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JERUSALÉM - O Irã iniciou um ataque contra Israel no começo da noite de terça-feira (1º), horas após os EUA alertarem que a ofensiva era iminente. Ao menos cem mísseis foram lançados contra o Estado judeu em resposta aos ataques contra o Hezbollah no sul do Líbano, segundo a imprensa local.

Do portão de Jaffa, na Cidade Velha, a Folha presenciou várias explosões no céu de Jerusalém, algo não muito comum ao longo da guerra. Os estrondos são de mísseis interceptados pelo sistema de defesa antiaérea de Israel, o Domo de Ferro.

Há relatos semelhantes em várias partes do país. Explosões foram ouvidas também no vale do Rio Jordão, e jornalistas da agência de notícias Reuters viram mísseis sendo interceptados no espaço aéreo da vizinha Jordânia. Mais cedo, o Exército havia anunciado que qualquer ataque do Irã provavelmente seria generalizado e instruiu o público a se abrigar em salas seguras em caso de ataque.

O presidente dos EUA, Joe Biden, falou sobre o assunto na rede social X após uma reunião realizada com a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, e a equipe de segurança nacional da Casa Branca. "Discutimos como os EUA estão preparados para ajudar Israel a se defender contra esses ataques e proteger funcionários americanos na região", afirmou.

Em abril, Teerã revidou a um ataque israelense contra a embaixada iraniana em Damasco lançando pela primeira vez na história uma ação militar contra o Estado judeu. Só que os 330 projéteis que voaram rumo a Tel Aviv e outros pontos foram quase todos abatidos.

"Já lidamos com isso no passado", disse Hagari. Moradores da região central de Israel foram orientados a permanecer perto de abrigos antiaéreos.

A agência Reuters, por sua vez, citou também a Casa Branca de forma anônima, dizendo que ainda não há certeza de quando a operação ocorrerá -e se Teerã já lhe deu luz verde. A autoridade lembrou que o Irã sofrerá "severas consequências", relato semelhante ao da Associated Press.

O ataque poderia envolver mísseis balísticos, que viajam muitas vezes acima da velocidade do som, para dificultar sua interceptação: eles chegariam aos alvos em pouco mais de dez minutos. Na ação de abril, foram empregados mais drones e modelos de cruzeiros, todos subsônicos.

A dissuasão pela presenças de dois grupos de porta-aviões dos EUA e vários outros reforços no Oriente Médio tem sido central para que Israel aja de forma quase livre em sua campanha militar atual.

Ela é um desdobramento do ataque do Hamas, assim como o Hezbollah integrante do consórcio rival de Tel Aviv e Washington na região, ao Israel há quase um ano. Além da guerra em Gaza, que era governada desde 2007 pelos terroristas palestinos, Israel voltou suas baterias nas duas últimas semanas contra os libaneses.

Matou seu líder, Hassan Nasrallah, e dezenas de outros comandantes. Na noite de segunda (30), iniciou incursões terrestres visando limpar o terreno do sul do Líbano da presença do Hezbollah perto de suas fronteiras, o que forçou 60 mil pessoas para fora de casa neste ano.

As Forças de Defesa de Israel, comentando as reportagens sobre o assunto, disseram não ter identificado ainda ameaças objetivas. Já o premiê Binyamin Netanyahu havia divulgado mais cedo que a situação no país é delicada e que os moradores deveriam obedecer as orientações do comando de defesa doméstica.

Nesta terça, ele incluiu Tel Aviv e Jerusalém no rol de cidade com restrições parciais de reunião e com o veto a trabalho presencial em locais sem abrigos próximos.

Para o Irã, um ataque enseja riscos grandes, como o de ver uma retaliação maciça, particularmente voltada às instalações de seu programa nuclear -na sua tréplica de abril, Israel demonstrou com um ataque inócuo ter capacidade de atingir a região que concentra laboratórios e instalações atômicas.

Por outro lado, deixar um aliado exposto aos elementos em momento de crise reduz a influência do Irã na região, o que presumivelmente está elevando a pressão da linha-dura do regime por alguma ação, mesmo que sem buscar uma escalada total.

Outra opção na mesa é uma coordenação com os houthis do Iêmen, grupo rebelde também bancado pelo Irã que tem lançado ataques pontuais ao Estado judeu.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - As forças de Israel promoveram na terça (24) o segundo dia de grandes ataques militares contra posições do Hezbollah no Líbano. O grupo fundamentalista aliado do Hamas na guerra contra o Estado judeu, por sua vez, lançou dezenas de foguetes contra o norte do rival.

Segundo as IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês), em 24 horas foram atingidos 1.500 alvos do Hezbollah, com o emprego de 2.000 bombas e mísseis lançados por aviões. Em Beirute, pela terceira vez desde a escalada da crise, um esconderijo de lideranças do grupo foi alvejado.

