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GAZA - Um ataque em uma área humanitária na Faixa de Gaza matou dezenas de pessoas na madrugada desta terça-feira (10), ainda noite de segunda no Brasil, disseram autoridades do Hamas. O grupo terrorista acusa Israel de ser o autor da ofensiva, que ocorreu na região de Khan Yunis, no sul do território palestino.

Segundo a Defesa Civil de Gaza, controlada pelo Hamas, mais de 40 pessoas foram mortas -o número não pôde ser verificado de maneira independente. Autoridades de Israel confirmaram a ofensiva, mas não mencionaram mortes de civis e afirmaram que o alvo foi um centro de comando da facção terrorista.

Moradores e médicos disseram que um acampamento na área de Al-Mawasi, próxima da cidade de Khan Yunis, foi atingido por pelo menos quatro mísseis. A área, designada como uma zona humanitária, está lotada de palestinos que foram forçados a se deslocar durante a guerra, de acordo com testemunhas.

Ao menos 65 pessoas ficaram feridas, ainda de acordo com a Defesa Civil. Cerca de 20 barracas pegaram fogo, e os mísseis teriam deixado crateras de até nove metros de profundidade.

À rede Al Jazeera testemunhas descreveram cenas de caos. Ambulâncias estavam indo e voltando da área para um hospital próximo, enquanto jatos da Força Aérea israelense ainda podiam ser ouvidos no alto, disseram os moradores da região.

Mencionado pela agência de notícias Reuters, um funcionário do serviço de emergência de Gaza afirmou que a ação parece ser um "novo massacre israelense". Socorristas concentravam esforços para retirar mortos e feridos da área. Equipes também procuravam vítimas que possam ter sido enterradas.

Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil, disse à AFP que pelo menos 15 pessoas eram consideradas desaparecidas. "Famílias inteiras desapareceram no massacre sob a areia, em buracos profundos."

Militares de Israel, por sua vez, afirmaram que as forças do país atingiram terroristas importantes do Hamas que estavam operando em um centro de comando e controle na zona humanitária. A ação teve o apoio da Shin Bet, a agência israelense de segurança interna. "Os terroristas avançaram e fizeram ataques contra as tropas e o Estado de Israel", disseram em comunicado.

O Hamas negou as acusações. "Essa é uma mentira descarada que visa justificar crimes horríveis. A resistência negou várias vezes que qualquer um de seus membros estivesse em reuniões de civis ou usando esses lugares para fins militares", disse a facção em comunicado.

A ofensiva em Mawasi ocorre dias após uma série de ataques contra contra escolas em Gaza. Em 10 de agosto, um bombardeio deixou quase cem mortos em uma instituição de ensino que também vinha sendo usada como abrigo para deslocados pelo conflito, segundo autoridades palestinas.

Dois dias antes, ataques contra outras duas escolas em Gaza já tinham deixado ao menos 18 mortos. No dia 4, bombardeios a dois colégios na Cidade de Gaza mataram pelo menos 30 pessoas. No dia 3, outra ofensiva de Israel matou 15 pessoas em uma instituição de ensino no bairro de Sheikh Radwan.

O Exército isralense afirmou que todas as instalações serviam como centros de comando do grupo terrorista, que nega as acusações.

Desde o começo da guerra, que completou 11 meses no sábado (7), 40.988 pessoas foram mortas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. Mais de 90% da população da faixa de 2,3 milhões tiveram de deixar suas casas no conflito, o que configura uma das maiores crises humanitárias da atualidade.

 

 

POR FOLHAPRESS

TEERÃ - O grupo islâmico Hamas anunciou hoje a morte de seu líder, Ismail Haniyeh, em um ataque atribuído a Israel em Teerã, onde ele estava em visita oficial.

"O irmão líder, mártir combatente Ismail Haniyeh, líder do movimento, morreu em resultado de um ataque traiçoeiro sionista na residência em Teerã, após participar da cerimônia de posse do novo Presidente iraniano", confirmou o Hamas em comunicado.

O anúncio da morte de Haniyeh foi feito pelos Guardas da Revolução iranianos na televisão estatal do país.

