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RIO DE JANEIRO/RJ  - A safra agrícola de 2023 deve totalizar um recorde de 288,1 milhões de toneladas, 25,3 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um aumento de 9,6%. Os dados são do primeiro Prognóstico para a Produção Agrícola do ano que vem, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de outubro aponta uma safra de 262,8 milhões de toneladas este ano, montante também recorde na série histórica até o momento e 3,8% maior que a de 2021, 9,6 milhões de toneladas a mais. O resultado é 898,911 mil toneladas superior ao previsto no levantamento de setembro, uma alta de 0,3%.

Soja como destaque

A soja puxará o bom resultado esperado para 2023, após a produção do grão ter registrado perdas em 2022 nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

“Tudo indica que vamos recuperar, a soja tem uma estimativa de 142,2 milhões de toneladas, com crescimento de 19,1% em relação a 2022. Também tivemos perdas no milho de primeira safra. O milho terá uma produção de 114,5 milhões com expansão de 3,7%. Tivemos uma segunda safra em 2022 muito boa, com recorde da série histórica”, apontou Carlos Barradas, gerente da pesquisa do IBGE, em nota oficial.

A produção agrícola de 2023 prevê colheitas maiores para a soja (alta de 19,1% ante 2022, ou 22,783 milhões de toneladas a mais), milho 1ª safra (16,8% ou 4,273 milhões de toneladas a mais), algodão herbáceo em caroço (2,0% ou 82.558 toneladas a mais), sorgo (5,7% ou 160.057 toneladas a mais) e feijão 1ª safra (4,9% ou 53.514 toneladas a mais). O IBGE espera declínios na produção de arroz (-3,5% ou -374.380 toneladas), milho 2ª safra (-0,2% ou -163.690 toneladas), feijão 2ª safra (-9,5% ou -124.796 toneladas), feijão 3ª safra (-3,7% ou -24.607 toneladas) e trigo (-12,1% ou -1,155 milhão de toneladas).

A área prevista deve crescer em 2023 ante 2022 para a soja em grão (1,2%) e para o milho em grão 1ª safra (0,9%), mas recuar para o arroz em casca (-4,1%), milho em grão 2ª safra (-0,6%), sorgo (-1,5%), feijão 1ª safra (-1,4%), feijão 2ª safra (-0,1%), feijão 3ª safra (-0,5%), algodão herbáceo em caroço (-0,1%) e trigo (-1,6%).

O IBGE estima aumento na colheita no ano que vem no Paraná (28,4%), Rio Grande do Sul (52,5%), Goiás (1,6%), Mato Grosso do Sul (8,4%), Minas Gerais (2,3%), Santa Catarina (15,2%), Tocantins (7,0%) e Rondônia (4,1%). São esperados recuos no Mato Grosso (-0,3%), São Paulo (-6,5%), Bahia (-3,3%), Maranhão (-2,4%), Piauí (-4,8%), Pará (-3,3%) e Sergipe (-0,1%).

Milho e trigo

A safra agrícola deste ano prevê colheitas recordes de milho e de trigo. Para o milho, a estimativa ficou em 110,4 milhões de toneladas (25,4 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 85,0 milhões de toneladas de milho na 2ª safra), e para o trigo, em 9,6 milhões de toneladas. A produção do arroz foi estimada em 10,7 milhões de toneladas; a do algodão em caroço, 6,7 milhões de toneladas, a de soja, 119,5 milhões de toneladas. Em relação ao desempenho de 2021, ocorreram acréscimos de 15,2% para o algodão, de 22,6% para o trigo e de 25,7% para o milho (decréscimo de 1,1% no milho na 1ª safra e aumento de 36,8% no milho na 2ª safra). A colheita será menor em 11,5% para a soja e em 8,1% para o arroz em casca.

Estoques de grãos

O estoque de produtos agrícolas no País totalizou 65,5 milhões de toneladas ao fim do primeiro semestre de 2022, de acordo com a Pesquisa de Estoques divulgada pelo IBGE. Em relação ao mesmo período de 2021, houve alta de 10,5%.

Houve quedas nos estoques de soja (-4,0%), trigo (-5,7%), arroz (-6,4%) e café (-19,6%) no primeiro semestre de 2021 em relação ao primeiro semestre de 2021. Por outro lado, o estoque de milho cresceu 69,1%. Esses produtos somam 95,8% do total estocado entre os produtos monitorados pela pesquisa, enquanto que os 4,2% restantes são compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e sementes.

