BRASÍLIA/DF - As vendas da indústria brasileira de máquinas e equipamentos em setembro somaram R$ 25,08 bilhões, uma queda de 16,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Em comparação a agosto, a diminuição foi de 10,8%. No acumulado do ano, de janeiro a setembro, as vendas totalizaram R$ 219,5 bilhões, 9,5% abaixo do registrado no mesmo período de 2022. Os dados, divulgados na terça-feira (31), são da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O setor vendeu ao exterior, no mês de setembro, US$ 1,16 bilhão em equipamentos, montante 11,7% superior ao registrado no mesmo mês de 2022. Em relação a agosto, no entanto, as exportações foram 20,7% menores. No acumulado do ano, de janeiro a setembro, as vendas ao exterior somaram US$ 10,4 bilhões, 17,3% acima do registrado no mesmo período do ano passado.
“Dados do mês de setembro de 2023 registraram queda na receita líquida de vendas em relação ao mês de agosto, anulando parte do crescimento observado em relação ao mês de julho. Em relação ao mesmo mês do ano anterior também houve queda em razão da fraqueza nas atividades do mercado doméstico. Já as exportações, mesmo com a desaceleração no mercado global e valorização do real, registraram expansão ante ao mesmo mês do ano anterior”, destacou a entidade, em nota.
As importações totalizaram US$ 2,1 bilhões em agosto, 17,3% abaixo do registrado em julho, e 6,8% a menos em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano (janeiro a setembro), as compras do exterior chegaram a US$ 20,3 bilhões, 11,2% acima do registrado no mesmo período de 2022.
Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil
CHINA - A atividade industrial na China registrou contração em outubro, após uma leve recuperação em setembro, segundo os dados oficiais divulgados nesta terça-feira.
O índice de gestão de compra do setor industrial – um indicador crucial da produção industrial – foi de 49,5 em outubro, abaixo da marca de 50 pontos que separa a expansão da contração, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS).
O indicador atingiu o terreno positivo (50,2) em setembro, depois de cinco meses consecutivos de queda.
“Em outubro (…) a prosperidade do setor industrial voltou manufatureiro voltou a registrar queda”, afirmou o NBS.
A segunda maior economia do planeta enfrenta uma recuperação incerta após a pandemia de covid-19, com um consumo interno frágil e uma crise do setor imobiliário que afetam o crescimento.
Pequim anunciou na semana passada que emitirá um trilhão de yuanes (137 bilhões de dólares, 685 bilhões de reais) em títulos soberanos para impulsionar os gastos em infraestruturas, o mais recente de uma série de estímulos econômicos.
A economia da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre, acima do esperado. As autoridades do país estabeleceram a meta de 5% para 2023, que seria um dos menores índices em várias décadas.
WASHINGTON - A produção nas fábricas dos Estados Unidos aumentou mais do que o esperado em setembro, apesar das greves na indústria automobilística que reduziram a produção de veículos, o que é mais uma evidência de que a economia saiu do terceiro trimestre com ímpeto.
A produção industrial aumentou 0,4% no mês passado, informou o Federal Reserve nesta terça-feira. Os dados de agosto foram revisados para baixo, mostrando uma queda de 0,1% na produção das fábricas, em vez de um aumento de 0,1%, conforme informado anteriormente. Economistas consultados pela Reuters previam que a produção das fábricas aumentaria 0,1%.
A produção caiu 0,8% em uma base anual em setembro. Ela ficou inalterada no terceiro trimestre. A produção industrial de bens duráveis cresceu a uma taxa anualizada de 2,3%, que foi compensada por um ritmo de declínio de 2,4% na produção não durável.
A produção de veículos automotores e peças aumentou 0,3% no mês passado, depois de ter caído 4,1% em agosto.
Apesar do bom desempenho do mês passado, o setor de manufatura continua limitado pela desaceleração da demanda por produtos devido às taxas de juros mais altas. Desde março de 2022, o Federal Reserve aumentou sua taxa de juros de referência em 5,25 pontos percentuais para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.