Em comunicado divulgado no site Sepah, os Guardas da Revolução, divisão ideológica das Forças Armadas do Irã, afirmaram que o chefe do Hamas e um guarda-costas morreram em um ataque à residência de Haniyeh na capital iraniana.

"A residência de Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político da resistência islâmica do Hamas, foi atacada em Teerã e, devido a este incidente, ele e um guarda-costas morreram", de acordo com um comunicado no site Sepah.

 

Morte "não ficará impune"

O grupo islâmico palestino afirmou que essa morte "não ficará impune".

A Autoridade Palestina (AP) e países como Irã, Turquia e Rússia também condenaram a morte do líder.

O líder da AP, Mahmud Abbas, que governa partes da Cisjordânia ocupada, "condenou veementemente o assassinato do líder do Hamas e considerou-o um ato covarde e um acontecimento perigoso", informou a agência de notícias oficial palestina Wafa. Além disso, "apelou às massas e às forças do povo palestino para a unidade, a paciência e a firmeza diante da ocupação israelense".

Já o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Hussein al-Sheikh, descreveu "o assassinato" de Haniyeh como "um ato covarde".

"Obriga-nos a permanecer mais firmes diante da ocupação", destacou nas redes sociais.

Até o momento, as autoridades israelenses não reivindicaram a autoria do atentado nem confirmaram a morte de Haniyeh.

Em uma reação, o Irã afirmou que a morte de Haniyeh servirá para reforçar os laços entre o país e o povo palestino.

"O martírio do irmão Ismail Haniyeh em Teerã reforçará os laços profundos e inquebráveis entre a República Islâmica do Irã e a amada Palestina e a Resistência", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kan'ani, citado pela agência de notícias oficial Mehr.

Kan'ani expressou ainda "condolências pelo martírio de Ismail Haniyeh".

A Turquia condenou o "desprezível assassinato" de Haniyeh, um aliado próximo do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

"Mais uma vez, ficou demonstrado que o governo de Netanyahu não tem qualquer intenção de alcançar a paz", escreveu o gabinete do chefe da diplomacia turca, Hakan Fidan.

Haniyeh nasceu no campo de refugiados de Al-Shati, na Faixa de Gaza ocupada pelo Egito em 1962. Estudou na Universidade Islâmica de Gaza, onde se envolveu pela primeira vez com o Hamas. Formou-se em literatura árabe em 1987.

Foi escolhido para dirigir um gabinete do Hamas em 1997 e em 2006 liderava a lista do movimento que ganhou as eleições legislativas palestinas, tornando-se primeiro-ministro de um governo de unidade com o Fatah de Mahmud Abbas.

As divergências entre as duas formações terminaram com a expulsão do Fatah de Gaza e a tomada do poder no enclave pelas forças fundamentalistas, governado pelo Hamas desde 2007.

Outros países já reagiram à morte do chefe do Hamas, com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Bogdanov, denunciando um "inaceitável assassinato político".

 

 

por Notícias ao Minuto Brasil

ISRAEL - O Exército israelense bombardeou hoje o campo de refugiados de Al Mawasi na Faixa de Gaza, previamente designado como "zona segura", após uma ofensiva em Rafah, no sul do enclave, segundo a agência de notícias palestina Wafa.

A agência, citada pela EFE, informou que a operação israelense resultou em pelo menos sete mortes.

Fontes palestinas, também citadas pela EFE, indicaram que o Exército israelense está pressionando Al Mawasi a partir do norte, enquanto avança no bairro ocidental de Tal al Sultan em Rafah, conseguindo assim cercar a cidade completamente.

Apesar das críticas de organizações humanitárias sobre a localização desse campo de refugiados próximo à costa de Gaza, composto por tendas improvisadas e sem serviços básicos, milhares de palestinos se dirigiram para lá, fugindo dos constantes ataques militares israelenses em Rafah.

Apenas 65.000 das 1,4 milhões de pessoas deslocadas permanecem nesta cidade do sul do enclave, próximo à fronteira com o Egito, informou a agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA). Outras dezenas de milhares estão distribuídas entre Al Mawasi, Kan Younes (sul) e Deir al Balah (centro), entre outros locais.

