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SÃO CARLOS/SP - A história se repetiu ontem, 07, porém, quem vive essa situação pode classificar se as enchentes foram mais fortes, menos ou igual às outras que acontecem há décadas em São Carlos.

De acordo com informações da prefeitura e do Corpo de Bombeiros, 9 árvores caíram sobre veículos e mais 29 caíram sem danos materiais. Cinco escolas sofreram com alagamentos e 43 comércios foram atingidos,11 carros foram arrastados pela correnteza e vários bairros sem energia.

Vários acúmulos de água nas vias públicas devido à falta de limpeza dos bueiros foram registrados por internautas, como: Raimundo Correa, Rua Larga, Avenida São Carlos, Rua da Paz, Antônio Blanco, Francisco Pereira Lopez, Avenida José Pereira Lopes, Dona Elisa Botelho Moreira de Barros, Comendador Alfredo Maffei, 9 de Julho, Geminiano Costa, Episcopal, Papa Paulo VI, Gastão Vidigal e mais algumas que não chegou ao nosso conhecimento.

Portanto, caso ocorram mais temporais como o de ontem (até às 18h a Defesa Civil contabilizou 80 mm de chuva em todas as regiões da cidade), proteja-se.

SÃO CARLOS/SP - A tarde desta 4ª feira foi de apreensão, medo e tristeza em São Carlos devido à forte chuva em São Carlos.

Na região Central, o Córrego do Gregório transbordou e inundou várias lojas, onde vários comerciantes perderam várias mercadorias. Já nas ruas Episcopal, Geminiano Costa e Comendador Alfredo Maffei, carros e motos foram arrastados.

Os Córregos que passam pela região do Cristo, próximo ao Shopping Iguatemi, também transbordaram, causando transtornos.

Outros pontos de alagamentos foram registrados por internautas, como: CDHU, Lagoa Serena, Bicão, Praça Itália, pontos no Cidade Aracy, entre outros.

Já nas vias com acúmulos de água, podemos quase generalizar a cidade toda, pois grande parte dos bueiros estão entupidos e muitos foram registrados por internautas. Árvores também caíram.

Vários bairros da cidade estão sem energia nesta tarde.

O Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil e CPFL estão nas áreas afetadas.

Vias interditadas neste momento:

Comendador X 13 de maio

Jesuíno X 9 de julho

José Bonifácio X 13 maio

Episcopal X 13 de maio

Episcopal X Jesuíno

OBS: Comendador, interditada na altura do SESC.

RIO DE JANEIRO/RJ - Os temporais no Rio de Janeiro causaram 12 mortes e deixaram mais de 9 mil desalojados, 300 pessoas desabrigadas, ruas alagadas e casas destruídas. A tragédia trouxe ao centro do debate o conceito de racismo ambiental após as manifestações de ministros do governo diante da crise vivida pela população no estado.

“Quando dizem que favelas e periferias são quinze vezes mais atingidas que outros bairros, não é natural que em alguns municípios, bairros, periferias e favelas sofram com consequências mais graves da chuva do que outros”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em declaração publicada em seu perfil em uma rede social.

“Isso acontece porque uma parte da cidade, do estado, não tem a mesma condição de moradia, de saneamento, de estrutura urbana do que a outra. Também não é natural que esses lugares tenham ali a maioria da sua população negra. Isso faz parte do que a gente chama e define de racismo ambiental e os seus efeitos nas grandes cidades”, completou a ministra.

Belford Roxo (RJ) 16/01/2024 – Estragos e prejuízos aos moradores causados pelas chuvas em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, que teve diversos pontos de alagamentos com a enchente do rio Botas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Estragos e prejuízos aos moradores causados pelas chuvas em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, que teve diversos pontos de alagamentos com a enchente do rio Botas. Foto - Fernando Frazão/Agência Brasil

O que é racismo ambiental

O termo, existente desde a década de 1980, é usado para se ilustrar como a degradação e catástrofes ambientais – enchentes, secas, contaminação – impactam de forma mais severa as populações das periferias.

Com o desastre na capital fluminense e região metropolitana, especialistas e autoridades têm utilizado essa expressão para explicar o impacto desigual das fortes chuvas sobre a população.