A ação ocorreu em um subúrbio no sul da capital libanesa. Segundo informações extraoficiais, morreu no ataque oo chefe da unidade de mísseis do Hezbollah, Ibrahim Qubaisi. Com estimados 160 mil unidades desses armamentos, o grupo é a mais poderosa força não estatal do mundo no campo.

O governo libanês, que coabita com o poderio militar superior do Hezbollah, que é também um partido político, diz que ao menos 6 pessoas morreram e 15, ficaram feridas no bombardeio.

"Nós temos três tarefas no Líbano. Afastar terroristas da fronteira, degradar a capacidade de lançamento de armas do Hezbollah e acaba com sua infraestrutura na região, permitindo que os 60 mil civis israelenses que tiveram de sair de casa voltem", disse à Folha o porta-voz militar Rafael Rozenshein.

Na segunda, Tel Aviv havia lançado o mais mortífero ataque em solo libanês desde a guerra civil do país árabe (1975-1990), matando 558 pessoas segundo as autoridades de saúde do vizinho. Ainda não há um balanço amplo sobre o que ocorreu nesta terça.

A troca de fogo começou cedo. Por volta das 3h (21h de segunda em Brasília), sirenes soaram em parte da região norte de Israel. Até as 15h (9h em Brasília), elas soaram mais 18 vezes. Ao menos 20 foguetes foram abatidos na primeira leva, segundo a Força Aérea israelense, e 60 no começo da tarde.

Segundo os fundamentalistas, uma base aérea israelense foi atingida por um de seus mais novos foguetes, o Fadi-3, que tem alcance superior aos 100 km de sua versão imediatamente anterior. As IDF não comentaram.

A rotina de terror segue dos dois lados da fronteira. O êxodo de civis do sul libanês, alertados a deixar casas próximas de posições do Hezbollah por meio de telefonemas automáticos e transmissões pirata de rádio por Israel, segue.

No Estado judeu, moradores da região de Haifa relataram que houve danos na queda de destroços de drones e foguetes, por sua vez.

Israel e o Hezbollah, grupo que é bancado pelo Irã assim como o Hamas, vivem em atrito desde o conflito de oito anos atrás. Mas o ataque terrorista do Hamas no 7 de outubro de 2023 levou os libaneses a escalar suas ações, lançando mísseis contra o Estado judeu já no dia seguinte à ação.

Ao longo dos meses, houve uma troca de fogo com momentos de maior tensão, como quando Israel matou o número 2 do grupo em Beirute, mas de forma geral houve comedimento: guerra aberta não interessa a ninguém, a começar os iranianos, em posição frágil.

 

Com a guerra em Gaza longe de acabar, mas também sem momentos tão agudos, o foco do governo de Binyamin Netanyahu foi ao norte. Críticos dizem que ele fez isso para manter o ritmo de conflito e afastar o risco de enfrentar uma eleição que poderia perder.

O governo nega, dizendo que incluiu como prioridade militar o retorno dos moradores, que alguns estimam em até 80 mil, à região norte do país porque a situação é insustentável. Nesta terça, o presidente israelense, Isaac Herzog, disse que Tel Aviv não tem interesse territorial no Líbano -país cujo sul já ocupou nos anos 1980.

Seja como for, Israel começou a pressionar o Hezbollah já na semana passada, com a temporada de pagers e walkie-talkies explosivos nas mãos de seus integrantes, seguido por um ataque que dizimou a cúpula a Força Radwan, unidade encarregada de infiltrações em Israel.

Isso foi seguido por um aumento da atividade do grupo fundamentalista e, na segunda e na terça, os golpes mais duros da aviação israelense.

A tensão leva ao temor óbvio de um conflito que se espalhe e envolva mais intensamente outros prepostos de Teerã na região, como a Síria ou os houthis do Iêmen, e a própria teocracia.

O tema dominou as falas da abertura da Assembleia-Geral da ONU nesta terça, com tanto o secretário-geral da entidade quanto o presidente iraniano dizendo que "o Líbano não pode virar uma outra Gaza".

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - Na noite de domingo, o Hezbollah lançou cerca de 30 foguetes do Líbano em direção ao norte de Israel, conforme noticiado pela CNN Internacional.

O ataque de foguetes ocorreu após um bombardeio aéreo israelense no sul do Líbano ter deixado 12 pessoas feridas. Este episódio agrava ainda mais as tensões entre as duas regiões, que já estavam elevadas desde o assassinato de um dos líderes do Hamas no mês passado.

A organização terrorista apoiada pelo Irã alegou que o ataque foi em apoio ao povo palestino na Faixa de Gaza, devastada pela guerra, e como retaliação ao ataque israelense no sul do Líbano, segundo a CNN.

