Atividades são online, gratuitas e abertas ao público
SOROCABA/SP - De 16 a 26 de abril, a Biblioteca da UFSCar-Sorocaba (B-So) realiza o minicurso virtual "Como fazer citação e referência". Ministrado pela bibliotecária Milena Polsinelli Rubi, o minicurso tem por objetivo apresentar as regras para fazer citações e referências em trabalhos acadêmicos, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
As atividades serão realizadas por meio do ambiente virtual Google Classroom, sem horários fixos, ou seja, cada participante poderá acessar o material e fazer as tarefas em seu próprio tempo, dentro do período previsto. Para participar, é preciso ter conta pessoal no GMail (e-mails institucionais migrados para a plataforma GSuit-Google não dão acesso ao curso).
A iniciativa é gratuita e aberta a todas as pessoas interessadas (não precisa ter vínculo com a UFSCar), seguindo o cronograma: 13 de abril, inscrições, neste formulário online (https://bit.ly/3ma4TpU), até completarem as 300 vagas disponíveis; 16 a 26 de abril, disponibilização do material de estudo e realização das atividades; 26 de abril, entrega da avaliação final; e 27 de abril, encerramento da turma. Durante todo o período, será possível tirar dúvidas com a bibliotecária.
Haverá emissão de certificado, que está condicionada à inscrição e à entrega da avaliação final no prazo determinado. Mais informações podem ser acessadas no site da B-So (https://bit.ly/3fyQqCH). Dúvidas devem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Inscrições devem ser feitas pela Internet
SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições do processo seletivo para docente substituto na área de Língua Brasileira de Sinais (Libras), para atuação no Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Estão sendo ofertadas duas vagas. As inscrições podem ser feitas pela Internet, até 14 de abril.
Os candidatos devem ter graduação em Letras-Libras, Letras, Pedagogia, Linguística, Psicologia, Educação Especial ou Fonoaudiologia e ter título de mestre em Educação, Educação Especial, Linguística, Linguística Aplicada ou Letras. O regime de trabalho é de 40 horas semanais.
O processo seletivo simplificado constará de análise do curriculum vitae documentado e aferição de proficiência em Libras, de caráter eliminatório e classificatório. Todas as informações devem ser conferidas no edital (https://bit.ly/3dysrAR), disponível no site concursos.ufscar.br, nas opções Fase de Inscrição - Professor Substituto - São Carlos.
Estudo da UFSCar busca voluntários para avaliar protocolo a distância
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de Iniciação Científica, desenvolvida no Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem como objetivo investigar se um protocolo de exercícios a distância para pacientes com dor crônica no joelho tem maior eficácia clínica, caracterizada por melhora da intensidade de dor e função física, quando associado à telerreabilitação. O estudo busca voluntários a partir de 45 anos para aplicar o protocolo de exercícios remotamente.
A pesquisa é realizada no Laboratório de Análise da Função Articular do DFisio, pela graduanda Gabriella da Silva Ribeiro, sob coordenação de Stela Márcia Mattiello, docente do DFisio, e Jéssica Bianca Aily, pós-graduanda do Departamento.
Gabriella Ribeiro explica que, na telerreabilitação realizada de maneira assíncrona, são enviadas orientações, como materiais por escrito e vídeos, e o paciente realiza o exercício de forma independente. O terapeuta realiza contatos periódicos para entender como o paciente está se adaptando à modalidade e se serão necessários alguns ajustes. "Essa modalidade de reabilitação também pode ser utilizada em outros momentos e é uma estratégia importante para pessoas que moram em locais distantes de centros de reabilitação ou querem ter maior flexibilidade de horário, por exemplo", explica a estudante.
A ideia do estudo foi aplicar a telerreabilitação em pacientes com dor crônica por ser uma condição muito frequente na população. A expectativa é que, após a telerreabilitação, os voluntários tenham uma melhora clínica significativa, com redução da intensidade de dor e melhora da funcionalidade. Além disso, Ribeiro aponta que a pesquisa poderá oferecer "possíveis evidências de que a modalidade remota também fornece benefícios para a população e, assim, os fisioterapeutas que atuam nos diferentes serviços de saúde terão maior segurança para utilizar a estratégia".