Os estoques de soja ainda somaram o maior volume, 35,3 milhões de toneladas estocadas, seguidos pelo milho (19,3 milhões), arroz (5,1 milhões), trigo (2,3 milhões) e café (0,8 milhão).

Armazenamento maior

A capacidade útil disponível no Brasil para armazenamento agrícola foi de 188,8 milhões de toneladas em estabelecimentos ativos no primeiro semestre de 2022, 3,0% maior do que o resultado do semestre anterior. O número de estabelecimentos ativos foi de 8,378 mil locais, um acréscimo de 2,2% ante o segundo semestre de 2021.

Quanto à capacidade útil armazenável, os silos somaram 96,1 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2022, o que representa 50,9% da capacidade útil total. Os armazéns graneleiros e granelizados atingiram 70,0 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, 37,1% de toda a armazenagem nacional, e os armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 22,6 milhões de toneladas, uma fatia de 12,0% da capacidade total do País.

Problema na coleta de informações

O IBGE alertou que a pesquisa deixou de coletar, excepcionalmente, informações de 305 estabelecimentos localizados em Mato Grosso “devido a dificuldades operacionais”.

“Seus volumes estocados de milho e soja foram imputados com base no volume armazenado desses produtos no 1º semestre de 2021. A soma do volume estocado de milho nesses estabelecimentos representou 810,9 mil toneladas, 8,3% do volume total armazenado no Estado. No caso da soja, a soma do volume estocado nesses estabelecimentos representou 382,1 mil toneladas, 12,3% do volume total armazenado no Estado. Como as safras de milho e soja não apresentaram grandes diferenças nos últimos dois anos, foi utilizado o mesmo valor estocado em 2021 para 2022. Espera-se coletar os dados destes estabelecimentos na próxima edição”, frisou o instituto, em nota.

 

 

Daniela Amorim / ESTADÃO

CHINA -- Um novo recorde nacional de produção de soja foi registrado em uma competição de produção de soja de alto rendimento na Província de Heilongjiang, no nordeste da China, que foi avaliada por um painel de especialistas autorizado pelo Ministério da Agricultura e dos Assuntos Rurais.

De acordo com os resultados da avaliação disponibilizados no domingo, a 854 Farm Co., Ltd., do Grupo Beidahuang, alcançou 311,2 quilos de produção de soja por mu (0,07 hectares) em um campo contíguo de 100 mu, ocupando o primeiro lugar na competição provincial.

A fazenda plantou "Kennong 34", uma variedade de soja desenvolvida pela Universidade Agrícola Heilongjiang Bayi.

Li Kun, um técnico agrícola da fazenda, disse que o clima deste ano foi adequado para o crescimento da soja, com chuvas suficientes. Enquanto isso, o fornecimento unificado de materiais agrícolas da empresa e a aplicação de medidas técnicas, como a inoculação de rhizobia e o uso de fertilizante orgânico, também contribuíram para a colheita abundante.

Heilongjiang organizou a competição para explorar plenamente o potencial da produção de soja, atraindo cultivadores de 619 lotes agrícolas, cobrindo 385.600 mu de plantação de soja.

A província é a principal base de produção de soja da China, contribuindo para mais de 40% da área total de plantio de soja do país. Este ano, a província atingiu sua meta de acrescentar 10 milhões de mu de plantação de soja, com sua área total de cultivo do grão excedendo 68,5 milhões de mu.

De acordo com o departamento provincial de agricultura e dos assuntos rurais, desde domingo, a soja foi colhida em mais de 34 milhões de mu.

 

 

Sun Xiaoyu,Huang Teng,Fang Ning / Xinhua_PT

UCRÂNIA - A invasão da Ucrânia pela Rússia causou quase US$ 4,3 bilhões (R$ 22 bi na cotação atual) em danos ao setor agrícola ucraniano, segundo um novo estudo da Escola de Economia de Kiev Agrocenter, enquanto o mundo continua a enfrentar uma crise alimentar global agravada pela guerra.