A pressão das Forças Armadas israelenses sobre Al Mawasi sugere uma nova retirada em massa em um território onde 1,7 milhões de pessoas já estão deslocadas, enfrentando uma grave crise humanitária.

"Nos últimos meses na Faixa de Gaza, aproximadamente 67% das instalações de saneamento e infraestrutura de água foram destruídas ou danificadas", alertou hoje a UNRWA na rede social X. "À medida que as doenças continuam a se espalhar e a temperatura aumenta, a falta de higiene e a desidratação ameaçam a saúde das pessoas em toda a Faixa de Gaza", acrescentou a agência da ONU.

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O escritório de direitos humanos da ONU também denunciou em um relatório publicado hoje a "repetida violação dos princípios fundamentais das leis de guerra" pelos ataques israelenses contra a população civil, que "podem implicar uma acusação de crimes contra a humanidade".

Em entrevista a um canal de televisão israelense, o porta-voz do Exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que "a ideia de destruir o Hamas é ilusão", pois o movimento islamita palestino, que controla Gaza desde 2007, é "um conceito". "Está enraizado no coração das pessoas. Quem pensa que podemos eliminar o Hamas está enganado", acrescentou.

Hagari sugeriu como alternativa "promover algo que o substitua", declarações que contradizem o objetivo anunciado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de "destruir o Hamas" como condição para o fim do atual conflito.

O gabinete do primeiro-ministro, em comunicado posterior, contestou veladamente as declarações de Hagari, indicando que "Netanyahu definiu como um dos objetivos da guerra a destruição das capacidades militares e governamentais do Hamas. Em consequência, o Exército está comprometido com isso".

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo Hamas em solo israelense em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortes e levou ao sequestro de duas centenas de reféns, segundo autoridades israelenses.

Desde então, Tel Aviv lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 37 mil mortes e mais de 85 mil feridos, de acordo com autoridades do enclave palestino, controladas pelo Hamas. Estima-se que 10 mil palestinos ainda estejam soterrados nos escombros após cerca de oito meses de guerra, que também está desencadeando uma grave crise humanitária.

O conflito causou quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestino em uma grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas em uma "situação de fome catastrófica", o maior número já registrado pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ocupados por Israel, pelo menos 520 palestinos foram mortos pelas forças israelenses ou por ataques de colonos desde 7 de outubro.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

CAIRO - As forças israelenses lutavam nesta sexta-feira contra combatentes do grupo palestino Hamas nas ruas estreitas de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, em combates ferozes após retornarem à região há uma semana, ao mesmo tempo em que no sul militantes atacavam tanques que se aglomeravam em torno de Rafah.

Moradores disseram que os blindados israelenses avançaram até o mercado no centro de Jabalia, o maior dos oito campos de refugiados históricos de Gaza, e que escavadeiras estavam demolindo casas e lojas no caminho do avanço.

Enquanto os combates aconteciam no norte e no sul do enclave, os militares norte-americanos disseram que caminhões transportando assistência humanitária começaram a desembarcar de um píer temporário em Gaza nesta sexta-feira.

"O foco de Israel agora é Jabalia, tanques e aviões estão destruindo bairros residenciais e mercados, lojas, restaurantes, tudo. Tudo isso está acontecendo diante do mundo", disse Ayman Rajab, um morador do oeste de Jabalia.

"Que vergonha para o mundo. Enquanto isso, os norte-americanos vão nos dar um pouco de comida", disse Rajab, pai de quatro filhos, à Reuters por meio de um aplicativo de mensagens. "Não queremos comida, queremos que essa guerra acabe e então poderemos cuidar das nossas vidas por conta própria."

Israel havia dito que suas forças se retiraram de Jabilia meses antes em meio à guerra desencadeada pelos ataques mortais liderados pelo Hamas no sul israelense em 7 de outubro, mas afirmou na semana passada que retornaria para evitar que o grupo islâmico se restabelecesse lá.

