URUGUAI - O presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, anunciou corte nos salários de altos funcionários do governo para aumentar os subsídios aos setores privados afetados pelas restrições e o fechamento dos "free shop" na fronteira com o Brasil para desestimular a chegada de brasileiros.
O Uruguai vai adotar uma série de novas medidas de restrição até, pelo menos, 12 de abril para conter o acelerado aumento de casos, provocados pela "circulação generalizada" da variante brasileira detectada na segunda-feira em sete departamentos (estados) do país.
"Estas são ações do governo que necessariamente devem vir acompanhadas por condutas individuais. O 'fica em casa' do ano passado será agora 'fica na tua bolha', com o teu núcleo familiar. Esse controle foge ao governo. É quando a liberdade deve ser administrada responsável e solidariamente", pediu o presidente Luis Lacalle Pou na sede do governo uruguaio, destacando "o perigo da linhagem brasileira P.1 (Manaus) mais potente e mais contagiosa".
As medidas de restrição incluem a suspensão das aulas presenciais em todo o país, o fechamento das repartições públicas (com exceção dos serviços considerados essenciais), o fechamento de clubes e de academias de ginástica, a proibição da prática de esportes amadores e de espetáculos públicos, além de uma das mais importantes decisões para frear o contato com brasileiros: o fechamento dos 'free shop' nas cidades de fronteira com o Brasil.
Preocupação com a fronteira brasileira
Milhares de brasileiros semanalmente vão até a fronteira com o Uruguai, atraídos pelos preços mais baixos de produtos para consumo pessoal e para revenda no Brasil. Os dois países compartilham seis cidades binacionais. Em duas delas, Rivera (Uruguai)/Santana do Livramento (Brasil) e Chuí (Brasil)/Chuy (Uruguai), passar de um lado ao outro da fronteira significa apenas atravessar uma rua.
Somente entre Santana do Livramento e Rivera, cerca de cinco mil brasileiros chegam nos finais de semana para fazer compras do lado uruguaio. Rivera está entre as cidades com mais infectados no Uruguai. É considerada a principal porta de entrada do vírus e ponto de maior preocupação das autoridades sanitárias uruguaias.
O anúncio do presidente Luis Lacalle Pou foi a consequência de várias horas de reunião do denominado Conselho de Ministros. O Conselho reuniu-se de forma urgente, depois que, na segunda-feira (22), cientistas uruguaios confirmassem a "circulação generalizada" das variantes brasileiras P.1 (Manaus) e P.2 (Rio de Janeiro), presentes em sete departamentos (estados) do Uruguai.
Risco de saturação sanitária
Lacalle Pou disse que decidiu as medidas "com pesar", mas que se viu obrigado a tomá-las perante "o aumento de contágios que pressionam a ocupação dos leitos de terapia intensiva".
Atualmente, a ocupação desses leitos é de 62,3%, mas, na segunda-feira, a Sociedade Uruguaia de Medicina Intensiva advertiu que, se a tendência de contágio continuar, haverá uma saturação das unidades de terapia intensiva dentro de duas semanas.
Até agora, o Uruguai atravessou a pandemia sem confinamentos nem toques de recolher. O presidente Lacalle Pou defendeu sempre o que definiu como "liberdade responsável", uma combinação de decisões políticas e sanitárias com responsabilidade cidadã.
Redução dos salários no governo
O presidente uruguaio também reeditou uma medida que ficou em vigor durante três meses no ano passado: os membros de alto escalão do governo (secretários, ministros e o próprio presidente) serão descontados entre 5% e 20% do seu salário para novamente formar o chamado "fundo coronavírus".
O dinheiro arrecadado será usado para subsídios aos setores da economia afetados pelas restrições das novas medidas.
"Tudo o que for arrecadado será destinado às atividades econômicas prejudicadas pela redução da circulação", disse Lacalle Pou, rejeitando uma proposta que previa um imposto aos salários privados mais elevados a ser usado com a mesma finalidade.
Campanha de vacinação bem-sucedida
O Uruguai começou a sua campanha de vacinação, tardiamente, em 1.º de março. No entanto, em apenas três semanas 374.265 pessoas foram vacinadas, equivalentes a 10% da população de 3,4 milhões.
A campanha inclui os habitantes das regiões de fronteira que moram no Brasil, mas que trabalham no Uruguai.
Em paralelo a uma bem-sucedida campanha de vacinação, o Uruguai está no pior momento da pandemia. Na segunda-feira, o país teve 2.682 novos casos, um recorde. Nesta terça-feira, foram 1.801 novos contágios.