Para desenvolver o estudo, estão sendo convidados voluntários, com idade a partir de 45 anos, que sintam dor no joelho há pelo menos três meses, que não tenham realizado cirurgia nos membros inferiores e tenham acesso à Internet. Devido à pandemia, todas as etapas da pesquisa serão realizadas de maneira remota, por preenchimento de questionários online e videochamadas. Interessados em participar do estudo devem entrar em contato com a pesquisadora até o dia 15 de abril, pelo telefone (35) 99175-4262 ou pelo e-mail gabriellaribeiro@estudante.
Aulas serão online; inscrições estão abertas até 12 de abril
SÃO CARLOS/SP - O Núcleo de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica (NEA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas para o Curso de Formação de Agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) - Agentes Populares de Agroecologia. O curso destina-se prioritariamente a agricultores familiares, assentados de reforma agrária, comunidades tradicionais, estudantes, e agentes de ATER.
A iniciativa é parte do projeto "Terra, Agroecologia e Universidade: articulando saberes, trocando experiências e construindo conhecimentos", financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O curso é gratuito e tem carga horária de 80 horas. As aulas serão realizadas pela plataforma Google Meet e pelo sistema Google Classroom. São ofertadas 50 vagas. As inscrições podem ser realizadas até 12 de abril, através de formulário eletrônico (disponível em https://bit.ly/3rAgXlA). Os inscritos serão selecionados a partir dos critérios preferenciais do público-alvo e da análise da manifestação de interesse. Mais informações, incluindo cronograma e metodologia, podem ser conferidas no próprio formulário de inscrição (https://bit.ly/3rAgXlA). Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
O NEA, responsável pela formação, é vinculado ao Núcleo de Pesquisa e Extensão Rural (Nuper), também da UFSCar. O Nuper tem como objetivo aprofundar conhecimento e reflexão crítica sobre questões agrárias, agroecológicas e políticas públicas para o rural, por meio de pesquisa, extensão, articulação de redes e formação, visando ao desenvolvimento rural em suas múltiplas dimensões. Saiba mais nas páginas do Nuper no Facebook (facebook.com/nuperufscar) e Instagram (instagram.com/nuper_ufscar).
Sobre o projeto
O curso é vinculado ao projeto "Terra, Agroecologia e Universidade: articulando saberes, trocando experiências e construindo conhecimentos", que busca a criação e consolidação de um Núcleo de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica (NEA) no Campus São Carlos da UFSCar, a fim de fortalecer as alianças entre a comunidade universitária e as comunidades rurais da agricultura familiar no estado de São Paulo.
O principal foco é o desenvolvimento de trabalhos de extensão rural baseados em princípios agroecológicos e metodologias participativas em assentamentos da Reforma Agrária e junto aos povos e comunidades tradicionais do território. Entre os objetivos do projeto está a criação de três grupos de referência, a partir do trabalho com três assentamentos rurais no estado de São Paulo, todos na modalidade de Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS): PDS Mário Lago, em Ribeirão Preto; PDS Sepé Tiaraju, na divisa dos municípios de Serrana e Serra Azul; e PDS Santa Helena, no município de São Carlos. Com isso, o intuito é fortalecer a Agroecologia, a transição agroecológica e os sistemas de produção orgânicos na região de Ribeirão Preto e São Carlos.
Título homenageia a trajetória do escritor e seu compromisso com a educação pública e a transformação do País
BURI/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aprovou, no dia 26 de março, a outorga do título de Doutor Honoris Causa a Raduan Nassar, por sua trajetória na Literatura e, também, considerando sua participação na história da Universidade, a partir da doação, em 2012, da fazenda Lagoa do Sino, onde hoje está o Campus Lagoa do Sino da UFSCar. A deliberação foi um momento muito especial da primeira sessão da 247ª Reunião Ordinária do Conselho Universitário (ConsUni), marcado por emoção e qualificado como histórico pelos conselheiros.