Por Lucia Mutikani / REUTERS
INGLATERRA - O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Reino Unido subiu de 43 em agosto para 44,3 em setembro, conforme dados finais publicados nesta segunda-feira, 2, pela S&P Global em parceria com a CIPS.
O resultado definitivo de setembro ficou levemente acima da estimativa preliminar e da previsão de analistas consultados pela FactSet, de 44,2 em ambos os casos.
Apesar do avanço do PMI, a leitura bem abaixo da marca de 50 indica que a atividade manufatureira britânica ainda se contrai em ritmo significativo.
BRASÍLIA/DF - O corte de 0,5 ponto percentual nos juros básicos foi recebido de maneira distinta pelas entidades do setor produtivo. A indústria considera adequado o ritmo de redução, mas as centrais sindicais cobram cortes maiores e consideram que a política monetária ainda está restritiva.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) foi adequada. A entidade ressalta que a expectativa de cortes nas próximas reuniões ajudará a reduzir pressões negativas sobre a economia.
“A redução da Selic é necessária, não compromete o processo de combate à inflação e evita mais restrições à atividade industrial”, afirmou em nota o presidente da CNI, Robson Andrade.
Ele afirmou ser necessário reverter o quadro negativo de concessão de crédito às empresas, que caiu 5% nos sete primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em nota divulgada à imprensa, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) avalia que “a contínua redução nos preços correntes tem contribuído para a diminuição das expectativas inflacionárias. Em especial, a dinâmica mais benigna da inflação de serviços tem desempenhado um papel importante nesse processo. Além disso, a desaceleração do mercado de trabalho é um elemento que torna mais evidente o ritmo mais lento da economia, já projetado para este segundo semestre”. A entidade defende ainda a aprovação das reformas tributária e administrativa para melhorar o ambiente de negócios e estimular o crescimento econômico.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) também considerou positiva a redução da Selic, mas pede cortes maiores. Para a entidade, os juros básicos em 12,75% ao ano travam a economia. A central destacou que os movimentos sociais continuam com a campanha #JurosBaixosJá para que os juros alcancem um nível que gere emprego e renda.
“Essa mudança de rumo [do Banco Central] é positiva, mas, como sociedade civil organizada, como trabalhadores e trabalhadoras, precisamos manter a pressão. Se puxarmos o histórico, veremos que as decisões do Copom são sempre baseadas no mercado e não nos interesses da população e do desenvolvimento do país. Essa inflexão, portanto, é fruto dessa clareza que a população vem ganhando sobre a obrigação dessa entidade nos rumos da economia do país”, avaliou a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT Nacional, Juvandia Moreira.
A Força Sindical lamentou a decisão do BC, considerando extremamente tímida a queda de apenas 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros. “Entendemos que com esta queda conta-gotas, o Banco Central perdeu uma ótima oportunidade de fazer uma drástica redução na taxa de básica de juros, que poderia funcionar como um estímulo para a criação de empregos e para o aumento da produção no país. Infelizmente, a taxa, que agora é de 12,75% ainda inibe o consumo e trava o crédito”, ressaltou a entidade.
* Colaborou Alana Gandra, do Rio de Janeiro
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*
BRASÍLIA/DF - O consumo aparente de bens industriais recuou 2,5% em julho deste ano no país, na comparação com o mês anterior. Dado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado na terça-feira (19), mostra parcela da produção industrial brasileira e das importações voltadas ao mercado doméstico.
A queda veio após alta de 1,4% em junho deste ano. O indicador também teve quedas de 5,2% na comparação com julho de 2022, de 2,6% no ano e de 1,1% em 12 meses.
A queda na passagem de junho para julho deste ano foi puxada pelo consumo de bens industriais nacionais, que recuou 3,5% em julho. Já o consumo de bens importados cresceu 0,2%.
A demanda por produtos da indústria extrativa mineral caiu 16,6%, enquanto os produtos da indústria da transformação cederam 1,8%.
Treze dos 22 segmentos da indústria da transformação tiveram queda na demanda, entre eles produtos de fumo (-13,8%), artigos de vestuário e acessórios (-8,2%) e máquinas e equipamentos (-7,1%). Entre as nove atividades com alta destacam-se outros equipamentos de transporte (22,5%) e produtos alimentícios (2,2%).
