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LISBOA - Novo relatório da OMM (Organização Meteorológica Mundial) confirmou que a última década foi a mais quente da história. Pelos cálculos da entidade, que é vinculada à ONU (Organização das Nações Unidas), os últimos nove anos (2015-2023) foram os mais tórridos já registrados.

De acordo com o documento, apresentado na terça-feira (19), o recorde absoluto de temperatura é agora de 2023, que superou "com folga" seus antecessores. O ano registrou novas máximas globais em vários quesitos, incluindo temperatura dos oceanos, degelo da Antártida e aumento do nível do mar.

Na avaliação da OMM, o ano passado foi cerca de 1,45°C mais quente do que média registrada entre 1850 e 1900. Em janeiro, o observatório Copernicus, da Agência Espacial Europeia, já havia classificado 2023 como o recordista absoluto de calor, com valores 1,48°C acima dos níveis de pré-industriais.

A secretária-geral da entidade, Celeste Saulo, destacou que a humanidade nunca esteve tão próxima de ultrapassar, ainda que de forma temporária, a meta estabelecida no Acordo de Paris de limitar o aumento global de temperaturas preferencialmente a 1,5°C.

"A comunidade da Organização Meteorológica Mundial está soando o alerta vermelho para o mundo", afirmou.

"As alterações climáticas envolvem muito mais do que temperaturas. O que nós testemunhamos em 2023, especialmente com o calor sem precedentes nos oceanos, o recuo dos glaciares e a perda de gelo marinho na Antártida, é motivo de particular preocupação", completou.

O relatório traz uma compilação de dados considerados alarmantes pelos cientistas. "Em um dia normal em 2023", quase um terço dos oceanos globais foi assolado por uma onda de calor marinha, o que traz danos para ecossistemas vitais. O ano se encerrou com mais de 90% do oceano tendo registrado esse fenômeno.

O documento da OMM destacou também a ocorrência de uma série de outros eventos climáticos extremos em 2023, incluindo inundações, secas, incêndios florestais e ciclones tropicais.

O número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave no mundo disparou, passando de 149 milhões, antes da pandemia, para 333 milhões em 2023. O relatório reconhece que as alterações climáticas não são as únicas responsáveis pela crise alimentar, mas indica que os extremos meteorológicos e climáticos agravaram a situação.

Em uma mensagem exibida durante o lançamento, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou o senso de urgência do combate às mudanças climáticas. "Sirenes estão soando em todos os principais indicadores", afirmou.

Ainda que a concentração de gases-estufa emitidos pela humanidade seja a principal razão para o aumento das temperaturas, a presença do fenômeno climático El Niño, a partir de meados do ano, contribuiu para pressionar ainda mais os termômetros em 2023.

Na avaliação do chefe de monitoramento climático da OMM, Omar Baddour, é possível que 2024 também seja de extremos, uma vez que, normalmente, o ano seguinte a um El Niño tende a ser mais quente.

"Se a margem de 2023 fosse menor do que aquilo que nós vimos, eu diria com certeza que 2024 quebraria o recorde de calor", afirmou. Segundo Baddour, ainda "não podemos dizer com certeza que 2024 será o ano mais quente", mas há uma grande probabilidade de que haja ao menos um empate com 2023.

O cientista destacou ainda que o último janeiro teve as temperaturas médias mais elevadas já registradas para o mês. "Portanto, os recordes ainda estão sendo quebrados."

Líder da organização Meteorológica Mundial, Celeste Saulo disse acompanhar com atenção a onda de calor atual no Rio de Janeiro, onde a sensação térmica atingiu 62,3°C no domingo (17), um recorde de acordo com o sistema Alerta Rio.

"Eu estou muito preocupada com o que ouvimos sobre o Rio de Janeiro", declarou, ressaltando, contudo, que os valores registrados na capital fluminense ainda não foram confirmados.

