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GRÉCIA - O partido de direita do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, venceu as eleições legislativas no domingo (21). Mas, sem conseguir maioria absoluta no Parlamento, o líder prefere apostar em um novo pleito para tentar governar sozinho.

O partido Nova Democracia (ND), que está no poder há quatro anos, obteve 40,8% dos votos, superando por ampla margem o Syriza (esquerda), do ex-chefe de governo Alexis Tsipras, que conseguiu apenas 20% dos votos. Os socialistas do partido Pasok-Kinal ficaram atrás das duas legendas, com 11,5% dos votos nestas eleições. No total, 58% do eleitorado grego foi às urnas no domingo.

Apesar da grande vitória, o ND não conseguirá governar sozinho, como desejava Mitsotakis, pois não terá a maioria absoluta necessária. Por isso, o premiê quer convocar novas eleições, "o mais rápido possível". Após uma consulta com a presidente grega, Katerina Sakellaropoulou, o líder avançou a possibilidade de uma data: "talvez dia 25 de junho".

O primeiro-ministro de 55 anos comemorou os resultados e a possibilidade de obter maioria absoluta no Parlamento daqui a poucas semanas. "Os cidadãos querem um governo forte com um horizonte de quatro anos", afirmou. "O terremoto político de hoje chama todos nós a acelerar o processo para uma solução definitiva de governo", acrescentou.

O líder o Syriza, Alexis Tsipras, de 48 anos, também se declarou favorável a novas eleições. Segundo ele, "o ciclo eleitoral ainda não está encerrado".

 

Sem maioria absoluta

O ND não obteve a maioria absoluta por pouco: com os resultados, o partido conseguiu 146 cadeiras no Parlamento. Com cinco assentos a mais, a legenda poderia governar sozinha.

As chances do ND aumentam com novas eleições, que ocorrerão sob um sistema diferente. O partido vencedor obterá uma espécie de "bônus", facilitando a maioria absoluta. Segundo as pesquisas, a legenda de Mitsotakis deve alcançar seu objetivo.

Como manda a Constituição grega, a presidente do país deu a missão ao premiê de formar uma coalizão, mas Mitsotakis se recusa a negociar com os outros partidos e deve entregar seu cargo ainda nesta segunda-feira. As outras quatro legendas com representação no Parlamento devem, então, tentar entrar em acordo para a formação de um grupo único, o que não deve se concretizar. Em seguida, um alto magistrado será nomeado primeiro-ministro provisório e convocará novas eleições.

 

Entre esperança e decepção

Nesta manhã, na praça Syntagma, no centro de Atenas, eleitores estavam divididos sobre os resultados da votação. "Esperamos que a Grécia melhore, afirmou Maria, de 68 anos, comemorando a vitória de Mitsotakis, um líder "com reconhecimento mundial". Um pouco mais longe, Christina, simpatizante do Syriza, se disse "decepcionada com toda a esquerda e com a sociedade grega", que, segundo ela, desrespeitou "seus valores e princípios".

Em Egaleo, na periferia de Atenas, Maria, de 67 anos, disse que desejava "uma mudança", mas não se sente "muito otimista". Já Stelios Lappas, de 45 anos, de Karditsa, região central do país, lamentou a falta de mobilização dos eleitores durante a campanha eleitoral, que demonstraram menos interesse pelo pleito, em comparação com eleições anteriores.

Na noite de domingo, Tsipras pediu convocou seus eleitores para "uma segunda luta eleitoral crucial". No entanto, o líder de 48 anos que conseguiu reerguer a esquerda nos últimos anos, ainda paga o preço de não ter cumprido as mudanças que prometeu. Em 2015, ao negociar um com a União Europeia para salvar a economia grega, o então premiê se dobrou à pressão do bloco e aceitou as medidas drásticas impostas, que castigaram a população durante anos.

Já Mitsotakis, que temia ser responsabilizado nas urnas pela gestão calamitosa da tragédia ferroviária que deixou 57 mortos em fevereiro, finalmente não foi punido. Surpreendentemente, os gregos preferiram valorizar a política econômica do atual governo.

 

Recuperação econômica

Com o desemprego em baixa, um crescimento de 6% no ano passado, volta dos investimentos e o turismo a toda potência, a economia grega voltou aos eixos depois de anos de crise. No entanto, o medo da perda do poder aquisitivo segue vivo na memória da população no país onde a dívida pública representa mais de 170% do PIB. Muitos ainda pagam o preço de uma década de crise e resgates financeiros internacionais que resultaram em cortes nos serviços públicos e em baixos salários.