 

Principais fatos até agora

A guerra destruiu US$ 2,1 bilhões (R$ 10,8 bi) em terras agrícolas e colheitas de inverno não colhidas e US$ 926 milhões (R$ 4,75 bilhões) em maquinário, de acordo com os pesquisadores. Outros danos incluem US$ 136 milhões (R$ 698,8 milhões) à pecuária, basicamente à criação de gado, e US$ 272 milhões (R$1,4 bilhão) às instalações de armazenamento. O relatório vem depois que as Nações Unidas alertaram que a guerra poderia levar à fome por causa de um bloqueio naval russo no Mar Negro que impediu a exportação de milhões de toneladas de grãos ucranianos.

 

Reflexos da invasão

A invasão da Rússia afetou a capacidade da Ucrânia de exportar produtos agrícolas para “alimentar 400 milhões de pessoas por ano em todo o mundo”, disse Roman Neyter, pesquisador do Centro de Pesquisa de Alimentos e Uso da Terra da Escola de Economia de Kiev, acrescentando que, sem a “restauração de ativos perdidos” a Ucrânia lutará para recuperar seu papel como fornecedor global de alimentos.

A economia da Ucrânia deve encolher 45% por causa dos danos da guerra, enquanto milhões de pessoas em todo o mundo enfrentam escassez de alimentos, disseram os pesquisadores.

 

O grande número do agro

São 2,4 milhões de hectares. Essa é a quantidade de áreas com safras de inverno que podem não ser colhidas por causa da guerra, no valor de cerca de US$ 1,4 bilhão (R$ 7,2 bi).

 

O que é o agro da Ucrânia no mundo

A Ucrânia desempenha um papel importante no fornecimento de vários produtos agrícolas ao mundo: o país é o quinto maior exportador global de trigo, o quarto maior exportador de milho e o maior exportador de óleo e farelo de girassol, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). A Ucrânia suspendeu a atividade portuária no início da guerra por causa dos bloqueios russos, com cerca de 20 milhões de toneladas de grãos colhidos presos no país, segundo a ONU.

A Ucrânia estimou que em maio as exportações de grãos caíram 64% em relação ao mesmo período do ano passado. Na semana passada, autoridades dos EUA e do Reino Unido também apoiaram relatos de que a Rússia roubou grãos ucranianos para enviá-los ao redor do mundo como produção própria. A Rússia negou os relatos, embora as imagens de satélite da Maxar Technologies pareçam mostrar navios russos trazendo grãos roubados a bordo. A Escola de Economia de Kiev estimou no mês passado que a invasão da Rússia custou à Ucrânia até US$ 600 bilhões no total (R$ 6,1 trilhões), com US$ 92 bilhões (R$ 472,7 bilhões) em danos à sua infraestrutura.

 

O que disse Joe Biden

O presidente Joe Biden, em um discurso à AFL-CIO (American Federation of Labor and Congress of Industrial Organizations) na terça-feira passada (14 de junho), disse que estava “trabalhando de perto” com aliados europeus para transportar 20 milhões de toneladas de grãos bloqueados na Ucrânia para ajudar a reduzir os preços dos alimentos. Biden disse que os grãos não poderiam ser transportados pelo Mar Negro porque seriam “escorraçados para fora dessas águas”, então os aliados estão trabalhando para desenvolver um plano para exportar os grãos por via férrea. Parceiros dos EUA e da Europa estão trabalhando com a Ucrânia para construir silos temporários na fronteira da Polônia para transportar os grãos para fora do país e ao redor do mundo.

 

 

Madeline Halpert / FORBES BRASIL

BRASÍLIA/DF - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou na sexta-feira (20) a XVIII Campanha Anual de Promoção do Produto Orgânico, com o slogan “Produto Orgânico, Melhor para Vida”. O evento foi realizado de forma virtual.

Durante a campanha, serão realizadas atividades pelo país para divulgar as características da produção orgânica. O consumidor poderá saber também como é feito o controle para garantia da qualidade desses produtos.

Nos últimos 12 anos, o número de produtores orgânicos cadastrados cresceu 450%. Em fevereiro de 2022, mais de 26 mil produtores orgânicos estavam regularizados e inscritos no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO).

Segundo o secretário-adjunto de Defesa Agropecuária (SDA), Márcio Rezende, o ministério trabalha para que o setor de produtos orgânicos busque ganhar escala, sem perder suas características, entre elas a produção aliada à sustentabilidade.

