IBC-BR (Índice de Atividade), que serve para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses, subiu 0,86% em outubro ante setembro
BRASÍLIA/DF - A atividade econômica brasileira apresentou o sexto mês consecutivo de alta. O BC (Banco Central) informou nesta segunda-feira (14) que seu IBC-BR (Índice de Atividade) subiu 0,86% em outubro ante setembro, na série já livre de influências sazonais.
Conhecido como "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br é um parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
Em setembro, o avanço havia sido de 1,29% e, em agosto, de 1,39% (dado revisado).
Apesar do resultado positivo em outubro, as riquezas brasileiras ainda acumulam queda de 4,92% em 2020, em razão da crise gerada pela pandemia de coronavírus.
Na comparação anual do IBC-BR, a queda do índice no último mês de outubro é de 2,61% em relação ao mesmo mês de 2019.
Reação tímida
Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, apesar de percebidos em fevereiro, se intensificaram em todo o mundo a partir de março em razão da crise sanitária. Nos últimos seis meses, porém, o IBC-Br já demonstrou reação.
De setembro a outubro, o índice desassonalizado (livre de influência) passou de 135,59 para 136,75.
Resultado, divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira, mostra recuperação parcial do país após a paralisação das atividades imposta pela pandemia
BRASÍLIA/DF - O resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (3), mostrou que o Brasil está recuperando aos poucos as perdas impostas no restante do ano pela pandemia do novo coronavírus.
O PIB cresceu 7,7% no terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre, maior variação desde o início da série em 1996, mas ainda insuficiente para recuperar todos os prejuízos do ano.
A Indústria cresceu 14,8% e os Serviços aumentaram 6,3%, enquanto a Agropecuária ficou em -0,5%.
Com o resultado, diz o IBGE, a economia do país se encontra no mesmo patamar de 2017, com uma perda acumulada de 5% de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2019.
Os 7,7% de elevação ficam abaixo da chamada prévia do PIB, divulgada pelo Banco Central em novembro. Segundo o levantamento, o terceiro trimestre apresentaria alta de 9,47%.
No início desta semana, os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 4,55% para queda de 4,50%.
BRASÍLIA/DF - Com safra recorde de grãos e aumento nas exportações, o agronegócio brasileiro foi essencial para segurar a atividade econômica durante a pandemia do novo coronavírus, disse ontem (14) a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, programa da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ela destacou a safra recorde deste ano e o Plano Safra como elementos que fizeram o setor crescer, enquanto o restante da economia sofria nos últimos meses.
“O agronegócio foi o motor da economia e conseguiu não deixar nosso PIB [Produto Interno Bruto] cair [mais que o previsto]. Foi gerador de riquezas para o mercado interno, para as exportações e para o emprego. O agro brasileiro não deixou de empregar. Alguns setores até aumentaram o emprego durante este período difícil da pandemia”, ressaltou a ministra.
Tereza Cristina atribuiu a safra recorde de grãos 2019/2020, estimada em 253 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ao investimento em pesquisa e desenvolvimento e à boa chuva na maior parte dos estados no início do ano. Segundo ela, a articulação com o Ministério da Infraestrutura, no início da pandemia, foi essencial para impedir problemas de logística e evitar desabastecimentos.
“Nós precisávamos organizar o abastecimento do nosso mercado interno e também não descumprir os contratos internacionais. O ministro Tarcísio [de Freitas], da Infraestrutura, foi fundamental porque a colheita não pode esperar. O produto precisa ser colhido naquele momento e tivemos um problema de logística e de cuidado com as pessoas nessa pandemia. Montamos um grupo, fizemos um planejamento e, até agora, tudo tem dado certo”, declarou.
Exportações
A ministra ressaltou que as exportações do agronegócio cresceram 10% no primeiro semestre (em relação aos seis primeiros meses de 2019) e totalizaram US$ 61 bilhões. “O Brasil é o celeiro do mundo. Alimentamos nossos 212 milhões de habitantes e exportamos para alimentar mais de 1 bilhão de pessoas no mundo”, declarou.
Para Tereza Cristina, a abertura de novos mercados foi imprescindível para manter o crescimento das vendas externas e diversificar a pauta, reduzindo a dependência da soja e das carnes. Segundo ela, o Brasil passou a exportar alimentos para 51 novos mercados apenas em 2020 como resultado de negociações com parceiros comerciais. Desde 2019, 89 novos mercados foram abertos para o agronegócio brasileiro.
Entre os produtos que passaram a ser exportados, estão laticínios (queijo, iogurte e leite em pó) para a China, castanha de baru e chá-mate para a Coreia do Sul, peixes para a Argentina, castanha para a Arábia Saudita e gergelim para a Índia.
Outro fator que, segundo a ministra, deve impulsionar as exportações brasileiras é o reconhecimento de quatro estados – Acre, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia- e de regiões do Amazonas e do Mato Grosso como áreas livres de febre aftosa sem vacinação. Ela explicou que, em maio, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) deverá ratificar a decisão do Ministério da Agricultura, o que liberará a carne bovina desses estados para exportações sem vacinação, valorizando o produto brasileiro no mercado internacional.
Plano Safra
Em relação à safra de 2020/2021, que começa a ser plantada neste semestre, a ministra ressaltou que o Plano Safra deste ano destina R$ 236 bilhões em crédito subsidiado para os produtores rurais. Segundo Tereza Cristina, neste ano, o plano privilegia os pequenos e médios produtores, que tradicionalmente têm mais dificuldade de acesso ao crédito, e projetos de sustentabilidade e de tecnologia da informação no campo.
MUNDO - O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro encolheu 12,1% no segundo trimestre de 2020 ante os três meses anteriores em meio ao impacto da pandemia da covid-19, sofrendo a maior contração numa série histórica iniciada em 1995, de acordo com revisão divulgada nesta sexta-feira, 14, pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB do bloco registrou um tombo de 15% entre abril e junho.
Os números vieram em linha com as expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal e confirmaram estimativas iniciais publicadas no fim de julho.
MUNDO - A economia do Reino Unido teve queda de 20,4% em abril na comparação com março devido ao confinamento decretado para desacelerar a propagação da pandemia de coronavírus, anunciou nesta 6ª feira (12.jun) o ONS (Escritório Nacional de Estatísticas).
O 1º mês completo de confinamento no Reino Unido foi em abril. Começou em 23 de março e paralisou a atividade econômica do país, 1 dos mais afetados do mundo pela pandemia.
A queda é a mais acentuada da série histórica. Segundo a ONS, o retrocesso é 10 vezes maior que a queda mais expressiva já registrada antes da crise da covid-19 –além de ter mais que triplicado a baixa do mês anterior, quando o PIB britânico caiu 5,8%.
As restrições aplicadas para conter a propagação da covid-19 foram flexibilizadas progressivamente. A maior parte dos estabelecimentos comerciais, com exceção de restaurantes e pubs, reabrirão na 2ª feira (15.jun).
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