Se algo pode manchar o governo de Mitsotakis são suas derivas autoritárias. Seu mandato foi palco de escândalos, escutas ilegais de opositotes políticos, jornalistas, além de violências policiais.  Em março, o Parlamento Europeu denunciou a existência de "ameaças sérias ao Estado de Direito e aos direitos fundamentais" no país.

 

 

(Com informações da AFP)

RFI

EUA - Washington e Atenas pediram nesta segunda-feira (30) ao Irã para liberar dois petroleiros bloqueados em águas do golfo Pérsico, uma medida segundo os Estados Unidos "injustificada" que constitui uma "ameaça à segurança marítima", destacou o Departamento de Estado.

O secretário de Estado, Antony Blinken, falou por telefone nesta segunda-feira com seu colega grego, Nikos Dendias, e ambos "concordaram que o Irã deve liberar imediatamente os navios bloqueados, seus carregamentos e tripulações", precisou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price.

Os Guardiões da Revolução, o exército ideológico do Irã, anunciaram na sexta-feira que confiscaram dois petroleiros gregos nas águas do golfo Pérsico, pouco depois de protestar pela apreensão por parte da Grécia de uma embarcação com petróleo iraniano a pedido dos Estados Unidos.

Em nota publicada em seu site, os Guardiões da Revolução indicaram que suas forças navais "apreenderam hoje (sexta) dois petroleiros gregos no golfo Pérsico devido à violações", sem detalhá-las.

Após essa declaração, o Ministério de Relações Exteriores da Grécia garantiu em nota que "estes atos são equiparáveis a pirataria" e reclamou energicamente ao embaixador iraniano em Atenas sobre a "violenta" apreensão.

As autoridades iranianas indicaram que as tripulações dos petroleiros gregos confiscados na sexta estão a bordo e bem de saúde.

Segundo as autoridades gregas, nove de seus cidadãos integram as tripulações.

O navio que transportava petróleo iraniano foi bloqueado em meados de abril pela Grécia a pedido dos EUA.

Em virtude das sanções europeias vinculadas à guerra na Ucrânia, as autoridades gregas apreenderam em 19 de abril, em frente à ilha de Eubea, o petroleiro russo "Pegas", rebatizado dias depois como "Lana".

Segundo informações da época, o navio transportava 115 mil toneladas de petróleo iraniano.

 

 

AFP

GRÉCIA - A Grécia disse no domingo (7) que está estendendo as restrições sobre voos domésticos e internacionais até 15 e 22 de fevereiro, respectivamente, para ajudar a conter a disseminação da covid-19.

De acordo com as restrições, os passageiros que voam para a Grécia devem receber um teste PCR negativo 72 horas antes de sua chegada, sendo também submetidos a testes aleatórios para o coronavírus. Todos os viajantes estrangeiros são colocados em quarentena por sete dias.

Os viajantes da Grã-Bretanha continuarão sendo obrigados a fazer um teste rápido após a chegada, enquanto os voos da Turquia continuam suspensos, disse a autoridade de aviação civil.

A maioria dos voos de países fora da União Europeia estão proibidos, com exceção de 10 países, incluindo o Reino Unido.

Nos voos domésticos, apenas viagens essenciais são permitidas.

Na sexta-feira, a Grécia apertou restrições em partes do país, incluindo Atenas, visando interromper a disseminação da covid-19, após um surto de infecções nos últimos dias.

Sob as novas restrições, que entraram em vigor no sábado e vão durar pelo menos até 15 de fevereiro, as autoridades anteciparam por três horas um toque de recolher noturno no fim de semana nas áreas com mais infecções. Ele começará às 18h em vez de 21h.

O país confirmou 163.213 infecções desde que detectou seu primeiro caso, há um ano, com 5.951 mortes relacionadas ao vírus.

 

 

*Por Agência Reuters

MUNDO - A relação já frágil entre Grécia e Turquia começou a se agravar no dia 10 de agosto, quando um navio turco de prospecção de petróleo iniciou pesquisas perto da ilha grega de Castelorizo, que tem uma área de apenas 9 km² e 500 habitantes. O navio foi escoltado por cinco embarcações de guerra turcas e acendeu alerta vermelho das autoridades gregas, que, em resposta, também passaram a vigiar as águas do entorno.