O bombardeio israelense que atingiu a cidade de Ma'aroub, no sul do Líbano, causou 12 feridos, incluindo seis crianças, de acordo com a Agência Nacional de Notícias do Líbano.

Alguns dos foguetes lançados no domingo caíram em áreas abertas e não resultaram em feridos.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - Pelo menos 13 pessoas morreram em um bombardeio israelense contra uma escola da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) no acampamento de Nuseirat, no centro de Gaza, segundo fontes médicas citadas pela agência Efe.

Além dos 13 mortos, cerca de 70 feridos foram levados ao hospital Al Awda, em Nuseirat, após o ataque atingir a escola Abu Arban, onde centenas de deslocados buscavam refúgio dos combates no território palestino, onde mais de 38.500 pessoas morreram desde o início da guerra.

O exército israelense justificou o bombardeio da escola, alegando que ela "servia como esconderijo e infraestrutura de operações para planejar e realizar ataques contra as forças armadas". Eles afirmaram ter utilizado munições de precisão e medidas adicionais para tentar mitigar o risco de ferir civis.

Adnan Abu Hasna, assessor de comunicação da UNRWA, afirmou que ninguém os alertou sobre a presença de militantes ou pessoas procuradas dentro da escola. Ele também mencionou que cerca de 550 pessoas já morreram em centros como este devido a ataques israelenses.

Além disso, desde 7 de outubro, 197 trabalhadores da UNRWA perderam a vida e 188 instalações da agência foram danificadas por ataques.

Este ataque ocorre após um bombardeio anterior em Mawasi, designado pelo exército israelense como "zona humanitária", que resultou na morte de cerca de 90 pessoas e feriu outras 300, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Desde o início da guerra, um total de 38.584 palestinos morreram em Gaza, a maioria mulheres e crianças, e 88.991 ficaram feridos. Estes números não incluem as pessoas presas sob os escombros em todo o enclave.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - O grupo armado Hezbollah afirma ter disparado foguetes e drones explosivos contra o norte de Israel nesta quinta-feira (4), em reação à morte, no sul do Líbano, de um comandante do movimento durante um ataque israelense.  

 "Como parte da resposta ao ataque" no sul do Líbano, o Hezbollah atacou o norte de Israel e cinco posições nas Colinas de Golã sírias, anexadas pelo país, com "mais de 200 foguetes", segundo um comunicado do movimento libanês.

O Hezbollah também disse ter realizado um "ataque aéreo com um esquadrão de drones explosivos" contra oito posições militares no norte de Israel e no Golã.  Em represália, o Exército israelense afirmou ter atingido posições no sul do Líbano, confirmando a ofensiva aérea do grupo.

"Projéteis e aeronaves suspeitas cruzaram a fronteira entre o Líbano e o território israelense", declarou o Exército israelense, acrescentando que, em resposta, "atingiu pistas de lançamento no sul do Líbano". As forças israelenses "identificaram cerca de 200 projéteis e mais de 20 alvos aéreos" e interceptaram vários deles.

O Hezbollah, aliado do Hamas, tem trocado tiros diariamente com o Exército israelense desde o início da guerra em 7 de outubro, na Faixa de Gaza. 

 

Morte de comandante

O movimento libanês, apoiado pelo Irã, já havia disparado cerca de 100 foguetes contra Israel na quarta-feira (3) em resposta à morte do comandante Mohammed Neemeh Nasser (Hajj Abu Neemeh), em um outro ataque israelense recente no sul do Líbano.  

As forças israelenses confirmaram a informação, dizendo "o comandante Aziz, do Hezbollah, "era responsável por disparar contra o território israelense a partir do sudoeste do Líbano".  

De acordo com uma fonte próxima ao movimento, este é o terceiro líder militar morto no sul do país desde o início da guerra em Gaza.

Segundo o chefe do Comitê Executivo do Hezbollah, Hashem Safieddine, outro militar assumirá a função. O Hezbollah também acrescentou que disparou três mísseis Burkan, capazes de transportar grandes cargas explosivas, em três instalações militares no norte de Israel.  

A ONU e vários países estão preocupados com uma possível extensão da guerra na Faixa de Gaza ao Líbano.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, enfatizou no final de junho ao ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, "a importância de evitar uma nova escalada do conflito e chegar a uma solução diplomática".

A violência na fronteira deixou pelo menos 496 mortos no Líbano, incluindo cerca de 95 civis e 326 combatentes do Hezbollah, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados do movimento xiita e fontes oficiais libanesas.  

Do lado israelense, pelo menos 15 soldados e 11 civis foram mortos, segundo as autoridades. Em ambos os países, dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas pela violência em ambos os lados da fronteira.