O diretor do Departamento de Serviços Técnicos da SDA, José Luis Ravagnani Vargas, ressaltou que um dos desafios é internacionalizar os orgânicos brasileiros. Atualmente, há um acordo que possibilita a exportação de produtos orgânicos para o Chile.

Assistência técnica

Neste ano, foram abertos processos de seleção para oferta de assistência técnica a famílias de agricultores orgânicos. No total, serão destinados R$ 7,8 milhões para atender os estados de Amazonas, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte, a partir de contrato de gestão firmado entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).

Ao todo, serão beneficiados 1.605 agricultores familiares integrantes de uma Organização de Controle Social que efetuam a comercialização de produtos orgânicos em venda direta.

Produto orgânico

Um produto orgânico é “aquele obtido dentro de um sistema orgânico de produção agropecuária – ou extrativista sustentável – que beneficie o ecossistema local, proteja os recursos naturais, respeite as características socioeconômicas e culturais da comunidade local, preserve os direitos dos trabalhadores envolvidos e não utilize organismos geneticamente modificados nem químicos sintéticos”.

Para serem comercializados, os produtos orgânicos deverão ser certificados por organismos credenciados no Ministério da Agricultura, sendo dispensados da certificação somente aqueles produzidos por agricultores familiares que fazem parte de organizações de controle social cadastradas no Mapa, que comercializam exclusivamente em venda direta aos consumidores.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio do Departamento de Procedimentos Licitatórios, informa que nesta quarta-feira (11/05) será reaberta a Chamada Pública Nº 01/2022, Processo Nº 2145/2022, referente a aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural para atender o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Os envelopes referentes a essa Chamada Pública serão recebidos e protocolados até às 15h desta quarta-feira (11/05) no Departamento de Procedimentos Licitatórios – Seção de Licitações, na rua Episcopal, nº 1.575, 3º andar do Paço Municipal, no Centro. 

Todos os alimentos adquiridos vão para o Banco Municipal de Alimentos, equipamento público de segurança alimentar e nutricional que em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social tem como objetivo a captação, recepção e distribuição gratuita de gêneros alimentícios para a merenda escolar entidades assistenciais cadastradas.

“Com a nova chamada pública a Secretaria de Agricultura e Abastecimento pretende adquirir mais de 46% dos gêneros alimentícios da agricultura familiar. Por meio do PNAE devem ser investidos esse ano em São Carlos R$ 1.125.899,80”, informa Fábio Cervini, secretário de Agricultura e Abastecimento.

SÃO CARLOS/SP - O Diário Oficial do Município publicou na sua edição desta terça-feira (15/03), a Chamada Pública Nº 01/2022, Processo Nº 2145/2022, para aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural para o atendimento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Os envelopes serão recebidos e cadastrados até às 15h do próximo dia 18 de abril.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) oferece alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública. O governo federal repassa, a estados, municípios e escolas federais, valores financeiros de caráter suplementar efetuados em 10 parcelas mensais (de fevereiro a novembro) para a cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede de ensino. No mínimo 30% desses recursos devem ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar. 

“Esse ano o valor por DAP (CAF) passou de R$ 20 mil para R$ 40 mil dos recursos do PNAE a serem gastos com a Agricultura familiar. Outra mudança foi com relação a Declaração de Aptidão ao Pronaf, a chamada DAP, que esse ano foi substituída pelo Cadastro do Agricultor Familiar (CAF). Hoje adquirimos os hortifrutigranjeiros de aproximadamente 80 agricultores familiares de São Carlos”, explica Fábio Cervini”, secretário de Agricultura e Abastecimento.

BRASÍLIA/DF - Em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia, que ameaça a oferta de grande parte dos fertilizantes importados pelo Brasil, o governo federal vai lançar este mês um plano nacional para ampliar a produção do insumo no país. A informação é da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. 

Os fertilizantes, especialmente nitrogênio, fósforo e potássio, são largamente utilizados pelo setor agrícola brasileiro, mas 80% deles são importados, e a Rússia e a Bielorússia são dois dos principais fornecedores do produto ao Brasil. No momento, no entanto, em decorrência das sanções econômicas aplicadas contra russos e bielorrussos, por causa da invasão à Ucrânia, o Brasil não tem conseguido trazer os fertilizantes destes países. 

"O Brasil, no passado, não fez um programa nacional para a produção própria de fertilizantes. Fizemos uma opção errada, lá atrás, de ficarmos importando nitrogênio, fósforo e potássio", afirmou a ministra durante a live semanal do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais. No caso do fósforo, considerado um dos fertilizantes mais importantes, a dependência externa chega a 93%. 

