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Empresa contratada apresentou as soluções desenvolvidas para o controle das cheias na bacia do Gregório.

 

SÃO CARLOS/SP - Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira, 12/09, na Secretaria de Obras, a empresa Hidrostúdio Engenharia entregou aos representantes  do SAAE e da Prefeitura os projetos executivos para as obras de macrodrenagem nos córregos do Gregório e Simeão. O diretor da empresa, Dr. Aluísio Canholi, explicou, em linhas gerais, as alternativas técnicas avaliadas e como foi concebido o estudo que irá controlar as enchentes na baixada do mercado municipal.

CÓRREGO DO GREGÓRIO - O projeto contempla a construção, na região do Parque da Chaminé, de um grande reservatório de detenção, popularmente chamado “piscinão”, com capacidade em torno de 240.000 m³ (240 milhões de litros), interligado com o canal do córrego do Gregório. De acordo com a Hidrostúdio, o reservatório foi dimensionado para amortecer o impacto das águas da chuva, permitindo a passagem de vazões compatíveis com o trecho canalizado, evitando, com isso, o transbordamento e consequente inundação das vias. 

CÓRREGO DO SIMEÃO - Já para a bacia do córrego do Simeão, o projeto contempla o aumento da capacidade do reservatório construído recentemente na Vila Prado, que passará a receber águas pluviais de parte da Avenida Getúlio Vargas, por meio de novas galerias projetadas, que desviarão para o piscinão as águas pluviais que atualmente chegam à região da praça do mercado pela Avenida São Carlos, desde a região da Praça Itália.

VALORES E PRAZO - As obras projetadas estão orçadas em torno de R$ 440 milhões (Reservatório Gregório: R$ 300.197.335,32 e Reservatório Simeão: R$ 140.298.932,26) e o prazo previsto para execução é de 24 meses. Estiveram presentes no encontro o presidente do SAAE, Engenheiro Mariel Olmo; o chefe de Gabinete do SAAE, José Augusto Santana; o Gerente de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais do SAAE, Eduardo Casado; o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de São Carlos – AEASC, Laerte Rigo; a presidente da Associação Comercial e Industrial de São Carlos, Ivone Zanquim; o Gerente Administrativo da ACISC, Alexandre Rosa; os Secretários de Obras, Leonardo Lázaro, e de Meio Ambiente, Júnior Zanquim.

De acordo com o presidente do SAAE, Engenheiro Mariel Olmo, foi um dia histórico para São Carlos. “A apresentação deste estudo grandioso é um passo fundamental e decisivo para a conquista do que todos nós queremos e esperamos: o fim das enchentes na região central da cidade, que historicamente atingem os comerciantes e geram prejuízos enormes para eles e a população em geral. Para o SAAE e Prefeitura, agora, caberá a missão de buscar esses recursos junto ao Governos Federal e Estadual. E será o que faremos a partir de agora, já que temos em mãos um projeto técnico preparado de forma extraordinária”.

CHINA - Pelo menos nove pessoas morreram e 17 estão desaparecidas até segunda-feira devido às enchentes e deslizamentos de terra nas províncias costeiras chinesas de Guangdong e Fujian.

Na província de Guangdong, cinco pessoas morreram, 15 estão desaparecidas e 13 ficaram soterradas, de acordo com informações das autoridades locais de gestão de emergências, citadas pela Reuters.

Na cidade de Sishui, também em Guangdong, foram registrados 369,3 milímetros de precipitação em 24 horas. O dilúvio levou as autoridades a aumentar os níveis de resposta a emergências e a enviar helicópteros para evacuar pessoas e entregar mantimentos aos afetados.

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Na província vizinha de Fujian, quatro pessoas morreram e duas estão desaparecidas devido às chuvas, que o gabinete provincial de meteorologia classificou como um "evento extremo", informou a emissora estatal CCTV.

As chuvas torrenciais no condado de Wuping, em Fujian, desde a tarde de domingo, causaram o desmoronamento de 378 casas, levando as autoridades a lançar uma ação de emergência contra as inundações.

Nos últimos dias, a província foi inundada por fortes chuvas, estabelecendo um recorde histórico no condado de Wuping. Os prejuízos econômicos no condado totalizaram 415 milhões de yuan (cerca de 53 milhões de dólares).