Das quatro grandes categorias econômicas, duas tiveram queda: bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-5,7%), e bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (--2,4%). Já os bens de consumo tiveram alta: duráveis (4,6%) e semi e não duráveis (1,4%).
Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
LONDRES - A contração da produção industrial da zona do euro diminuiu no mês passado, sugerindo que o pior pode ter passado para as fábricas do bloco, embora a demanda tenha enfraquecido para o nível mais baixo em quase um ano, segundo uma pesquisa na sexta-feira (01).
A Alemanha, a maior economia da Europa, permaneceu como uma exceção negativa, provavelmente alimentando a discussão sobre ser o integrante doente da região, embora seja uma das economias mais diversificadas.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) final do HCOB para o setor industrial da zona do euro, compilado pela S&P Global, subiu para 43,5 em agosto, máxima de três meses, em comparação com 42,7 em julho, mas abaixo da leitura preliminar de 43,7. Resultado abaixo de 50 indica contração na atividade.
O subíndice que mede a produção subiu de 42,7 para 43,4.
"Esses números não são tão terríveis quanto podem parecer à primeira vista", disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.
"Todos os 12 subíndices subiram ou permaneceram praticamente inalterados, mostrando que a tendência de queda dos últimos meses está começando a perder força de modo geral."
Entretanto, o subíndice de novos pedidos caiu de 39,1 para 39,0, a segunda leitura mais baixa desde que a pandemia de Covid-19 se consolidava no mundo.
Reportagem de Jonathan Cable / REUTERS
PARIS - O setor manufatureiro da França contraiu pelo sétimo mês consecutivo e em um ritmo ligeiramente mais acentuado do que o inicialmente previsto em agosto, mostrou uma pesquisa empresarial nesta sexta-feira.
O Índice de Gestores de Compras (PMI) final do HCOB para o sector industrial francês em Agosto – compilado pela S&P Global – atingiu 46,0 pontos, ligeiramente abaixo dos 46,4 pontos observados numa estimativa preliminar inicial.
“O setor de bens intermediários é o principal obstáculo à indústria, compensando confortavelmente o crescimento marginal observado no segmento de bens de consumo”, disse o economista do HCOB, Norman Liebke, num comunicado de imprensa.
Qualquer valor abaixo de 50 pontos marca uma contração da atividade, enquanto um valor acima de 50 mostra uma expansão.
Num sinal de que a indústria francesa pode estar a caminhar para uma recessão total, um subíndice para novas encomendas caiu a um ritmo acelerado em Agosto, para 42,5, de 42,9 pontos em Julho.
A perspectiva pessimista também está a afectar cada vez mais o humor no mercado de trabalho, mostrou o inquérito, uma vez que um subíndice que mede o sentimento de recrutamento atingiu o seu valor mais baixo desde Agosto de 2020, no meio da pandemia de COVID-19.
“Não há muitos sinais que sugiram que haja uma melhoria na produção nos próximos meses”, disse Liebke.
Repórter ADVFN
ALEMANHA - Ministério alemão da Economia alerta que não há sinais de melhora em curto prazo. Queda nos dados de junho foi pior do que o previsto. Quadro atual pode ser sinal de futuras más notícias para o PIB do país. A produção industrial alemã caiu pelo segundo mês consecutivo, segundo dados de junho publicados na segunda-feira (07/08) pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis). O setor registrou queda de 1,5%, bem superior ao mês anterior, de 0,1%.
O Ministério alemão da Economia afirmou que, apesar de um aumento na demanda, a alta dos preços de energia e da taxa de juros puxaram a economia para baixo.
O tombo foi maior do que o esperado pelos analistas, segundo uma pesquisa da empresa de análise de dados financeiros Factset, que havia previsto queda de 0,5%.
A tradicionalmente forte indústria automobilística alemã teve uma queda significativa de 3,5%, após um aumento na produção de 5,8% no mês anterior. O setor da construção civil registrou baixa de 2,8%, o que também contribuiu para o desempenho ruim de junho.
