Infectologista Ho Yeh Li acompanhou os primeiros exames do Programa Testar para Cuidar no HU-UFSCar.
SÃO CARLOS/SP - O Hospital Universitário da UFSCar (HU-UFSCar) foi um dos pontos de coleta de informações e exames de sangue do "Testar para Cuidar - Programa de Mapeamento da COVID-19", no dia 14 de junho. A Reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann, acompanhou as coletas e encontrou a médica infectologista Ho Yeh Li, Chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas de São Paulo e a única infectologista que integrou a equipe que foi à China buscar os brasileiros que pediam repatriação, no início da pandemia. A visita foi acompanhada pelas médicas e Professoras da UFSCar, Meliza Goi Roscani (Chefe de Gestão de Cuidado do HU) e Sigrid de Souza, uma das coordenadoras do Mapeamento.
"Temos várias iniciativas e ações na UFSCar para o enfrentamento da doença COVID-19. Destaco o empenho e a responsabilidade da nossa comunidade UFSCar, que está apoiando a sociedade neste momento difícil. Este mapeamento vai possibilitar a criação de estratégias para controle e combate da doença", afirmou a Reitora.
O papel da UFSCar no programa "Testar para Cuidar" é apoiar o levantamento, a coleta de informações e exames. Conta com a participação de docentes, estudantes da área da saúde e, também, de inscritos na iniciativa "O Brasil Conta Comigo". A realização dos exames tipo ELISA contará com o apoio da UFSCar, por meio do Laboratório de Inflamação e Doenças Infecciosas (LIDI), do Departamento de Morfologia e Patologia (DMP). Os testes serão comprados pela Prefeitura de São Carlos.
Já o Hospital Universitário (HU) da UFSCar, além de disponibilizar o local para a realização do levantamento, tem profissionais da área da saúde trabalhando como voluntários na ação. O HU-UFSCar é referência no atendimento a moradores que durante a visita apresentam algum sintoma grave de Síndrome Gripal. Ao todo, 44 leitos de enfermaria e 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) foram disponibilizados para atendimento exclusivo de pacientes COVID-19, no HU.
"A testagem, neste momento, torna-se ainda mais importante no combate à pandemia e a participação dos alunos, do HU e da UFSCar, mostra mais uma vez a perfeita sintonia entre o ensino e a assistência", afirmou a Superintendente do HU-UFSCar, Ângela Leal.
Para a aluna do 6º ano do curso de Medicina, Malu Oliveira da Cunha, o Testar para Cuidar está sendo importante para a formação. "Fazer parte dessa pesquisa é muito gratificante e um aprendizado dentro da minha formação. A COVID-19 é algo novo e que nós estamos tendo que estudar no dia a dia", contou.
A médica infectologista Ho Yeh Li, Chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina de São Paulo, conheceu o "Testar para Cuidar" e destacou a importância do programa. "Este mapeamento é fundamental para que os governantes, assim como os gestores da área da saúde, consigam fazer um planejamento para o enfrentamento da COVID-19. Ele será determinante para a adequação dos serviços nos próximos meses", disse Ho Yeh Li.
Com trabalhos relevantes em H1N1 e febre amarela, Ho Yeh Li afirma que São Carlos será um exemplo para outras cidades. "Conhecer a porcentagem da população infectada e a porcentagem da população que está suscetível à doença permite traçar a curva e trabalhar ações mais concretas. São Carlos é um exemplo para as outras cidades seguirem", completou.
MUNDO - A China vai manter a ampla liquidez do sistema financeiro na segunda metade do ano à medida que a economia se recupera do coronavírus, mas precisará considerar retirar esse apoio em algum momento, alertou o presidente do banco central do país nesta quinta-feira.
Os comentários sinalizam as preocupações das autoridades de que o estímulo monetário adotado nos últimos meses para ajudar as empresas durante a pandemia possa aumentar os riscos da dívida na segunda maior economia do mundo.