A Reitora Ana Beatriz de Oliveira destacou sua honra em presidir a reunião do ConsUni responsável pelo reconhecimento e homenagem à trajetória do escritor e a seu compromisso com a educação pública e a transformação do País. A Presidente do ConsUni registrou também lamentar que a proposta, elaborada e apresentada pelo Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) em 2017, não tenha sido levada ao Conselho à época, adiando a concessão do título. Ana Cristina Juvenal da Cruz, hoje Diretora e então Vice-Diretora do CECH, apresentou na reunião o histórico do processo e também externou a insatisfação do Centro diante da demora.
"A aprovação em 2021 é crucial, diante do momento em que a história brasileira se encontra, para que façamos esse gesto político de outorgar a titulação ao Raduan pelo que ele representa não somente como escritor, mas também como intelectual engajado politicamente. A defesa que fazemos para que o Conselho aprove o título se dá pela trajetória de Raduan, pelo que ele nos ensinou e ensina, e também pelo tempo de hoje, que exige de nós que estejamos à altura do que precisa ser feito no atual contexto da sociedade brasileira. Para que aprendamos e nos inspiremos em pessoas como ele para nos opormos ao autoritarismo e buscarmos construir uma outra sociedade com solidariedade e sem preconceitos", defendeu a Diretora.
O documento que traça a trajetória de Raduan Nassar [https://bit.ly/3ue9WIF] e esteve em apreciação no ConsUni foi elaborado por uma comissão formada pelas docentes do Departamento de Letras Maria Sílvia Cintra Martins e Tânia Pellegrini (aposentada) e pelo docente do Departamento de Filosofia Wolfgang Leo Maar (também aposentado).
Em sua fala, Maria Sílvia Cintra Martins, estudiosa de Raduan Nassar há anos, agradeceu pela retomada da apreciação do título ao destacar que fará parte da história da UFSCar. Após explicar os critérios para a concessão da outorga - que estipulam que a pessoa homenageada precisa ser uma personalidade eminente que tenha contribuído para o progresso da Universidade, da região ou do País, ou que tenha se distinguido pela atuação em favor das Ciências, das Letras, das Artes ou da Cultura em geral -, Martins destacou a excepcionalidade do homenageado.
"Nassar preenche todos os requisitos para receber a honraria. Destaco sua contribuição para o progresso da UFSCar, por meio da doação de uma propriedade para o Campus Lagoa do Sino; sua distinção como intelectual combativo no sentido da construção de uma sociedade mais humana e democrática e por sua qualidade excepcional como escritor, atuando em favor das Letras e da Cultura", registrou.
Tânia Pellegrini evidenciou a contribuição de Nassar enquanto escritor. "Raduan é um dos poucos intelectuais que considero verdadeiramente humanista, revolucionário e militante. Ele escreveu poucos livros, mas sua obra é considerada um clássico, uma vez que nos permite, sempre que lida, encontrar ressonâncias com o presente por falar da história do Brasil, do seu povo e do conflito entre as diferentes populações brasileiras, sempre centrado no núcleo familiar", pontuou.
Wolfgang Leo Maar, por sua vez, destacou o elevado espírito público de Raduan Nassar ao doar sua propriedade para uma universidade pública. "Esse é um gesto raro na nossa sociedade, marcada pela proeminência do privado e pela enorme desigualdade de riqueza. O espírito público do escritor Raduan Nassar não se esgota nesse gesto, se expressa também pelo combativo engajamento público e político do intelectual crítico, que jamais deixou de se manifestar diante de injustiças e desigualdades da situação que vivemos", afirmou.
Messias Barbosa, assessor de Raduan, falou sobre a emoção em participar do momento, ao relembrar, diante das falas dos conselheiros, a implementação do Campus Lagoa do Sino. Ele ponderou que a homenagem a Raduan também é uma homenagem aos que estiveram envolvidos no processo, e que não poderia ter acontecido em outro momento. "Tinha de ser com uma gestão comprometida com a democracia, a educação pública, diversidade e cidadania. Estamos diante de um registro histórico muito bonito, pois é um resgate da história da UFSCar e, também, da do Raduan. Tenho certeza que ele está muito feliz", acrescentou.
Campus Lagoa do Sino A fazenda Lagoa do Sino, com 640 hectares, está situada geograficamente no município de Buri, sendo o núcleo urbano mais próximo o do município de Campina do Monte Alegre, a apenas seis quilômetros. Nela, o Campus Lagoa do Sino da UFSCar foi instalado e inaugurado oficialmente em 26 de junho de 2014.