Muitas áreas do sul da China foram afetadas pelas chuvas dos últimos dias, levando várias localidades a emitir avisos e alertas de inundações.

Na província de Jiangxi, a precipitação média foi de 24 milímetros entre as 8h de domingo e as 8h de segunda-feira, com 288 estações meteorológicas em 56 condados registrando precipitações significativas.

Em Chongqing, as chuvas torrenciais elevaram o nível da água de cinco rios em 1 a 3 metros.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ALEMANHA - Um porta-voz da polícia indicou que foram encontrados os corpos de um homem e de uma mulher no sótão de uma casa em Schorndorf, distrito de Rems-Murr.

O sótão estava inundado e os corpos surgiram quando se drenava a água, indicou a televisão pública alemã ARD.

Outro corpo, de uma mulher de 43 anos que estava desaparecida desde domingo, foi localizado no sótão de uma casa em Schrobenhausen, na Alta Baviera.

O último falecido é um bombeiro que foi encontrado sem vida em Pfaffenhofen an der Ilm, também na Alta Baviera. O agente morreu numa operação de resgate ao cair de uma embarcação insuflável na qual se deslocava com três companheiros.

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Em paralelo, prosseguem as evacuações devido à ruptura de barragens na região de Suábia. As últimas zonas abrangidas por alertas de evacuação são as de Danubio-Ries e Hamlar, enquanto em Pfaffenhofen, um dos distritos mais afetados, o nível da água começou a "descer levemente", segundo o governo local.

O chefe de governo do estado de Baden-Wurtemberg, o ecologista Winfried Kretschmann, advertiu que "situações como esta serão mais habituais". Kretschmann deslocou-se a Meckenbeuren, uma das localidades mais afetadas.

"É evidentemente uma consequência das alterações climáticas. Em comparação com a Baviera, em Baden-Wurtemberg foi menos grave, mas no norte do estado a situação é extremamente precária", advertiu.

O chanceler alemão Olaf Scholz prometeu ajudas para as zonas afetadas e novas medidas para proteger o clima. "Não podemos deixar de enfrentar as mudanças climáticas que provocamos", declarou em Reichertshofen, outras das zonas atingidas na Baviera.

O chefe do Governo alemão destaou que não são casos isolados e estão a se tornar cada vez mais frequentes, ao recordar ser esta a quarta vez no ano que visita a zona devido a inundações.

Scholz foi acompanhado pelo primeiro-ministro bávaro, Marcus Soeder, que assegurou medidas concretas na reunião do executivo regional agendada para terça-feira. "Vamos abordar a forma de ajudar rapidamente e com a menor burocracia", assinalou.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

PORTO ALEGRE/RS - O desastre ocorrido no Rio Grande do Sul ainda está longe de terminar para o povo gaúcho, que vive agora os efeitos prolongados da devastação causada pelas enchentes e inundações. No dia em que o decreto que reconheceu a calamidade pública completa um mês, ainda há 37,8 mil pessoas em abrigos e mais de 580 mil fora de casa. Quem conseguiu voltar para casa encontrou um cenário de absoluta destruição e perdas inestimáveis.

A catadora de material reciclável Claudia Rodrigues, 52 anos, que mora na região da Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, voltou há menos de dois dias para casa. Antes, ela passou quase quatro semanas acampada à beira da rodovia Freeway, que corta a cidade pela zona norte, em uma cena que se tornou comum na região metropolitana. A rua ainda está alagada na altura dos calcanhares, mas dentro de casa a água baixou completamente, revelando um ambiente repleto de lama, ratos mortos, móveis revirados, eletrodomésticos perdidos.

"A dor que eu estou sentindo não tem como explicar, uma mágoa. Olhar para o teu próprio lar e ver um nada. A gente se vê na escuridão. Mas eu creio que vai dar certo e que isso é passageiro, só que até as coisas se ajeitaram é complicado", desabafa.