Na Corte Mundial em Haia, Israel pediu aos juízes que rejeitem uma exigência da África do Sul para uma ordem de emergência a fim de interromper o ataque a Rafah e retirar as tropas israelenses de toda a Faixa de Gaza.

Apesar de sete meses de combates quase contínuos, as alas armadas do Hamas e de sua aliada Jihad Islâmica têm conseguido lutar em toda a Faixa de Gaza, usando túneis fortificados para realizar ataques, destacando a dificuldade de alcançar o objetivo declarado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu de erradicar o grupo militante.

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Pelo menos 35.303 palestinos já foram mortos na guerra, de acordo com números das autoridades de saúde do enclave, enquanto as agências de ajuda alertam repetidamente sobre a fome generalizada e a ameaça de doenças.

Israel diz que precisa concluir seu objetivo de destruir o Hamas para sua própria segurança, após a morte de 1.200 pessoas em 7 de outubro, e libertar os 128 reféns ainda mantidos, de um total de 253 sequestrados pelos militantes, de acordo com seus registros.

Para isso, diz que precisa capturar Rafah, a cidade mais ao sul de Gaza, que faz fronteira com o Egito, onde cerca de metade dos 2,3 milhões de habitantes do território buscou abrigo dos combates ao norte.

A operação israelense em Rafah, que começou no início de maio, mas ainda não se transformou em um ataque total, provocou uma das maiores divisões entre Israel e seu principal aliado, os Estados Unidos. Washington reteve um carregamento de armas por temer vítimas civis.

Tanques e aviões de guerra israelenses bombardearam partes de Rafah nesta sexta-feira, enquanto as alas armadas do Hamas e da Jihad Islâmica disseram que estavam disparando mísseis e morteiros contra as forças que se concentravam a leste, sudeste e dentro da passagem de fronteira de Rafah com o Egito.

A UNRWA, principal agência de ajuda da Organização das Nações Unidas para os palestinos, disse que desde o início da ofensiva militar em Rafah, em 6 de maio, mais de 630.000 pessoas foram forçadas a fugir do local.

 

 

Por Nidal al-Mughrabi / REUTERS

ISRAEL - Bombardeios israelenses na Faixa de Gaza ao longo de terça-feira (14) deixaram mais de 80 mortos, anunciou o grupo terrorista Hamas. A ofensiva sobre Rafah continua, apesar de esforços dos Estados Unidos de dissuadir Tel Aviv de lançar uma grande operação terrestre na cidade do sul do território palestino.

Na madrugada, testemunhas relataram ataques em várias regiões de Gaza, incluindo Rafah, onde quase 1,4 milhão de palestinos se aglomeram, a grande maioria de deslocados internos.

Com os 82 mortos divulgados nesta terça, subiu para 35.173 o número de mortos, na maioria civis, desde o início da guerra, informou o Ministério da Saúde do Hamas.

Desse total, 24.686 já tiveram suas identidades checadas e confirmadas pelo ministério até o dia 30 de abril: 7.797 crianças (32%), 4.959 mulheres (20%), 10.006 homens (40%) e 1.924 idosos (8%), de acordo com o Ocha (Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários).

Há combates no leste de Rafah, onde as tropas israelenses entraram com tanques em 7 de maio e tomaram o posto de fronteira homônimo, por onde entrava boa parte da ajuda humanitária aos civis palestinos. Segundo o Qatar, um dos países que fazem a mediação diplomática entre Israel e Hamas, Gaza não recebe nenhum comboio com mantimentos desde o dia 9.

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O Exército israelense ordenou a saída de civis da área leste da cidade no dia 6; desde então, de acordo com a ONU, quase 450 mil foram deslocados.

"Os ataques aéreos são contínuos. É muito assustador. Estou com medo pelos meus filhos", disse à AFP Hadil Radwane, 32, deslocado do oeste de Rafah. Moradores dessa região de Rafah disseram mais tarde que podiam ver colunas de fumaça subindo dos bairros a leste.