"Ainda precisamos usar nosso controle de qualidade para ter certeza [dos dados] e confirmar os valores, mas eu considero que a mensagem já clara: estamos com temperaturas muito acima daquelas que costumávamos ter. Nossas populações não estão preparadas para lidar com isso, assim como nossas infraestruturas e nossas casas", completou.

Apesar do cenário negativo apresentado, os especialistas da Organização Meteorológica Mundial ressaltaram que a expansão da geração de energia renovável trouxe um "vislumbre de esperança" para as metas de descarbonização.

Puxada sobretudo pelo aumento da energia solar, eólica e hidráulica, a capacidade de geração de energia renovável aumento quase 50% em relação a 2022.

A entidade destacou a necessidade de ampliar o financiamento para a adaptação e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. "O custo da ação climática pode parecer elevado, mas custo da inação climática é muito mais elevado", disse Saulo.

 

 

POR FOLHAPRESS

SÃO PAULO/SP - A última semana do verão e os primeiros dias de outono podem apresentar grandes acumulados de chuva, com volume acima de 100 milímetros por dia, especialmente no centro-norte do país, devido à combinação do calor e alta umidade. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na semana entre os dias 18 e 25 de março a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) continuará influenciando as instabilidades no extremo norte do Brasil, provocando chuvas intensas.

Na região Norte, são previstas pancadas de chuvas, com valores que podem superar os 100 milímetros, principalmente em áreas do Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. As chuvas mais intensas podem vir acompanhadas de rajadas de vento e trovoadas.

No Centro-Oeste, as chuvas deverão ser mais regulares durante a semana. Os estados de Mato Grosso e Goiás terão os volumes mais expressivos de chuvas e poderão ficar em torno de 70 mm/dia. Por outro lado, em Mato Grosso do Sul, a chuva deverá ser irregular, com total em média de 40 mm, em 24h.

A chuva também cairá com mais intensidade no norte da região Nordeste. Áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará deverão registrar os maiores acumulados, que poderão alcançar os 100 mm/dia. Mas, no leste da região, as chuvas deverão ser menos intensas quando comparadas com a semana anterior, com valores em torno de 40 mm.

Já para a região Sudeste, a previsão é de mais chuva no estado do Rio de Janeiro, Vale do Paraíba e litoral norte de São Paulo e no sul e Zona da Mata de Minas Gerais, com acumulados em torno de 80 mm/dia. Pontualmente, pode ser registrada chuva mais intensa, acompanhada de rajadas de vento e trovoadas.

Por fim, a região Sul terá a semana marcada por temporais isolados, especialmente em áreas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O total de chuva pode ficar em torno de 80 mm.

Previsão de chuva para 1ª semana (18 a 25/03/2024). Foto: INMET

Previsão de chuva para a semana de 18 a 25/03/2024. Foto: INMET - Inmet

Outono

O outono no hemisfério Sul começará à 0h06 (horário de Brasília) desta quarta-feira (20) e terminará em 21 de junho, às 17h51. A estação é considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, principalmente, na parte central do país. Neste período, as chuvas são mais escassas no interior do Brasil, em particular no semiárido nordestino.

Na parte norte das regiões Norte e Nordeste, ainda é época de muita chuva, principalmente se houver a persistência da ZCIT atuando mais ao sul de sua posição climatológica. A estação também é caracterizada por incursões de massas de ar frio, oriundas do sul do continente, que provocam o declínio das temperaturas do ar, principalmente na Região Sul e parte da Região Sudeste.