01/06/2024- Moradora da Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, Claudia Rodrigues registrou o cenário de destruição que encontrou em casa quando as águas baixaram. Foto: Claudia Rodrigues/Arquivo Pessoal

Moradora da Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, Claudia Rodrigues perdeu móveis e o fogão na inundação. Foto: Claudia Rodrigues/Arquivo Pessoal

Ela só conseguiu voltar para casa porque o terreno tem um desnível e a parte do quarto, que fica acima, não foi alcançada pela água, preservando apenas a cama e o guarda-roupas. Com tanta sujeita e camadas de lama e entulho acumulada, a limpeza deve levar vários dias. Outro problema é o comprometimento da estrutura do imóvel. Claudia notou que as paredes estão com rachaduras e a laje está se soltando. Sem o fogão, destruído pela inundação, ela está dependendo da doação de quentinhas para se alimentar. A energia no bairro só foi religada na manhã deste sábado (1º).

Vale do Taquari

No Vale do Taquari, que sobreviveu a três enchentes, sendo a do mês passado a pior de todas, o momento ainda é de recuperação do básico. Um dos epicentros da tragédia foi o pequeno município de Muçum, com seus 4,8 mil habitantes. Cerca de 80% da área urbana foi inundada. A prefeitura calcula que vai precisar realocar cerca de 40% dessa área para outros locais seguros contra enchentes e deslizamentos, que também causaram danos e bloqueios de estradas.

“O município de Muçum está no momento ainda de limpeza urbana, de desobstrução de vias e de condições de trafegabilidade, principalmente para o pessoal do interior [zona rural]. A gente destaca que algumas propriedades do interior do município ainda não têm energia elétrica e que o trabalho é intenso para poder devolver essa condição para esses moradores, que é o mínimo que eles podem ter para conseguir restabelecer sua produção. [Aqui] tem muitos produtores de leite que estão, infelizmente, tendo que jogar fora sua produção por falta de condições e também de acesso. E isso tem sido o foco principal do nosso trabalho”, explica o prefeito do município, Mateus Trojan (MDB), em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Trojan, a continuidade das chuvas, mesmo após a baixa do Rio Taquari, que chegou a subir mais de 25 metros, acabou prejudicando os esforços de recuperação da infraestrutura.

O Vale do Taquari compreende dezenas de municípios na região central do Rio Grande do Sul, com forte presença da agricultura familiar e uma agroindústria pujante. Um dos desafios é conseguir reter empresas e empregos na região, que começa a sentir os efeitos da devastação. “O processo, agora, é gradativo pela recuperação das empresas, do comércio, do setor primário como um todo. As lavouras foram muito prejudicadas sem os acessos, gerando custos maiores de produção, mas são coisas que também ao longo das semanas a gente vai buscando amenizar os impactos, buscando alternativas de linhas de crédito e de incentivos para que a gente possa reverter essa situação e recuperar todo o nosso setor produtivo”, acrescentou Trojan.

Região Sul

Enquanto a água das inundações no Vale do Taquari e na região metropolitana de Porto Alegre baixaram, na Região Sul do estado os alagamentos ainda persistem. Em Pelotas, por exemplo, cerca de 4 mil moradores da Colônia Z3, uma comunidade de pescadores artesanais às margens da Lagoa dos Patos, estão com as casas inundadas.

“A água estabilizou, não encheu mais, o que é um bom sinal. E começa a baixar. As coisas vão se normalizar, mas vai levar um tempo. Tem muita gente em abrigo, na casa de parentes, cerca de 70% dos moradores desalojados”, estima o presidente do Sindicato dos Pescadores da Colônia Z3, Nilmar Conceição. A preocupação segue sendo uma crise econômica prolongada para o setor pesqueiro de toda a região sul do estado, que abrange municípios como Pelotas, Rio Grande, São José do Norte e São Lourenço, já que a perspectiva dos pescadores artesanais é que a lagoa não renda mais pesca este ano, mesmo após o período do seguro-defeso.

A Lagoa dos Patos recebe as águas que vêm do Lago Guaíba, em Porto Alegre, e de outros afluentes. No último dia 29 de maio, o nível da água estava 2,20 metros, mais baixo do que medições anteriores. Já o canal São Gonçalo, um canal natural de 76 quilômetros (km) que liga a Lagoa dos Patos à Lagoa Mirim, passando pela área urbana de Pelotas, estava com inundação de 2,86 metros, bem abaixo dos 3,13 metros que havia chegado na semana passada, o maior volume da história. O canal é fonte de preocupação porque há um dique de 3 metros protegendo cerca de cinco bairros com mais de 40 mil pessoas.