No Campus, hoje, são oferecidos os cursos de graduação em Engenharia Agronômica, com foco em Agricultura Familiar; Engenharia Ambiental, com foco em Sustentabilidade, e Engenharia de Alimentos, focado em Segurança Alimentar.
A área doada inclui instalações como sede administrativa, salas de aulas, biblioteca, laboratórios e o restaurante universitário, abrigadas em partes das casas que já existiam na fazenda, junto a novas construções.
A escritura da doação da Fazenda Lagoa do Sino para a UFSCar foi assinada em 3 de fevereiro de 2011. O Campus mantém a produção agrícola que já existia na fazenda, principalmente pelos cursos oferecidos serem voltados para a agricultura, sobretudo a familiar, o que corresponde a 70% das propriedades rurais da região.
Raduan Nassar Raduan Nassar (Pindorama, 27 de novembro de 1935) é um escritor brasileiro galardoado com o Prêmio Camões em 2016.
Na adolescência foi para São Paulo com a família, onde cursou Letras, Direito e Filosofia na Universidade de São Paulo (USP). Estreou na Literatura no ano de 1975, com o romance Lavoura Arcaica. Em 1978, foi publicada a novela Um Copo de Cólera, escrita em 1970. Em 1997, foi publicada a obra Menina a caminho, reunindo seus contos dos anos 1960 e 1970.
Com apenas três livros publicados, é considerado pela crítica como um grande escritor e comparado a nomes consagrados da Literatura Brasileira, como Clarice Lispector e Guimarães Rosa. Deixou de escrever em 1984 e passou a dedicar-se à atividade rural na Fazenda Lagoa do Sino. Atualmente mora na cidade de São Paulo.
Interessados podem se inscrever até 21 de maio
SÃO CARLOS/SP - O Departamento de Engenharia de Produção (DEP) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas até 21 de maio para o curso de MBA em Gestão de Serviço e Transformação Digital (GSTD).
O curso é uma nova iniciativa na área de cursos de Especialização do DEP, reunindo as competências já consolidadas e aliadas a uma visão de mercado para difundir conhecimentos e formar profissionais em um dos setores mais dinâmicos e importantes para o País, que é o setor de serviços. O MBA tem como objetivo preparar os gestores de empresas de serviços e de empresas industriais orientadas a serviços para analisar e agir estrategicamente frente aos desafios impostos na criação, implementação e gestão de serviços. Além disso, volta-se para o futuro, preparando-os para liderar a transformação digital nas empresas de serviços.
Para isso, o curso traz uma visão abrangente e se baseia em quatro pilares de conhecimentos: Fundamentos da Gestão - voltado a desenvolver capacidades essenciais na gestão das empresas de serviços; Gestão de serviços - focado em desenvolver capacidades ligadas ao design, operação e qualidade dos serviços; Excelência operacional em Serviços - voltado à melhoria operacional dos processos de serviços; e Transformação digital em Serviços - focado em discutir como as novas tecnologias vêm transformando as empresas de serviços e como aproveitar essas oportunidades.
O MBA em Gestão de Serviços e Transformação Digital (GSTD) está direcionado a empresários, diretores, gerentes e profissionais que possuem curso de nível superior e que desejam atualizar-se nas modernas técnicas da gestão de serviços e transformação digital.
A carga horária total do curso é de 440 horas, sendo 368 de aulas, 12 de atividades avaliativas e 40 de projeto aplicado. O curso tem duração de dois anos. As aulas serão remotas e ao vivo, e o corpo docente é formado por professores da UFSCar e profissionais de renomada experiência no mercado.
Esse curso está homologado pela Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) da UFSCar. Além disso, atende à Resolução nº 1 de 8 de agosto de 2007 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação.
Mais informações sobre os procedimentos de inscrição, calendário e investimentos podem ser consultadas no site do DEP (www.dep.ufscar.br). Dúvidas podem ser esclarecidas também pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e pelo telefone (16) 3351-8238.
