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EUA - Para os líderes das empresas americanas, a alta inflação não é bem-vinda. Além de também não ser comum. Warren Buffett, 91 anos, o chefe mais velho das grandes empresas no índice S&P 500, recentemente alertou quanto aos perigos do aumento dos preços em sua carta anual aos acionistas em 2021. Em média, os CEOs das empresas no índice são homens jovens na casa dos 58 anos, que ainda não tinham entrado na universidade em 1979, quando Paul Volcker, o inimigo-mor da inflação, tornou-se presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Quando a maioria deles começou a trabalhar, o surgimento do capitalismo globalizado estava dando início a uma era de baixa inflação e altos lucros. Os preços das ações de suas empresas subiram entre a crise financeira global de 2007 a 2009 e a pandemia de covid-19, uma década de inflação baixíssima.

A inflação permanecerá alta por algum tempo ainda. Em 7 de junho, o Banco Mundial alertou que “vários anos de inflação acima da média e crescimento abaixo da média agora parecem prováveis”. Um novo estudo de Marijn Bolhuis, Judd Cramer e Lawrence Summers descobriu que, se você medir a inflação de forma constante, a taxa de hoje não está tão distante do pico de 1980. À medida que o passado se aproxima sorrateiramente do futuro, a “estagflação” está preocupando aqueles que ocupam cargos de liderança nas empresas. Os executivos de hoje talvez se considerem calejados por terem passado por uma crise financeira e uma pandemia. No entanto, o desafio estagflacionário requer um conjunto de ferramentas diferente que envolve tanto elementos do passado como novos artifícios.

A principal tarefa de qualquer equipe de gestão é proteger as margens e o fluxo de caixa, que têm a preferência dos investidores ao crescimento da receita quando as coisas ficam arriscadas. Isso exigirá uma luta mais árdua nas trincheiras da demonstração de resultados. Embora um aumento nas margens conforme a inflação aumentava no ano passado tenha levado os políticos a denunciar a "inflação provocada pela ganância" corporativa, os lucros após descontar os impostos tendem a cair como uma parte do PIB quando os aumentos de preços persistem, com base na experiência de todas as empresas americanas desde 1950. Para criar valor para os acionistas nesse contexto, as empresas devem aumentar seus fluxos de caixa em termos reais. Isso significa uma combinação de corte de despesas e repasse da inflação de custos aos clientes sem diminuir o volume de vendas.

A contenção de gastos não será fácil. Os preços de commodities, transporte e mão-de-obra continuam altos e a maioria das empresas não pode ditar os preços nesses mercados. As limitações da cadeia de suprimentos começaram a diminuir um pouco e talvez continuem diminuindo nos próximos meses. Mas é quase certeza que os transtornos continuarão. Em abril, a Apple lamentou-se dizendo que a escassez de chips de computadores em todo o setor deve criar um “entrave” de US$ 4 bilhões a US$ 8 bilhões para a fabricante de iPhones no trimestre atual.

 

Freio em contratações

O insumo que os chefes podem controlar com maior facilidade é o trabalho. Depois de meses de contratação frenética, as empresas estão tentando proteger as margens conseguindo mais resultados de seus trabalhadores – ou alcançando o mesmo resultado de antes com menos deles. O mercado de trabalho continua bastante aquecido: nos Estados Unidos, os salários subiram mais de 5% ao ano e, em abril, as demissões atingiram uma mínima histórica. Mas, em alguns casos, a contratação frenética pós-pandemia para atender à demanda reprimida está sendo revogada.

 

Choque de cultura

Os chefes americanos estão mais uma vez demonstrando que são menos reticentes às demissões do que seus colegas europeus. Em um memorando enviado aos funcionários neste mês, Elon Musk revelou planos para reduzir em 10% o número de funcionários da Tesla, sua empresa de carros elétricos. Muitas das empresas queridinhas no mundo digital, que cresceram durante a pandemia, demitiram em conjunto aproximadamente 17 mil trabalhadores apenas em maio. Depois de atrair profissionais com aumento de salários e benefícios, nas últimas divulgações de resultados trimestrais, mais CEOS americanos têm falado de automação e eficiência da mão de obra.

