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SÃO CARLOS/SP - O Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de São Carlos, realizou, neste sábado (13/09), um mutirão de atendimentos que marcou a segunda edição do projeto “Dia E – Ebserh em Ação 2025”. 

A iniciativa, que integra os programas “Agora Tem Especialistas” do Ministério da Saúde, teve como objetivo principal reduzir as filas de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da realização de consultas, exames e cirurgias. Com mais de 400 procedimentos realizados em um único dia, incluindo 114 consultas, 28 cirurgias eletivas e 212 exames e intervenções diagnósticas e terapêuticas, o evento superou em 250% os números da edição anterior, realizada em julho.

A mobilização envolveu cerca de 80 profissionais do hospital, além de estudantes dos cursos de medicina, enfermagem e residentes multidisciplinares, que atuaram diretamente nos atendimentos. A coordenadora de Gestão da Clínica da Ebserh, June Barreiros Freire, destacou que o movimento é parte de uma ação nacional que envolveu os 45 hospitais universitários da Rede Ebserh, com mais de 29 mil procedimentos realizados em todo o país. “Não dá mais para tolerar pacientes em filas, aguardando por meses, às vezes anos, para realizar um procedimento cirúrgico ou um exame que pode mudar a condução clínica do paciente”, afirmou.

O superintendente do HU-UFSCar, Thiago Luiz de Russo, celebrou o impacto regional da iniciativa e a presença de autoridades locais. “Recebemos aqui o vice-prefeito, o secretário de saúde, representantes da Ebserh e vereadores para mostrar o papel do Hospital Universitário junto ao SUS da região”, disse. Ele também destacou o envolvimento da comunidade acadêmica e a presença da reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira, que reforçou o compromisso da universidade com a saúde pública. “É uma alegria para a UFSCar poder fazer parte, apoiando a partir do Hospital Universitário, mas também trazendo nossos docentes e estudantes para ampliar as forças desse mutirão. A parceria com a Prefeitura também é muito importante nessas ações de atendimento à população”.

O vice-prefeito Roselei Françoso esteve presente e ressaltou a importância da parceria entre o município e o HU-UFSCar. “As pessoas aguardam na fila e, nesta oportunidade, o Hospital Universitário, em parceria com o município de São Carlos, pode realizar exames, consultas, cirurgias. Isso reduz a nossa fila de espera, ajuda as pessoas, ameniza o sofrimento”, declarou. 

Já o secretário municipal de Saúde, Leandro Pilha, destacou o impacto direto da ação na vida dos cidadãos. “Estamos entregando exames, cirurgias, situações que estavam represadas. É gratificante ver esse trabalho sendo realizado em parceria com o HU-UFSCar”.

Já o prefeito Netto Donato não pode estar presencialmente no Mutirão, mas enviou uma mensagem aos representantes do HU e da Ebserh. “Deixo o meu agradecimento a todos os envolvidos e a certeza de que continuaremos trabalhando para que a população de São Carlos tenha cada vez mais acesso, qualidade e rapidez no atendimento pelo SUS. Esse trabalho mostra que, quando unimos forças – Universidade, Governo Federal, Hospital Universitário e Prefeitura – conseguimos avançar de verdade. Nossa gestão segue comprometida em buscar alternativas, fortalecer parcerias e investir na saúde pública, porque entendemos que cuidar das pessoas é a nossa maior responsabilidade”.

Startup Clyons assume desenvolvimento de testes criados em pesquisa premiada do Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade e busca ampliar acesso no SUS

 

SÃO CARLOS/SP - No Brasil, cerca de 30 mil novos casos de hanseníase são registrados anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde. Embora seja tratável com medicamentos, a doença ainda é classificada como negligenciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em grande parte devido à dificuldade de diagnóstico precoce. Exames tradicionais, como a baciloscopia, são invasivos e pouco eficazes para detectar casos iniciais, e muitos pacientes só recebem confirmação quando já apresentam sequelas físicas.

Diante desse cenário, pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), desenvolveram uma tecnologia de diagnóstico sorológico da hanseníase. A pesquisa foi conduzida por Sthéfane Valle de Almeida no escopo de seu doutorado, sob orientação do professor Ronaldo Censi Faria, do Departamento de Química (DQ) da UFSCar, e coorientação de Juliana Ferreira de Moura, do Departamento de Patologia Básica, da UFPR. Almeida é, atualmente, docente na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Segundo Faria, o teste é pouco invasivo, simples de aplicar e capaz de identificar não apenas pacientes sintomáticos, mas também contatos que carregam o bacilo sem manifestar a doença. "O dispositivo foi pensado para oferecer uma leitura rápida, de fácil interpretação e aplicável em regiões com pouca infraestrutura laboratorial, diferente dos métodos atuais", situa o docente. O estudo recebeu, em 2024, o Prêmio Capes de Tese, reconhecimento nacional à relevância do trabalho.