Serra Gaúcha

Outra região do estado atingida pelas enchentes também tenta se recuperar após um mês da tragédia. Gramado, na Serra Gaúcha, que registrou deslizamentos de terra, bloqueio de estradas e mais de 1 mil desabrigados, retomou a atividade turística. A cidade é o principal destino turístico do Rio Grande do Sul.

“Todos os atrativos reabertos. Muitos hotéis com boa ocupação. Ainda não é o normal, estamos um pouco longe disso, mas é um respiro em meio a isso tudo”, disse à Agência Brasil o secretário de Turismo do município, Ricardo Bertolucci Reginato.

Ações de reconstrução

No dia 17 de maio, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou a criação do Plano Rio Grande, iniciativa estadual destinada a reparar os danos causados pelas enchentes.

O plano prevê ações em três frentes. A primeira, com ações focadas no curto prazo, prioriza a assistência social; a segunda envolve ações de médio prazo, como empreendimentos habitacionais e obras de infraestrutura; e a terceira prevê ações de longo prazo, como um plano de desenvolvimento econômico mais amplo.

Já o governo federal, entre liberação de recursos, antecipação de benefícios e outras ações destinou até o momento R$ 62,5 bilhões. Entre outras medidas para prestar assistência às famílias, foi criado o Auxílio Reconstrução, que pagará R$ 5,1 mil a cada família em parcela única. Também foi anunciado o adiantamento do Bolsa Família para os beneficiários, a liberação do FGTS para 228,5 mil trabalhadores em 368 municípios, além da restituição antecipada do imposto de renda para 900 mil pessoas.

 

 

Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

ARARAQUARA/SP - Na quarta-feira (22), na Sala Multiuso do Distrito Araraquara (antigo Cear), a Prefeitura de Araraquara apresentou o Plano de Macrodrenagem da Via Expressa e Reurbanização da Orla Ferroviária, que é a maior obra de infraestrutura da história de Araraquara. O objetivo é resolver os problemas de alagamentos em áreas sensíveis da cidade e proporcionar estrutura para o desenvolvimento urbano sustentável para os próximos 100 anos, segundo os estudos. 

O projeto, que tem o nome oficial de "Ações de saneamento integrado nas Bacias do Ribeirão do Ouro, Córrego da Servidão, Córrego Capão do Paiva e seus afluentes", teve seus recursos liberados pelo Presidente Lula e anunciados em visita do ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, a Araraquara, em fevereiro de 2023, após problemas causados pelas chuvas que destruíram nove pontos da cidade e fizeram seis vítimas fatais em 28 de dezembro de 2022.

O Presidente Lula, aliás, estará em Araraquara na sexta-feira (24), às 10h, na área externa do Distrito Araraquara, onde participará da assinatura da Ordem de Serviço para início das obras do plano. O investimento federal será de R$ 143 milhões, com contrapartida do município de 1%, ou seja, R$ 1.430.000,00.

Vale acrescentar que a obra só será possível por conta de outros recursos liberados por Lula, de 2008, em seu segundo mandato como presidente, que com o investimento de R$ 140 milhões na época, via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), executou a obra do novo contorno ferroviário da cidade. Com essa obra, os trilhos que cortavam a cidade ao meio foram inutilizados.

O projeto executivo do Plano de Macrodrenagem e Reurbanização da Orla Ferroviária foi assinado pelo engenheiro Pedro Ivo de Almeida Santos, da empresa EngConsultoria, e entregue à Prefeitura por meio de uma doação feita pela Cutrale SA. A empresa, maior exportadora de suco de laranja do mundo, quando das enchentes de 2022, fez essa doação do projeto para a cidade no valor de R$ 1,5 milhão. Tal iniciativa deu celeridade ao processo de apresentação dos projetos para o Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal.

Vale lembrar que a canalização do Córrego da Servidão teve início em 1963. A Via Expressa, principal corredor de trânsito da cidade, foi construída sobre o córrego canalizado ao longo de duas décadas - sendo concluída nos anos 90 -, com execução de trechos em momentos históricos e métodos construtivos diferentes, resultando numa canalização irregular com pontos de estrangulamentos e sem capacidade de escoamento da drenagem da região.