Desde 13 de março do ano passado, foram 86 mil casos, dos quais 827 faleceram. Atualmente, há 14.826 casos ativos. Apesar de uma piora nos números, o Uruguai continua como o país da região que melhor administrou a pandemia.
*Por: Márcio Resende, correspondente da RFI
BRASÍLIA/DF - A Câmara aprovou na terça-feira (23) um projeto de lei (PL) que amplia o número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho, realizado com a coleta de gotas de sangue dos pés do recém-nascido. O texto segue para análise do Senado.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) realiza um teste que engloba seis doenças. Pelo projeto, o exame passará a englobar 14 grupos de doenças de forma escalonada. O prazo para inclusão do rastreamento das novas doenças será fixado pelo Ministério da Saúde. As mudanças propostas pelo texto entrarão em vigor 365 dias após sua publicação.
Na primeira etapa de implementação, o teste do pezinho continuará detectando as seis doenças que são feitas no teste atualmente, ampliando para o teste de outras relacionadas ao excesso de fenilalanina e de patologias relacionadas à hemoglobina (hemoglobinopatias), além de incluir os diagnósticos para toxoplasmose congênita.
Em uma segunda etapa, serão acrescentadas as testagens para galactosemias; aminoacidopatias; distúrbios do ciclo da uréia; e distúrbios da beta oxidação dos ácidos graxos (deficiência para transformar certos tipos de gorduras em energia).
Para a etapa 3, ficam as doenças lisossômicas (afeta o funcionamento celular); na etapa 4, as imunodeficiências primárias (problemas genéticos no sistema imunológico); e na etapa 5 será testada a atrofia muscular espinhal (degeneração e perda de neurônios da medula da espinha e do tronco cerebral, resultando em fraqueza muscular progressiva e atrofia).
O projeto também prevê que, durante os atendimentos de pré-natal e de trabalho de parte, que os profissionais de saúde devem informar à gestante e aos acompanhantes sobre a importância do teste do pezinho e sobre eventuais diferenças existentes entre as modalidades oferecidas no SUS e na rede privada de saúde.
* Com informações da Agência Câmara
Por Agência Brasil *
INDONÉSIA - A Indonésia lançou um programa de vacinação em massa gratuito contra a covid-19 em uma tentativa de impedir a propagação do vírus e fazer sua economia voltar a se aquecer.
Mas o país está adotando uma abordagem diferente dos demais. Em vez de vacinar os idosos na primeira fase, depois dos trabalhadores da linha de frente, ela terá como alvo os trabalhadores mais jovens com idade entre 18 e 59 anos.
A Indonésia vai usar a CoronaVac, a mesma que o Instituto Butantan fornecerá para parte da população brasileira. No Brasil, no entanto, o Ministério da Saúde vai priorizar trabalhadores de saúde e idosos.
O presidente Joko Widodo, 59, foi a primeira pessoa no país a receber a vacina na quarta-feira. O vice-presidente Ma'ruf Amin, de 77 anos, não receberá a vacina ainda porque está fora do grupo prioritário.
Por que priorizar jovens adultos que trabalham?
O professor Amin Soebandrio, que faz parte de um conselho que assessorou o governo em sua estratégia de "juventude primeiro", argumenta que faz sentido priorizar a imunização dos trabalhadores — aqueles "que saem de casa e se espalham por todo o lugar e depois à noite voltam para casa, para suas famílias ".
"Nosso alvo é aqueles que provavelmente espalharão o vírus", disse ele à BBC Indonésia, serviço de notícias da BBC para o país.
Ele argumenta que essa abordagem dará ao país a melhor chance de obter imunidade de rebanho, algo que ocorre quando uma grande parte de uma comunidade se torna imune por meio de vacinações ou da disseminação em massa de uma doença.
Acreditava-se que 60-70% da população global precisaria ser imune para impedir que o coronavírus se propague facilmente. No entanto, esses números aumentarão consideravelmente se as novas variantes, mais transmissíveis, se espalharem amplamente.
"Esse é o objetivo de longo prazo — ou pelo menos reduziremos significativamente a propagação do vírus para que a pandemia fique sob controle e possamos fazer a economia andar novamente", disse o professor Soebandrio.
A Indonésia, com população de 270 milhões, tem o maior número cumulativo de casos de covid-19 no sudeste da Ásia. Segundo dados do governo, cerca de 80% dos casos são da população trabalhadora.
Embora escolas e escritórios do governo estejam fechados há quase um ano, o governo tem resistido a colocar em prática restrições rígidas, temendo o impacto na economia do país. Mais da metade da população trabalha no setor informal, portanto, para muitos, trabalhar em casa não é uma opção.
