ISRAEL - O grupo armado Hezbollah afirma ter disparado foguetes e drones explosivos contra o norte de Israel nesta quinta-feira (4), em reação à morte, no sul do Líbano, de um comandante do movimento durante um ataque israelense.
"Como parte da resposta ao ataque" no sul do Líbano, o Hezbollah atacou o norte de Israel e cinco posições nas Colinas de Golã sírias, anexadas pelo país, com "mais de 200 foguetes", segundo um comunicado do movimento libanês.
O Hezbollah também disse ter realizado um "ataque aéreo com um esquadrão de drones explosivos" contra oito posições militares no norte de Israel e no Golã. Em represália, o Exército israelense afirmou ter atingido posições no sul do Líbano, confirmando a ofensiva aérea do grupo.
"Projéteis e aeronaves suspeitas cruzaram a fronteira entre o Líbano e o território israelense", declarou o Exército israelense, acrescentando que, em resposta, "atingiu pistas de lançamento no sul do Líbano". As forças israelenses "identificaram cerca de 200 projéteis e mais de 20 alvos aéreos" e interceptaram vários deles.
O Hezbollah, aliado do Hamas, tem trocado tiros diariamente com o Exército israelense desde o início da guerra em 7 de outubro, na Faixa de Gaza.
Morte de comandante
O movimento libanês, apoiado pelo Irã, já havia disparado cerca de 100 foguetes contra Israel na quarta-feira (3) em resposta à morte do comandante Mohammed Neemeh Nasser (Hajj Abu Neemeh), em um outro ataque israelense recente no sul do Líbano.
As forças israelenses confirmaram a informação, dizendo "o comandante Aziz, do Hezbollah, "era responsável por disparar contra o território israelense a partir do sudoeste do Líbano".
De acordo com uma fonte próxima ao movimento, este é o terceiro líder militar morto no sul do país desde o início da guerra em Gaza.
Segundo o chefe do Comitê Executivo do Hezbollah, Hashem Safieddine, outro militar assumirá a função. O Hezbollah também acrescentou que disparou três mísseis Burkan, capazes de transportar grandes cargas explosivas, em três instalações militares no norte de Israel.
A ONU e vários países estão preocupados com uma possível extensão da guerra na Faixa de Gaza ao Líbano.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, enfatizou no final de junho ao ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, "a importância de evitar uma nova escalada do conflito e chegar a uma solução diplomática".
A violência na fronteira deixou pelo menos 496 mortos no Líbano, incluindo cerca de 95 civis e 326 combatentes do Hezbollah, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados do movimento xiita e fontes oficiais libanesas.
Do lado israelense, pelo menos 15 soldados e 11 civis foram mortos, segundo as autoridades. Em ambos os países, dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas pela violência em ambos os lados da fronteira.
Com informações da AFP
RFI