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A construção do Parque Linear

No último dia 2 de maio, o Ministério dos Transportes assinou o termo de cessão de uso de área férrea de 2,5 quilômetros não operacional para que a Prefeitura possa fazer a obra antienchente e também dar início à construção do Parque dos Trilhos: áreas verdes, de lazer, convivência, ciclovias. Araraquara foi a primeira cidade do Brasil a receber área ferroviária desativada para a obra antienchente.

Mesmo após a cessão dessa área do antigo pátio, a Rumo Logística continua utilizando a área da Rotunda e das oficinas, com previsão de transferência destas operações para a região do Pátio Ferroviário de Tutoia até 2027. Posteriormente, quando a empresa deixar de utilizar o restante da área, o município poderá pleitear a sua doação total para implantação de projetos urbanísticos de interesse público em toda aquela extensão.

O Parque dos Trilhos é um sonho antigo da cidade. É o símbolo da junção da cidade, dividida pela linha férrea, nesse local, pelo pátio de manobras. Significa, historicamente, a conexão de regiões, união dos moradores da área central e da Vila Xavier.

 

As chuvas de dezembro de 2022

Nove locais da cidade chegaram a ser interditados devido às enchentes, sendo sete deles pontes e passagens, totalmente destruídos na chuva do dia 28 de dezembro de 2022, quando, em apenas uma hora, das 19h30 às 20h30, choveu o equivalente a 83 milímetros. Somente naquele dia, foram registrados quase 200 milímetros de chuva. Araraquara também registrou em dezembro de 2022, 507 milímetros de chuva, o dobro da média histórica para o mês.

Uma das pontes, a da Avenida 36, cedeu e vitimou seis pessoas da mesma família: Grace Santos Leite (52), Luísa Santos Leite e Piero Santos Leite (15), Maria Helena Leite Ferreira Luiz (61), Paulo Affonso Ferreira Luiz (68) e Gabriela Leite (10).

 

Investimentos federais e estaduais

O Governo Federal liberou R$ 5.166.922,85 para recuperação de cinco dos nove pontos atingidos, sendo R$ 2.202.966,68 para a ponte da Rua Armando Salles de Oliveira (5 e meio); R$ 2.107.116,90 para a ponte da Rua Nove de Julho (Rua 2); R$ 439.211,47 para a Travessia Serralhal; R$ 320.232,28 para a limpeza e desobstrução de córregos; e R$ 97.395,52 para a Travessia Ara-333.

Já o Governo Estadual investiu R$ 4.887.820,59 para recuperação de dois desses pontos. Foram R$ 4.282.465,51 investidos na ponte da Avenida 36 e R$ 605.355,08 na construção de muro de contenção por gravidade em gabião do Parque São Paulo.

PORTO ALEGRE/RS - Mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas pelas cheias no Rio Grande do Sul. Até o momento, 76,5 mil pessoas foram resgatadas, segundo boletim da Defesa Civil divulgado às 18h.

O estado contabiliza ainda 538.126 desalojados e 76.580 pessoas em abrigos. Foram confirmadas 149 mortes. Há ainda 108 pessoas desaparecidas e 806 feridas. Mais de 90% dos municípios do estado foram atingidos - 452 cidades de um total de 497.

O estado tem 241,1 mil pontos sem energia elétrica e 136 mil domicílios sem abastecimento de água.

As chuvas que atingiram o estado também provocam danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Atualmente, são 91 trechos com bloqueios totais e parciais em 49 rodovias, entre estradas, pontes e balsas, segundo informações do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), consolidadas com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).

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O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, segue com as operações suspensas por tempo indeterminado. A orientação aos passageiros é para que entrem em contato com a sua companhia aérea para mais informações sobre os seus voos.

Os aeroportos administrados pelo governo do estado (Canela, Capão da Canoa, Carazinho, Erechim, Passo Fundo, Rio Grande, Santo Ângelo, Torres), pela CCR (Bagé, Pelotas e Uruguaiana) e os aeroportos municipais (Caxias do Sul e Santa Cruz do Sul) operam normalmente.

 

 

Por Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

PORTO ALEGRE/RS - O número de mortes em decorrência das chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul chegou a 105 no fim desta quarta-feira (8). Mais de 1,47 milhão de pessoas foram afetadas em 425 municípios do estado, o que corresponde a 85,5% das 497 cidades gaúchas.