Na atual conjuntura, porém, o controle de gastos pragmático (e insensível) não será suficiente para manter a rentabilidade. A inflação de custos remanescente deve ser imposta aos consumidores. Muitas empresas estão prestes a aprender a complexidade de aumentar os preços sem prejudicar a demanda. Aquelas empresas que põem em prática esse superpoder costumam compartilhar algumas características: concorrência fraca, incapacidade dos clientes de atrasar ou evitar a compra, ou fontes de receita vinculadas à inflação. Uma marca forte também ajuda. A Starbucks vangloriou-se em uma divulgação de resultados em maio que, apesar do aumento dos preços de suas bebidas com café, a empresa tem tido dificuldades para dar conta da “demanda implacável”.

Entretanto, dados recentes sugerem um sentimento do consumidor mais suave. Isso torna mais arriscado para as empresas implementar aumentos de preços frequentes. Sinais de cautela estão surgindo, do Mcdonald's, que especulou sobre o “aumento da sensibilidade ao preço” entre os fãs de hambúrgueres; a Verizon, que detectou “morosidade” de cliente no trimestre mais recente. A capacidade de forçar a aceitar os aumentos de preços enquanto os consumidores apertam os cintos exige uma gestão criteriosa. Ao contrário da última era de alta inflação, os gestores podem usar a precificação algorítmica em tempo real, experimentando e ajustando de forma constante conforme a reação dos consumidores. Contudo, todas as empresas ainda precisam ter uma visão de longo prazo com relação a quanto tempo os preços altos durarão e aos limites do que seus clientes tolerarão. Não se trata de uma ciência exata.

 

Estragos no balanço

Mesmo se mantiverem as receitas e as despesas sob controle, os CEOs estão descobrindo o que seus antecessores conheciam muito bem: a inflação provoca estragos no balanço. Isso requer um controle ainda mais rígido do capital de giro (o valor dos recursos disponíveis em caixa mais o que os clientes devem menos o que se deve pagar aos fornecedores). Muitas empresas calcularam mal a demanda por seus produtos. O Walmart perdeu quase 20% de seu valor de mercado, ou cerca de US$ 80 bilhões, em meados de maio, depois de relatar uma contração de fluxo de caixa causada por um acúmulo excessivo de estoques, que aumentou pelo terceiro ano. Em 7 de junho, sua rival de varejo de menor tamanho, a Target, divulgou um aviso de que sua margem operacional cairá de 5,3%; no último trimestre, para 2%, no atual; pois ela está aplicando descontos nas mercadorias para queimar os estoques em excesso. Os ciclos de pagamento – ou seja, quando uma empresa paga os fornecedores e é paga pelos clientes – também se tornaram mais importantes, já que o poder de compra do dinheiro entregue amanhã enfraquece no calor da inflação.

 

Distorções contábeis

Tudo isso torna o desempenho de uma empresa mais difícil de se avaliar. Por exemplo, os cálculos de retorno sobre o capital parecem mais impressionantes com um numerador inflado (retornos atuais) e o denominador (capital investido no passado) em dólares antigos. Entre 1979 e 1986, durante o último período de alta inflação, as empresas americanas foram obrigadas por lei a apresentar demonstrações de resultados que fossem ajustados ao aumento dos preços. É improvável que um decreto como esse seja ressuscitado. Mas mesmo que os chefes se gabem de um maior crescimento nominal da receita, as decisões de investimento e remuneração devem ser responsáveis por esses ventos favoráveis artificiais.