Do laboratório à aplicação clínica
A tecnologia foi protegida, negociada e licenciada com o apoio da Agência de Inovação da UFSCar (AIn.UFSCar) para a Clyons Diagnóstica, empresa-filha da UFSCar, uma startup considerada spin-off (originada de pesquisa acadêmica que se torna um novo negócio a partir de resultados científicos), com foco no desenvolvimento de biossensores para doenças humanas crônicas, oncológicas e infecciosas.

Segundo Thiago do Prado, diretor executivo da Clyons, a aproximação com a hanseníase foi estratégica: "O Ministério da Saúde lançou recentemente o programa Brasil Saudável: Unir para Cuidar, alinhado à Agenda 2030 da ONU e que prevê a eliminação de doenças infecciosas na América Latina. Era o momento certo para adaptar a tecnologia a um formato comercial e acessível. Nosso papel como empresa é transformar essa patente em produto validado e disponível ao Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente para áreas endêmicas, onde o diagnóstico precoce pode mudar radicalmente a vida dos pacientes".

Lucas Catunda, diretor de dados e comunicação da startup, reforça a importância desse avanço: "A hanseníase não mata, mas incapacita. Muitos pacientes só chegam ao tratamento quando já não conseguem segurar um copo ou trabalhar na roça, o que os condena a sequelas irreversíveis. Além disso, mesmo após a cura, familiares e pessoas próximas podem carregar o bacilo sem apresentar sintomas, transmitindo novamente a doença. Nosso teste busca responder a esse desafio, ao permitir identificar tanto pacientes sintomáticos quanto contatos assintomáticos".
Para o professor Faria, a parceria com a AIn.UFSCar foi decisiva para o licenciamento. "O grande mérito da Agência foi criar condições para que a patente se transformasse em produto", afirma. Catunda complementa: "Além de proteger a propriedade intelectual e conduzir o licenciamento, a AIn equilibra as necessidades de quem pesquisa e de quem leva a tecnologia ao mercado. Essa ponte é o que permite que soluções saiam do laboratório e cheguem à sociedade".

Atualmente, o teste está em processo de validação clínica e registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Nosso compromisso é que a tecnologia seja útil para os profissionais que atuam na linha de frente, especialmente em regiões endêmicas. A ciência precisa servir quem mais precisa dela", conclui Prado.

Sobre a AIn.UFSCar
A Agência de Inovação da UFSCar (AIn.UFSCar) é, desde 2008, o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UFSCar. Criada para operacionalizar e fortalecer a política de inovação da instituição, a AIn tem como missão impulsionar a transformação de conhecimento científico e tecnológico em soluções de impacto econômico e social, promovendo a articulação entre universidade, empresas, setor público e sociedade. 

Com competências estruturadas em inovação tecnológica e social, a AIn.UFSCar é responsável pela gestão estratégica da propriedade intelectual, incluindo patentes, cultivares, programas de computador e desenhos industriais, transferência de tecnologia, empreendedorismo e inovação. Na frente de transferência de tecnologia, já foram celebrados contratos de licenciamento de mais de 90 tecnologias (dos mais de 570 ativos protegidos), abrangendo áreas como biotecnologia, engenharia, saúde, materiais, agricultura e software, com um acumulado superior a R$ 23 milhões em royalties. 

A Agência também coordena os fluxos institucionais para o uso de know-how e desenvolve ações para garantir segurança jurídica e valorização das criações acadêmicas. Mais informações em https://www.inovacao.ufscar.br.

Dia E do projeto Ebserh em Ação 2025 prevê a realização de mais de 350 procedimentos

 


SÃO CARLOS/SP - O Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) promove neste sábado (13/09), a partir de 9h, um conjunto de ações que visam a redução de filas nas principais especialidades, aumentando o acesso da população a atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS).

O mutirão integra os programas “Dia E - Ebserh em Ação” e “Agora Tem Especialistas”, do Ministério da Saúde (MS), e ocorrerá, de forma simultânea, em todos os 45 hospitais universitários federais da Rede Ebserh, reafirmando seu papel na assistência à saúde pública.

A expectativa é que essa edição supere os números da edição anterior, em que foram realizados mais de 12 mil procedimentos. No HU-UFSCar estão previstos para este sábado mais de 350 procedimentos, incluindo a realização de 114 consultas, 28 cirurgias eletivas e 212 exames e procedimentos diagnósticos e terapêuticos. 

Iniciativa soma mais de R$ 8,4 milhões de investimentos e 163 bolsas aprovadas com parcerias que envolvem 32 empresas e 15 programas de pós-graduação

 

SÃO CARLOS/SP - Desde sua participação pioneira no Doutorado Acadêmico Industrial (DAI) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 2018, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem se destacado no cenário nacional de ciência, tecnologia e inovação. A consolidação do Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação (MAI/DAI), nas chamadas 2020, 2022 e 2024, ampliou ainda mais essa presença: já são 169 bolsas aprovadas e 100 implementadas, com aporte superior a R$ 8,4 milhões - sendo R$ 7,7 milhões oriundos do CNPq e mais de R$ 1,1 milhão em contrapartidas das 32 empresas parceiras.