Segundo dados da Defesa Civil estadual, 130 pessoas estão desaparecidas e 163 mil estão desalojadas, ou seja, pessoas que tiveram, em algum momento, que buscar abrigo nas residências de familiares ou amigos. Nos abrigos mantidos pelas prefeituras e pela sociedade civil, estão 67,4 mil pessoas. 

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Há previsão da chegada de um ciclone extratropical no extremo sul do estado, com com chuvas de mais de 100 milímetros.

A partir desta quinta-feira (9), a previsão é de tempo frio e seco na maior parte do estado. As temperaturas devem cair, chegando a 4 graus Celsius (ºC) nas regiões mais frias. Em Porto Alegre, a mínima deve ser de 12ºC, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

 

 

Por Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - A Hidrostudio, empresa de engenharia contratada pela Prefeitura de São Carlos, via processo licitatório, apresentou na tarde desta segunda-feira (06/05), no Paço Municipal, os projetos elaborados para combate às enchentes nas bacias dos córregos do Gregório e do Simeão, na região do mercado municipal.
Foram apresentadas três alternativas de obras que agora serão avaliadas por uma Comissão Independente já prevista no Edital de Licitação para a definição do projeto executivo. Descartada a alternativa que previa uma desapropriação em uma densa área da região central da cidade, as demais alternativas tem num primeiro levantamento custo estimado em R$ 200 milhões.
As obras contemplam a construção de uma piscinão para retenção de 250 mil metros cúbicos de águas pluviais ao lado do Parque da Chaminé, custo estimado de R$ 130 milhões em virtude da região ser rochosa; ampliação da capacidade de reservação do piscinão da Travessa 8 para buscar as águas que descem na Praça Itália e direcionar para o local, reservando para devolver depois da chuva, através de bombeamento por 16h; construção de novos  reservatórios e obras de menor custo com barramento nos córregos Sorrigoti, Lazarine e no próprio Gregório. 
A apresentação dos estudos foi realizada por Natália Silva, engenharia ambiental e urbana com especialização em geoprocessamento, que juntamente com os engenheiros Mário Tabata e Rui Juji Kubota representaram a Hidrostudio Engenharia, empresa especializada em drenagem urbana que vai fazer os projetos executivos para solucionar os problemas de enchentes na região central.
Natália Silva explicou que foram apresentados projetos relativos ao plano de drenagem do município, que preconiza a implantação de obras de reservação a montante e a ampliação do canal do córrego do Gregório. “As obras de drenagem por reservação estão localizadas a montante em uma área menos densa, ou seja, uma grande área que não tem controle por reservação, sendo a mais adensada da cidade e que gera maiores picos de vazão. Essa alternativa implica na ampliação de canais de uma forma geral e na exportação de área de inundação a jusante. Propusemos, portanto, outras alternativas que são de reservação ao longo do córrego do Gregório e nos seus principais afluentes, incluindo o aproveitamento de uma infraestrutura existente no Córrego Simeão, alternativa viável para reduzir as vazões, amortecer sem ampliar a capacidade dos canais e adequando o ponto mais crítico que é a região central da cidade”, detalhou. 
Segundo Natália ao adequar as vazões afluentes da capacidade deste trecho, que é o mais crítico, se descarta a desapropriação e a   intervenção em eventuais aumentos de galerias de difícil execução em uma área intensamente ocupada. Para cada obra de drenagem existe um TR (período de retorno de 10, 25 e 100 anos) associado a um risco de ocorrência da precipitação e as obras de drenagem no estado de São Paulo precisam atender a normativa do DAEE CR 100 anos, ou seja, uma chuva que tem a probabilidade de ser igualada ou superada, uma vez a cada 100 anos.
Flávio Okamoto, promotor de Justiça do Meio Ambiente, ressaltou que os projetos são bons e feitos por uma empresa conceituada. “Agora os estudos apresentados serão avaliados por uma consultoria independente e que poderá apresentar sugestões. Os projetos vão permitir a Prefeitura fazer a previsão orçamentária dos custos das obras para poder captar recursos nos governos do Estado, União ou nos Fundos.  Ambientalmente o impacto das obras serão muito pequenos”, salientou o promotor.
João Muller, secretário municipal de Obras Públicas, destacou que a Hidrostudio encontrou alternativas nos projetos que foram apresentados no grupo de trabalho formado pelo Ministério Público e que possibilita a execução de obras rápidas com menor custo para os cofres públicos. “Falávamos muito da galeria na Rua Treze de Maio, mas será feita uma reservação de toda a bacia até a Rua São Paulo, comportando a passagem que existe no Mercado Municipal. Outra alternativa foi descartar a construção de um piscinão na área da antiga Faber, levando água que desce pela Avenida Getúlio Vargas e Rua Machado de Assis direto para o piscinão da Travessa 8. Então foi elaborado um projeto sem desapropriação, com custo menor. São obras estimadas entre R$ 180 e 200 milhões e que nos próximos quatro anos visam solucionar as enchentes na região central”, finalizou Muller.