França, Itália e Chipre acabam de se juntar ao governo de Atenas. Esses país preveem realizar até sexta-feira (28) exercícios navais e aéreos na região. A ministra francesa das Forças Armadas, Florence Parly, publicou que “o respeito pelo direito internacional deve ser a regra e não a exceção” e que “não deve ser um parque de diversão para as ambições de alguns”, em referência ao governo de Ancara.

 

Disputa para além dos hidrocarbonetos

A Turquia não está de acordo com o limite de sua influência marítima, considerando a proximidade de ilhas gregas em sua costa. Portanto, não aceita ficar limitada a uma estreita faixa de água devido à extensão da plataforma continental da Grécia. Nesse cenário atual, por exemplo, a minúscula Castelorizo é um entreposto grego que fica a 500km da costa da Grécia e somente a 2km da Turquia.

Também entra para este turbulento convívio a ilha de Chipre. A União Europeia considera o Norte do território como parte da República de Chipre e as águas ao seu redor como pertencentes à Zona Econômica Exclusiva, o que significa que os países do bloco europeu, do qual a Grécia faz parte, têm o direito exclusivo de pescar, explorar e realizar atividades econômicas na área. Mas, como a Turquia reconhece o Norte de Chipre como independente e parte de seu território desde a ocupação, em 1974, Ancara diz que tem todo o direito de navegar por toda essa área.

 

UE trata impasse com cautela

A União Europeia, em julho do ano passado, já impôs sanções à Turquia justamente por também fazer perfurações de exploração na costa norte de Chipre. Nesta semana, o chanceler da Alemanha, país que detém a presidência rotativa da União Europeia, foi para Atenas e para Ancara tentar acalmar a disputa entre os dois países, que são membros da OTAN, e encorajá-los a dialogar sobre a delimitação marítima.

Mas, após o anúncio do exercício militar europeu no Mediterrâneo, o presidente turco, Tayyip Erdogan, alertou que a Turquia não fará nenhuma concessão para defender seus interesses e pediu que a Grécia se abstenha de cometer quaisquer "erros" o que levaria à sua "ruína".

Em resposta a essa crise, a Grécia anunciou que vai estender suas águas territoriais de seis para doze milhas náuticas (de 11 para 22 quilômetros) ao longo de sua fronteira com a Itália - um movimento permitido dentro do direito internacional. O governo grego qualificou essa postura como o fim de anos de uma política externa "passiva".

 

Cada um busca seus próprios aliados

Na última semana, Grécia e Egito também assinaram um acordo de delimitação de jurisdição marítima no Mediterrâneo, que o governo de Ancara considera inválido pois estaria dentro da plataforma continental turca, segundo nota do Ministério das Relações Exteriores da Turquia reportada à ONU.

Vale ressaltar que essa manobra grega agravou a inimizade entre Turquia e Egito, iniciada com a queda da Irmandade Muçulmana, um regime aliado de Erdogan. Ancara e Cairo também estão em lados opostos no conflito na Líbia. Enquanto o Egito apoia as milícias do general Khalifa Haftar, a Turquia está ao lado do governo líbio - apoiado pelas Nações Unidas. A Turquia também assinou com Trípoli, em novembro passado, um pacto marítimo que desconsidera a zona da ilha grega de Creta, no meio da rota, no Mediterrâneo. 

 

Mar Negro: esperança turca de independência energética

Além de entrar na briga pela divisão de reservas do Mediterrâneo, a Turquia anunciou, na sexta-feira (21), a maior descoberta de gás natural no Mar Negro. Para a economia, que não vai nada bem, é a possibilidade de o país se tornar produtor de energia.

Tayyip Erdogan afirmou se tratar de uma reserva de 320 bilhões de metros cúbicos, o que representa sete vezes mais o que Ancara importa todo ano de gás.  A exploração deve começar em 2023, segundo palavras do presidente turco.

Isso também representa um futuro menos dependente da Rússia, de onde vem 30% do consumo interno, e do Irã, de onde vem 17%. Também significa mais poder na mesa de negociação com a comunidade internacional e, claro, mais força, para Erdogan, que insiste que ninguém vai detê-lo na expansão dos seus horizontes. A Turquia mostra, com a prospecção marítima, como sua política externa é comparável, para alguns analistas, com uma versão contemporânea do antigo Império Otomano.

 

 

*Por: Fernanda Castelhani, correspondente da RFI em Istambul

Centro de saúde criado por Médicos Sem Fronteiras foi forçado a encerrar as atividades nesta semana depois que autoridades da ilha grega de Lesbos emitiram multas e ameaçam com outras sanções relacionadas a normas urbanísticas.