O ministro da Saúde do país, Budi Gunadi Sadikin, defendeu a estratégia e insiste que não se trata apenas da economia, mas de "proteger as pessoas e visar primeiro aqueles que provavelmente a pegarão e espalharão".
"Estamos nos concentrando em pessoas que têm que conhecer muitas pessoas como parte de seu trabalho; moto-táxi, policiais, militares. Portanto, não quero que as pessoas pensem que isso é apenas sobre economia. Trata-se de proteger as pessoas". ele disse.
E quanto aos idosos?
O governo argumenta que oferecerá também proteção aos idosos.
"Imunizar os membros que trabalham em uma família significa que eles não estão trazendo o vírus para dentro de casa, onde estão seus parentes mais velhos", disse Siti Nadia Tarmizi, porta-voz do Ministério da Saúde para o programa de vacinação contra covid-19.
A maioria dos idosos na Indonésia vive em lares com pessoas de outra geração, e isolá-los do resto da família costuma ser impossível.
"Portanto, é um benefício adicional dessa abordagem, que ao vacinar pessoas de 18 a 59 anos também oferece alguma proteção aos idosos com quem vivem", disse ela.
No entanto, há um problema: não se sabe se a vacina impede a disseminação do vírus ou se ela impede apenas o desenvolvimento de sintomas graves.
"Simplesmente não temos essa informação ainda", disse o professor Robert Read, especialista que assessora os departamentos de saúde do Reino Unido sobre imunização.
"A razão pela qual o Reino Unido não imunizou antes a população mais jovem, é que, primeiro, os mais jovens não contraem uma doença tão grave e, segundo, não fomos capazes de demonstrar ainda que as vacinas têm qualquer impacto na transmissão", disse ele.
A abordagem da Indonésia, disse ele, precisaria de uma absorção de vacina muito alta — "pelo menos 50% com toda a probabilidade, para impedir a morte e hospitalização em sua população mais velha".
"É possível que, se eles obtiverem taxas de cobertura muito altas, haja algum impacto na transmissão, embora obviamente ainda não tenhamos visto isso."
Que testes a Indonésia conduziu?
A Indonésia adotou sua abordagem única em parte porque a principal vacina que está usando não foi testada em idosos.
O país está dependendo fortemente da CoronaVac fabricada pela chinesa Sinovac para inocular sua população, com 3 milhões das 125 milhões de doses prometidas já entregues e sendo distribuídas para unidades de saúde em todo o país.
O governo só realizou testes na faixa etária de 18 a 59 anos como parte do estudo multipaíses Sinovac.
"Cada país poderia fazer testes em uma faixa etária diferente e a Indonésia foi convidada a fazer o teste com a população trabalhadora", disse a Dra. Nadia. A Indonésia vai começar a imunizar os idosos, diz o ministério, na segunda rodada, com vacinas da Pfizer-BioNTech e Oxford-AstraZeneca.
Mas mesmo que eles tivessem sido solicitados a testar em pessoas com mais de 60 anos, ela diz que provavelmente ainda estariam focados em imunizar a população trabalhadora primeiro, pois eles acreditam que isso protegerá a maioria das pessoas.
A Indonésia diz que a vacina da Sinovac tem uma eficácia de 65,3%, mas descobriu-se que é 50,4% eficaz em testes clínicos no Brasil, segundo os resultados mais recentes. Os especialistas dizem que somente quando tivermos dados completos saberemos sua real eficácia e seremos capazes de compará-la com outras vacinas.
Como os cientistas veem a estratégia?
"Não sabemos se vai funcionar e isso precisa ser avaliado", disse Peter Collignon, professor de doenças infecciosas da Australian National University.
Mas ele disse que faz sentido adaptar a estratégia de vacinação para as circunstâncias de um país.
"Se você é um país em desenvolvimento, posso ver como uma política de proteção de seus jovens trabalhadores adultos, aqueles que espalham mais o vírus, pode ser um método razoável, porque você não pode realmente dizer às pessoas para ficarem em casa."
O Prof Read concordou, dizendo: "Não cabe a nós, nos países ocidentais ricos, dizer a outros países ao redor do mundo o que eles deveriam estar fazendo". Ele disse que acha que a abordagem indonésia "pode ser a coisa certa para o seu país" e destacou que, globalmente, todos não têm certeza de qual é a coisa certa a fazer no momento.
O professor Dale Fisher, do National University Hospital, disse que a Indonésia estava adotando uma "abordagem pragmática".
"Eles estão dizendo que vamos vacinar essa faixa etária sobre a qual temos os dados. É um grupo acessível e certamente ajudará a manter os negócios funcionando", disse ele.
Como a Indonésia está lidando com a pandemia?
O plano ambicioso da Indonésia não será fácil de executar.
