também a continuar exportando veículos térmicos ou híbridos para países que ainda precisarão deles por muitos anos ou décadas", afirmou.
O comissário lembrou ainda que os fabricantes "não se esqueçam de que sua vocação é servir o mercado mundial e cuidar de todo o sistema industrial". Além disso, acrescentou que queria que "os grandes grupos entendessem suas responsabilidades e continuassem fabricando motores de combustão interna na Europa para o resto do mundo, em vez de realocá-los".
EUROPA - A Doença de Haff, popularmente conhecida como doença da urina preta, é um problema antigo, descoberto no início do século passado, por médicos da região de Königsberg Haff – costa do mar Báltico, ao norte da Europa. Apesar disso, sua origem ainda não é totalmente conhecida pela ciência, o que faz a infecção ser considerada um evento de saúde pública.
No entanto, os casos no Brasil são raros. De acordo com a infectologista, Dra. Simone Sena, apenas em 2008, 2016 e 2021, a Doença de Haff foi registrada por aqui. “Quatro estados brasileiros já têm registros de casos: Amazonas (61 casos com um óbito confirmado); Bahia (13 casos, cinco ainda em investigação); Ceará (nove casos suspeitos, que aguardam confirmação laboratorial); e Pará (três casos suspeitos estão sendo investigados)”, conta a especialista.
O que é a Doença de Haff
O problema costuma causar uma dor muscular intensa nas pessoas infectadas. Os primeiros sintomas se manifestam de 2h a 24h após a ingestão de frutos do mar mal armazenados. Segundo a médica, isso acontece quando o alimento contém uma toxina, ainda não identificada. Ela pode aparecer em animais de água doce ou salgada, como tambaqui, badejo, arabaiana, lagosta, camarão e outros.
“Como ainda é pouco estudada, acredita-se que esses animais possam ter se alimentado de algas com certos tipos de toxinas que, quando consumidas pelo ser humano, provocam os sintomas. Contudo, a toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada. Sabe-se que o componente é termoestável, pois resiste às temperaturas de cozimento”, diz a Dra. Sena.
Principais sintomas
Uma vez infectado, o paciente tende a apresentar os sintomas após algumas horas. “O quadro, geralmente, se inicia por dor muscular intensa e súbita, fraqueza e formigamentos. É mais comum em membros inferiores, podendo evoluir com destruição muscular maciça, liberando enzimas que podem culminar em insuficiência renal. A manifestação pode ser observada com alteração da cor da urina (coloração marrom escura)”, explica a médica.
É por esse motivo que a infecção também é conhecida como doença da urina preta. No entanto, de acordo com a especialista, dificilmente o problema chega nesse estágio e perdura por muito tempo. “A grande maioria dos pacientes evolui bem. Os sintomas melhoram a partir de 24h e as dores desaparecem em até 72h. É uma doença autolimitada, com potencial mais raro de insuficiência renal e, excepcionalmente, a morte”, esclarece a Dra. Sena.
Tratamento e prevenção da doença da urina preta
O primeiro passo para evitar que a Doença de Haff apareça é ficar atento ao que se consome. Comprar comida em restaurantes e mercados de confiança é fundamental e pode evitar outros tipos de infecção. “A orientação é de que a população fique atenta na hora de comprar pescados, de forma geral. Peixes, mariscos e crustáceos comercializados devem conter o selo dos órgãos oficiais de inspeção. Os produtos identificados pelo carimbo de inspeção na rotulagem possibilitam a rastreabilidade de sua origem, o que os torna seguros”, alerta a infectologista.
Segundo a Dra. Sena, ainda não existe um tratamento específico contra a toxina que causa a Doença de Haff. Porém, é de suma importância procurar uma unidade de saúde assim que os primeiros sintomas aparecerem. “Não há tratamento específico, apenas tratamento de suporte, como hidratação e analgesia. Os casos que evoluem mais gravemente devem ser tratados em Unidades de Terapia Intensiva. Não é indicado o uso de anti-inflamatórios e ácido acetilsalicílico”, finaliza.
Fonte: Dra. Simone Sena, infectologista do Grupo Conexa, maior player de saúde digital integral da América Latina.
Felipe BomBim / SAÚDE EM DIA
WASHINGTON - Os Estados Unidos estão em negociações com países e empresas produtoras de energia de todo mundo por conta de um potencial desvio de fornecimento para a Europa caso a Rússia venha a invadir a Ucrânia, afirmaram autoridades do governo Biden nesta terça-feira.