Durante a estação, o Inmet aponta as primeiras ocorrências de fenômenos adversos típicos do outono, como: nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e em Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul e friagem no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

 

 

Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil 

SÃO CARLOS/SP - Se você acha que com o fim do verão o calor diminuirá, você está enganado. Pois, à medida que o mês de março avança, as projeções da Climatempo indicam a chegada de mais uma onda de calor ao Brasil com dias escaldantes. O aumento de temperatura irá impactar principalmente as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Segundo a Climatempo, o ar quente e seco ganha força na região do Chaco Paraguaio e norte da Argentina ao longo desta semana. Depois, ele se expande para todos os Estados do Sul, o Mato Grosso do Sul, a região sul do Mato Grosso, o Triângulo Mineiro e o interior de São Paulo. Essas localidades devem enfrentar calor intenso entre os dias 11 e 15 de março.

Na maior parte da área atingida, o aumento de temperatura irá variar entre 3°C e 5°C acima da média. Porém, aqui em São Carlos, o aumento de temperatura deve ultrapassar os 5ºC, caracterizando a onda de calor.

Do início desta semana até o dia 17 de março a previsão é que todos os dias ultrapassem os 34°C, em São Carlos.

Março é o mês do equinócio de outono no hemisfério sul, que marca a passagem do verão para o outono. Segundo a Climatempo, durante essa época, a inclinação do eixo da Terra em relação ao Sol faz com que os raios solares incidiam de forma mais direta sobre a linha do Equador. Isso deveria resultar em dias mais curtos e temperaturas mais amenas.

ALEMANHA - O observatório europeu Copernicus divulgou nesta quinta-feira (8) dados alarmantes: Janeiro de 2024 foi o oitavo mês consecutivo com recordes de temperatura, confirmando uma tendência preocupante de aquecimento global.

Desde junho de 2023, cada mês tem sido o mais quente já registrado para o período. Como consequência, 2023 foi oficialmente o ano mais quente da história, e 2024 segue um ritmo igualmente preocupante.

Em janeiro de 2024, a temperatura média do ar de superfície atingiu 13,14°C, 0,70°C acima da média de janeiro entre 1991 e 2020. Esse valor supera em 0,12°C o recorde anterior, estabelecido em janeiro de 2020.

A temperatura média global nos últimos doze meses (fevereiro de 2023 a janeiro de 2024) também é a mais alta já registrada, 0,64°C acima da média de 1991-2020 e 1,52°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.

Os oceanos também não escaparam da onda de calor. A temperatura média da superfície do mar global para janeiro de 2024 atingiu 20,97°C, um novo recorde para o mês. Este valor é 0,26°C mais quente do que o janeiro mais quente anterior (2016) e o segundo valor mais alto para qualquer mês no conjunto de dados do Copernicus, empatado com agosto de 2023 (20,98°C).

A sequência de recordes de temperatura e a confirmação de 2023 como o ano mais quente da história servem como um alerta urgente sobre a necessidade de medidas contundentes para combater o aquecimento global. A comunidade científica reforça que a mitigação dos impactos da crise climática é um desafio que exige uma resposta global e imediata.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

PARIS - O ano de 2023 foi confirmado como o mais quente há registrado, de acordo com relatório divulgado na terça-feira, 9, pelo observatório europeu Copernicus. A temperatura média no ano passado foi 1,48 ºC mais quente do que na era pré-industrial, de acordo com a agência.

Este valor é um pouco inferior aos 1,5°C que o mundo havia proposto como limite, no âmbito do Acordo Climático de Paris em 2015, a fim de evitar os efeitos mais graves do aquecimento global. E janeiro de 2024 está a caminho de ser tão quente que, pela primeira vez, um período de 12 meses excederá o limite de 1,5°C, disse Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudança Climática do Copernicus.

Os cientistas sustentam que o planeta precisaria de um aquecimento médio de 1,5°C ao longo de duas a três décadas para violar tecnicamente o limite. "A meta de aquecimento de 1,5°C tem de ser mantida porque vidas estão em risco e há decisões que terão de ser tomadas e essas decisões não afetarão você ou a mim, mas afetarão nosso povo. Filhos e netos", disse Samantha.