A sua população é a quarta maior do mundo, espalhada por um vasto arquipélago junto ao equador, onde existem grandes desafios logísticos em termos de manter as vacinas à temperatura exigida.
O sistema de saúde já está sofrendo com o aumento do número de casos.
Os cemitérios em Jacarta, o epicentro da pandemia, estão lotados e os hospitais dizem que estão lutando para lidar com o número de pacientes.
O especialista em saúde pública, Dicky Budiman, da Griffith University, da Austrália, disse que o governo precisa fazer mais para proteger os vulneráveis, fortalecendo o que ele chamou de estratégia pandêmica fundamental: testar, rastrear e tratar e impor o distanciamento social.
O jornalista local Citra Prastuti em Jacarta, que acabou de se recuperar do vírus, disse que "sair de casa é como entrar em uma zona de guerra, com o número crescente de grupos familiares — parece que nenhum lugar é seguro o suficiente para nós".
Ela disse que as mensagens de saúde pública têm sido confusas e conflitantes. "As pessoas são incentivadas a ficar em casa durante o feriado, mas os hotéis oferecem descontos e não há restrições de transporte."
E não houve rastreamento de seu caso, disse ela, depois que relatou às autoridades de saúde locais.
"Portanto, não sei se estou incluída nos dados gerais da covid ou não", disse ela. "Acho que muitas pessoas veem a vacina como uma saída fácil, como a cura de todas as doenças, como o salvador final."
Há também uma preocupação sobre se a vacina é halal - algo importante para muçulmanos.
A gelatina derivada de porcos é usada como estabilizador em algumas vacinas, mas o consumo de carne de porco é proibido aos muçulmanos, que representam cerca de 90% da população indonésia.
E mensagens têm circulado nas redes sociais na Indonésia dizendo que a vacina Sinovac contém elementos de macacos.
O presidente Widodo, ele próprio um muçulmano, disse que não deveria se importar porque se trata de uma emergência de saúde, mas alguns estão procurando orientação religiosa.
O Conselho Ulema da Indonésia (MUI), cujo trabalho é decidir essas coisas, manteve longas discussões e, após uma auditoria profunda, anunciou que a vacina da Sinovac é halal.
Anteriormente, 30-40% das pessoas entrevistadas pelo Ministério da Saúde expressaram dúvidas sobre a vacina contra covid-19 e 7% disseram que não queriam ser vacinadas.
A preocupação sobre se a vacina era halal ou não foi uma das principais razões, disse a doutora Nadia.
"Louvado seja Deus, isso foi esclarecido", disse ela.
*Por: Rebecca Henschke e Pijar Anugrah / BBC
SÃO CARLOS/SP - A Rádio Sanca foi procurada por usuários do SUS (Sistema único de Sáude), mais precisamente no Centro de Atendimento e Triagem de Síndrome Gripal, que está instalado no Ginásio Milton Oláio Filho. Um que nos foi enviado por usuários – abaixo- mostra muitas pessoas conversando com uma pessoa do setor de enfermagem e questionando a demora.
“Estamos aqui há muito tempo esperando ser atendidos” disse uma pessoa.
Já outra pessoa disse: “Vocês dizem para não ter aglomeração, mas não estamos sendo atendidos e as pessoas vão se aglomerando”.
Segundo o secretário Marcos Palermo, alguns motivos aconteceram para isso: A alta procura e quatro médicos da rede apresentaram atestado médico de última hora. O secretário afirma que a situação será normalizada ainda hoje.
A Vigilância Epidemiológica de São Carlos confirmou na segunda-feira (22/03) mais 3 óbitos por COVID-19 no município, totalizando 189 mortes.
Morreram na segunda-feira (22/03) um homem de 51 anos, internado em hospital público desde 13/03; uma mulher de 79 anos, internada em hospital privado desde 28/02 e uma mulher de 61 anos, internada em hospital público desde 28/01.
São Carlos contabiliza neste momento 12.682 casos positivos para COVID-19 (114 resultados positivos foram divulgados hoje), com 189 óbitos confirmados e 126 descartados.
O óbito descartado (negativo) é de um homem de 88 anos, internado em 20/03 e morte registrada em 21/03.
Dos 12.682 casos positivos, 11.910 pessoas apresentaram síndrome gripal e não foram internadas, 19 óbitos sem internação, 753 pessoas precisaram de internação devido a COVID-19, 471 receberam alta hospitalar e 170 positivos internados foram a óbito.11.891 pessoas já se recuperaram totalmente da doença. 29.942 casos suspeitos já foram descartados para o novo coronavírus (224 resultados negativos foram liberados hoje).