"O apoio financeiro durante o período de resposta à epidemia está sendo escalonado; devemos prestar atenção à 'ressaca' da política monetária", disse o presidente do Banco do Povo da China, Yi Gang, em um fórum financeiro em Xangai.
"Devemos considerar a retirada oportuna das ferramentas de política econômica com antecedência."
Yi disse que os fundamentos econômicos da China permanecem sólidos, seus mercados financeiros estão amplamente estáveis e que o banco central reduziu os custos de financiamento este ano.
*Por: Winni Zhou e Andrew Galbraith / REUTERS
MUNDO - A segunda maior companhia aérea chinesa lançará uma nova empresa, mesmo que a pandemia tenha causado um colapso global no setor de viagens e no número de passageiros. Por trás do paradoxo, a estratégia é coerente com a retomada do consumo doméstico no gigante asiático.
Não se trata uma aventura improvisada. Para lançar sua nova companhia aérea, a China Eastern Airlines reuniu fortes parceiros e aliados. Entre eles, a Juneyao Airlines (Shanghai) e, especialmente, a Trip.com, líder em viagens on-line no mercado chinês. Um projeto centrado em um dos principais destinos turísticos da China: a ilha de Hainan, apelidada de "pequena Tailândia", com seus oito milhões de habitantes e seu status de zona franca (pouco ou nada taxada pelos impostos).
Questões não faltam sobre o “timing” escolhido para este novo projeto, num momento em que o setor global de companhias aéreas está lutando por sua sobrevivência, amplamente afetado pela pandemia de coronavírus.
De acordo com um anúncio feito no domingo (14) na bolsa de Hong Kong, a China Eastern, principal estatal do setor, deterá 51% do capital da nova empresa. Ela será chamada de Sanya International Airlines, batizada a partir do nome da cidade mais famosa de Hainan, e a mais popular entre os turistas. A data de lançamento não foi oficialmente definida. O projeto ainda exige a aprovação do organismo regulador chinês.
Xi Jinping e a maior zona franca da China
O objetivo dos acionistas da nova companhia aérea é simples: capitalizar na crescente importância da Hainan na China. A ilha é 30 vezes maior que o território de Hong Kong e se afirma cada vez mais como um popular destino de férias para turistas chineses.
No entanto, não se trata apenas de uma simples transação financeira. É também o símbolo da estratégia de Xi Jinping. O presidente chinês quer fazer de Hainan a maior zona franca do país. Pequim pretende reduzir o imposto de renda para 15% para certas categorias de pessoas e empresas, além de suavizar os critérios para a obtenção de um visto para turistas e empresários.
Setor aéreo global em turbulência
O plano de lançamento da Sanya Airlines ocorre justamente quando a Covid-19 deixou os aviões colados no chão e forçou o estabelecimento de quarentenas rigorosas para impedir a propagação do vírus. Muitas empresas estão lutando pela vida, como a Thai Airlines ou a Virgin. O setor poderá perder mais de US$ 84 bilhões em 2020, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo.
A aposta chinesa na nova companhia ainda está longe de ser ganha, de acordo com Greg Waldron, editor-gerente da revista FlightGlobal: "O lançamento oficial da empresa dependerá, sem dúvida, da retomada do tráfego aéreo doméstico na China e da situação da Covid-19, tanto no país como na região. Leva tempo para construir uma companhia aérea: é preciso muito trabalho para instalar equipamentos e pessoal antes que o primeiro avião possa decolar."
Patriotismo turístico e isento de impostos
Mas, para Shaun Rein, fundador do China Market Research Group, o período escolhido para lançar a Sanya Airlines seria perfeito. "Mesmo antes da Covid-19, 2020 já era o ano do turismo doméstico na China, quando os chineses queriam se concentrar em seu próprio país, especialmente em locais importantes como Hainan, Yunnan ou destinos emergentes como Gansu", analisou. Segundo Shaun Rein, a guerra comercial sino-americana "trouxe patriotismo entre os cidadãos chineses que querem mostrar a seus filhos a grandeza de seu país e ensiná-los mais sobre a herança nacional."