Evento acontece no dia 7 de abril e pode ser acompanhado pelo YouTube e pelo Facebook
SÃO CARLOS/SP - Depois da divulgação dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último dia 29 de março, algumas questões podem surgir: como faço para me inscrever na universidade? Quais são as etapas? E as datas? Para responder essas e outras dúvidas, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza, na próxima quarta-feira, 7 de abril, às 18 horas, o "SiSU/2021 -Tirando Dúvidas", evento online e aberto ao público para esclarecimentos sobre o ingresso na graduação da UFSCar por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
O evento pode ser acompanhado por todos os interessados pelo canal do YouTube (encurtador.com.br/dwxD5) e pelo Facebook da UFSCar (https://www.facebook.com/
A UFSCar está ofertando 2.893 vagas na primeira edição do SiSU/2021, distribuídas em 64 cursos presenciais de graduação nos campi de São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino. Para concorrer às vagas, os candidatos precisam ter prestado o Enem e se inscrever no SiSU, no período de 6 a 9 de abril, quando podem escolher duas opções de cursos. No caso da UFSCar, todos os procedimentos para matrícula serão feitos integralmente em formato remoto.
Mais informações sobre o ingresso na UFSCar podem ser obtidas no site da Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad), em www.prograd.ufscar.br.
Atividade é gratuita e aberta a todos os interessados
SÃO CARLOS/SP - Nesta quinta-feira, dia 1º de abril, será realizado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) o Webinar "O cuidado a crianças com TEA: perspectivas da família, saúde e educação", proposto pela Liga Acadêmica da Saúde da Criança e Adolescente e pela Especialização em Enfermagem Pediátrica da Instituição. A atividade será transmitida pelo Youtube, a partir das 18 horas, aberta a todo o público.
A realização da atividade marca o início do Abril Azul, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar a sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e desmistificá-lo.
O tema do webinar será apresentado por Marli Moretti, presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência de São Carlos e mãe de um adolescente com TEA; Marilia Pessali, psiquiatra; Amanda Pereira, educadora especial e psicopedagoga; e Diene Carlos, docente do Departamento de Enfermagem da UFSCar.
O evento online é aberto a todo o público e não há necessidade de inscrição prévia. Os participantes receberão certificado. A apresentação será às 18 horas, pelo Youtube (https://bit.ly/39u8zOh).
Livro recém-lançado reúne análises da relação entre militares e a crise brasileira
SÃO CARLOS/SP - "Não existe democracia com as Forças Armadas participando da política. Se participam, a democracia corre o sério risco da ala armada do poder político balançar as armas sempre que sente que está perdendo alguma coisa. Assim, se quisermos que a democracia volte a existir plenamente no Brasil, não há alternativa senão desmilitarizar o Estado. Qualquer coisa diferente significa aceitar que a democracia será limitada. Não existe meio termo."
As afirmações são de João Roberto Martins Filho, pesquisador vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGPol) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que há mais de 30 anos estuda o pensamento e a ação militar. Martins Filho é organizador do livro "Os militares e a crise brasileira" (acessível via https://bit.ly/3ucWipn), recém-lançado pela Alameda Editorial, com análises que buscam, dentre outras questões, compreender o papel dos militares no governo de Jair Bolsonaro.
No atual Governo Federal brasileiro, é grande o número de cargos ocupados por militares, da reserva e da ativa. Diante das frequentes polêmicas disparadas pela Presidência da República e pessoas ao redor, é comum o debate público sobre a concordância ou discordância desses militares, e sobre sua permanência ou retirada. Piero Leirner, um dos autores do livro e também docente da UFSCar, do Departamento de Ciências Sociais (DCSo), defende que essas aparentes discordâncias são parte de uma estratégia de permanência dos militares no poder, ainda que de forma dissimulada.
Esta estratégia estaria, segundo os pesquisadores, inclusive, na origem do projeto que levou Jair Bolsonaro à Presidência, projeto este que até mesmo analistas experientes demoraram a perceber. "Eu não percebi esse processo no momento exato em que estava acontecendo. Nós acompanhávamos a dinâmica política, escrevíamos sobre isso, mas o fundamental não entendemos", reconhece Martins Filho. Ele explica que passou despercebido inicialmente, no segundo governo de Dilma Rousseff e logo após o impeachment, o quanto era convergente a posição do Exército de construir a sua volta à política.