Os números refletem a robustez institucional da iniciativa: são 51 projetos aprovados, dos quais 42 em andamento, envolvendo 31 docentes e 15 programas de pós-graduação da UFSCar. As bolsas cobrem desde a iniciação tecnológica industrial (109 aprovadas, 57 já implementadas), até o pós-doutorado empresarial (5 aprovadas, 2 já implementadas), passando por mestrado (20 aprovadas, 11 implementadas) e doutorado (35 aprovadas, 30 implementadas).

A coordenação do Programa na UFSCar é feita pela Agência de Inovação da Instituição (AIn-UFSCar), em parceria com as pró-reitorias de Pesquisa (ProPq), Extensão (ProEx) e Pós-Graduação (ProPG).

"A UFSCar tem se comprometido de forma estratégica com a integração entre academia e setor produtivo. O MAI/DAI é uma das principais ferramentas institucionais para fortalecer essa conexão, com impacto direto na formação de pesquisadores e no desenvolvimento das empresas", destaca Daniel Braatz, Diretor Executivo da AIn-UFSCar.

Segundo levantamento do CNPq e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), 89,7% das empresas participantes do Programa MAI/DAI no Brasil relatam aumento da capacidade de inovação após a colaboração. Além disso, a aproximação favorece o recrutamento de profissionais qualificados, o licenciamento de tecnologias desenvolvidas na universidade e o fortalecimento da cultura de inovação em diferentes ambientes.

"O programa permite que nossos estudantes atuem em problemas reais, em contextos desafiadores, sem abrir mão do rigor científico. É uma via de mão dupla: as empresas ganham em competitividade e a universidade amplia seu impacto social e econômico", analisa Braatz.

Na prática, os bolsistas desenvolvem seus projetos como estudantes regulares da pós-graduação, orientados por docentes da UFSCar e supervisionados por técnicos das empresas. Essa dinâmica garante formação acadêmica sólida, ao mesmo tempo em que gera soluções de impacto direto para o setor produtivo.

Exemplos que conectam ciência e mercado
Um dos destaques que ilustra o impacto do MAI/DAI na UFSCar é a iniciativa coordenada por Mônica Lopes Aguiar, docente do Departamento de Química (DQ), junto à multinacional ArcelorMittal. A colaboração teve início em 2017, com a necessidade de soluções mais eficientes na filtração de gases em processos siderúrgicos. Em 2018, o primeiro edital do DAI viabilizou bolsas para alunos de doutorado, que aprofundaram a investigação sobre filtros de mangas - dispositivos usados para remover partículas sólidas de gases industriais.

O trabalho, conduzido por Bárbara Karolinne Silva Araújo Andrade e Bruno José Chiaramonte de Castro, resultou em ganhos expressivos de eficiência, ao avaliar diversos tipos de meios filtrantes disponíveis no mercado, com foco no design, acabamento, durabilidade e desempenho em condições industriais reais. A investigação também contou com parcerias internacionais e culminou na instalação, no Campus São Carlos da UFSCar, do único equipamento de testes de filtração desse tipo existente no Brasil, adquirido pela própria empresa.

O sucesso levou à contratação dos estudantes pela ArcelorMittal ainda durante a vigência das bolsas. "Além de reduzir custos e aumentar a durabilidade dos sistemas, os resultados contribuem para minimizar impactos ambientais e caminhar rumo a emissões praticamente nulas de partículas finas - substâncias associadas a doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas. Esse tipo de poluente penetra nos alvéolos pulmonares e pode chegar à corrente sanguínea, aumentando riscos de câncer, doenças cardiovasculares e até neurodegenerativas, como Alzheimer", explica Aguiar. O modelo chamou atenção inclusive de unidades da empresa na Europa. "Pesquisadores da Espanha estiveram recentemente conosco e querem replicar a parceria em suas universidades locais", conta a docente.

Outro caso emblemático é o da Nanox, empresa-filha da UFSCar considerada spin-off (originada de pesquisa acadêmica que se torna um novo negócio a partir de resultados científicos) do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF). A cooperação, coordenada pela docente Lígia Menossi Araújo, do Departamento de Letras (DL), aplica teorias linguístico-discursivas à comunicação organizacional da companhia.

"A relação com a Nanox surgiu de uma convergência natural: a empresa tem origem no meio acadêmico e valoriza a integração entre ciência e mercado. O projeto mostra que a Linguística, especialmente sob a ótica da análise do discurso, também é uma ferramenta de inovação no fazer comunicação", explica Araújo.

O estudo, realizado pela doutoranda Viviane Quenzer, já resultou em um guia de linguagem institucional. "Esse guia reúne diretrizes voltadas à identidade comunicacional da Nanox, propondo parâmetros para a construção de mensagens mais alinhadas ao momento e ao posicionamento da marca. Nosso objetivo é mostrar que conceitos como ethos discursivo e gêneros do discurso não são abstrações teóricas, mas recursos estratégicos para clareza e consistência comunicacional, sobretudo em empresas de base tecnológica que lidam com soluções complexas", acrescenta a docente.