Basta perguntar a Buffett. Em sua carta aos acionistas em referência ao ano de 1980, ele os lembrou de que os lucros devem aumentar proporcionalmente ao nível da alta dos preços sem um acréscimo no capital empregado, para evitar que a empresa comece a “comer” o capital dos investidores. A missiva dele aos investidores em 2023 talvez precise transmitir a mesma mensagem. / TRADUÇÃO DE ROMINA CÁCIA

 

 

ESTADÃO

Iniciativa valoriza empresas que adotam práticas que visam ao equilíbrio trabalho-família

 

BRASÍLIA/DF - Estão abertas, até o dia 9 de janeiro, as inscrições para empresas interessadas em receber o Selo Empresa Amiga da Família (SEAF), Edição 2021/2022. Lançada em 2019 pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), por meio da Secretaria Nacional da Família (SNF), a iniciativa tem o objetivo de reconhecer empresas que adotam diversas medidas em benefício do equilíbrio trabalho-família.

De acordo com o edital, podem participar empresas privadas tenham sede, filial ou representação no território brasileiro — considerando-se matriz e filiais —, exceto os Microempreendedores Individuais (MEI), e as empresas estatais da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. As empresas aprovadas terão o nome publicado na lista de empresas aprovadas em Portaria do MMFDH e poderão utilizar a marca do SEAF nos meios de comunicação e junto aos fornecedores, prestadores de serviço e clientes.

Confira o edital completo.

As empresas poderão optar entre duas modalidades: SEAF - Adesão – se comprometendo a adotar práticas de equilíbrio trabalho-família e apresentá-las para avaliação na próxima edição; ou SEAF - Empresa Amiga da Família – empresas que já adotam práticas de equilíbrio trabalho-família e querem apresentá-las ao processo de avaliação nesta edição.

Para a secretária Angela Gandra, o SEAF tem um papel preponderante na sensibilização das empresas sobre a importância de práticas que buscam a harmonia da vida familiar com a vida profissional.

“Este equilíbrio para a vida do trabalhador pode gerar retornos sólidos para as empresas. Instituições familiarmente responsivas contribuem para que o cidadão possa ter um tempo de alta produtividade no trabalho e um tempo de alta qualidade no seu lar. Um trabalhador que vive bem em casa, certamente trabalhará melhor”, ressaltou Gandra.

Semana de Valorização da Família

A edição 2021/2022 do SEAF foi lançada durante a Semana de Valorização da Família, que aconteceu em 2021. Além do Selo, foram apresentados outros projetos e campanhas que visam ao fortalecimento da família como forma de desenvolvimento da sociedade, como o Projeto Família na Escola, a campanha Refeições em Família e a plataforma Escola Nacional da Família.

EUA - As sementes da queda de uma empresa, costuma-se dizer no mundo dos negócios, são plantadas quando tudo está indo muito bem.

É difícil dizer que as coisas não estejam indo bem para o Google. A receita e os lucros atingem novos recordes a cada três meses. A empresa controladora do Google, a Alphabet, vale US $ 1,6 trilhão. O Google vem se enraizando cada vez mais profundamente na vida dos americanos comuns.

Mas uma classe inquieta de executivos do Google teme que a empresa esteja mostrando rachaduras. Eles dizem que a força de trabalho do Google está cada vez mais vocal. Problemas internos estão se espalhando para o público. Liderança decisiva e grandes ideias deram lugar à aversão ao risco e ao incrementalismo. E alguns desses executivos estão saindo e deixando todos saberem exatamente o porquê.

“As pessoas continuam me perguntando por que eu fui embora. Acho que a melhor pergunta é: por que fiquei tanto tempo?”, Noam Bardin, que ingressou no Google em 2013, quando a empresa adquiriu o serviço de mapeamento Waze, escreveu num blog duas semanas depois de deixar a empresa, em fevereiro.

“Os desafios da inovação”, escreveu ele, “só vão piorar à medida que a tolerância ao risco diminuir”.

Muitos dos problemas do Google, disseram executivos que estão na empresa ou que saíram recentemente, derivam do estilo de liderança de Sundar Pichai, o afável e discreto executivo-chefe.