Estão internadas neste momento 123 pessoas, sendo 58 adultos na enfermaria (55 positivos e 3 suspeitos). Na UTI adulto estão internadas 61 pessoas (60 positivos e 1 suspeito). Neste momento 3 crianças estão internadas na enfermaria, todas com resultado negativo. 1 criança com resultado positivo para COVID-19 está internada em leito pediátrico de UTI/SUS. 14 pacientes de outros municípios estão internados em São Carlos, sendo 10 em UTI/SUS e 3 em UTI de hospital particular. 1 paciente de outro município está internado em enfermaria do SUS. Em enfermaria de hospital particular nenhum paciente de fora está internado neste momento.
A taxa de ocupação dos leitos especiais para COVID-19 de UTI/SUS adulto está em 100% (40 adultos estão internados). Na enfermaria/SUS estão internadas 30 pessoas. Na rede particular 31 pessoas estão internadas na enfermaria e 21 na UTI.
O município conta hoje com 44 leitos UTI/SUS, sendo 10 para adultos no Hospital Universitário (HU) e 34 na Santa Casa (30 leitos na ala adulto e 4 na ala pediátrica).
Membro da Sociedade Brasileira e Européia de Neurociência, Fabiano de Abreu vê seu estudo sobre o segredo da felicidade publicado na Latin American
SÃO PAULO/SP - A felicidade é algo que todos têm a pretensão de alcançar. Aliás, a humanidade é obcecada por estar, ou parecer estar, constantemente feliz. O neurocientista e neuropsicólogo membro da Federação Européia de neurociência, Fabiano de Abreu explica que, "não há felicidade constante, já que felicidade são picos de emoções variáveis e de acordo com acontecimentos. As sensações que são definições de felicidade são de acordo com a resposta do equilíbrio. Quando se está incomodado, por qualquer circunstância que seja, alterar-se níveis e possibilidades de sensações de felicidade, vou chamar de sensações de felicidade, qualquer sentimento e/ou emoção que leve a determinação vulgar de felicidade, como alegria, satisfação, contentamento, bem-estar, prazer, júbilo, ledice, gosto, aprazimento, deleite, regozijo, euforia, bem-aventurança.".
Contudo, achamos, enquanto sociedade, que apenas somos bem sucedidos se alcançarmos a felicidade a todo instante. Estarmos felizes é também produto da nossa biologia e, muitas vezes, não temos noção de todo o processo.
"Os estudos concluem que, a dopamina nos fornece aquele pico de felicidade, mas que neurotransmissores como a serotonina, dopamina, ocitocina, hormônios como o cortisol, entre todos os outros precisam ter seu bom funcionamento, ou seja, a homeostase se faz necessária para que isso ocorra. Assim como o equilíbrio relacionado às regiões do córtex pré frontal com o fascículo do cíngulo, que passa do giro do cíngulo ao giro parahipocampal no sistema límbico.", Refere Abreu.
Coincidência ou não, a felicidade e o equilíbrio têm uma relação.
"Cognitivamente é sabido que tudo na vida precisa do equilíbrio, nele encontramos o conforto necessário para mais picos de felicidade e mais e melhores sensações de felicidade. O conforto na consciência relacionado à cultura e personalidade do indivíduo influencia na determinação da liberação dos neurotransmissores da felicidade, assim como na sua intensidade.", explica.
A felicidade é a conjugação entre as nossas decisões, o mundo que nos rodeia e a nossa genética.
"Comportamentos e hábitos, probabilidade genética, inteligência, a homeostase, são fatores determinantes que definem o segredo da felicidade. A genética define probabilidades, comportamentos e hábitos como alimentação, exercícios físicos, tratamento, etc, definem equilíbrio, inteligência define controle emocional, pensamentos, comportamentos e hábitos e a homeostase está no resultado de todas essas ações e a genética.", conclui o neurocientista.
O estudo de Fabiano de Abreu com o título: Neurofisiologia filosófica da felicidade: O segredo da felicidade está na homeostase; pessoas de alto QI têm mais chances de encontrar um melhor equilíbrio, foi aprovado e publicado pela revista científica Archives of Health da Latin American.
Biografia
Fabiano de Abreu Rodrigues é um jornalista com Mestrado e Doutorado em Ciências da Saúde nas áreas de Neurociências e Psicologia pela universidade EBWU nos Estados Unidos e na Université Libre des Sciences de l'Homme de Paris. Ainda na área da neurociência, pós-graduação na Universidade Faveni do Brasil em neurociência da aprendizagem, cognitiva e neurolinguística e Especialização em propriedade elétricas dos neurônios e regiões cerebrais na Universidade de Harvard nos Estados Unidos. Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal, Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio, membro da Unesco e Neuropsicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise Clínica. Especialização em Nutrição Clínica e Riscos Psicossociais pela TrainingHouse de Portugal e Filosofia na Universidade de Madrid e Carlos III na Espanha.