"Havia os generais que se expunham mais, como [Hamilton] Mourão e [Augusto] Heleno, mas imaginávamos que outros, especialmente o Comandante Villas Bôas [Eduardo Villas Bôas, Comandante do Exército Brasileiro entre o início de 2015 e janeiro de 2019], não concordavam. Mas ele e o [Sérgio] Etchegoyen [Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional - GSI - da Presidência de Michel Temer] eram os articuladores, e não havia divergências", recupera Martins Filho.
Segundo o pesquisador, houve uma manobra deliberada para dissimular o projeto militar de volta à política. "Após o afastamento da Dilma, o Villas Bôas começou a dar muitas declarações aos jornais, repetindo que não haveria intervenção militar, golpe de Estado. Ele não estava mentindo. Eles já tinham resolvido que não havia condições para uma intervenção nos moldes clássicos, mas já tinham o projeto de voltar. Como nossa preocupação era o golpe militar, fomos enganados por essa manobra", avalia.
Já Piero Leirner conseguiu enxergar algumas pistas mais cedo. O pesquisador, antropólogo, iniciou seus estudos de militares na década de 1990 e, ao longo dos anos, se familiarizou com doutrinas e manuais de operações de informação, contrainformação e psicológicas. Ele diz que, como Martins Filho, não compreendeu imediatamente o que estavam pensando os militares logo após o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, mas que, ao longo de 2017, ao pesquisadores o que os militares estavam falando para o seu próprio meio, a situação mudou.
Uma das coisas que Leirner localizou foram menções à existência de uma "guerra híbrida", conceito que depois se tornaria central em suas análises. "O que eu ouvi de militares que ocupavam posições importantes - generais que comandaram postos chave - foi que existia uma guerra híbrida no Brasil, produzida pelo Partido dos Trabalhadores (PT), organizações não governamentais (ONGs) e minorias. Ou seja, que saía do próprio núcleo de governo um movimento de ataque visando sobretudo a fragmentação das Forças Armadas e, com ela, a fragmentação da nação", relata.
Analisando as redes sociais desses generais, Leirner chegou também a vídeo postado no final de 2014 por Carlos Bolsonaro em que o pai está na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) fazendo campanha à Presidência. "Ou seja, um mês após as eleições, ele está dentro da AMAN falando que vai concorrer à Presidência da República em 2018 e levar o Brasil em uma guinada à direita, e o corpo de cadetes o exalta como líder", descreve Leirner. "Nada acontece em um lugar como a AMAN sem autorização e, quando eu vi o vídeo, percebi que havia algo muito errado sendo produzido ali, a entrada da política com tudo para dentro do quartel. A ficha caiu de que existia um discurso do comando do Exército para fora e uma outra prática para dentro, e que havia um projeto dos militares de voltar ao poder", registra.
Piero Leirner conta que, a partir daí, decidiu estudar materiais ligados de alguma forma à ideia de guerra híbrida e concluiu ser esta a inspiração da ação militar naquele momento histórico. Este trabalho resultou, em 2020, na publicação do livro "O Brasil no espectro de uma guerra híbrida", também pela Alameda Editorial.
Corporativismo e dissimulação
"Militares são muito corporativos desde o início da sua formação e pensam, antes de mais nada, nos seus companheiros militares. O pilar da vida militar é a própria instituição militar. O grande problema foi que, a partir disso e da hierarquia, um grupo de generais arrastou a instituição em bloco para a sua ação política", afirma Leirner. "Ou seja, eu acho que não estamos mais falando de um grupo de militares isolados que estão compondo o governo, ou de uma ala militar como parte integrante do governo. Estamos falando da instituição militar de alguma maneira assumindo o governo de forma indireta", registra.
O pesquisador explica que, nas teorias das guerras híbridas, um dos principais aspectos é que a ação se dá justamente através do que é chamado de abordagem indireta, na qual se usa um agente proxy, algo como um procurador, ou serviço terceirizado, para chegar onde se quer.