 

MUNDO - Um centro da organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) montado na ilha grega de Lesbos para tratar em isolamento pessoas com COVID-19 foi forçado a fechar nesta semana, depois que autoridades gregas aplicaram multas e fizeram ameaças de outras medidas legais relacionadas a regulamentos de planejamento urbanístico. MSF se posiciona contra a medida contra o funcionamento da instalação e lamenta que as autoridades não tenham identificado uma solução para manter o centro de isolamento aberto, pelo grande risco de a COVID-19 se espalhar pela área de Moria, onde mais de 15 mil refugiados vivem em condições de superlotação e falta de higiene. MSF alerta que o fechamento do centro de isolamento reduzirá significativamente a capacidade de combater a pandemia de COVID-19 na ilha e que poderá gerar implicações graves, caso ocorra um aumento de casos no local.

"Estamos profundamente decepcionados com as autoridades locais, por não terem conseguido anular essas multas e possíveis cobranças em meio a uma pandemia global, apesar de alguns esforços das partes interessadas", diz Stephan Oberreit, coordenador-geral de MSF na Grécia. "O sistema de saúde pública em Lesbos seria simplesmente incapaz de lidar com a devastação causada por um surto em Moria - e foi por isso que viemos para cá. Hoje, tivemos que fechar, não por nossa vontade, um componente crucial da resposta de COVID-19".

O centro de isolamento para casos de COVID-19 gerenciado por MSF em Lesbos foi inaugurado em 6 de maio, resultado de esforços de organizações médicas em toda a ilha, com apoio de autoridades públicas e do hospital local. O centro de isolamento era o único local em Lesbos capaz de proporcionar um espaço seguro para as pessoas de Moria que apresentassem sintomas de COVID-19 poderem ser isoladas e receber assistência médica.​​​​​​​

Desde 1º de julho, o centro de isolamento recebeu multas e ameaças de sanções criminais pelas autoridades locais relacionadas a regulamentos de planejamento urbano. As medidas restritivas ao funcionamento da instalação ocorrem apesar de o projeto fazer parte do plano de preparação para emergências, estabelecido pelo Ministério da Migração e com o objetivo de impedir a disseminação da COVID-19 entre homens, mulheres e crianças confinados no centro de recepção de Moria.

"É surpreendente que estejamos sendo impedidos de trabalhar pelas autoridades locais, enquanto tentamos proteger as pessoas vulneráveis, quando, ao nosso lado em Moria, vemos uma enorme violação da dignidade humana, com milhares de pessoas presas em condições desumanas", diz Oberreit.

As 15 mil pessoas que atualmente vivem em Moria têm pouco espaço e acesso limitado à água e sabão, impossibilitando a execução de medidas preventivas, como distanciamento físico e lavagem regular das mãos. Mais de 300 pessoas correm grande risco de saúde caso venham a desenvolver a doença provocada pelo novo coronavírus, tanto pela idade avançada quanto por condição médica pré-existente. Da mesma maneira, as famílias desses pacientes também permanecem presas nessas condições de grande risco de contágio. MSF continua fazendo apelos às autoridades para a evacuação imediata e urgente de todas as pessoas em situação de vulnerabilidade em Moria, incluindo aquelas com alto risco de terem COVID-19, para serem acomodadas em instalações seguras em outros lugares.

Esta não é a primeira e provavelmente não será a última vez que nós e outras organizações humanitárias enfrentamos esses tipos de obstáculos, enquanto tentamos cobrir as lacunas deixadas pelas autoridades europeias e gregas na assistência a migrantes e refugiados”, diz Bertand Perrochet, diretor de operações de MSF. “Nos últimos cinco anos, vimos os terríveis danos causados pelas políticas de contenção de pessoas presas em centros de acolhimento nas ilhas gregas. Agora, durante uma pandemia global, MSF foi impedida de responder a um risco à saúde pública que as autoridades negligenciaram.

MSF está pronta para discutir com as autoridades gregas o que deve ser feito com relação ao risco de infecção da COVID-19 para as pessoas no centro de recepção de Moria, enquanto mantém seus serviços de saúde pediátrica, sexual e reprodutiva e de saúde mental em sua clínica no local.

 

Sobre Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem nenhum acesso à assistência médica. Oferece ajuda exclusivamente com base na necessidade das populações atendidas, sem discriminação de raça, religião ou convicção política e de forma independente de poderes políticos e econômicos. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos. Para saber mais acesse o site de MSF-Brasil.

 

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