No norte de Gaza, os palestinos também foram orientados a deixar algumas áreas após a retomada dos combates, especialmente em Jabalia e na Cidade de Gaza, onde, segundo Tel Aviv, o Hamas está tentando "repor suas capacidades militares".

Israel tem dito que pretende continuar a avançar sobre Rafah mesmo sem o apoio de seus aliados, dizendo que a operação é necessária para eliminar os terroristas remanescentes do Hamas.

Após o ataque de 7 de Outubro, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, prometeu destruir a facção, que tomou o poder em Gaza em 2007.

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) informou que realizará audiências na quinta (16) e sexta-feira (17) para avaliar um novo pedido da África do Sul a favor de se adotar medidas de emergência contra a incursão em Rafah.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - O Exército de Israel avançou, na segunda-feira (13), em áreas do norte da Faixa de Gaza nas quais Tel Aviv havia comemorado o desmantelamento do Hamas alguns meses atrás. A movimentação é uma mostra de que o grupo terrorista que liderou os ataques de 7 de outubro está se reagrupando em algumas dessas regiões.

A Força Aérea de Israel afirmou na rede social X ter atingido 120 alvos no território palestino no último dia, citando a cidade de Jabalia e o bairro Al-Zeitoun, um subúrbio a leste da Cidade de Gaza. Ambas as localidades ficam no norte.

Tel Aviv alega que a retomada dos combates na região sempre fez parte de seus planos para impedir que os combatentes retornassem. Os palestinos, por sua vez, dizem que a necessidade de retornar a campos de batalha anteriores é a prova de que os objetivos militares de Israel são inatingíveis.

Em Jabalia, o maior dos oito campos de refugiados de Gaza construídos há 75 anos para abrigar palestinos expulsos do território que hoje é Israel, autoridades de saúde ligadas ao Hamas disseram ter recuperado 20 corpos após ataques aéreos noturnos.

Ali, moradores fugiram de suas casas carregando sacolas em ruas cheias de destroços. Eles afirmaram à agência de notícias Reuters que projéteis de tanques estavam caindo no centro do campo e ataques aéreos haviam destruído casas.

De acordo com a UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos, hoje a Faixa de Gaza tem 1,7 milhão de deslocados internos, o que representa 75% da população do território, formado por cerca de 2 milhões de habitantes. Segundo o órgão, 360 mil pessoas já fugiram de Rafah, no sul, desde que Israel começou a ordenar a desocupação de parte da cidade.

Nessa região na fronteira com o Egito que é refúgio para mais de 1 milhão de palestinos, os moradores dizem que bombardeios aéreos e terrestres estão se intensificando e tanques bloquearam um trecho de uma das principais estradas de Gaza, a Salah al-Din.

Apesar da preocupação de organizações humanitárias e da comunidade internacional, Israel estendeu a ordem de retirada direcionada ao leste da cidade na semana passada para moradores de áreas centrais nos últimos dias.

A oposição ao plano de invadir a região inclui até aliados históricos, como os Estados Unidos. Neste domingo, o secretário do departamento de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que a guerra matou mais civis do que membros do Hamas e que uma operação em Rafah não eliminará o grupo terrorista. "Vimos o Hamas voltar às áreas que Israel libertou no norte", afirmou o funcionário americano à emissora NBC.

Segundo autoridades de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007, mais de 35 mil pessoas, incluindo quase 8.000 crianças e 5.000 mulheres, foram mortas desde o início da ofensiva. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, justificou a alta mortandade em uma entrevista ao podcast Call Me Back nesta segunda dizendo que praticamente metade dos mortos eram combatentes do Hamas, e a outra metade, civis.

Os que sobrevivem encaram uma catástrofe humanitária. De acordo com dados reunidos pelo escritório de ajuda humanitária da ONU (Ocha, na sigla em inglês), 1,1 milhão de pessoas passam fome no território atualmente. A entrada de mantimentos no território está ainda mais limitada desde o início da guerra devido aos bloqueios de Israel.