Quinze executivos e ex-executivos do Google, falando sob condição de anonimato por medo de enfurecer o Google e Pichai, disseram ao New York Times que o Google estava sofrendo com muitas das armadilhas de uma grande empresa em desenvolvimento: burocracia paralisante, tendência à inação e fixação na percepção do público.

Os executivos, alguns dos quais interagiam regularmente com Pichai, disseram que o Google não agiu rapidamente nos negócios-chave e nas movimentações de pessoal porque ele ruminou as decisões e atrasou a ação. Os executivos também disseram que o Google continuou a ser abalado por lutas culturais no local de trabalho e que as tentativas de Pichai de baixar a temperatura tiveram o efeito oposto - permitindo que os problemas piorassem ao evitar posições difíceis e às vezes impopulares.

Um porta-voz do Google disse que as pesquisas internas sobre a liderança de Pichai foram positivas. A empresa se recusou a disponibilizar Pichai, 49 anos, para comentários, mas organizou entrevistas com nove executivos e ex-executivos para oferecer uma perspectiva diferente sobre sua liderança.

“Eu ficaria mais feliz se ele tomasse decisões mais rápido? Sim”, disse Caesar Sengupta, um ex-vice-presidente que trabalhou de perto com Pichai durante seus 15 anos no Google. Ele saiu em março. “Mas estou feliz por ele acertar quase todas as decisões? Sim”.

O Google vem enfrentando um momento perigoso. Está lutando contra desafios regulatórios em casa e no exterior. Políticos de esquerda e direita estão unidos em sua desconfiança em relação à empresa, tornando Pichai um elemento obrigatório nas audiências do Congresso. Mesmo seus críticos dizem que, até agora, ele conseguiu passar por essas audiências sem irritar os parlamentares nem fornecer mais munição para os inimigos da empresa.

Os executivos do Google que reclamam da liderança de Pichai reconhecem esse fato e dizem que ele é um líder atencioso e cuidadoso. Dizem também que o Google hoje está mais disciplinado e organizado - uma empresa maior e gerida com mais profissionalismo do que a que Pichai herdou seis anos atrás.

Durante seu tempo à frente do Google, ele dobrou a força de trabalho para cerca de 140 mil pessoas e o valor da Alphabet triplicou. Não é incomum que uma empresa que cresceu tanto pareça lenta ou relutante em arriscar o que a deixou tão rica. Pichai tomou algumas medidas para enfrentar tudo isso. Em 2019, por exemplo, ele reorganizou o Google e criou novos órgãos de tomada de decisão, para que menos decisões precisassem de sua aprovação.

Mesmo assim, o Google, fundado em 1998, é assombrado pela percepção de que seus melhores dias ficaram para trás. No Vale do Silício, onde recrutar e reter talentos é referência sobre as perspectivas de uma empresa, executivos de outras empresas de tecnologia disseram que nunca foi tão fácil persuadir um executivo do Google a abrir mão de um salário estável de sete dígitos por uma oportunidade em outro lugar.

Em 2018, mais de uma dúzia de vice-presidentes do Google tentaram avisar Pichai por e-mail que a empresa estava passando por significativas dificuldades de crescimento. Eles disseram que havia problemas para coordenar as decisões técnicas e que o feedback dos vice-presidentes muitas vezes era desconsiderado.

Os executivos - muitos dos quais passaram mais de uma década na empresa - escreveram que o Google demorava muito nas grandes decisões, dificultando a realização de qualquer coisa, de acordo com cinco pessoas com conhecimento do e-mail. Embora não criticassem diretamente Pichai, disseram eles, a mensagem era clara: o Google precisava de uma liderança mais decisiva no topo.

Desde então, vários dos executivos que assinaram o e-mail pediram demissão para aceitar empregos em outro lugar. Pelo menos 36 vice-presidentes do Google deixaram a empresa desde o ano passado, de acordo com perfis do LinkedIn.

É uma fuga de cérebros de vice-presidentes significativa, a qual totaliza cerca de 400 gerentes que servem como espinha dorsal de liderança em toda a empresa. O Google disse que está confortável com as taxas de desgaste de seus vice-presidentes, que vêm se mantendo estáveis nos últimos cinco anos.