Integrante da SPN - Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC - Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS - Federation of European Neuroscience Societies - PT30079 e membro da Mensa, sociedade de pessoas de alto QI com sede na Inglaterra.
SÃO PAULO/SP - O governo de São Paulo realiza coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 22, no Palácio dos Bandeirantes, para detalhar medidas de combate ao coronavírus no Estado, que completa uma semana na fase emergencial do Plano SP. Assista abaixo:
Estoque de oxigênio
Em reunião com empresários nesta manhã, o governador João Doria teria mobilizado a iniciativa privada para aumentar a produção e distribuição de oxigênio no Estado. De acordo com o governo, a Ambev vai criar uma usina de oxigênio em Ribeirão Preto nos próximos 10 dias e pretende doar integralmente a produção diária de 120 cilindros de oxigênio. Ao mesmo tempo, a Copagaz utilizará a sua frota para o transporte e logística dos cilindros, atendendo as redes estadual, municipal, filantrópica e privada.
Hospital covid
O vice-governador Rodrigo Garcia anunciou que Hospital de Vila Penteado, na Zona Norte da capital, passará a atender apenas pacientes do coronavírus, com 196 novos leitos, sendo 141 de enfermaria e outros 55 de UTI. A unidade faz parte da expansão anunciada pelo governo no início do mês.
Leitos para o coronavírus
Garcia afirma que o governo federal continua descumprindo a decisão do Supremo Tribunal Federal para financiar leitos de UTI em São Paulo e que, até o momento, a verba repassada para o Estado cobre apenas 20% dos leitos.
Entrega de vacinas
Nesta manhã, o Instituto Butantan entregou mais 1 milhão de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde, totalizando 25,6 milhões de doses repassadas até agora ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Mais cedo, o secretário estadual da Saúde Jean Gorinchteyn afirmou que São Paulo seguirá as novas recomendações do Ministério da Saúde para não reservar doses da vacina contra o coronavírus para uma segunda aplicação. Ou seja, a nova diretriz prioriza a primeira aplicação dos imunizantes, sem guardar a segunda dose necessária para a vacinação completa
*Por: João Ker / ESTADÃO
Nutricionista ressalta a importância do líquido para se recuperar de doenças infecciosas e detalha os benefícios do consumo adequado. Excesso pode fazer mal
SÃO PAULO/SP - Em estudo recente conduzido pela Danone Research, pesquisadores avaliaram o consumo de água em 13 países, incluindo o Brasil. Os resultados apontam que tomamos, em média, 1,830 mililitros de líquido por dia, mas apenas 42% do volume, ou 769 mililitros, seria proveniente de água pura. Bem longe, portanto, do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que indica como quantidade ideal para o consumo diário de água 2,5 litros para um homem de 70 kg e 2,2 litros para uma mulher de 58 kg. Fazer uso adequado da água é fundamental para manter a saúde em dia. O líquido é tão precioso que possui uma data para ser celebrado, o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março.
Em alusão à data, a nutricionista Jalily Moura (CRN: 10694) traz importantes orientações para que possamos aproveitar melhor os seus benefícios para o bom funcionamento do organismo. A profissional, que atende na Clínica Sin, no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, afirma que em média 60% do peso corporal de um adulto é constituído de água.
“Ela está distribuída dentro e fora das nossas células, participando de diversos processos metabólicos, como a regulação da temperatura corporal e o transporte de nutrientes. Essa é uma função muito importante, armazenar e transportar nutrientes, como as vitaminas hidrossolúveis, que são as vitaminas do complexo B e a vitamina C”, explica.
Segundo ela, quem está gripado ou o fica com frequência deve se hidratar muito. A especialista salienta que, além de reduzir efeitos colaterais de alguns remédios, o consumo de água irá contribuir com a absorção do medicamento e dos nutrientes da alimentação. “A hidratação adequada também ameniza os sintomas da gripe e fortalece o organismo para combater o vírus. Se a gripe for grave, com episódios de vômitos e diarreia, é bem provável que o corpo ficará desidratado, perdendo eletrólitos, como sódio, cloreto e potássio. Esses são importantes para manter o pH do corpo e ajudar as células a absorverem e utilizarem os fluidos ingeridos”, revela.
De acordo com Jalily, o consumo de água é importante para combater infecções no geral, inclusive a Covid-19. “A água contribui com a imunidade, ela é fundamental para linfa (fluido linfático), um líquido incolor e viscoso com composição bem parecida com a do plasma sanguíneo. Esse líquido contém muitos leucócitos e linfócitos, que remetem aos invasores presentes no sangue para ajudar a combater doenças. Os fluidos corporais transportam as células imunes pelo corpo todo. Então manter-se hidratado auxilia no transporte dessas células, facilitando o combate a infecções”, ressalta.