Ao falar a jornalistas em uma teleconferência, as autoridades não ofereceram nomes de países ou empresas específicas com as quais estão negociando para garantir um fluxo ininterrupto de energia para a Europa para o restante do inverno, mas disseram que há uma ampla gama de fornecedores, inclusive exportadores de gás natural liquefeito (GNL).
A Reuters reportou no início do mês que autoridades do Departamento de Estado estavam discutindo planos de contingência com empresas de energia para garantir o fornecimento estável para a Europa caso o conflito entre Rússia e Ucrânia interrompa o fornecimento vindo da Rússia.
"Estamos trabalhando para identificar volumes adicionais de gás natural não-russo de várias áreas do planeta: do norte da África e Oriente Médio e dos Estados Unidos", afirmou uma autoridade sênior em condição de anonimato.
"Proporcionalmente, estamos em discussões com grandes produtores de gás natural pelo mundo para entender suas capacidades e disposição para expandir temporariamente a produção de gás natural para alocar os volumes aos compradores europeus", disse a autoridade.
ALEMANHA - O governo de coalizão de três partidos do chanceler alemão Olaf Scholz expressou objeção ao rascunho de plano da União Europeia de classificar usinas nucleares como fontes de energia sustentável em uma carta formal enviada a Bruxelas, afirmaram ministros neste sábado.
A taxonomia da UE busca estabelecer padrões para investimentos verdes, ajudando projetos que sejam amigáveis ao clima a arrecadar capital e eliminando a “lavagem verde”, pela qual investidores e empresas exageram suas credenciais ecológicas.
“Como governo federal, temos que mais uma vez expressar claramente nossa rejeição à inclusão da energia nuclear. É arriscada e cara”, afirmou o vice-chanceler e ministro da Economia, Robert Habeck, em um comunicado conjunto com a ministra do Meio-Ambiente, Steffi Lemke, ambos membros seniores do Partido Verde.
Na carta para Bruxelas, publicada pelo ministério da Economia em seu site, o governo alemão também citou a falta de exigências de segurança em relação às usinas nucleares.
“Sérios acidentes, com riscos grandes, que cruzam fronteiras e de longo prazo aos humanos e ao meio-ambiente não podem ser excluídos”, disse Berlim em sua carta, acrescentando que a questão de onde armazenar resíduos radioativos no longo prazo ainda não tem resposta.
Habeck e Leme disseram que, se a Comissão Europeia não considerar as objeções da Alemanha e não modificar o rascunho, Berlim, na opinião deles, deveria rejeitar o plano.
No entanto, fontes do governo alemão disseram à Reuters no começo deste mês que partidos da coalizão querem evitar uma escalada na disputa com a UE e concordaram em conversas a portas fechadas entre a coalizão para se abster de qualquer voto futuro.
ESTRASBURGO - Roberta Metsola foi eleita presidente do Parlamento Europeu na terça-feira (18) e se tornou a terceira mulher a liderar a casa legislativa da União Europeia.
Representante de Malta, o menor país do bloco europeu, a deputada de 43 anos se tornou também a mais jovem presidente do Parlamento Europeu, cuja sede fica em Estrasburgo, na França.
Ela recebeu 458 votos e foi eleita no primeiro turno, derrotando a sueca Alice Bah Kuhnke, candidata dos Verdes (que teve 101 votos), e a espanhola Sira Rego, do Izquierda (57 votos).
Eurodeputada desde 2013 e vice-presidente do Parlamento desde 2020, Metsola vai substituir o jornalista David Sassoli, que presidia a casa desde 2019 e morreu há sete dias, aos 65 anos.
A deputada por Malta ganhou visibilidade ao substituir interinamente Sassoli, que estava afastado do cargo desde dezembro, quando foi internado em um hospital na Itália.
Democrata-cristã, conservadora e contrária ao aborto, Metsola é vista como uma líder moderada de centro-direita e recebeu o apoio do Partido Popular Europeu (PPE), o maior bloco político da casa.
Ao apresentar a sua candidatura, ela havia dito que a pessoa escolhida para presidir a casa "precisa ser uma pessoa que constrói consensos, que ouve, que pode unir diferenças".
Antes de Metsola, as francesas Simone Veil (de 1979 a 1982) e Nicole Fontaine (de 1999 a 2002) eram as únicas mulheres que já haviam ocupado a chefia do legislativo europeu.
Em seu primeiro discurso como presidente do Parlamento, Metsola homenageou Veil e Fontaine e manifestou sua esperança de que "não demore mais 20 anos" para que outra mulher chegue ao cargo.