Neste segundo semestre, as atividades devem avançar para uma nova fase, voltada à aplicação deste guia aos conteúdos veiculados nos canais de comunicação da empresa, como as redes sociais, e-mails e apresentação institucional.

Segundo Araújo, os aprendizados vão além da metodologia criada. "A troca entre saberes acadêmico e empresarial exige escuta ativa e disposição para reconfigurar abordagens. Essa experiência comprova que a Linguística pode contribuir para a inovação e estruturar práticas replicáveis em outras organizações", avalia.

Diversidade de áreas e impacto transversal
Ao todo, cinco centros da UFSCar estão representados nos projetos MAI/DAI: o Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET), o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), o Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH), os três do Campus São Carlos; o Centro de Ciências Agrárias (CCA), do Campus Araras; e o Centro de Ciências e Tecnologias para Sustentabilidade (CCTS), do Campus Sorocaba. A diversidade de áreas abrange desde Linguística até Engenharia de Materiais, passando por Ciência da Computação, Estatística, Biotecnologia e Produção Vegetal, entre outras.

"Além da diversidade temática e do envolvimento de vários centros da Universidade, o que mais nos orgulha é ver os resultados concretos do programa: empresas fortalecidas, tecnologias desenvolvidas e pesquisadores preparados para atuar com excelência dentro e fora da academia", conclui Braatz.

Mais informações sobre o MAI/DAI da UFSCar estão disponíveis em maidai.ufscar.br.

SÃO CARLOS/SP - Um novo produto capaz de fortalecer o sistema imunológico da tilápia vai trazer mais resistência a doenças e ganhos no crescimento do peixe. Chamado de Terpenia Acqua, o produto foi desenvolvido para ser incorporado à ração na forma de pó, voltada para peixes adultos, ou em solução líquida, indicada para alevinos, que são peixes menores. A inovação vai atuar diretamente na cadeia produtiva da tilápia, espécie de água doce mais consumida no Brasil, segundo a Associação Brasileira da Piscicultura.

O Terpenia Acqua foi produzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela empresa Terpenia Bioinsumos, a partir de uma tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Embrapa. O lançamento do produto ocorreu durante o International Fish Congress & Fish Expo Brasil 2025, maior congresso do setor na América Latina, no dia 3 de setembro. 

"O grande diferencial do Terpenia Acqua é sua ação sobre o sistema imunológico e digestivo da tilápia nas suas diferentes fases de desenvolvimento. O produto é capaz de impactar o crescimento do peixe ao melhorar o sistema imunológico, deixando-o mais resistente a doenças que acometem sua criação", explica a bióloga Michelly Pereira Soares, doutora pela UFSCar e uma das inventoras da tecnologia usada para o desenvolvimento do Terpenia Acqua.
A formulação do produto permite que o composto seja incluído na ração junto ao premix, uma mistura pré-dosada de vitaminas, minerais e outros aditivos nutricionais que são acrescentadas na ração do animal, conforme sua necessidade. Essa facilidade de inclusão dá ao Terpenia Acqua uma viabilidade em larga escala. 

"Pensamos em uma formulação para ser integrada facilmente à rotina das fábricas de ração, sem impacto na cadeia produtiva existente. Isso facilita a adoção em escala comercial", afirma Fernanda Garcia Sampaio, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente que coordenou o desenvolvimento do produto em parceria com a Terpenia. 

Solução natural e ambientalmente sustentável
A base do produto é um extrato de uma variedade da planta Artemísia, obtido por processos industriais que preservam seus ativos de interesse e não geram resíduos contaminantes. Inicialmente, foram realizados testes laboratoriais (in vitro) no Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Unicamp, sob a liderança da pesquisadora Marta Cristina Teixeira Duarte, avaliando a eficácia do extrato de Artemisia contra as principais bactérias patogênicas para peixes.

"A aplicação da Artemisia na aquicultura é promissora por atuar de forma preventiva, ajudando o organismo do peixe a resistir melhor a infecções bacterianas, o que reduz a necessidade do uso de antibióticos", explica Duarte. "Além disso, o extrato que utilizamos foi padronizado a partir de um genótipo da planta domesticado no final dos anos 80 e mantido na Coleção de Plantas Medicinais e Aromáticas (CPMA), do CPQBA desde então. A padronização garante a qualidade e constância no efeito terapêutico", completa.

Após os testes com os peixes (in vivo), feitos no Laboratório de Ecossistemas Aquáticos da Embrapa Meio Ambiente, foi detectada a melhoria no desempenho zootécnico e no estado de saúde geral dos animais, sem necessidade de uso de antibióticos e, consequentemente, menor risco de resíduos sintéticos na água e no alimento destinado ao consumidor final.