Uma crítica comum entre os atuais e ex-executivos é que as lentas deliberações de Pichai muitas vezes parecem uma maneira de optar pela segurança e chegar a um “não”.

Há alguns anos, os executivos do Google propuseram a ideia de adquirir o Shopify como uma forma de desafiar a Amazon no comércio online. Pichai rejeitou a ideia porque achava que o Shopify era muito caro, disseram duas pessoas familiarizadas com as discussões.

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Mas essas pessoas disseram que nunca pensaram que Pichai tivesse estômago para fechar o negócio e que o preço era uma justificativa conveniente e, em última análise, equivocada. O preço das ações da Shopify aumentou quase dez vezes nos últimos anos. Jason Post, porta-voz do Google, disse: “Nunca houve uma discussão séria sobre essa aquisição”.

A relutância de Pichai em tomar medidas decisivas sobre a volatilidade da força de trabalho no Google tem sido perceptível.

Em dezembro, Timnit Gebru, uma das líderes da equipe Ethical A.I. do Google e uma de suas funcionárias negras mais conhecidas, disse que foi demitida após criticar a abordagem do Google para a contratação de minorias e escrever um artigo de pesquisa destacando os preconceitos embutidos em sua tecnologia de inteligência artificial. De início, Pichai ficou fora da briga.

Depois que 2 mil funcionários assinaram uma petição protestando contra a demissão, Pichai enviou um e-mail prometendo restaurar a confiança perdida, ao mesmo tempo em que continuava a promover a visão do Google de que Gebru não fora demitida. Mas o gesto ficou aquém de um pedido de desculpas, disse ela, e foi visto como uma mera obrigação imposta pelo departamento de relações públicas.

David Baker, ex-diretor de engenharia do grupo de confiança e segurança do Google que pediu demissão em protesto contra a saída de Gebru, disse que o Google deveria admitir que cometeu um erro em vez de tentar salvar as aparências.

“A falta de coragem do Google com seu problema de diversidade é, em última análise, o que acabou com minha paixão pelo trabalho”, disse Baker, que trabalhou na empresa por 16 anos. “Quanto mais seguro o Google se torna em termos financeiros, mais avesso ao risco ele fica”.

Algumas críticas a Pichai podem ser atribuídas ao desafio de manter a cultura do Google entre uma força de trabalho muito maior do que antes, disseram os executivos do Google a quem a empresa pediu para falar ao Times.

“Não acho que ninguém mais poderia gerenciar esses problemas tão bem quanto Sundar”, disse Luiz Barroso, um dos executivos técnicos mais seniores da empresa.

As discussões para adquirir o rastreador de atividades Fitbit, que foram fechadas em janeiro, levaram cerca de um ano, período ao longo do qual Pichai lutou com aspectos do negócio, incluindo como integrar a empresa, seus planos de produto e como pretendia proteger os dados do usuário, disse Sameer Samat, vice-presidente do Google. Samat, que estava pressionando pelo acordo, disse que Pichai identificou problemas potenciais que ele não havia considerado totalmente.

“Eu pude ver como essas múltiplas discussões podem fazer alguém sentir que somos lentos para tomar decisões”, disse Samat. “A realidade é que são decisões muito grandes”.

 

 

*Por: Daisuke Wakabayashi / ESTADÃO

Finalização deve acontecer até o fim de janeiro de 2021, antes do previsto incialmente

 

MUNDO - A aliança entre o PSA Group e a Fiat Chrysler Automobiles pode ser completada mais cedo que o esperado. A Bloomberg diz que as duas automotivas estão procurando finalizar os processos o mais rápido possível, com uma provável finalização antes do final de janeiro de 2021. E isso não está tão longe do previsto, já que quando anunciaram a aliança em 2019, queriam finalizar ainda no primeiro quadrimestre de 2021.