“O conceito de racismo ambiental há décadas é objeto de estudos científicos. Ele visa a explicar a forma com que as catástrofes ambientais e a mudança climática afetam de forma mais severa grupos sociais política e economicamente discriminados que, por esse motivo, são forçados a viver em condições de risco” disse o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, também em postagem nas redes sociais.

“Não significa dizer que apenas pessoas destes grupos são afetadas pelos eventos climáticos, mas que as pessoas a que a estes grupos pertencem são mais afetadas, por razões sociais, pelos eventos ambientais”, acrescentou.

Como o racismo ambiental se manifesta

Estudiosos e ativistas apontam que o racismo ambiental está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, mesmo que elas não percebam.

A falta de saneamento básico, coleta de lixo, rede de esgoto, acesso à água potável e instalação de aterros sanitários em comunidades de baixa renda, locais habitados em grande parte por negros e pardos, são algumas das manifestações de racismo ambiental.

Co-diretor-executivo do Observatório da Branquitude, o sociólogo e antropólogo Thales Vieira explica que outra evidência do racismo ambiental é a exclusão da parcela pobre das políticas públicas.

“Por isso que a gente fala que o racismo ambiental é produto de uma intenção efetiva de não produção de políticas para essas populações, de não participação dessas populações nas decisões que são tratadas de políticas que efetivamente são feitas ou não são feitas. Essa também é uma forma de fazer política, a omissão é uma forma também de fazer política.”, disse Vieira. Para ele, deixar de produzir políticas públicas em benefício de parte da população é, na prática, “deixá-la para morrer”.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, cobrou uma modernização na forma de entender e atender a população mais carente de atenção dos gestores. “A política pública precisa integrar novas linguagens, que sejam capazes de objetivamente dar nome às demandas, e o racismo ambiental é uma das realidades que precisam ser enfrentadas. Eventos climáticos extremos atingem toda a população, mas é um fato que pessoas pretas, mulheres, crianças, jovens e idosos são duramente mais afetados”.

 

 

Por Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Obras Públicas, contratou, via processo licitatório, modalidade tomada de preços, uma empresa de engenharia para adequação e ampliação do vertedouro, recuperação ambiental e tomada d´água na prainha do Encontro Valparaíso II. A ordem de serviço já foi emitida e a obra será executada pelo custo de R$ 1.250.323,97, com prazo de execução de 90 dias. 
A área de intervenção que está localizada na área rural do município de São Carlos e o corpo d’água e leito do Córrego do Galdino, que se encontra em parte no Loteamento de Chácaras Valparaiso, vem sendo monitorada desde fevereiro de 2023, por conta das fortes chuvas que aconteceram naquele ano. 
Segundo o secretário municipal de Obras Públicas, João Muller, a intervenção é crucial no combate às enchentes naquela região. “O Córrego do Galdino, na região do Valparaíso II, tinha um canal em alvenaria que interligava as águas do lago principal para um secundário e, devido ao aumento de volume das águas das chuvas, esse canal acabou se rompendo, causando uma grande erosão e a degradação da área no seu entorno. Contratamos então um projeto executivo, vencido por uma empresa de São Paulo, e conseguimos junto ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) a autorização da outorga para a execução da obra. Com a licitação, será construído um novo vertedouro com uma passagem maior de água, além da recuperação ambiental na área erodida, ou seja, é mais uma obra de combate às enchentes com investimento do próprio do município”, explica o secretário de Obras Públicas.
A intervenção proposta engloba a adequação de um vertedouro existente do lado direito do barramento e a construção de um vertedouro novo, que, aliados, garantirão a vazão necessária. Além disso, será executada uma tomada d’água do lado esquerdo do barramento e realizada a recuperação ambiental da área degradada por erosão. A obra também é autorizada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Obras Públicas informa que nesta quarta-feira (11/10) a região da Rotatória do Cristo ficará interditada para que sejam descarregados e instalados os tubos que serão utilizados pelo SAAE para a alteração do traçado do emissário de esgoto dessa região. A Prefeitura também está realizando a canalização do córrego do Mineirinho na chegada do córrego Monjolinho. Essa é mais uma obra contra enchentes que o município executa para resolver o problema das enchentes na região. Com custo estimado de R$ 1,8 milhão, sendo R$ 1,05 do Governo do Estado e R$ 750 mil de recursos próprios da Prefeitura, a obra tem prazo de 90 dias para conclusão e será executada pela empresa vencedora do processo licitatório, a Verde Bianco Engenharia de São Paulo.
Como rota alternativa a sugestão é a conversão no antigo restaurante Casa Branca a direita, descendo para o Shopping pela avenida Bruno Ruggiero Filho.