O calor recorde causou estragos e até mortes na Europa, América do Norte, China e muitos outros lugares no ano passado. Mas os cientistas também alertam que o aquecimento atmosférico está causando fenômenos climáticos extremos, como a seca prolongada no chifre da África, as chuvas torrenciais que destruíram barragens e mataram milhares de pessoas na Líbia e os incêndios florestais no Canadá que poluíram o ar da América do Norte até a Europa.

Pela primeira vez, os países reunidos na conferência anual das Nações Unidas sobre o clima, em dezembro do ano passado, concordaram em abandonar os hidrocarbonetos responsáveis pelas alterações climáticas, mas não estabeleceram requisitos concretos para o fazer.

O Copernicus estima que a temperatura global média em 2023 foi cerca de um sexto de 1°C superior ao recorde anterior estabelecido em 2016.

Embora isto pareça um valor minúsculo no contexto dos registros globais, é uma margem excepcionalmente grande para um recorde, disse a vice-diretora do Copernicus. A temperatura global média em 2023 foi de 14,98°C, calcula o Copernicus.

"Os recordes foram quebrados durante sete meses. Tivemos junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro mais quentes", disse Samantha.

"Não foi apenas uma temporada ou apenas um mês que foi excepcional. Foi excepcional por mais de metade do ano. Existem vários fatores que contribuíram para que 2023 fosse o ano mais quente já registrado, mas de longe o maior foram os gases com efeito de estufa que retêm o calor na atmosfera", disse ela. Esses gases provêm da queima de carvão, petróleo e gás natural.

 

 

POR ESTADAO CONTEUDO

ALEMANHA - Começou este ano com junho. Depois vieram julho, agosto, setembro e outubro. Agora é a vez de novembro. O mês passado foi o novembro mais quente já registrado na Terra, segundo o sistema Copernicus Climate Change. O planeta caminha, em meio à crise climática, para ter 2023 como o ano mais quente da história, aponta o observatório europeu.

Os outros meses de 2023 também se encontram, no mínimo, entre os dez mais quentes -sempre em relação ao mesmo período em outros anos.

Segundo o Copernicus, a temperatura média da superfície em novembro foi de 14,22°C, cerca de 0,85°C acima da média do período de 1991 a 2020. O valor é 0,32°C acima do recorde anterior para o mês, em 2020.

"As temperaturas extraordinárias de novembro em todo o mundo, incluindo dois dias mais quentes do que 2ºC acima [da média de temperatura] do período pré-industrial, significam que 2023 é o ano mais quente da história", diz Samantha Burgess, diretora-adjunta do Copernicus Climate Change Service.

Em relação à temperatura média dos meses de novembro do período pré-industrial (1850-1900), a medição fora do comum em novembro de 2023 é ainda mais pronunciada: o mês foi cerca de 1,75°C mais quente.

De janeiro até novembro, a temperatura média registrada no planeta foi a maior já vista, com 1,46°C acima da temperatura média do período pré-industrial. O valor também já supera o que tivemos na média dos onze primeiros meses de 2016, o ano mais quente já registrado até aqui.

O Acordo de Paris, concretizado em 2015, estipula que a humanidade deve fazer esforços para não ultrapassar os 2°C de aumento de temperatura média da Terra, mas preferencialmente ficar abaixo de 1,5°C.

Apesar dos dados para o ano atual, isso não necessariamente significa que as metas do Acordo de Paris não tenham sido atingidas, considerando que o acordo trata de períodos mais longos de tempo. Mesmo assim, a situação que se apresenta somada aos compromissos climáticos atuais dos países tornam distante a meta de manter o aquecimento planetário abaixo do 1,5°C.

Também levado em conta pelo Copernicus, o El Niño é um evento que impacta as temperaturas da superfície do oceano Pacífico Equatorial -provocando diversos efeitos climáticos em outras regiões-, mas, segundo o observatório europeu, as anomalias vistas, para as mesmas épocas do ano, são menores do que as registradas no forte evento de 2015.