Mãe de quatro filhos, ela atraiu críticas de alguns eurodeputados por ser antiaborto — visão amplamente difundida em Malta, o último país da União Europeia onde o aborto continua sendo completamente ilegal (veja mais abaixo).
A carreira política de Metsola evoluiu paralelamente à entrada de seu país na União Europeia, e sua ascensão em uma casa que é geralmente dominada por eurodeputados das grandes potências pode ajudar a destacar países que muitas vezes passam despercebidos.
Quando estudante, ela fez campanha pela entrada de Malta no bloco europeu, em 2003. Metsola depois juntou-se ao Colégio Europeu em Bruges, na Bélgica, e passou a trabalhar em Bruxelas (onde fica a sede da União Europeia).
Ela foi eleita para o Parlamento Europeu em sua terceira tentativa, após duas campanhas mal sucedidas pelo Partido Nacionalista Maltês. "Levei quase dez anos para me tornar membro do Parlamento Europeu. Eu poderia ter desistido", já afirmou Metsola.
Uma vez no legislativo europeu, rapidamente subiu na hierarquia do PPE e reivindicou o cargo de vice-presidente da casa em 2020, após a eurodeputada irlandesa Mairead McGuinness deixar seu cargo para se tornar comissária europeia.
Metsola ganhou mais exposição política em 2021, enquanto Sassoli se recuperava de uma pneumonia, e é descrita por colegas como "um membro moderado do PPE e muito boa em construir pontes" entre grupos políticos.
ESTRASBURGO - O Parlamento Europeu elege nesta terça-feira (18) o novo presidente da instituição até 2024, que vai substituir David Sassoli na segunda metade da legislatura. Sassoli morreu há uma semana, aos 65 anos, por complicação relacionada ao sistema imunológico. A maltesa Roberta Metsola, do Partido Popular Europeu (PPE), é a grande favorita à sucessão.
A eleição já estava prevista e não está relacionada à morte de David Sassoli.
A eleição do presidente do Parlamento Europeu é feita por voto secreto. Para ser eleito, o candidato deve obter a maioria absoluta dos votos expressos válidos, ou seja, 50% mais um. Devido à pandemia, a votação será realizada em sessão virtual.
Foram anunciadas quatro candidaturas à presidência da assembleia europeia: da maltesa Roberta Metsola (PPE), da sueca Alice Bah Kuhnke (Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia), do polaco Kosma Zlotowski (Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus) e da espanhola Sira Rego (Grupo da Esquerda).
O anúncio oficial das candidaturas foi feito nessa segunda-feira (prazo previsto) em plenário pelo vice-presidente do Parlamento Europeu (PE), Pedro Silva Pereira.
Os candidatos iniciam a sessão com breve apresentação e depois é feita a votação.
CHINA - A 'invasão chinesa' à Europa não contará apenas com a NIO e Xpeng. A Geely com sua marca de carros elétricos Zeekr quer tentar a sorte em 2023. Então o hatch elétrico de quase cinco metros de comprimento 001 começará sua investida pela Alemanha, de acordo com a Cnevpost, citando a imprensa chinesa.
O Zeekr 001 é o primeiro modelo da marca; foi introduzido em setembro de 2020 sob o nome de Lynk Zero Concept e lançado em 23 de outubro. Nos quase três meses até o fim do ano, a marca entregou quase 3.800 unidades. Em 2022, a Zeekr quer entregar 70.000 carros. E no início de 2023, o carro deve ser lançado na Europa.
Julio Cesar / InsideEVs
ALEMANHA - As tatuagens coloridas são um charme, mas foram excluídas da União Europeia, após entrar em vigor nesta semana uma lei que proíbe a realização deste tipo de desenho sobre a pele. A decisão veio após constatação de agentes cancerígenos ou responsáveis por mutações genéticas encontrados em ao menos 4 mil produtos químicos usados por tatuadores do bloco de países.
Segundo as autoridades, os ingredientes encontrados nessas tintas coloridas são proibidos pela regulamentação sanitária da União, pois podem expor as pessoas a risco de saúde. Entre os elementos químicos em questão está o álcool isopropanol.
MOSCOU - As exportações de gás natural russo para a Alemanha por meio do gasoduto Yamal-Europe caíram acentuadamente no sábado, segundo dados do operador alemão Gascade.
O gasoduto é uma das principais rotas de exportação de gás da Rússia para a Europa e atravessa Belarus.
Os fluxos no ponto de medição de Mallnow, na fronteira entre Alemanha e Polônia, caíram para um volume por hora de 1.217.444 quilowatt-hora em relação à média de 10.000.000 kWh/h na sexta-feira e de cerca de 12.000.000 kWh/h na quinta-feira.
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