"Por ser composto por extratos naturais, nosso produto é facilmente degradado no ambiente, não permanece na água e não causa prejuízo à saúde humana. É uma inovação que não afeta apenas o produtor, mas a todos os consumidores, que buscam cada dia mais produtos saudáveis", conta Wolney Longhini, sócio e CEO da Terpenia.
Os pesquisadores ainda testaram o produto em escala industrial, utilizando 64 mil peixes dentro da cadeia produtiva da Fider Pescados, com a disponibilidade de tanques e ração industrial. Os testes, realizados sem alterações no processo produtivo, confirmaram a viabilidade industrial do produto e seus benefícios na cadeia produtiva, fornecendo um peixe maior e mais resistente aos desafios sanitários.

Colaboração impulsionando a inovação
A trajetória que resultou no lançamento do Terpenia Acqua começou na pesquisa científica. Ao longo de dois anos e meio, pesquisadores da Unicamp, da UFSCar e da Embrapa Meio Ambiente desenvolveram estudos que originaram a tecnologia de base do produto. O trabalho foi realizado durante o doutorado de Michelly Pereira Soares, na UFSCar, sob orientação do professor Francisco Tadeu Rantin, e contou com a colaboração dos pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente Fernanda Sampaio, Claudio Martins Jonsson e Sônia Queiroz, além de Marta Cristina Teixeira Duarte, do CPQBA da Unicamp.

Para proteger a pesquisa, foi depositado um pedido de patente, conduzido pela Agência de Inovação Inova Unicamp em conjunto com a Agência de Inovação da UFSCar (AIn-UFSCar). Em 2021, a Embrapa e a empresa Terpenia Bioinsumos iniciaram um projeto de inovação aberta para transformar a tecnologia em produto. O processo de licenciamento da patente para a Terpenia foi articulado pela área de Negócios da Embrapa junto com a Inova Unicamp e a AIn-UFSCar. 

"O Terpenia Acqua representa o resultado de anos de projetos de pesquisa com o uso de compostos naturais para a promover a saúde de peixes de forma segura e eficaz", afirma Queiroz. "Este projeto está alinhado com os princípios de saúde única que considera impactos simultâneos sobre os animais, o meio ambiente e a saúde humana", completa.

Levando a pesquisa para o mercado
A Terpenia Bioinsumos é uma spin-off acadêmica da Unicamp, ou seja, uma empresa que foi criada a partir de conhecimentos, pesquisas ou tecnologias, protegidas ou não, da Universidade. A empresa, além dessa tecnologia que gerou o produto Terpenia Acqua, já licenciou outras três tecnologias do CPQBA, com apoio da Inova Unicamp, para aplicação em peixes, suínos e carnes. 

"Nosso papel como empresa é justamente esse: integrar o conhecimento acadêmico com a realidade do mercado, transformando invenções em produtos com impacto direto na produção, na economia e na sustentabilidade ambiental", destaca Longhini, CEO da Terpenia.

A empresa quer lançar uma linha com diversas opções de produtos que atuam na produção da tilápia, começando pelo Terpenia Acqua. Para isso, eles já estudam expandir o uso do produto em outras fases do ciclo da tilápia - como a alevinagem e a engorda - e para outras espécies de peixes. As novas pesquisas contam com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), por meio de um projeto aprovado na modalidade Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).

Sobre a Inova Unicamp
A Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas (Inova Unicamp) é  responsável por gerenciar a proteção da propriedade intelectual, a transferência de tecnologias e resguardar os interesses da Universidade em acordos de PD&I. A Inova Unicamp impulsiona a criação de spin-offs acadêmicas e administra o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp e a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Incamp), além de promover a comunicação e a cultura de inovação e empreendedorismo tecnológico.

Sobre a AIn-UFSCar
A Agência de Inovação da Universidade Federal de São Carlos tem como missão impulsionar a transformação de conhecimento científico e tecnológico em soluções de impacto econômico e social, promovendo a articulação entre universidade, empresas, setor público e sociedade. A AIn-UFSCar é responsável pela gestão estratégica da propriedade intelectual e da transferência de tecnologia da Universidade, coordena os fluxos institucionais para o uso de know-how e desenvolve ações para garantir segurança jurídica e valorização das criações acadêmicas.

Sobre a Embrapa
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é referência na transformação do conhecimento científico em soluções tecnológicas para a agropecuária nacional. Criada em 1973, a instituição contribui para a segurança alimentar e para a liderança do Brasil em alimentos, fibras e energia, sempre com foco na sustentabilidade ambiental. A Embrapa Meio Ambiente é a unidade temática dedicada a pesquisas na interface entre agricultura, pecuária, florestas, agroindústria e meio ambiente, desenvolvendo soluções que conciliam produtividade e preservação dos recursos naturais.

 

Texto: Caroline Roxo - Inova Unicamp, com a colaboração de UFSCar, Embrapa e Terpenia Bioinsumos
 

IBATÉ/SP - A Prefeitura Municipal de Ibaté, em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), lançou um programa inovador voltado à prevenção de quedas entre pessoas idosas. A iniciativa acontece no Centro de Convivência da Melhor Idade e integra esforços da Secretaria Municipal de Assistência Social, da Secretaria de Saúde (Setor de Fisioterapia) e do Departamento de Gerontologia da UFSCar.