Segundo a ministra, uma cerimônia de entrega do plano será realizada no final de março, no Palácio do Planalto. Apesar de coincidir com uma crise de abastecimento do produto, o plano vinha sendo pensado há mais tempo.

"Esse plano está pronto, não foi por causa desta crise. Isso nós pensamos lá atrás, no seu governo, de que o Brasil, uma potência agro, não poderia ficar nessa dependência, do resto do mundo, de mais de 80% nos três produtos, de vários países”, disse a ministra durante a live com Bolsonaro.

Um grupo de trabalho chegou a ser formado há quase um ano e envolveu representantes de nove ministérios. 

Segundo Teresa Cristina, o plano trará um diagnóstico sobre a oferta de fertilizantes no Brasil e poderá ter como resultado, por exemplo, propostas legislativas para facilitar a produção de fertilizantes no país, como regras de licenciamento ambiental para exploração de jazidas e até permissão para extração dos minerais em terras indígenas.

Na quarta-feira (2), durante coletiva de imprensa, a ministra da Agricultura afirmou que o estoque de fertilizantes para o agronegócio no Brasil está garantido até outubro. Ela garantiu que não há problemas com a safra neste momento, porém, a safra de verão, no final de setembro e outubro, ainda gera preocupação.

 

 

Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil 

TAMBAÚ/SP - Na quarta-feira, dia 23/02, o Prefeito Dr. Leonardo Spiga Real esteve em São Paulo Paulo na Secretaria de Agricultura e Abastecimento para assinar o Convênio que tem por objetivo a implementação do Programa "Cidadania no Campo - Rotas Rurais". O Convênio assinado é de R$884.034,00 (oitocentos e oitenta e quatro mil e trinta e quatro reais), contempla obras de adequação e conservação da estrada rural TAM 126 (6,12Km) que dá acesso à São Pedro dos Morrinhos.

O Programa será dividido em 07 etapas para a execução do programa: 1) Limpeza de material orgânico; 2) Adequação da plataforma com Adequação de taludes; 3) Estrutura de drenagens de águas pluviais (Lombadas, abaulamento do leito, canaletas laterais); 4) Estrutura de armazenamento de águas pluviais (Terraços e bacias de captação); 5) Estruturas de drenagens correntes; (instalação de tubulação de fluxo transversal); 6) Estruturas de drenagens superficiais (instalação de drenos profundos); 7)Tratamento primário do leito (Revestimento primário). O prazo de conclusão é de 12 meses contados da assinatura do convênio, após a publicação em Diário Oficial.

“Compartilho com o Vereador Flavinho de São Pedro dos Morrinhos por essa grande conquista e agradeço ao Secretário Itamar Borges por ter esse olhar especial para a nossa querida cidade de Tambaú”, destacou o Prefeito Dr. Leonardo Spiga Real.

EUA - O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos investirá US$ 1 bilhão em projetos que promovem práticas agrícolas, pecuárias e florestais que reduzem as emissões de gases de efeito estufa ou capturam e armazenam carbono, disse à Reuters o secretário do USDA, Tom Vilsack.

O programa utilizará fundos da Commodity Credit Corporation do USDA, que fornecem até US$ 30 bilhões anualmente do Tesouro dos EUA para ajudar a estabilizar os preços dos produtos agrícolas e apoiar a renda agrícola.

O investimento é a mais recente iniciativa do governo Biden destinada a combater as mudanças climáticas, com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa do setor agrícola pela metade até 2030 e colocar os Estados Unidos no caminho de emissões líquidas zero até 2050.

Projetos qualificados podem incluir iniciativas que reduzam ou capturem as emissões de metano em fazendas leiteiras ou programas que expandam o uso de práticas agrícolas que absorvem mais carbono da atmosfera e armazenam no solo.

A expansão dessas práticas pode aumentar o valor dos produtos agrícolas dos EUA, à medida que as empresas de alimentos e os exportadores pressionam cada vez mais para descarbonizar suas cadeias de suprimentos, disse Vilsack.

“Achamos que há uma oportunidade emergente aqui, já que os consumidores exigem alimentos produzidos de forma mais sustentável aqui nos Estados Unidos e certamente no mercado de exportação”, disse ele à Reuters em entrevista.