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Segurança Pública, com o apoio da Defesa Civil, realiza neste sábado (30/09), a partir das 7h, um simulado de abandono de áreas de risco. A ação será realizada na baixada do mercado municipal (centro), na rotatória do Cristo e no parque do Kartódromo, todos locais que sofrem com alagamentos no período das chuvas.
De acordo com o secretário Samir Gardini, de Segurança Pública, serão realizadas ações rápidas e coordenadas nos pontos mais críticos da cidade. “Os exercícios simulados são realizados para que a população de áreas de risco saiba como agir em ocorrências relacionadas às fortes chuvas. Acreditamos ser um evento estratégico para nós do poder público e para a população”, disse Gardini.
O secretário ressaltou, ainda, a importância do acionamento das sirenes e também do procedimento que as pessoas têm de fazer caso ela venha a tocar. “O recado que queremos passar é o de manter a credibilidade sobre o acionamento. Esse é um sistema preventivo, então, na maioria das vezes, em que a sirene é acionada, não vamos ter ocorrência. Mas, como pode ocorrer algo, precisamos que a população siga os passos para chegar ao ponto de apoio. Para que, caso ocorra algum incidente, não tenhamos a perda de vidas”, afirmou.
Cada instituição envolvida vai ter um profissional e as ações imediatas a serem tomadas serão articuladas em conjunto. O CCO (Centro de Controle Operacional) da Guarda Municipal, local onde já existe toda uma estrutura de câmeras de monitoramento das áreas de risco e telemetria de rios, vai ser o posto de apoio.
“Esse simulado deverá contar com várias entidades e órgãos do município, estado e principalmente da comunidade, lembrando que a cidade já possui um plano de contingência que funciona, mas precisamos de mais ações”, disse Pedro Caballero, diretor da Defesa Civil de São Carlos.
O simulado vai ser avaliado, acompanhado por observadores de fora e pela Defesa Civil do Estado de São Paulo.

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos realizou no último dia 21 de setembro, na Sala de Licitações, uma sessão pública de abertura dos envelopes com propostas da licitação, na modalidade Tomada de Preços, para contratação de empresa especializada para a construção de ponte sobre o córrego Lazarini, na rua General Osório, próximo ao Jardim Cardinalli.
Foi vencedora do processo licitatório a empresa Engenharia e Comércio Bandeirantes que ofertou uma proposta de R$ 1,14 milhão para realizar a obra, ante R$ 1,39 milhão valor máximo fixado para a contratação, ou seja, uma economia de 17,6% aos cofres públicos municipais.
As obras deverão ter início no mês de outubro e o prazo para execução da obra é de 70 dias, em intervenções de regularização e limpeza do leito do córrego, demolições, galeria dupla 250x250, instalações de drenagem e esgoto, contenção de solo e reaterro, pavimentação e passeio.
 “Conseguimos definir a empresa vencedora desta obra que deverá ser executada nos próximos 70 dias, desta forma nós vamos agora homologar essa licitação, se não houver recursos, assinar o contrato com a empresa, emitir a ordem de serviço e se tudo ocorrer bem em novembro nós teremos a liberação de tráfego na rua General Osório sobre a nova ponte que será construída na divisa com o Jardim Cardinalli”, explicou o secretário municipal de Obras Públicas, João Muller.
Vale lembrar que a obra é necessária para recuperar os estragos causados pela chuva do dia 28 de dezembro do ano passado, sendo necessário fazer a reconstrução do sistema de drenagem, muro dissipador de concreto e emissário de esgoto de um trecho da General Osório, uma reivindicação dos moradores da região. Para resolver o problema o prefeito Airton Garcia conquistou os recursos financeiros por meio de verbas constantes do orçamento de 2023, através da Secretaria Municipal e Habitação e Desenvolvimento Urbano e do Fundo Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano – FMHDU.