A água é essencial para a nossa sobrevivência e seus benefícios são inúmeros. “Ao ingerirmos água na quantidade adequada iremos evitar deficiência de nutrientes, desidratação, falta de atenção, alteração na memória, fadiga e constipação intestinal. Para o bom funcionamento do organismo é necessário a ingestão de água na quantidade adequada e isso é individual”, salienta a nutricionista do Órion Complex sobre esse valioso líquido.
Há um ditado popular que diz: “Em excesso, até água faz mal”. A nutricionista Jalily Moura afirma que isso é verdade, mas difícil de acontecer. “Tudo em excesso faz mal, até mesmo os alimentos saudáveis. Se exageramos na quantidade de água, um consumo bem elevado, em média de sete a oito litros por dia, podemos ter hiponatremia que é caracterizado como nível baixo de sódio no organismo. Dessa forma pode-se desenvolver sonolência, edema cerebral, convulsões e náuseas”, destaca.
Ela avalia que o consumo ideal de água varia para cada um. “Vai depender da composição corporal, estilo de vida, nível de atividade física e clima. Sendo assim, o ideal é calcular a quantidade de água para cada pessoa e isso varia de 30 a 50ml por Kg/dia. Ou seja, existe um cálculo para descobrir a quantidade de água ideal para cada indivíduo, um exemplo seria multiplicar 30ml pelo peso corporal”, explica a especialista, que ressalta ainda que o ideal é ingerir a água pura, não tentando substituir por sucos. “E muito menos refrigerantes, pois estes devem ser evitados”, completa.
Manter o AME aberto é um a necessidade muito grande para a Saúde regional , para ampliar leitos de UTI existem possibilidades mais atrativas como já provado por Mário Celso.
Andradina/SP - Transformar o AME em um Hospital de Campanha para tratamento de casos de coronavívus não é um desejo da população de Andradina, nem de qualquer cidade da região que é atendida por ele; muito menos é um desejo do prefeito Mário Celso Lopes (Andradina) que puxa uma fila de prefeitos filiados a Amensp (Associação de Municípios do Extremo Oeste de São Paulo) e também do Ciensp, todos contrários, agora a transformação do AME também não tem o apoio da OSS Irmandade Santa Casa de Andradina, que Administra não só o AME de Andradina mas vários AMEs no Estado de São Paulo.
A constatação de que o Governo de São Paulo é o único interessado em desativar as atividades do AME de Andradina veio em um debate histórico promovido pela Câmera de Andradina, presidida pelo vereador Careca da Natação na última sexta-feira (19). O encontro teve forte participação da Câmara Municipal através de vereadores, representantes da Santa Casa e da Prefeitura Municipal.
Falando pela OSS de Andradina, o superintendente Sebastião Sérgio de Oliveira, afirmou que é contra o fechamento de um atendimento “pulsante” como é o do AME de Andradina para implantação de 10 leitos de UTI e 10 leitos de enfermaria.
A proposta da OSS é apoiar a iniciativa do prefeito Mário Celso em concentrar os atendimentos no CAC (Central de Atendimento ao Covid) e tentar transferir essa iniciativa do governo para a própria central.
Também participaram do evento o Diretor da OSS Andradina, Fábio Óbici, o Secretário de Saúde João Leme e o Secretário de Governo, Ernesto Júnior.
“Nos honra participar de um encontro desses em um momento assustador em que todos estamos vivendo, pois o objetivo de estarmos juntos hoje é único, o bem estar da população”, disse Mário Celso.
Leitos profissionais e não de campanha
Utilizando de ações que toma comumente em seus negócios pessoais, Na última semana Mário Celso, usando seu poder de negociação, que é uma marca pessoal, conseguiu comprar todos os respiradores diretamente da Fábrica, com o valor dois terços menos, fazendo que cada unidade, cotada comumente a R$ 90 mil, custasse em torno R$ 30 mil par ao município. Na negociação, Mário garantiu o mesmo preço ao prefeito Paulinho Boaventura, de Castilho que receberá três respiradores.
O mesmo se repetiu na compra de outros insumos por parte da necessários para a ativação e até mesmo os próprios leitos, que estão sendo produzidos diretos na fábrica e devem começar a ser entregues ainda esta semana.
Quanto aos respiradores, Mário Celso já cedeu um avião particular para fazer o transporte dos equipamentos nesta segunda-feira (22).
