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EUA - A Marinha americana corre contra o tempo para resgatar um de seus caças do fundo do oceano — antes dos chineses.
O avião F35-C, avaliado em US$ 100 milhões (R$ 540 milhões), caiu no Mar da China Meridional após o que a Marinha descreveu como um "acidente" ao decolar do porta-aviões USS Carl Vinson.

É o jato mais novo da Marinha americana e está repleto de equipamentos secretos.

Como está em águas internacionais, é tecnicamente um jogo justo. Quem chegar primeiro, ganha.

O prêmio? Todos os segredos por trás desta força de combate bastante cara e de ponta.

Sete marinheiros ficaram feridos quando o jato caiu na segunda-feira (24/1) e atingiu o convés do porta-aviões durante um exercício militar.

Agora a aeronave está no fundo do oceano, mas o que vai acontecer a seguir é um mistério. A Marinha não vai confirmar onde afundou, tampouco quanto tempo vai levar para recuperá-la.

A China reivindica quase todo o Mar da China Meridional e tem tomado cada vez mais medidas para fazer valer esta reivindicação nos últimos anos, se recusando a reconhecer uma decisão de um tribunal internacional de 2016 que diz não haver base legal.

Especialistas em segurança nacional afirmam que os militares chineses estariam "bastante interessados" em chegar ao caça, e um navio de resgate dos EUA parece estar a pelo menos 10 dias de distância do local do acidente.

É tarde demais, diz a consultora de defesa Abi Austen, porque a bateria da caixa preta vai acabar antes disso, dificultando a localização da aeronave.

"É de vital importância que os EUA peguem (o caça) de volta", diz ela.

"O F-35 é basicamente como um computador que voa. Foi projetado para conectar outros meios — o que a Força Aérea chama de 'ligar sensores a atiradores'."

Segundo ela, a China não tem essa tecnologia, então colocar as mãos nela seria um grande salto.

"Se eles conseguirem entrar nos recursos de rede do 35, isso compromete efetivamente toda a filosofia da operação."

Questionada se havia ecos da Guerra Fria nisso tudo, ela responde:

"Tudo se resume a quem é o maior cachorro do parque! É basicamente uma mistura de A Caçada ao Outubro Vermelho com O Segredo do Abismo — é uma peça brilhante de três atos."

O que há de tão especial no F-35C?

- Um sistema de missão de rede que permite o compartilhamento em tempo real das informações coletadas durante o voo;

- É a primeira aeronave baseada em porta-aviões da Marinha americana com baixa visibilidade ao radar, que permite operar sem ser detectada no espaço aéreo inimigo;

- Asas maiores e trem de pouso mais robusto o tornam adequado para "lançamentos por catapulta" a partir de porta-aviões no mar;

- Tem o motor de caça mais potente do mundo e pode atingir velocidades de até 1.200 mph ou Mach 1,6;

- Pode transportar até dois mísseis em suas asas e quatro em seu interior.

Austen, ex-conselheira do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA e ex-diplomata da Otan e da União Europeia, disse acreditar que qualquer tentativa da China de reivindicar direitos de resgate foi um "teste de estresse" nos EUA.

Ela acredita que isso acontece em um momento vulnerável e perigoso, após o que alguns consideraram uma retirada desorganizada e desastrosa do Afeganistão.

Não há dúvidas de que a China quer este avião, embora a espionagem cibernética possa significar que o país asiático já têm algum conhecimento de seu interior, layout e funcionamento, diz Bryce Barros, analista de assuntos da China e membro de segurança do Truman Project.

"Acho que eles gostariam de ver partes reais do avião, para entender melhor como está disposto e encontrar suas vulnerabilidades".

A Marinha americana reconheceu em comunicado que uma operação de resgate estava em andamento após o "acidente" a bordo do USS Carl Vinson.

Como funcionaria então esta operação para recuperar a aeronave?

Uma equipe do Supervisor de Resgate e Mergulho da Marinha dos EUA prenderia bolsas à fuselagem do jato, que seriam infladas lentamente para levantar os destroços.

Esta operação será mais difícil se a estrutura da aeronave não estiver em grande parte inteira.

O caça provavelmente estava armado com pelo menos dois mísseis transportados em suas asas ou no compartimento interno, o que também poderia complicar o resgate.