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Após o ataque do Hamas, Gaza ficou duas semanas sem receber nenhum caminhão de ajuda humanitária antes de parte das fronteiras serem reabertas com a pressão internacional. Na última semana, o território voltou a ficar isolado por pelo menos quatro dias depois de o Hamas atacar o posto de Kerem Shalom e Tel Aviv tomar a passagem de Rafah. No domingo (12), o Exército de Israel disse ter aberto a passagem de Erez, no norte do território.

Segundo o site Axios, Israel propôs, na semana passada, que a Autoridade Palestina enviasse representantes para coordenar a passagem de Rafah. A informação sobre o órgão que governa a Cisjordânia, outro território palestino ocupado por Tel Aviv, é atribuída pelo site a quatro funcionários americanos.

A falta de ajuda por fazer hospitais pararem de operar em breve, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. "Estamos a poucas horas do colapso do sistema de saúde na Faixa de Gaza devido à falta de combustível", afirmou a pasta nesta segunda. Na véspera, o Ministério da Defesa de Israel disse que havia transferido 266 mil litros de combustível para necessidades humanitárias.

Na segunda, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que mais de 1.000 membros do Hamas recebem atendimento médico em hospitais de seu país. O líder não considera o grupo uma organização terrorista, ao contrário de Israel, EUA e União Europeia. "Pelo contrário, o Hamas é uma organização de resistência", afirmou o político.

Segundo o Ocha, pelo menos 260 humanitários foram mortos na guerra. Nesta segunda, um funcionário das Nações Unidas morreu e outro ficou ferido após um veículo ser alvejado durante uma viagem a um hospital de Rafah, em um incidente ainda não esclarecido. "O secretário-geral reitera o seu apelo urgente a um cessar-fogo humanitário imediato e à libertação de todos os reféns", afirmou um porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

 

 

POR FOLHAPRESS

GAZA - O Hamas, movimento terrorista palestino, emitiu pela primeira vez um pedido de desculpas à população de Gaza pelo sofrimento causado durante a guerra com Israel, em uma longa declaração publicada no domingo à noite na plataforma Telegram.

O comunicado reconhece as dificuldades enfrentadas pela população de Gaza devido ao conflito com o exército israelense, que começou quase seis meses atrás. O Hamas expressou sua intenção de continuar o conflito em busca da "vitória e liberdade" para os palestinos.

Na declaração de agradecimento ao povo da Faixa de Gaza, o Hamas admitiu o cansaço da população e mencionou medidas que tentou implementar para amenizar as dificuldades, como controle de preços em meio à agressão em curso.

O movimento também afirmou estar dialogando com várias partes da sociedade de Gaza, incluindo outros grupos armados, comitês populares e famílias, para resolver os problemas causados pela ocupação.

As necessidades humanitárias em Gaza são enormes, com o território já sofrendo com o bloqueio israelense desde 2006, além da pobreza e desemprego. A ajuda humanitária está sendo enviada, e grande parte da população foi deslocada para o sul, próximo à fronteira com o Egito.

Nos últimos meses, líderes do Hamas, como Khaled Mechaal, ex-chefe do gabinete político do movimento, afirmaram que sacrifícios são necessários para a libertação dos palestinos.

A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas a partir de Gaza contra Israel em outubro, resultando em cerca de 1.200 mortes, a maioria civis, de acordo com dados oficiais israelenses. Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva que resultou em milhares de mortes, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

O Hamas, que governa Gaza desde 2007, é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, Estados Unidos e União Europeia.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - O grupo islâmico Hamas apresentou um abrangente plano de cessar-fogo composto por três fases, cada uma estendendo-se ao longo de 45 dias, em resposta a uma proposta dos mediadores do Catar e do Egito, conforme anunciado nesta quarta-feira. Na primeira fase, destacam-se iniciativas como a libertação de todas as mulheres, homens com menos de 19 anos, idosos e doentes que ainda estão sob custódia do Hamas. Como contrapartida, mulheres e crianças detidas em prisões israelenses seriam libertadas, totalizando um período de 135 dias, conforme divulgado pela agência Reuters.