Pessoas ligadas ao processo alegam que problemas enfrentados pela indústria automotiva, se referindo a pandemia do coronavírus, aceleraram a finalização dos papeis. De acordo com a Bloomberg, esperam receber a aprovação da Europa até o fim de 2020. E em 4 de janeiro há um encontro entre as duas para a aprovação dos acionistas, mesmo que a posição da Europa demore um pouco mais.

O acordo irá criar a quarta maior companhia do mundo, chamada Stellantis, e terá 13 marcas automotivas - porém não por muito tempo. Rumores que circulam indicam que ambas as empresas devem cortar algumas marcas e modelos dos catálogos para a redução de custos. Isso significa que marcas como a Chrysler e a Lancia podem desaparecer. Além disso, podem ter mudanças em ambas as empresas na China.

A PSA é listada como a empresa que está adquirindo, tendo ela 6 das 11 cadeiras do Board da Stellantis. O CEO da PSA, Carlos Tavares, também será o líder na nova empresa. Sobre o CEO da FCA, Mike Manley, há indicativos de que ele deve ir para a Ferrari, após uma aposentadoria repentina do CEO da empresa italiana. Ao mesmo tempo, Manley deve liderar a operação da Stellantis na América do Norte e Sul e não terá uma posição no board.

 

 

*Por: Leo Fortunatti / MOTOR1.com

BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta última quinta-feira que o governo vai criar no início do próximo ano o programa Minha Primeira Empresa e destacou que aqueles que reclamavam de ser empregado terão a chance de montar o seu próprio negócio.

Em transmissão pelas redes sociais, Bolsonaro disse que já falou do assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, embora não tenha dado detalhes de como será o programa.

O presidente, que elogiou a reforma trabalhista do antecessor Michel Temer, afirmou também que ninguém está defendendo acabar com direitos e pediu para que não o acusem disso.

Ainda assim, Bolsonaro comparou a situação a um casamento, dizendo que tudo que é "amarrado demais" e "muito rígido" acabando tendo "prejuízo".

O presidente exaltou novamente a geração de empregos no país, registrado mais cedo pelo Caged, e disse que a economia está se recuperando em "V" da pandemia do novo coronavírus.

 

 

*Por:  Ricardo Brito / REUTERS

RIBEIRÃO PRETO/SP - Líder em serviços digitais no Brasil para empresas de pequeno e médio portes, a Locaweb anuncia a aquisição da Etus, startup de Ribeirão Preto que oferece a mais completa e robusta solução para gestão de redes sociais e marketing digital do mercado e já conta com mais de 100 mil marcas sendo atendidas. A plataforma ajuda empresas a fazerem essa gestão completa em um único ambiente, de forma simples e descomplicada.

Uma história que começou com 3 sócios em uma agência de  marketing digital. Há 5 anos, André Patrocínio, Márcio Niasa e Bruno Nery perceberam a necessidade de otimizar os processos de gestão de redes sociais para facilitar a vida dos seus clientes empreendedores e decidiram desenvolver um sistema próprio, concentrando todas as ferramentas em uma só. O que começou como uma ferramenta para uso interno, acabou se tornando a solução mais completa e robusta para gestão de redes sociais do Brasil.

“Conforme íamos utilizando a ferramenta na nossa agência, percebíamos como aquele sistema tinha potencial para resolver as dores e necessidades de outras pessoas. Ao longo de 4 meses usamos internamente, testamos, aperfeiçoamos e percebemos que a solução era tão boa que deveríamos oferecer para o mercado. Logo no primeiro dia, tivemos 100 vendas e percebemos que esse seria o novo caminho do nosso negócio”, conta André Patrocínio.

Hoje, a Etus  atende a mais de 110 mil marcas do Brasil e do mundo. Os clientes vão desde pequenos empreendedores, até grandes marcas como Boticário, Senac, Petrobras, Itaú entre outras.