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Os dados do Copernicus saem em meio às negociações climáticas na COP28, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, em Dubai, na qual se discute os possíveis destinos para os combustíveis fósseis -como "reduzir" ou "eliminar"-, em meio a um recorde de presença de lobistas dos fósseis.

A atual COP também já ficou marcada pelo seu presidente, o Sultan al-Jaber, presidente da Adnoc, petroleira estatal dos Emirados Árabes Unidos, que demonstrou negacionismo em relação à ciência que guia a questão climática. O jornal britânico The Guardian revelou uma videoconferência em que al-Jaber diz não haver ciência por trás da meta de eliminação dos combustíveis fósseis -o que é falso.

Após a revelação, o presidente da COP28 convocou uma entrevista coletiva junto ao presidente do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), Jim Skea. Nessa, al-Jaber afirmou respeito à ciência e disse que focaria nas negociações. Skea, por sua vez, destacou os dados sobre o abandono gradual dos combustíveis fósseis.

Não é somente o Copernicus que aponta que 2023 será o ano mais quente da história. Durante a COP28, foi divulgada uma análise da OMM (Organização Meteorológica Mundial), ligada à ONU, que chega à mesma conclusão.

Segundo a análise da OMM, o ano atual deve registrar uma média de temperatura 1,4°C acima dos níveis pré-industriais, o que se soma a "uma cacofonia ensurdecedora" de recordes climáticos quebrados, como citado mais acima.

"Enquanto as concentrações de gases de efeito estufa continuarem aumentando, não podemos esperar resultados diferentes dos observados este ano. A temperatura continuará subindo e os impactos de ondas de calor e secas também aumentarão", diz Carlo Buontempo, diretor do Copernicus Climate Change Service.

Um relatório divulgado esta semana projeta que 2023 terá o recorde de emissões globais por combustíveis fósseis.

De modo geral, o Copernicus tem dados disponíveis a partir de 1940. Porém, Burgess, diretora-adjunta do Copernicus Climate Change Service, apontou, recentemente, que o potencial de análise histórica das temperaturas vai bem além disso.

"Quando combinamos nossos dados com o IPCC, podemos dizer que este é o ano mais quente dos últimos 125 mil anos", afirmou Burgess.

 

 

POR FOLHAPRESS

SÃO CARLOS/SP - Nesta quarta-feira (19), o dia será marcado pela presença de nebulosidade em toda faixa leste do Estado de São Paulo, com condições para ocorrência de chuva fraca ao longo do dia. Nas demais regiões do interior paulista, o Sol aparece entre nuvens, sem condições para precipitação. As temperaturas na faixa leste não devem subir muito ao longo das horas, por outro lado, nas demais áreas os termômetros devem registrar um aumento gradativo com o passar do tempo.

Pela ausência de chuvas e consequentemente de umidade no ar nas regiões do interior do Estado, o destaque deve ser os baixos índices de URA, que podem chegar a níveis críticos abaixo dos 30%, aumentando assim o risco para incêndios e demandando atenção em áreas de vegetação seca.

ESPANHA - Os espanhóis têm ficado sob a sombra dos parques, ido à praia ou optado por bebidas geladas para enfrentar temperaturas sufocantes de até 43°C, enquanto o país experimenta sua segunda onda de calor neste ano.

O sol quente do verão combinado com uma frente de ar quente do norte da África elevou as temperaturas, disseram os meteorologistas da estatal AEMET no domingo, 10, e a onda de calor pode durar até 14 de julho.

A temperatura mais alta registrada foi de 43°C no entorno do rio Guadalquivir, perto de Sevilha, no sul do país, e em Badajoz, no oeste espanhol, disseram os meteorologistas.

O porta-voz da AEMET, Ruben del Campo, disse à Reuters que as temperaturas podem chegar a 44°C em Córdoba ou Extremadura, no sul da Espanha.