A segunda fase contemplaria a libertação dos demais reféns do sexo masculino, enquanto a terceira etapa visa a devolução dos corpos das vítimas mortais aos seus respectivos estados. Ao final dessa última fase, o objetivo seria alcançar um acordo que sinalize o término do conflito. Vale ressaltar que, até o momento, os detalhes específicos dessa proposta do Hamas não foram divulgados.

Esta contraproposta também englobaria o início do processo de reconstrução de Gaza, a retirada total das Forças de Defesa de Israel (IDF) e um aumento significativo no fluxo de alimentos e ajuda humanitária destinados à população palestina. Tais desenvolvimentos ocorrem em um momento em que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, lidera uma viagem ao Oriente Médio com o intuito de assegurar uma trégua na guerra que atinge seu quinto mês nesta quarta-feira.

Ao lado de Blinken em Doha, o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdelrahmane Al-Thani, expressou otimismo. Ele declarou ter recebido uma resposta do Hamas sobre a estrutura geral do acordo de reféns, observando que, apesar de conter alguns comentários, é positiva no geral.

Essas negociações ocorrem após o ataque surpresa do Hamas contra o território israelense, intitulado 'Tempestade al-Aqsa', que resultou em retaliações de Israel, denominadas 'Espadas de Ferro', com bombardeios aéreos contra instalações do grupo armado na Faixa de Gaza. Benjamin Netanyahu afirmou que Israel está "em guerra" com o Hamas, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia (UE), culminando na formação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra, acordados com a oposição.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - O Exército israelense emitiu hoje um novo aviso para a retirada dos civis que se encontram no campo de refugiados palestinos de Khan Yunis, e de outros bairros da cidade do sul da Faixa de Gaza.

Avichai Adrai, o porta-voz do Exército Israel publicou, em árabe, na rede social X um mapa das zonas para onde os civis palestinos devem ir por motivos de segurança.

A ONU e várias organizações não-governamentais criticaram as ordens de evacuação do campo de refugiados, sublinhando que "não há locais seguros" em Gaza.

Por outro lado, as Nações Unidas referem que não existem garantias de segurança de regresso para os deslocados, 1,9 milhões de cidadãos palestinos, cerca de 85% da população do enclave.

As zonas afetadas incluem também os bairros de Al Nasser e Al Amal assim como o centro da cidade.

As forças de Israel declararam na terça-feira que tinham concluído o cerco a Khan Yunis e hoje comunicaram o bombardeio de "dezenas de alvos" do Hamas nas últimas 24 horas.

Khan Yunis tornou-se um dos principais alvos do Exército israelense nas últimas semanas.

Israel lançou a ofensiva contra o enclave palestino na sequência dos atentados do Hamas que causaram cerca de 1.200 mortos e quase 240 raptados.

As autoridades do enclave, controlado pelo Hamas, indicam que, até ao momento, mais de 26 mil palestinos foram mortos na ofensiva israelense.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - A terça-feira (23) foi o pior dia para Israel em termos de baixas militares desde que o Estado judeu começou a atacar a Faixa de Gaza em retaliação ao mega-ataque terrorista do grupo palestino Hamas, que comanda a área desde 2007. Vinte e quatro soldados morreram em duas ações separadas.

As perdas aumentam a pressão sobre o governo do Binyamin Netanyahu para achar uma saída para o conflito iniciado há 109 dias. Reportagens sobre as dificuldades militares de Israel e negociações para um cessar-fogo se multiplicam, apesar das negativas do premiê.

Ele mantém o tom desafiador, dizendo no X que apesar de ter tido "um dos piores dias desde que a guerra estourou", Israel "não parará de lutar até a vitória absoluta". "Temos de tirar as lições necessárias e fazer tudo para preservar a vida de nossos guerreiros", afirmou.

Na véspera, um grupo de parentes dos 132 reféns que Israel diz ainda estarem nas mãos do Hamas invadiu o Knesset (Parlamento) para exigir a libertação deles. As mortes dos soldados acentuam a percepção de crise, numa guerra que já é a mais mortífera para Israel em 50 anos.