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O vice-prefeito Edson Ferraz lembra que a Prefeitura esteve presente em todas as ocorrências de chuvas fortes e sempre deu uma rápida resposta para os comerciantes com limpeza imediata dos locais atingidos. “A próxima etapa de elaboração do projeto executivo, com definição dos valores, deverá ser concluída até outubro deste ano. Precisamos dessa definição para poder deixar contempladas a execução de algumas obras no orçamento de 2025”.
Netto Donato, secretário Municipal de Governo, representando o prefeito Airton Garcia, enfatizou que as obras são de grande importância para os comerciantes da baixada e para toda a população.  “Pela primeira vez em muitos anos temos algo concreto para entregar para a população e um legado de obras para as próximas gerações. Projetos de 10, 25 e até 100 anos para cuidar das enchentes nos pontos mais críticos. Queremos ajudar a resolver com planejamento, bons projetos, técnicas científicas o problema das enchentes em nossa cidade”, concluiu.
A presidente da ACISC, Ivone Zanquim, ressaltou que a Associação continua cumprindo com seu papel de representante do comércio. “Sabemos que esse problema não será resolvido do dia para a noite, porém, a gente tem visto bastante empenho da atual administração municipal. Muitas obras já foram realizadas e esperamos que os projetos contratados possam ser iniciados e esse problema seja resolvido, ou ao menos mitigado, porque quem sofre são nossos comerciantes”, afirmou.

SÃO CARLOS/SP - Uma equipe da Prefeitura de São Carlos formada pelo vice-prefeito Edson Ferraz e pelos secretários municipais Netto Donato (Governo), João Muller (Obras Públicas) Samir Gardini (Segurança Pública), pelo diretor da Defesa Civil, Pedro Caballero e pelo engenheiro Arthur Cotrim, visitou na terça-feira (26/03), a obra realizada pela empresa Rumo de ampliação da vazão e readequação da passagem da ferrovia sobre o córrego Monjolinho, ao lado da Rotatória do Cristo. 
Vale lembrar que a intervenção foi determinada pela Justiça Federal em São Carlos ao entender que o estreitamento de galeria seria uma das causas da baixa vazão de água no trecho, causando alagamentos na região da Rotatória do Cristo em dias de chuva forte.
Depois de conseguir autorização de órgãos fiscalizatórios e ambientais, a Rumo iniciou a obra em 13 de agosto de 2023 e a previsão de conclusão da obra é julho deste ano.
A Prefeitura de São Carlos executou o projeto que desenvolveu para a área, no que se refere às melhorias a montante e jusante da travessia, fora da faixa de domínio ferroviário. No conjunto de obras contra as enchentes na região da Rotatória do Cristo, a atual administração já realizou a ampliação da ponte no Recreio dos Bandeirantes sobre o Córrego Monjolinho a jusante da linha férrea, um investimento de R$ 2,3 milhões. A ponte antiga possuía 11 metros de comprimento por 6 metros de largura e passou a ter 22 metros de cumprimento por 11,50 metros de largura. Também fez a canalização interligando o Mineirinho ao Monjolinho, um investimento de R$ 1,8 milhão, sendo R$ 1,05 do Governo do Estado e R$ 750 mil de recursos próprios da Prefeitura.
O secretário municipal de Obras Públicas, João Muller, explicou que existe um cronograma definido para a execução das obras realizadas pela Rumo na cidade, porque ela tem intervenções no trânsito e a Prefeitura está pedindo para que os prazos sejam cumpridos.
“Hoje nós visitamos a obra de ampliação da vazão do córrego monjolinho sob a linha férrea. De acordo com a engenheira responsável os serviços que estão sendo executados desde 13 de agosto do ano passado, estão dentro do cronograma, ou seja, a previsão é de que no final de junho ou início de julho seja feita a desmobilização da obra”, informou Muller.