Enquanto João Roberto Martins Filho avalia que parte do plano militar não deu certo, pelo excesso de exposição negativa devido, sobretudo, à gestão desastrosa da pandemia no Brasil, na visão de Piero Leirner estas não são fragilidades do projeto, mas algo já previsto na estratégia.
"Os militares usam Bolsonaro como esta espécie de agente proxy de seus interesses, mas este agente tem de estar sobretudo visivelmente distinto deles. É essencial que se tenha a ideia de que ele cooptou lideranças militares de maneira isolada, e não de que é uma construção dos militares para chegar ao poder de forma indireta", explica Leirner.
Segundo o pesquisador, o objetivo vai muito além da participação em cargos deste governo. "O plano é o imbricamento da lógica da guerra na lógica da política, de modo a construir um tipo de Estado que nunca mais se desfaça das posições em que eles vão se enraizar", expõe. Neste ponto, Leirner e Martins Filho concordam que, para tanto, o caminho é a o estabelecimento dos militares em uma máquina de inteligência - como o GSI - que se torna o coração do Estado. "Este é um coração do Estado no sentido de que passa a controlar todos os outros órgãos, controla orçamentos, as relações entre os outros poderes, e produz inteligência a ponto de controlar o processo eleitoral, por exemplo", ilustra Leirner.
"Ou seja, a gente não está mais falando de política propriamente dita, mas de uma outra coisa, do imbricamento da lógica militar com a lógica civil, que é o que eles chamam de guerra híbrida", conclui.
Futuro
Às vésperas do aniversário de 57 anos do golpe que deu origem à Ditadura Militar no Brasil, em 31 de março de 1964, Martins Filho e Leirner não veem o risco de uma nova intervenção de mesma natureza. Martins Filho pondera que, além de seguirem não existindo as condições, o golpe não é necessário, já que os militares já estão no poder e o desafio é apenas mantê-lo. Já Leirner destaca que o que está acontecendo é justamente uma estratégia para ganhar o tempo necessário ao aparelhamento do Estado.
"Imprevistos acontecem, e a pandemia certamente foi um imprevisto. Mas não acho que esteja chegando a afetar a credibilidade dos militares. É para isso mesmo que fazem uso desse agente proxy, uma espécie de para-raios em relação ao processo que os militares estão concretizando e que leva tempo. Para fazer acontecer sem serem percebidos, precisam que a coisa toda rode da maneira mais espalhafatosa possível", acredita Leirner. "E a imprensa está produzindo mais um anteparo que não permite a visibilidade desse processo, ao falar o tempo todo em uma ala racional militar que tenta controlar o Presidente, como se ele não fosse produto deles próprios", conclui.
"Houve um retrocesso tremendo na questão da memória. Hoje em dia defender a Ditadura Militar e defender torturador passou a ser legítimo. E eu concordo que a imagem do Exército não piorou para a maior parte da população", concorda Martins Filho. "Mas, para alguns setores minoritários, professores, estudantes, artistas, cientistas, e até mesmo uma parcela dos jornalistas, há um desprestígio muito grande. Então, ainda que a chance seja pequena, estamos em uma situação em que existe uma possibilidade de que o fracasso dessa aventura de retomada do Estado abra uma possibilidade mais democrática para o Brasil. E, neste futuro possível, nós não podemos permitir que as pessoas comemorem o Golpe de 64 e elogiem torturadores em hipótese nenhuma", pondera.
Dentre outras atribuições, entidade titula especialistas da área e reúne cerca de 200 profissionais entre os associados
SÃO CARLOS/SP - O professor Tiago da Silva Alexandre, docente do Departamento de Gerontologia (DGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), foi eleito, na última semana, presidente da Associação Brasileira de Fisioterapia em Gerontologia (Abrafige) para um mandato de dois anos. Além da experiência na gestão de outras entidades, Tiago Alexandre também tem forte atuação em pesquisas na área.
A Fisioterapia em Gerontologia atende a população idosa, ou seja, aqueles com mais de 60 anos de idade, e é uma especialidade recente, reconhecida há quatro pelo Conselho Federal de Fisioterapia. Os principais cenários de atuação dos profissionais da área são: hospitais, ambulatórios, clínicas, instituições de longa permanência para idosos, centros-dia, ambiente domiciliar, ensino, pesquisa e gestão de serviços.