Objetivo

O programa busca reduzir riscos de quedas por meio da análise de fatores determinantes como ambiente, nutrição, mobilidade, capacidade cognitiva, equilíbrio e força muscular. A proposta é oferecer um cuidado integral, fortalecendo a autonomia e a qualidade de vida da população idosa.

Como funciona

A metodologia adotada combina protocolos de intervenção com exercícios físicos e gestão de casos individualizados. As avaliações iniciais são realizadas na UFSCar, garantindo precisão na identificação das necessidades de cada participante.

Cada idoso recebe acompanhamento personalizado, com orientações específicas para o controle de fatores de risco. Durante as 16 semanas de duração do programa, equipes multiprofissionais monitoram a evolução de cada caso, sem possibilidade de prorrogação.

Abrangência regional

Embora sediado em Ibaté, o projeto contempla municípios pertencentes à Direção Regional de Saúde (DRS) de Araraquara, também conhecida como Região Coração. Dessa forma, amplia o alcance da ação para um número maior de idosos.

Compromisso com a população

Segundo a Prefeitura de Ibaté, a iniciativa demonstra o compromisso da gestão municipal com políticas públicas voltadas ao envelhecimento saudável:

“Nosso objetivo é garantir que os idosos tenham mais qualidade de vida, independência e segurança no dia a dia. Este programa é um passo importante para promover bem-estar e autonomia”, destacou a administração.

Com a união entre poder público e universidade, o projeto reforça o papel da ciência e da gestão municipal no enfrentamento de desafios do envelhecimento, oferecendo soluções práticas e sustentáveis para toda a comunidade.

Estudo busca participação de voluntários para investigar sensibilidade, força e função dos braços e pernas

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de Iniciação Científica do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está convidando pessoas com diagnóstico de diabetes mellitus, tipo 1 ou tipo 2, com idades entre 18 e 65 anos, para responder a um questionário online que investiga os efeitos da doença nos membros superiores e inferiores. A participação é voluntária, anônima e pode ser feita de qualquer lugar do Brasil.

O estudo, intitulado "Avaliação sensorial, motora e da função dos membros superiores e inferiores em indivíduos com Diabetes Mellitus", é conduzido pelo estudante de graduação Daniel Oishi Mariano, sob orientação da professora Paula Rezende Camargo, do Departamento de Fisioterapia (DFisio). A pesquisa tem como objetivo compreender de que forma o diabetes afeta aspectos como sensibilidade, força e função de braços e pernas, e como esses fatores se relacionam entre si.

"O diabetes mellitus é uma doença crônica e progressiva, com índices epidêmicos em todo o mundo. Estima-se que afete 537 milhões de pessoas globalmente, sendo o Brasil o sexto país com maior número de casos", contextualiza Mariano. Segundo ele, a literatura científica já sugere uma possível relação entre a doença e disfunções musculoesqueléticas, especialmente no ombro, o que pode comprometer atividades diárias.

A expectativa do estudo é reunir dados que contribuam para avaliações clínicas mais completas. "Com informações suficientes, será possível alertar os profissionais da saúde para que atentem também para as condições musculoesqueléticas e sintomas nos membros superiores em pacientes com diabetes", afirma o pesquisador. "Além disso, os resultados poderão auxiliar na construção de tratamentos mais específicos para essas alterações."

A participação consiste apenas em um questionário online, sem necessidade de comparecimento presencial, e leva cerca de 20 minutos para ser respondido. Ao final do preenchimento, os participantes recebem uma cartilha com orientações sobre cuidados com sintomas da diabetes e possíveis complicações associadas à doença.

Interessados podem acessar o questionário no link https://forms.gle/bApFpyiGzf3e3Vta9. O prazo para participação vai até o final de agosto. Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (16) 99186-1145. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 84185024.6.0000.5504).

Estudo com animais aponta para a diminuição da pressão arterial com uso da tecnologia

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) revelou que a aplicação de LASER na região abdominal é capaz de combater a hipertensão provocada pela diminuição na produção dos hormônios femininos que acontece naturalmente na menopausa. O estudo, coordenado pelo professor Gerson Rodrigues, do Departamento de Ciências Fisiológicas (DCF) da Instituição, foi feito em animais e comprovou o efeito hipotensivo do LASER vermelho de baixa intensidade. Outro estudo clínico em andamento está sendo feito com mulheres na menopausa e tem resultados promissores quanto ao uso do laser no combate a sintomas desse período.