SÃO CARLOS/SP - A 4ª feira começou com chuva em São Carlos, desde às 5h até pelo menos às 7h15, onde resultou em várias ocorrências pelo município, dentre elas, uma árvore de grande porte caiu na USP, outras árvores em pontos isolados também desabaram, pelo menos uma escola ficou com acumulo de água, os córregos ficaram cheios e quase transbordaram, pontilhão das proximidades do Banana Brasil ficou alagado, Avenida Francisco Pereira Lopes ficou interditada, posto de combustíveis no Paulistano teve a cobertura danificada, carro que caiu em buraco do SAAE e muito acumulo de água em várias partes da cidade, pois os bueiros estão todos entupidos.

Ou seja, com o calor que está ocorrendo era de se premunir uma chuva forte, e quando chove forte em São Carlos o caos acontece. Porém, foi uma chuva forte, mas de curta duração e segundo a Defesa Civil de São Carlos a região dos córregos Mineirinho e Monjolinho choveu 21.2 mm, na região sul 16.4mm (Av. Getúlio Vargas) e na região norte (Damha-UFSCar) 17.8 mm.

PERGUNTAR NÃO OFENDE: O que foi ou está sendo feito para combater as enchentes?

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Segurança Pública, com o apoio da Defesa Civil, acionou na quarta-feira (13/09), às 15h, as cornetas localizadas na Praça do Mercado Municipal, na região da Rotatória do Cristo e no Parque do Kartódromo. A ação foi simultânea com uma mensagem informativa referente aos cuidados com a baixa umidade do ar.
Samir Gardini, secretário de Segurança Pública, ficou satisfeito com o resultado desse primeiro acionamento. “Hoje foi o primeiro dia do acionamento dos dispositivos sonoros, das cornetas, e ocorreu dentro do previsto referente a parte técnica e da reação das pessoas”, avaliou o secretário. 
Esses acionamentos vão ser periódicos e com informações do clima. Já no dia 30 de setembro, durante o simulado de abandono de áreas de riscos, as mensagens vão ser mais incisivas. “Vamos fazer um teste com mensagens de alerta de possiblidade de inundação, iniciando o simulado com essa ação. Esse treinamento vai ajudar em caso de situação real. O objetivo é evitar a perda de vidas e diminuir o máximo possível a perda de patrimônio”, finalizou Gardini.
O acionamento das cornetas é feito pelo Centro de Controle Operacional (CCO) da Guarda Municipal, podendo ser simultâneo ou direcionado somente para uma região.

LÍBIA - O número de mortos nas inundações na Líbia é de mais de 1,5 mil somente em uma cidade, disse à BBC um ministro que visitou o porto oriental de Derna.

“Fiquei chocado com o que vi, é como um tsunami”, disse Hisham Chkiouat, do governo que controla o leste da Líbia.

Grande parte de Derna, que abriga cerca de 100 mil pessoas, está submersa depois que duas barragens e quatro pontes ruíram.

Há registros de que até 10 mil pessoas estão desaparecidas após as enchentes causadas pela tempestade Daniel, segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelha (IFRC, na sigla em inglês).

As cidades de Benghazi, Soussa e Al-Marj também foram afetadas pela tempestade, que atingiu o país no domingo (10/9).

Chkiouat, ministro da Aviação e membro do comité de resposta a emergências do governo local, disse à BBC que o colapso de uma das barragens a sul de Derna arrastou grande parte da cidade para o mar.

“Um enorme bairro foi destruído – há um grande número de vítimas, que aumenta a cada hora.”

"Atualmente 1.500 mortos. Mais de 2.000 desaparecidos. Não temos números precisos, mas é uma calamidade", disse ele, acrescentando que “a barragem que rompeu não tem manutenção há algum tempo”.

Antes da tempestade, as autoridades de Derna impuseram um toque de recolher durante a noite de domingo, determinando que as pessoas que não saíssem de casa como parte de medidas de precaução.

Especialistas em engenharia hídrica disseram à BBC que é provável que a barragem superior, a cerca de 12 km da cidade, tenha falhado primeiro – a sua água desceu pelo vale do rio em direcção à segunda barragem, que se estima estar a cerca de um quilómetro do local, na parte baixa de Derna, onde bairros foram inundados.

Raja Sassi, que sobreviveu junto com sua esposa e filha pequena, disse à agência de notícias Reuters: “No início pensamos que era uma chuva forte, mas à meia-noite ouvimos uma enorme explosão e era o rompimento da barragem”.