Com a cara e com a coragem

As histórias dos três sócios são muito parecidas. Ambos cresceram na periferia de Ribeirão Preto, estudaram em escolas públicas, não tiveram ajuda para abrir a empresa, que teve início com zero investimento. “A nossa história é diferente da maioria dos empreendedores do ramo de tecnologia, mas o que tem em comum, é que tivemos muita garra, dedicação e vontade de fazer dar certo. Hoje queremos ajudar outros empreendedores com a nossa ferramenta, e servir de exemplo para os jovens investirem nos seus sonhos e se tornarem empreendedores de sucesso. Temos muitos planos e projetos que serão lançados em 2020 que visam devolver para sociedade um pouco do que conquistamos”, conta Bruno Nery.

Ribeirão por opção

A Etus teve um crescimento exponencial em todo território nacional. Na contramão das empresas de tecnologia, a startup decidiu fincar raízes na cidade onde nasceu, apesar de diversas oportunidades e dos convites para levar a sede para capitais como São Paulo e Florianópolis, consideradas polos de tecnologia. “Nossa equipe é formada por pessoas da região e que dificilmente teriam essas oportunidades de trabalho por aqui, talvez por isso elas abracem tanto a empresa. Acreditamos que é necessário valorizar a nossa cidade e os ótimos profissionais que temos aqui”, avalia Marcio Niasa.

Fazendo parte de algo maior
Uma das pioneiras em soluções Business to Business (B2B) para transformação digital de negócios no Brasil, a Locaweb nasceu para ajudar empreendedores e negócios a desenvolverem sua presença online e prosperarem na web. Ao longo dos últimos anos, a empresa realizou sete aquisições, fortalecendo a atuação em diversos mercados como o de e-commerce, marketing cloud, hospedagem, cloud computing, pagamentos e aplicativos mobile. A Locaweb possui mais de 1,5 mil funcionários, quase 400 mil clientes e 19 mil desenvolvedores parceiros. Com 22 anos de atuação, a empresa segue crescendo e inovando por meio de desenvolvimento e aprimoramento interno de produtos bem como de aquisições.

“Sempre apoiamos as PME’s e já temos um grande volume de serviços para ajudá-los no processo de digitalização de suas operações, oferecendo soluções de commerce (plataforma para loja virtual, meios de pagamento, integrações com marketplaces, entre outros), presença digital e SaaS, mas faltava no nosso portfólio uma solução que pudesse fazer a diferença nas redes sociais dos nossos clientes e para isso, escolhemos a Etus. Sabemos que existe grande sinergia para os dois lados, pois os clientes da Locaweb precisam de soluções como as da Etus para venderem ainda mais e ampliarem a sua presença digital. Ao mesmo tempo, os clientes da Etus precisam das soluções que a Locaweb oferece. Como já temos um processo de cross sell bem estabelecido na companhia, a Etus já chega podendo fazer uso imediato de todo esse potencial de vendas para a nossa base”, afirma Fernando Cirne, CEO da Locaweb

"Estamos animados em divulgar ao mercado mais uma importante aquisição depois da abertura de capital, que ocorreu em fevereiro desse ano. Como sempre fazemos em nossas aquisições, fomos extremamente cautelosos e avaliamos centenas de empresas para chegar até a Etus. Estamos falando de um produto de assinatura, tecnicamente muito bem estabelecido, com potencial de cross sell e onde os fundadores continuarão na operação conosco. É a receita que gostamos. Uniremos nossos esforços e seguiremos ainda mais firmes no propósito de fazer negócios nascerem e prosperarem por meio da tecnologia ", afirma Cirne.

Seguindo o modelo de atuação da Locaweb em outras aquisições, André Patrocínio permanecerá à frente da operação com total autonomia, mantendo os colaboradores e escritório próprio em Ribeirão Preto.

MUNDO - A gigante da tecnologia Microsoft anunciou nesta semana o lançamento do Azure Communication Services, um novo pacote de ferramentas que diz ser a “primeira plataforma de comunicação totalmente gerenciada por um grande provedor de nuvem”. De forma resumida, os serviços darão aos desenvolvedores uma maneira de adicionar mensagens de texto, chamadas de voz e vídeo a todos os aplicativos. E, em outubro deste ano, a empresa planeja adicionar chamadas para telefones fixos como uma opção.