"A perspectiva para a economia industrial permanece sombria apesar das demandas crescentes, uma vez que estas são afetadas pelas flutuações nos pedidos de grande porte", informou a pasta.
"Dada a contenção nos negócios e as expectativas de exportação por parte das empresas, não há atualmente sinais de uma recuperação perceptível."
"Letargia persistente"
O analista do banco digital ING Carsten Brzeski avalia que os dados mais recentes seriam "mais uma ilustração da estagnação contínua do país", acrescentado que esse quadro pode ser um sinal de futuras más notícias para o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha.
"Com os números de hoje, aumenta o risco de que a estimativa provisória do crescimento estagnado do PIB no segundo trimestre ainda possa ser revista para baixo", afirma Brzeski.
"O clima ruim entre as empresas indica uma letargia persistente", avalia Alexander Krüge, economista chefe do banco privado Hauck Aufhäuser Lampe.
Enquanto cresciam os efeitos da crise iniciada pela invasão russa da Ucrânia, que geraram altas na inflação e na taxa de juros, a maior economia da Europa caiu de maneira inesperada em uma recessão no final de 2022 e início de 2023.
O banco alemão Bundesbank prevê que a economia do país deverá se contrair em 0,3% em 2023.
Um aspecto positivo dos dados mais recentes é a recuperação da produção da indústria farmacêutica, que evitou uma queda maior no resultado geral com um crescimento de 7,9%, após cair 13,3% em maio.
rc (AFP, Reuters)
PEQUIM - A atividade industrial da China contraiu pelo quarto mês consecutivo em julho, enquanto os setores de serviços e construção oscilaram à beira da contração, mostraram pesquisas oficiais nesta segunda-feira, ameaçando as perspectivas de crescimento para o terceiro trimestre.
A atividade do setor de construção foi em julho a mais fraca desde que as interrupções no local de trabalho relacionadas à Covid-19 foram encerradas por volta de fevereiro, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas.
A segunda maior economia do mundo cresceu em um ritmo lento no segundo trimestre, já que a demanda permaneceu fraca no país e no exterior, levando o Politburo - órgão decisório do Partido Comunista - a descrever a recuperação econômica como "tortuosa".
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial da indústria subiu para 49,3 em julho, de 49,0 em junho, mas ainda ficou abaixo da marca de 50 que separa expansão de contração.
A última vez que esse indicador apontou contração por mais de três meses consecutivos foi entre maio e outubro de 2019, antes da pandemia, sugerindo que o sentimento negativo entre os gerentes de fábrica havia se tornado especialmente persistente.
O PMI não industrial, que incorpora subíndices para as atividades de serviços e construção, caiu para 51,5 ante 53,2 em junho. O subíndice da construção, um grande empregador em meio a uma crise de desemprego mais ampla, caiu de um pico de 65,6 em março para 51,2 neste mês.
"A queda acentuada na atividade de construção é um sinal preocupante de uma potencial espiral de morte no setor imobiliário", disse Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit.
Os principais líderes da China prometeram neste mês intensificar o suporte econômico, concentrando-se na expansão da demanda doméstica, aumentando a confiança e minimizando os riscos, disse o Politburo.
A China implementará ajustes macroeconômicos "de maneira precisa e vigorosa" e fortalecerá os ajustes anticíclicos, já que o governo mantém uma política monetária prudente e uma política fiscal proativa, disse o Politburo.
Enquanto o subíndice do PMI para novos pedidos contraiu mais lentamente em julho, o declínio acelerou para o componente de exportação, reforçando que a recuperação econômica será impulsionada pela demanda doméstica.
Muitos analistas dizem que as autoridades podem estar relutantes em fornecer qualquer estímulo agressivo para impulsionar o consumo doméstico, devido a preocupações com os crescentes riscos da dívida, apesar da urgência.
A China anunciou novas medidas para aumentar o consumo nesta segunda-feira, visando áreas como veículos elétricos, habitação e turismo, disse o Conselho de Estado.
Por Joe Cash / REUTERS
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