A jornalista líbia Noura Eljerbi, radicada na Tunísia, disse à BBC que só descobriu que cerca de 35 dos seus familiares, que viviam no mesmo bloco de apartamentos em Derna, ainda estavam vivos depois de chamar uma equipe de resgate local.

“A casa foi destruída, mas minha família conseguiu sair antes que as coisas piorassem. Eles estão seguros agora”, diz ela, que ainda espera para falar diretamente com os parentes.

Chkiouat havia dito à Reuters anteriormente que um quarto da cidade havia desaparecido.

Tamer Ramadan, chefe da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho na Líbia, disse aos repórteres que o número de mortos provavelmente será “enorme”.

Por meio de videochamada da vizinha Tunísia, ele disse: "Nossas equipes no terreno ainda estão fazendo a sua avaliação... não temos um número definido neste momento. O número de pessoas desaparecidas está atingindo 10 mil até agora."

A BBC Clima aponta que Bayda, uma cidade a cerca de 165 km a oeste de Derna, registrou 414 mm de chuva em 24 horas durante a tempestade Daniel. De acordo com o Climate-data.org, Setembro é normalmente um mês seco no nordeste da Líbia e as recentes chuvas são responsáveis ​​por 77% do total médio anual de Bayda.

Juntamente com as áreas do leste, Misrata, no oeste, foi uma das cidades atingidas pelas inundações.

A Líbia tem enfrentado um caos político desde que o governante de longa data, coronel Muammar Gaddafi, foi deposto e morto em 2011 – deixando a nação rica em petróleo dividida com um governo interino, internacionalmente reconhecido, que opera a partir da capital, Trípoli, e outro no leste.

Segundo o jornalista líbio Abdulkader Assad, essa situação dificulta os esforços de resgate, porque as diversas autoridades não conseguem responder com agilidade a uma catástrofe natural.

“Não há equipes de resgate, não há equipes de resgate treinadas na Líbia. Tudo nos últimos 12 anos foi sobre guerra”, disse ele à BBC.

"Existem dois governos na Líbia... e isso está, na verdade, atrasando a ajuda que chega à Líbia porque é um pouco confuso. Há pessoas que prometem ajuda, mas a ajuda não chega."

Chkiouat disse que a ajuda está a caminho e que a administração oriental aceitaria a ajuda do governo de Trípoli, que enviou um avião com 14 toneladas de suprimentos médicos, sacos para cadáveres e mais de 80 médicos e paramédicos.

O enviado especial dos EUA para a Líbia, Richard Norland, disse que Washington enviará ajuda ao leste da Líbia em coordenação com os parceiros da ONU e as autoridades locais.

Egito, Alemanha, Irã, Itália, Qatar e Turquia estão entre os países que afirmaram ter enviado ou estarem prontos para enviar ajuda.

Derna, a cerca de 250 km a leste de Benghazi ao longo da costa, é cercada pelas colinas próximas da fértil região de Jabal Akhdar.

A cidade foi o local em que militantes do grupo Estado Islâmico construíram presença na Líbia, após a queda de Gaddafi. Foram expulsos alguns anos mais tarde pelo Exército Nacional Líbio (LNA), forças leais ao Gen Khalifa Haftar, aliado da administração oriental.

O poderoso general disse que as autoridades orientais avaliam os danos causados ​​pelas inundações para que as estradas possam ser reconstruídas e a eletricidade restaurada para ajudar nos esforços de resgate.

"Todos os órgãos oficiais, especialmente o banco central da Líbia, deveriam fornecer o apoio financeiro urgente necessário para que os executores possam fazer o seu trabalho e prosseguir com a reconstrução", disse ele, segundo a Reuters, em um discurso na televisão.

O principal site de notícias da Líbia, Al-Wasat, sugeriu que as falhas na reconstrução e manutenção adequadas da infraestrutura em Derna, após anos de conflito, são parcialmente responsáveis ​​pelo elevado número de mortos.

“O caos na segurança e a negligência das autoridades líbias em monitorar de perto as medidas de segurança [das barragens] levaram à catástrofe”, afirmou o especialista econômico Mohammed Ahmed.

 

 

por Lucy Fleming - BBC News

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