Mas as novas ferramentas da Microsoft vão competir diretamente com as oferecidas pela Twilio, a empresa de US$ 34 bilhões que, até agora, tem desfrutado da liderança no setor de serviços de comunicações baseados em nuvem, conhecido como Communications-Platform-as-a-Service. A Twilio detém atualmente 25% do mercado do setor, avaliado em US$ 4,2 bilhões em 2019, afirma Courtney Munroe, analista do IDC, que comenta que sua influência está crescendo 33% ao ano.

A notícia é um golpe para o relacionamento da Twilio com a Microsoft, que impulsionou seus negócios em 2012 antes que a Twilio concordasse em fornecer serviços de comunicação para clientes da nuvem Azure. A Twilio, então, se tornou um cliente da Azure para hospedar seu software.

“A Microsoft não é a primeira a entrar em nossa área e não será a última”, disse a porta-voz da Twilio, Caitlin Epstein, em um comunicado. “Respeitamos, mas não exageramos na concorrência, porque é muito mais importante focar nos clientes do que no comunicado à imprensa de outra empresa de tecnologia.”

Em uma entrevista, Scott Van Vliet, vice-presidente de comunicação inteligente da Microsoft, não discutiu o futuro do relacionamento da Microsoft com a Twilio, apenas comentou: “Esperamos que os clientes que procuram a Microsoft vejam que oferecemos uma das plataformas de nuvem mais confiáveis em grande escala”.

A Twilio diz que atualmente há cerca de 200 mil empresas corporativas que usam seus serviços de comunicação. Analistas afirmam que a empresa sediada em São Francisco construiu uma máquina de vendas que efetivamente ajudou a levantar o setor e apontam para sua receita crescente, que atingiu US$ 400 milhões no segundo trimestre deste ano. Como o setor de comunicações baseadas em nuvem é novo e ainda deve ser amplamente adotado em outras áreas como saúde e varejo, a posição de líder de mercado da Twilio permitirá que ela continue crescendo, acrescenta Ryan Koontz, analista da Rosenblatt Securities.

Mas a Twilio enfrenta forte concorrência da Microsoft. A plataforma do Microsoft Teams é usada diariamente por mais de 75 milhões de pessoas, permitindo à empresa lançar uma vasta base de clientes para a implantação de seus novos serviços de comunicação. Além disso, uma das principais ameaças da Twilio será a capacidade da Microsoft de fazer vendas cruzadas de seu pacote de comunicações para desenvolvedores no GitHub, um serviço de sua propriedade que é usado por mais de 50 milhões de programadores para construir aplicativos. “Não tenho dúvidas de que um número significativo desses desenvolvedores utiliza a Twilio”, disse Rich Valera, analista da Needham & Company.

Dependendo do sucesso do Azure Communications Services, um grande impulso competitivo no novo setor de software pode evidenciar o efeito da Microsoft em seus concorrentes menores. Durante o final do primeiro semestre, enquanto a Microsoft evitava o antitruste dirigido a seus rivais Google e Amazon pelos reguladores dos Estados Unidos, a empresa foi processada na União Europeia pela Slack, que alegou que a plataforma Teams violava tais leis. Desde o lançamento em 2017, o Teams ultrapassou o número de usuários da Slack, que atualmente conta com 12 milhões.

Com o setor de serviços de comunicação em nuvem ainda crescendo, os analistas não veem a ofensiva da Microsoft na Twilio como um jogo em que um perde e outro ganha, mas já percebem o amplo alcance da empresa. “Você começa a se tornar grande demais para falir, e é algo cada vez mais evidente: os pequeninos estão sendo caçados”, diz Ted Chamberlin, analista da Gartner.

 

 

*Por: David Jeans / FORBES BRASIL

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