O objetivo é a instalação de leitos profissionais e não de campanha, a exemplo será a única UTI covid do Brasil a ter aparelhos de hemodiálise conectados. “Nos mais idosos uma das grandes preocupações está justamente na falência dos rins eu é um dos efeitos da intubação”, explicou Mário Celso, lembrando que foi isso que levou sua mãe ao óbito.
Leitos Humanizados
Outo ponto essencial para Mário Celso é tirar a característica de sofrimento que está ligada ao CAC. Sabemos que já é um momento aterrorizante para os pacientes e suas famílias então a gente pode sim tornar o atendimento do CAC mais humanizado”, disse Mário Celso.
Mário acredita na centralização dos tratamentos do Covid no CAC, que está ao lado de um hospital como a Santa Casa de Andradina e que este atendimento possa ser exemplar para o Brasil também em humanização.
Manifestações populares
As redes sociais são palco de muitas manifestações populares contrárias ao. Elas unem todas as classes sociais, ideários políticos e gente de toda parte.
O objetivo é fazer o governo estadual ouvir a voz do interior e não cancelar as atividades do AME.
Cancelar as atividades do AME é cancelar todos aqueles inúmeros serviços necessárias de consultas, exames, cirurgias, entre outros para 12 municípios da região. Ter o AME fechado por quatro meses representa 20.240 consultas, 3.480 cirurgias, 2.996 exames.
O cancelamento não é problema para quem tem recursos para buscar atendimento em algum outro lugar. Mas para o povo pobre não ter o AME é ser abandonado à própria sorte.
SÃO CARLOS/SP - A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de São Carlos, presidida pelo vereador Lucão Fernandes (MDB) e composta pelos vereadores Cidinha do Oncológico (PP) e Sérgio Rocha (PTB), protocolou na Câmara Municipal uma indicação de Projeto de Lei, sugerindo ao Prefeito Municipal Airton Garcia à implementação de restrição ao transporte de passageiros em ônibus e em quaisquer outros meios de transporte coletivo em pé, nos horários de pico compreendido entre 5 e 9 horas e 17 e 20 horas, enquanto perdurar a pandemia do Coronavírus. O Projeto prevê multa a ser aplicada pela autoridade competente, designada para fiscalização no cumprimento desta obrigação legal.
“Estamos preocupados com o estágio que se encontra esta pandemia e o transporte coletivo acaba sendo um ponto de aglomeração de pessoas nos horários de pico. A nossa intenção com essa indicação é sensibilizar o prefeito a obrigar a empresa que realiza o transporte público na cidade a colocar mais ônibus nestes horários, para que assim todos os passageiros possam seguir o seu destino sentados e não amontoados como observamos em algumas linhas”, justificou Lucão.
A indicação será analisada pelos vereadores na sessão da próxima terça-feira (23)
O estoque de medicamentos é suficiente apenas para os próximos 7 dias. Se o fornecimento não for normalizado, as cirurgias de emergência e os atendimentos na UTI COVID também podem ser prejudicados
SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa de São Carlos suspendeu todas as cirurgias eletivas nesta sexta-feira (19) por falta de anestésicos. A medida vale para todos os procedimentos SUS, convênios e particulares.
Atualmente, os três medicamentos mais usados são o Fentanil, o Atracurio e o Midazolam. Os dois primeiros são suficientes para os próximos dez dias. Enquanto o estoque do Midazolam já se esgotou.
A falta dos medicamentos se deve à alta demanda em função da pandemia. Para se ter uma ideia, a média de consumo antes da COVID-19 era de 1.300 ampolas por mês. Neste momento, o hospital tem consumido 9.900 ampolas por mês.
“Alguns anestésicos estão com preços 400% mais elevados se comparado ao período anterior à pandemia. Mas mesmo pagando mais caro, os fornecedores não têm esses medicamentos disponíveis para fornecimento. Uma realidade que a gente tem visto ser noticiada em todo o país e que agora está chegando até nós”, explica o Provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Júnior.
A Santa Casa está notificando a Secretaria Municipal de Saúde, o Departamento Regional de Saúde de Araraquara (do qual São Carlos faz parte), o Governo do Estado de São Paulo, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal sobre a falta dos anestésicos e sobre a decisão de suspender as cirurgias eletivas.
“A previsão é de que em uma semana, não tenhamos mais nenhum anestésico disponível para ser fornecido para nós. Por isso, decidimos suspender todas as cirurgias eletivas. Se a realidade não mudar nos próximos dias, corremos o risco de não conseguir realizar nem as cirurgias de urgência e emergência e nem manter os atendimentos na UTI COVID”, ressalta o infectologista e diretor técnico da Santa Casa, Vitor Marim.
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