“Este programa… pode essencialmente reduzir o risco para os agricultores para que possam aprender como fazê-lo e ver os resultados positivos”, disse Vilsack.

O financiamento será concedido a entidades públicas e privadas qualificadas, incluindo governos estaduais e locais, organizações sem fins lucrativos, pequenas empresas, governos, entre outras.

Os pedidos de subsídios de US$ 5 milhões a US$ 100 milhões devem ser entregues até 8 de abril, enquanto os que buscam subsídios menores devem entregar até 27 de maio.

 

 

REUTERS

FORBES

SÃO CARLOS/SP - O Insper e a Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP) lançam nesta quinta-feira (16) o sistema Global Agri Trade Data (Gat), uma ferramenta disponibilizada gratuitamente para oferecer dados sobre até 76 agrupamentos de produtos que constituem as principais cadeias produtivas do agronegócio brasileiro e mundial. Entre elas estão o setor de grãos, carnes, açúcar, têxteis e outros produtos agrícolas processados. O sistema, com esta diversidade de dados, facilidade de obtenção e disponível de forma gratuita, é único no país.

O Gat será lançado no Insper, em São Paulo, durante uma programação que terá início às 18 horas e que vai envolver também, entre outras ações, o lançamento da versão impressa do livro "O Brasil no Agro Global: reflexões sobre a inserção do agronegócio brasileiro nas principais macrorregiões do planeta". O evento presencial será transmitido simultaneamente pelo canal do Insper no Youtube.

A ferramenta foi desenvolvida estrategicamente para atender estudantes e profissionais que atuam com comércio exterior, processos de importação e exportação de produtos do agronegócio entre diferentes países, que precisam acompanhar tendências globais de comércio, e realizar análises de mercado para tomada de decisão que podem impactar diretamente na comercialização de um produto de um país.

O objetivo é fornecer ao usuário análises já prontas do comércio internacional agrícola, através de gráficos, e taxas de crescimento, considerando uma ampla gama de dimensões possíveis. Para isso, vai utilizar informações as mais atualizadas possíveis e disponibilizadas por fonte oficiais, como o banco de dados Comtrade da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex-Brasil), órgão do Ministério da Economia.

Além disso, vai contar com um trabalho de estimativa para informações ausentes neste banco, trazendo um conjunto de dados o mais completo possível nesta área. O sistema permite que a visualização das informações para análise seja ajustada de acordo com o interesse do usuário.

"Por isso, os dados são trabalhados e dispostos de maneira a possibilitar uma rápida interpretação e análise pelo usuário. A importância de se ter uma análise do comércio agrícola em âmbito mundial, e não apenas do Brasil, decorre da possibilidade de identificação de concorrentes e mercados potenciais para o país, possibilitando análises de inserção estratégica do Brasil nos mercados globais", explicam a economista da Embrapa Instrumentação, Cinthia Cabral da Costa, e o coordenador do Insper Agro Global, Marcos Jank.

Uma das responsáveis pelo desenvolvimento do Gat, a pesquisadora lembra que entre 2000 e 2020 o comércio internacional de produtos do agronegócio passou de 357 para 1.258 bilhões de dólares. "Portanto, a compreensão detalhada dos valores, origens e destinos de cada produto do setor é de extrema relevância para um país agroexportador como o Brasil", acrescentam.

Plataforma versátil

O Gat poderá ser acessado a partir do dia 16, após o lançamento, pelo endereço: https://www.insper.edu.br/pesquisa-e-conhecimento/centro-de-agronegocio-global/gat/

O portal permite avaliações a partir do ano de 2000 e oferece cinco dimensões de dados, em âmbito mundial (World Agri Trade); por regiões ou países (Agri Trade By Main Region); por produto (agri Trade by Product) e índices de comércio (Agri Trade Indexes). Além disto, há o sistema Gat Brazil, onde dados ainda mais detalhados e atualizados do país são disponibilizados.

Por se tratar de dados mundiais e que, portanto, podem ser úteis também para o público de todos os demais países que queiram analisar o comércio internacional e posicionar sua condição dentro do cenário, o Gat foi desenvolvido apenas na versão em inglês. No entanto, para facilitar a busca de dados, a plataforma disponibiliza um passo a passo, que permite aos usuários a navegação de forma rápida e precisa.

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