A menopausa é o momento na vida de uma mulher em que ocorre a cessação definitiva da menstruação, sinalizando o fim da sua fase reprodutiva. Este processo é natural e ocorre, em média, por volta dos 45 aos 55 anos, e traz sintomas como ondas de calor, alterações de humor, irritabilidade, redução da densidade óssea, dentre outros. Nessa fase há uma grande diminuição da produção de hormônios, principalmente do estrogênio, que tem um papel importante na proteção do sistema cardiovascular, ajudando a manter os vasos sanguíneos saudáveis e regulando a pressão arterial. Esse declínio pode desencadear o desenvolvimento de hipertensão arterial, bem como outras doenças cardiovasculares durante a menopausa.

Neste cenário, a pesquisa da UFSCar foi realizada com 26 ratas, com 70 dias de idade, que foram divididas em três grupos: controle, ovariectomizadas (que passaram por cirurgia de retirada dos ovários) e ovariectomizadas tratadas com fotobiomodulação duas vezes por semana durante duas semanas. A fotobiomodulação é a técnica que utiliza luz de diferentes comprimentos de onda para promover efeitos terapêuticos em células e tecidos. Os resultados indicaram que, nos modelos animais, a fotobiomodulação feita por LASER vermelho de baixa intensidade reduziu a pressão arterial, melhorou a função do endotélio - camada de células que reveste internamente os vasos sanguíneos - e diminuiu o estresse oxidativo. "Pudemos notar também que a aplicação da fonte de luz levou à elevação do óxido nítrico, gás produzido naturalmente pelo organismo que tem papel crucial na regulação da pressão arterial, pois atua como vasodilatador, relaxando os vasos e facilitando o fluxo sanguíneo, além de outros efeitos benéficos ao sistema cardiovascular", explica Rodrigues.

O trabalho foi parte da tese de doutorado de Nayara Formenton da Silva, defendida no Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas UFSCar/Unesp. A coleta de dados foi feita pelos doutorandos Nayara Formenton da Silva, Luis Henrique Oliveira de Moraes e Camila Pereira Sabadini, com contribuição no desenho experimental e correção pela aluna de doutorado Rita Cristina Cotta Alcântara e pela pós-doc Patricia Corrêa Dias. A pesquisa teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e os resultados da investigação foram publicados na revista Lasers in Medical Science (https://bit.ly/4lV0LY9).

Um outro estudo clínico, realizado pela doutoranda Rita Alcântara, sob orientação de Gerson Rodrigues, foi feito com mulheres na menopausa e investigou o efeito do LASER vermelho nos sintomas da menopausa e marcadores sanguíneos. "A aplicação do LASER foi feita de forma não invasiva, pela iluminação da artéria radial, técnica conhecida como ILIB. Os resultados preliminares são animadores, principalmente quanto à melhora dos sintomas, e os resultados serão publicados em breve", comemora o docente.

De acordo com mapeamento realizado pelo Instituto de Longevidade, 30 milhões de mulheres vivem a fase do climatério e da menopausa no Brasil. Diante disso e do aumento da longevidade feminina - muitas mulheres vivendo além dos 80 anos - o professor Gerson destaca que é essencial investir em tratamentos que promovam saúde e qualidade de vida durante e após a menopausa. "Se comprovada a eficácia do LASER na redução da pressão arterial e de sintomas como ondas de calor e alterações de humor, essa tecnologia pode representar uma alternativa segura e não hormonal para cuidar da saúde cardiovascular e emocional nessa fase. Isso é especialmente relevante num cenário em que mulheres passam até um terço de suas vidas no período pós-reprodutivo, exigindo abordagens inovadoras e acessíveis para garantir bem-estar duradouro", conclui Rodrigues.

A pesquisa com animais foi aprovada pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA) da UFSCar (Registro: 6449201120) e o estudo com as mulheres foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade (CAAE: 76839123.6.0000.5504).

Depoimentos vão compor registro da trajetória da Instituição e serão divulgados nas redes sociais e canais de comunicação

 

SÃO CARLOS/SP - No escopo das celebrações de seus 55 anos, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está reunindo vídeos de pessoas que fizeram ou fazem parte da sua história. A ação integra a campanha "O que a UFSCar construiu em 55 anos?", organizada pela Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da Instituição, com o apoio da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) da Universidade e da Rádio UFSCar. O intuito é registrar aprendizados, descobertas, histórias marcantes e experiências em diferentes áreas da vida universitária.

Podem participar todas as pessoas que tenham uma experiência significativa com a UFSCar, incluindo estudantes de graduação e pós-graduação, docentes, técnico-administrativos, pesquisadores, colaboradores, terceirizados e egressos. Os vídeos enviados poderão ser publicados nas redes sociais oficiais da Universidade - Instagram (instagram.com/ufscaroficial), Facebook (facebook.com/ufscaroficial), LinkedIn (linkedin.com/school/ufscaroficial), YouTube (youtube.com/@UFSCarOficial) e TikTok (tiktok.com/@ufscaroficial) - e demais canais de comunicação da UFSCar.

De acordo com Agnes Arato, Diretora da CCS, a iniciativa mostra que a história da Universidade é construída por todos os integrantes de seus quatro campi (São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino): "A ação contempla quatro temáticas principais e objetiva valorizar a contribuição de cada pessoa na Instituição, reconhecendo como experiências de pesquisa, extensão, ensino e ações de inclusão se conectam e constroem a história da Instituição", registra.