*Por: RFI
MUNDO - Os Estados Unidos suspenderão, a partir de 16 de junho, voos de companhias aéreas chinesas para o país em resposta ao bloqueio imposto pela China para empresas norte-americanas. A medida é para voos comerciais e não afeta o transporte de cargas. A decisão, divulgada na 4ª feira (3.jun.20200), pode ser antecipada, caso necessário.
Em comunicado, o governo norte-americano afirma que as empresas pediram a retomada dos serviços em 1 de junho. Diz que a falha do governo chinês para aprovação é uma violação do acordo de transporte aéreo.
“O Departamento continuará a contratar nossos parceiros chineses para que as transportadoras americanas e chinesas possam exercer plenamente seus direitos bilaterais. Enquanto isso, permitiremos às transportadoras chinesas operar o mesmo número de voos regulares de passageiros que o governo chinês permite ao nosso.”, diz o comunicado do Departamento de Transportes dos EUA.
China anuncia retomada
Nesta 5ª feira (04), a China anunciou que vai permitir a retomada de companhias aéreas estrangeiras a partir da próxima 2ª feira (8.jun). As companhias poderão voar 1 vez por semana para o país.
*Por: PODER360
MUNDO - O retorno ao crescimento econômico na China só será possível se a pandemia do novo coronavírus for controlada a nível mundial, alertou o governo de Pequim nesta última quarta-feira (20), enquanto o país se esforça para retomar sua atividade.
A economia chinesa experimentou um retrocesso pela primeira vez em sua história no primeiro trimestre, com uma queda de 6,8% ao ano, atribuída à epidemia de COVID-19 que paralisou grande parte das empresas do país.
Embora a China tenha controlado a epidemia em seu território e testemunhe um retorno à normalidade, as empresas enfrentam dificuldades devido a uma baixa nos pedidos. E os exportadores chineses estão especialmente expostos, já que a pandemia paralisa agora grande parte da economia mundial.
"As empresas continuam enfrentando dificuldades significativas em questão de funcionamento e produção. Ainda vai levar tempo" para voltar à normalidade, afirmou à imprensa o ministro de Indústria e Tecnologias da Informação, Miao Wei.
Miao não descarta uma recuperação no segundo trimestre, mas conforme alerta, este cenário será possível apenas "se a pandemia for progressivamente controlada a nível mundial".
O crescimento do PIB chinês foi de 6,1% no ano passado, seu pior resultado em cerca de 30 anos, devido em parte à guerra comercial com os Estados Unidos.
A China pode estabelecer uma meta de crescimento para este ano na abertura de sua sessão parlamentar na sexta-feira, adiada em meio à epidemia.
*Por: AFP
MUNDO - O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse nessa última segunda-feira (27) que a China poderia ter contido o coronavírus antes que ele se espalhasse pelo mundo e que seu governo está conduzindo "investigações sérias" sobre o que aconteceu.
"Estamos fazendo investigações muito sérias. Não estamos felizes com a China", disse Trump em entrevista na Casa Branca. "Há muitas coisas pelas quais ela pode ser responsabilizada."
"Acreditamos que poderíamos ter impedido isso na fonte. Poderíamos ter impedido que se espalhasse tão rápido e não se propagaria por todo o mundo."
As críticas de Trump são as mais recentes de seu governo destinadas à maneira pela qual a China se portou no surto de coronavírus, que começou no fim do ano passado na cidade chinesa de Wuhan e cresceu, tornando-se uma pandemia global que até agora matou mais de 207 mil pessoas no mundo, 55 mil nos Estados Unidos, de acordo com uma contagem da Reuters.
Na semana passada, o secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos "acreditavam fortemente" que Pequim falhou em informar o surto do coronavírus em tempo razoável e acobertou o perigo da doença respiratória causada pelo vírus.
O Ministério das Relações Exteriores da China nega as acusações.
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