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Durante a visita os representantes da Prefeitura puderam verificar que já foi feito o cravamento de 100 estacas com profundidade de 32 metros, a obra está na fase de construção dos blocos de concreto que estão alicerçados nas estacas para dar sustentação a ponte metálica de 86 metros de cumprimento que será instalada para receber os trilhos do trem. A obra está estimada em R$ 80 milhões. “Com o cravamento das estacas, pilares e colocação dos blocos, segundo a empresa agora no mês de abril será feita a transferência de linha para a instalação de uma ponte metálica e na sequência será feita a retirada do solo. A intervenção vai aumentar a atual capacidade de vazão do córrego Monjolinho, sendo suficiente para comportar fortes chuvas”, observou o secretário de Governo, Netto Donato.
“Saímos satisfeitos da visita porque sabemos que eles estão trabalhando 24h por dia com duas grandes equipes, uma na parte de concreto e outra na montagem da estrutura da ponte, e o cronograma deve ser cumprido até o mês de julho, possibilitando acabar com a retenção de água nesta região e consequentemente com as enchentes nessa região”, finalizou o vice-prefeito Edson Ferraz.

SÃO CARLOS/SP - A Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC), representada por seu atual presidente, José Fernando Domingues, pela presidente eleita Ivone Zanquim e pelo diretor de Relações Públicas, Danilo Loretto, participou de uma reunião na sede da OAB (Organização dos Advogados do Brasil), para discutir as ações de combate às enchentes.

O encontro, que aconteceu na manhã de segunda-feira, 19, foi proposto pelo presidente da OAB de São Carlos, Dr. Renato Cassio Soares Barros,  contando com a presença de representantes da atual administração da prefeitura da cidade.

Na oportunidade, os secretários municipais Netto Donato (Governo) e João Muller (Obras Públicas) apresentaram ao público, obras e projetos que estão sendo executados para mitigar as enchentes na Capital Nacional da Tecnologia,  em especial, na Baixada do Mercado Municipal que tem trazido perdas materiais aos comerciantes dessa região. 

Renato Barros explica que o objetivo do encontro foi debater as questões da enchente, não apenas no que diz respeito ao dano material, mas também na questão da saúde do cidadão, uma vez que, podem ocorrer diversas doenças. “Esse é um dos papéis da OAB, que é cumprir a questão que está na lei, e velar pela cidadania e pela saúde das pessoas”, afirmou.

Para João Muller, a integração entre o poder público e as entidades estabelecidas é muito importante. “Nós tivemos a oportunidade de demonstrar aos advogados de São Carlos, essa classe muito importante, e aos representantes da ACISC, os investimentos que estão sendo realizados, as ações que estão sendo adotadas e os projetos que estão sendo contratados”, afirmou. 

Zelão ressalta que a apresentação da prefeitura serviu para que a ACISC e as entidades presentes, pudessem ter um pouco mais de noção sobre as diversas obras que estão sendo realizadas para mitigar a questão das enchentes na cidade. “Muita coisa está sendo feita e isso deixa a gente muito feliz. Nós ficamos mais focados com as obras na região central, precisamente, na Baixada do Mercado Municipal, porém, muitas outras obras, as quais fogem do nosso conhecimento, estão sendo realizadas pela atual administração municipal”, afirmou.

Netto Donato afirma que o encontro foi muito importante para que a prefeitura pudesse mostrar às entidades presentes o que vem sendo feito para mitigar as enchentes.  “Tivemos a oportunidade de mostrar o que a prefeitura já fez e o que ela está fazendo no atual momento. E quais as providências para o futuro. Temos alguns contratos sendo executados nesse momento, que é o planejamento e o projeto de obras na Baixada do Mercado que serão entregues ainda no decorrer desse ano, para que possamos executar as obras necessárias para o combate às enchentes”, afirmou.

A reunião também contou com a participação de representantes da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos (AEASC); dos secretários municipais Roselei Françoso (Educação), César Maragno (Transporte e Trânsito), Walcinyr Bragatto (Administração Regional), e do presidente do SAAE, Mariel Olmo.

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