Em junho, os espanhóis enfrentaram a mais antecipada onda de calor desde 1981, de acordo com a AEMET, com temperaturas superiores a 40°C em partes do centro e do sul da Espanha.

 

 

Por Jon Nazca e Susana Vera / REUTERS

EUA - A mudança climática pode alterar severamente a temperatura dos mares e oceanos, causando a extinção de grande parte das espécies encontradas neste ecossistemas. Apesar dessa frase se assemelhar à extinção do Ordoviciano-Siluriano que matou cerca de 85% das espécies marinhas há 440 milhões de anos ela também pode se referir a um período mais atual.

Isso porque um estudo da revista Science, publicado em abril de 2022, apontou que a emissão contínua de gases de efeito estufa pode significar um grande risco de extinção em massa para os animais marinhos. Esse risco se explica devido ao fato do aquecimento global ser responsável pelo aumento da temperatura dos oceanos e a redução do oxigênio nesses ecossistemas.

Os cientistas envolvidos no estudo fizeram uma projeção de como seria o futuro da biodiversidade marinha em diferentes cenários da mudança climática. Os estudiosos apontam que sem a redução das emissões, o impacto da mudança climática vai reduzir a vida marinha consideravelmente até o ano de 2100.

 

Estudo

Para realizar essa previsão, os envolvidos na pesquisa utilizaram informações fisiológicas existentes sobre as espécies marinhas atuais, e modelos de mudanças climáticas. Essa união de realidades fez com que os cientistas conseguissem prever como as mudanças nas condições de habitat vão afetar a sobrevivência de animais aquáticos na Terra.

Segundo os estudiosos, existe um padrão que dita o futuro da vida marinha. Esse padrão determina que toda a vez que a temperatura do mar aumenta, a quantidade de oxigênio nas águas diminui significativamente.

Animais marinhos que vivem em águas frias não têm o organismo preparado para sobreviver em oceanos quentes. Logo, as criaturas marinhas que vivem nos polos (Norte e Sul) seriam as primeiras eliminadas pela extinção em massa.

Como os níveis metabólicos de uma espécie aquática aumentam junto da temperatura, a demanda por oxigênio do organismo aumenta também. Logo, se o oxigênio disponível não for o suficiente para a espécie, ela pode mudar de habitat ou apenas se render à extinção.

Apesar das criaturas marinhas apresentarem mecanismos psicológicos que as ajudam a lidar com mudanças de ambiente, elas possuem um limite. Como dito anteriormente, as criaturas polares seriam as primeiras a morrer devido à indisponibilidade de regiões mais frias que os polos.

 

Como resolver

Depois delas, as espécies que se localizam nos trópicos se mudariam para os pólos e passariam a viver na região. Já os animais nativos de regiões de linha equatorial precisariam se mudar para os trópicos. Afinal, os oceanos da região equatorial já são conhecidos por serem quentes e com baixos níveis de oxigênio. Um agravamento nessa situação só tornaria a região equatorial um lugar impossível para a vida de alguns animais marinhos.

A maneira correta de evitar que o avanço do aquecimento global cause essa extinção em massa é trabalhando para reduzir as mudanças climáticas. Ou seja, se o planeta caminhar para um aumento de 2 graus Celsius, em vez de cinco, é possível reduzir o risco de extinção para cerca de 70%.

Para isso, pessoas, empresas e governos no mundo todo precisam se juntar para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, a sociedade precisa lutar pelo fim de outros tipos de problemas que afetam a biodiversidade marinha, como a pesca predatória, a caça de animais e a poluição dos oceanos.

 

 

Equipe eCycle

SÃO CARLOS/SP - A Defesa Civil do Estado informa que, entre sexta-feira (15) e terça-feira (19), novas instabilidades irão avançar no Estado, provocando condições para chuvas fortes, contínuas e volumosas, seguidas por raios, ventos e granizo, em todo o Estado de São Paulo.

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