Em 1973, 2.656 militares morreram na Guerra do Yom Kippur. Até esta terça, as perdas israelenses contabilizadas no atual conflito eram 545, sendo que 217 ocorreram depois que Israel iniciou sua inédita invasão terrestre de Gaza, no fim de outubro.

Os números são pálidos, em termos de fria contabilidade macabra, ante as mortes de palestinos -mas protestos contra elas são minoritários no Estado judeu após o massacre sem precedentes promovido pelo Hamas em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.200 mortos.

Na segunda (22), o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, registrou 195 mortes, sem diferenciar civis de combatentes. Ao todo, ele conta 25.490 falecidos na guerra, uma média de 234 por dia, desde o início dos enfrentamentos.

Dos 24 soldados mortos, 21 caíram quando um prédio em que instalavam explosivos para demolição no sul da faixa foi atingido por uma granada propelida por foguete, famoso RPG na sigla inglesa e arma-símbolo do Hamas. Outros três morreram em uma ação paralela.

O sul tem concentrado alguns dos mais sangrentos combates na guerra desde a virtual obliteração do norte da faixa, onde o Hamas supostamente mantinha seus centros de comando e toda a estrutura de governo sobre o território.

As Forças de Defesa de Israel dizem ter completado o cerco ao centro urbano de Khan Yunis, principal cidade do sul que foi invadida em dezembro por Tel Aviv. O hospital Nasser, o maior ainda em funcionamento em toda a região, é um dos principais alvos das forças -Israel diz que há túneis e infraestrutura do Hamas sob o prédio, como de resto ocorreu em unidades semelhantes na cidade de Gaza e outros pontos ao norte.

A ação tem gerado protestos internacionais acentuados, com a ONU falando em massacre e a OMS (Organização Mundial da Saúde) condenando combates em áreas hospitalares. Israel aponta para a presença de terroristas imiscuídos nessa infraestrutura, o que é verdade, mas é fato igualmente que pacientes são expostos a riscos, o que é proibido pelas leis de guerra.

Além do drama humanitário e as dúvidas sobre o futuro de Gaza, que Israel promete controlar sem dizer o que fará com seus 2,3 milhões de habitantes em termos de status político, há preocupação generalizada com os riscos do espraiamento claro do conflito: de ataques diários do Hezbollah na fronteira norte às ações houthis no mar Vermelho, passando por bombardeios do Irã contra vizinhos.

 

A pressão vem também dos Estados Unidos, maiores aliados de Israel. Netanyahu causou desconforto na semana passada ao rebater o presidente Joe Biden, que tem mobilizado grandes recursos militares para dissuadir o Irã de escalar a ação de seus prepostos contra Tel Aviv.

Após Biden voltar a dizer que apenas uma solução em que um Estado palestino conviva com o judeu trará paz à região, Netanyahu reafirmou que considera isso impossível em termos de segurança para Israel.

Enquanto o drama se desenrola e Netanyahu diz seguir em frente, relatos acerca de um cessar-fogo se tornaram quase diários. O site americano Axios afirma que Israel ofereceu ao Hamas dois meses de pausa nos combates em troca da libertação de todos os reféns -houve uma pausa de uma semana no ano passado, na qual a maioria presumida dos civis foram soltos, restando militares com os terroristas.

O The Wall Street Journal, por sua vez, publicou reportagem afirmando que cinco Estados árabes, incluindo a crucial Arábia Saudita, ofereceram um acordo para estabelecer relações diplomáticas com Israel em troca da criação da Palestina. Hoje, ela é uma protonação governada pela Autoridade Nacional Palestina de forma precária na Cisjordânia, com Gaza nas mãos do Hamas.

Já a rede americana CNN disse que Netanyahu ofereceu exílio para toda a liderança do Hamas ainda em Gaza em troca da soltura dos reféns. Hoje, a chefia do grupo mora primordialmente no Qatar, mas transita pela Turquia, Rússia, Líbano e outros países. Até aqui, Tel Aviv negou condições para cessar-fogo.

"Não haverá cessar-fogo que deixe reféns em Gaza e o Hamas, no poder", disse nesta terça o porta-voz do governo Eylon Levy.

 

 

POR FOLHAPRESS

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