A ideia é que as pessoas se sintam parte dessa comunidade. "Esta é uma oportunidade de registrar uma colaboração mútua e diversa, celebrar nossa trajetória coletiva e, ao mesmo tempo, refletir sobre a universidade que estamos construindo e a que queremos para o futuro", ressalta a Diretora.

As contribuições estão organizadas em quatro eixos temáticos:

- Pesquisa e Inovação - O que a UFSCar descobriu em 55 anos?
Relatos de descobertas científicas, projetos de iniciação e pós-graduação, desenvolvimento de tecnologias e parcerias com impacto social;

- Ensino - O que a UFSCar ensinou em 55 anos?
Experiências de sala de aula, práticas pedagógicas, programas de formação e metodologias inovadoras;

- Extensão - O que a UFSCar transformou em 55 anos?
Iniciativas que aproximam a Universidade da sociedade em áreas como cultura, meio ambiente, educação, esporte e tecnologia;

- Acessibilidade, diversidade e inclusão - O que a UFSCar aprendeu em 55 anos?
Ações ligadas ao acesso à Universidade, políticas afirmativas e práticas que contribuíram para uma instituição mais plural e inclusiva.

Como participar
A gravação deve ter até 1 minuto, em formato vertical, com boa iluminação e som claro. O vídeo precisa estar hospedado no Google Drive, com acesso liberado para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., e o link informado em formulário online, disponível em https://bit.ly/ccs-55-anos-formulario. O detalhamento de cada eixo pode ser consultado em https://bit.ly/ccs-55-anos-guia. O prazo vai até 30 de setembro. 

O envio não é garantia de publicação. Os vídeos passarão por avaliação da CCS, com possíveis edições jornalísticas e legendagem.

Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições no curso "Microplásticos - natureza, ocorrência e impacto ambiental", gratuito e online, que será ministrado por Walter Waldman, docente no Departamento de Física, Química e Matemática do Campus Sorocaba (DFQM-So) da UFSCar e coordenador do Grupo de Pesquisa em Poluição Plástica (GPPP). O pesquisador é referência em sua área de atuação, com trajetória internacional no estudo de microplásticos e polímeros em geral, atuando em projetos que combinam química ambiental, toxicologia e políticas públicas.

A proposta do curso é oferecer uma formação ampla e interdisciplinar sobre o tema, com um panorama sobre os microplásticos e seus efeitos, combinando fundamentos científicos, casos reais e discussões contemporâneas sobre legislação e desafios sociais. Dentre os temas abordados estão definições e categorias de microplásticos, métodos de monitoramento e análise, toxicidade e políticas regulatórias. "A crise dos microplásticos é um desafio científico, ambiental e comunicacional. Precisamos formar pessoas capazes de transformar esse problema em ações concretas e mudanças de comportamento", destaca Waldman, reforçando assim o convite a todas as pessoas interessadas e, especialmente, a jornalistas e outros comunicadores, para participarem e contribuírem na divulgação de informações de qualidade sobre o tema.

As aulas acontecem entre os dias 2 de setembro e 16 de dezembro, com encontros síncronos sempre às terças-feiras, das 8 às 10 horas (com possibilidade de realização de parte dessas atividades de forma assíncrona mediante necessidade e justificativa). "A dinâmica das aulas tem o propósito de compartilhar informações, sanar dúvidas e gerar novas perguntas, avançando nos conceitos da área. Já registramos em outras ofertas 200 pessoas em uma aula síncrona, o que acarreta diversidade de pontos de vista e garante um debate relevante, representativo para diversos segmentos, seja em áreas do conhecimento, seja quanto a profissionais de vários setores, públicos ou privados", destaca Waldman.

Existem duas possibilidades de participação: como aluno especial em disciplina do Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Uso de Recursos Renováveis - PPGPUR (para estudantes de pós-graduação com ou sem vínculo com a UFSCar) ou pela plataforma Ocean Teacher Global Academy (OTGA), da Unesco (para quaisquer outras pessoas interessadas).

As inscrições de alunos especiais devem ser feitas até 22 de agosto, com preenchimento de formulário de inscrição e conforme normas descritas no site do PPGPUR. Para participantes via OTGA, as inscrições podem ser feitas até o dia 26 de agosto, e haverá emissão de certificado de 45 horas cursadas mediante cumprimento de requisitos mínimos. A programação detalhada e outras informações, bem como instruções para inscrição, podem ser conferidas neste link.

Esta oferta do curso tem vínculo com o projeto temático "Destino e impactos de microplásticos e pesticidas em matrizes aquáticas e terrestres em contexto agrícolas" (apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp), bem como com o projeto "Materiais avançados para recuperação, tratamento e monitoramento de meio ambiente" (apoiado pela Financiadora de Estudos e Projetos - Finep) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Circularidade em Materiais Poliméricos (INCT Circularidade, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq).

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