Há precedentes para estes jogos militares de gato e rato em que o vencedor leva tudo.

Em 1974, no auge da Guerra Fria, a CIA (agência de inteligência americana) retirou secretamente um submarino russo do fundo do mar na costa do Havaí usando uma garra mecânica gigante.

Dois anos antes, militares chineses resgataram secretamente o submarino britânico HMS Poseidon, que afundou na costa leste da China.

E acredita-se amplamente que a China colocou as mãos nos destroços de um helicóptero "stealth" (de baixa visibilidade ao radar) dos EUA que caiu no ataque ao complexo de Osama bin Laden em 2011.

"Temos certeza que os militares chineses viram o equipamento e o software a bordo naquele momento", diz Barros.

A operação de resgate mais bem-sucedida do Livro Guinness dos Recordes foi o levantamento dos destroços de uma aeronave de transporte da Marinha americana do fundo do Mar das Filipinas em maio de 2019.

Estava a cerca de 5.638 m abaixo da superfície.

Uma outra opção, é claro, é destruir o caça para impedir que caia nas mãos de Pequim.

"A coisa mais fácil a fazer seria torpedear!", afirmou um oficial militar.

Mas não parece ser um caminho que esteja sendo levado em consideração.

 

 

BBC

Nomeada de “Abate”, ação se estende até hoje (7), mobilizando cerca de 800 PMs e 135 viaturas

 

RIBEIRÃO GRANDE/SP - A Polícia Militar Ambiental e o Ministério Público deflagraram, na manhã de segunda-feira (6), a operação “Abate” para combater a caça ilegal em todo o estado de São Paulo, garantindo o equilíbrio e a preservação da biodiversidade da fauna nativa, bem como impedindo que animais silvestres sejam alvo de maus-tratos por parte de caçadores.

Os trabalhos mobilizam cerca de 800 PMs, com apoio de 135 viaturas e promotores da Justiça, para o cumprimento de 50 mandados de buscas e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário.

Além do cumprimento das ordens judiciais, as atividades incluem a intensificação do policiamento preventivo em locais estratégicos e operações de bloqueio nas rodovias de fronteiras com os estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas Gerais visando a combater o tráfico de animais e o porte ilegal de arma de fogo, bem como apreender materiais usados por caçadores ilegais.

Ao longo da operação, que ocorre até esta terça-feira (7), ações de educação e conscientização também são realizadas a fim de contribuir com a proteção da fauna e, consequentemente, do meio ambiente.

Flagrante ocorreu na cidade de Paulicéia, no interior do Estado; duas armas de fogo também foram recolhidas

 

PAULICÉIA/SP - A Polícia Militar Ambiental prendeu dois homens, de 31 e 46 anos, após flagrá-los na posse de duas armas de fogo e quase 140 quilos de carne de capivara. O flagrante ocorreu na madrugada desta terça-feira (13), na Alameda dos Dourados, próximo ao Rio Paraná, em Paulicéia, no interior do Estado de São Paulo.

Os militares realizavam patrulhamento quando viram luzes de lanternas nas margens do rio. Suspeitando de um crime ambiental, os PMs se aproximaram do local e abordaram um carro que era ocupado por dois indivíduos. Na ação, a dupla chegou a tentar fugir dos policiais, mas foi detida.

Após buscas no veículo, foram encontradas uma cartucheira calibre 20 e uma espingarda calibre 38, além de munições intactas e deflagradas. No banco traseiro foram localizados diversos materiais utilizados na caça de animais silvestres, como facas, machado, farolete, lanterna, além de uma bateria automotiva e motor de popa. No porta-malas, por sua vez, havia 137 quilos de carne de capivara. Questionados, os homens confessaram que todo o material lhes pertencia e que tinham abatido quatro capivaras.

A dupla foi presa em flagrante e levada ao plantão policial de Panorama, onde foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e matar espécimes da fauna silvestre.

Os objetos encontrados com os suspeitos e as duas armas de fogo foram apreendidos para perícia e a carne descartada em aterro sanitário.

Por parte da PM Ambiental, foram registrados dois Autos de Infração Ambiental (AIA), somando R$ 137 mil em multas.

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