"Entretanto, o mais importante é que esse profissional especialista, além de todo o conhecimento acerca do processo do envelhecimento, sabe lidar com as síndromes geriátricas, altamente prevalentes nessa população, e com a alta carga de multimorbidades que afligem o idoso, o que faz dele um profissional diferenciado dos demais", destaca o docente da UFSCar e novo presidente da Abrafige.
A Associação foi fundada em 2017 e, dentre suas finalidades, está reunir fisioterapeutas especialistas em Gerontologia de todo o território nacional para fins técnicos, científicos e culturais; contribuir para fortalecer e promover assistência qualificada na área tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) como no sistema privado; organizar, promover e realizar eventos; desenvolver e implementar estratégias para a capacitação e atualização de especialistas em Fisioterapia em Gerontologia, bem como estabelecer os critérios e as diretrizes de concessão do título de especialista e seus associados em conformidade com a legislação vigente. Informações completas sobre a Abrafige podem ser acessadas no site www.abrafige.com.br.
Eleição e propostas
A eleição do professor Tiago Alexandre e da nova equipe gestora foi realizada na última semana, de forma online, e contou com a participação de todos os associados que escolheram, por unanimidade, a chapa vencedora. O novo presidente da Associação considera que a vitória é reflexo de diversos fatores, como sua atuação na fundação da Abrafige; sua experiência como diretor científico da entidade nas duas primeiras gestões e seu conhecimento administrativo em outras sociedades; além da sua atuação acadêmica e como pesquisador. "Tudo isso permitiu que eu pudesse reunir um grupo que conduzirá os trabalhos de nossa associação nos próximos dois anos", refletiu.
Dentre as propostas da nova gestão, Tiago Alexandre destaca os desafios de aumentar o número de sócios e de titulados pelo Brasil; aprimorar o gerenciamento da entidade e ampliar a divulgação da especialidade; ofertar cursos de aprimoramento e realizar o I Congresso Brasileiro de Fisioterapia em Gerontologia. Além disso, o novo presidente cita a proposta de realizar a segunda prova de título de especialista da Associação, a articulação com cursos de Especialização e Residências em Fisioterapia em Gerontologia existentes no Brasil, e a defesa dos interesses técnicos e aprimoramento dos procedimentos da área junto ao SUS e à iniciativa privada. Além do professor da UFSCar, a chapa "Todos pela Especialidade" tem profissionais com atuação reconhecida em diversas regiões do Brasil. O grupo tomará posse em abril.
Currículo
Tiago Alexandre da Silva é fisioterapeuta, tem especialização em Gerontologia, realizou metrado e doutorado em reconhecidas instituições brasileiras e estrangeiras e fez pós-doutorado no Departamento de Saúde Pública e Epidemiologia da University College London (UK). Ele é docente do DGero da UFSCar e orientador permanente dos Programas de Pós-Graduação em Fisioterapia (Conceito 7 CAPES) e Pós-Graduação em Gerontologia (Conceito 3 CAPES) da Universidade, além de ter sido coordenador multicampi de acompanhamento de Programas de Pós-Graduação na Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Instituição, entre 2018 e 2021. Tem ampla atuação em entidades como Abrafige e a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Na área de pesquisa é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNpq (nível2), líder do Grupo de Pesquisa "Epidemiologia e Envelhecimento", desenvolvendo e orientando estudos em: Epidemiologia da Fragilidade e Estratégias de Enfrentamento; Envelhecimento Osteomuscular: Impactos Funcionais e Mecanismos de Reabilitação; Transtornos Mentais Neurocognitivos: Epidemiologia, Fatores Associados e Instrumentos de Avaliação; e Família e Cuidador. Além disso, o docente coordena o International Collaboration of Longitudinal Studies of Aging (InterCoLAging), um consórcio de estudos longitudinais de vários países, sediado no DGero, e coordena o estudo "Envelhecimento Musculoesquelético: repercussões metabólicas, funcionais e risco de mortalidade em pessoas com mais de 50 anos de idade", um Projeto Jovem Pesquisador financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
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