 

 

Com informações da AFP

RFI

ISRAEL - Israel oficializou na quarta-feira (3) a estatização de uma área de mais de 12,7 km² na Cisjordânia ocupada. Segundo a ONG Peace Now, que monitora a expansão dos assentamentos israelenses no território palestino, trata-se do maior terreno contíguo a ser apreendido pelo Estado judeu ali em mais de 30 anos.

Na prática, a medida busca permitir a expansão da ocupação de Israel pela região, uma vez que impede que palestinos sejam proprietários da área e permite que ela seja arrendada para israelenses.

A área em questão mede o equivalente 1.814 campos de futebol, e está localizada no Vale do Jordão, a nordeste de Ramallah, na Cisjordânia -cidade que abriga a sede da Autoridade Nacional Palestina, espécie de órgão responsável por guiar a transição para um Estado da Palestina fundado pelos Acordos de Oslo, de 1993.

Há temores de que a ação israelense possa agravar ainda mais as tensões relacionadas à guerra em curso no Faixa de Gaza.

Os palestinos veem a expansão de assentamentos na Cisjordânia ocupada como a principal barreira para qualquer acordo de paz duradouro, e a maior parte da comunidade internacional os considera ilegais ou ilegítimos.

 

 

POR FOLHAPRESS

ISRAEL - O Exército israelense bombardeou hoje o campo de refugiados de Al Mawasi na Faixa de Gaza, previamente designado como "zona segura", após uma ofensiva em Rafah, no sul do enclave, segundo a agência de notícias palestina Wafa.

A agência, citada pela EFE, informou que a operação israelense resultou em pelo menos sete mortes.

Fontes palestinas, também citadas pela EFE, indicaram que o Exército israelense está pressionando Al Mawasi a partir do norte, enquanto avança no bairro ocidental de Tal al Sultan em Rafah, conseguindo assim cercar a cidade completamente.

Apesar das críticas de organizações humanitárias sobre a localização desse campo de refugiados próximo à costa de Gaza, composto por tendas improvisadas e sem serviços básicos, milhares de palestinos se dirigiram para lá, fugindo dos constantes ataques militares israelenses em Rafah.

Apenas 65.000 das 1,4 milhões de pessoas deslocadas permanecem nesta cidade do sul do enclave, próximo à fronteira com o Egito, informou a agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA). Outras dezenas de milhares estão distribuídas entre Al Mawasi, Kan Younes (sul) e Deir al Balah (centro), entre outros locais.

A pressão das Forças Armadas israelenses sobre Al Mawasi sugere uma nova retirada em massa em um território onde 1,7 milhões de pessoas já estão deslocadas, enfrentando uma grave crise humanitária.

"Nos últimos meses na Faixa de Gaza, aproximadamente 67% das instalações de saneamento e infraestrutura de água foram destruídas ou danificadas", alertou hoje a UNRWA na rede social X. "À medida que as doenças continuam a se espalhar e a temperatura aumenta, a falta de higiene e a desidratação ameaçam a saúde das pessoas em toda a Faixa de Gaza", acrescentou a agência da ONU.

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O escritório de direitos humanos da ONU também denunciou em um relatório publicado hoje a "repetida violação dos princípios fundamentais das leis de guerra" pelos ataques israelenses contra a população civil, que "podem implicar uma acusação de crimes contra a humanidade".

Em entrevista a um canal de televisão israelense, o porta-voz do Exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que "a ideia de destruir o Hamas é ilusão", pois o movimento islamita palestino, que controla Gaza desde 2007, é "um conceito". "Está enraizado no coração das pessoas. Quem pensa que podemos eliminar o Hamas está enganado", acrescentou.

Hagari sugeriu como alternativa "promover algo que o substitua", declarações que contradizem o objetivo anunciado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de "destruir o Hamas" como condição para o fim do atual conflito.

O gabinete do primeiro-ministro, em comunicado posterior, contestou veladamente as declarações de Hagari, indicando que "Netanyahu definiu como um dos objetivos da guerra a destruição das capacidades militares e governamentais do Hamas. Em consequência, o Exército está comprometido com isso".

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo Hamas em solo israelense em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortes e levou ao sequestro de duas centenas de reféns, segundo autoridades israelenses.

Desde então, Tel Aviv lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 37 mil mortes e mais de 85 mil feridos, de acordo com autoridades do enclave palestino, controladas pelo Hamas. Estima-se que 10 mil palestinos ainda estejam soterrados nos escombros após cerca de oito meses de guerra, que também está desencadeando uma grave crise humanitária.

O conflito causou quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestino em uma grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas em uma "situação de fome catastrófica", o maior número já registrado pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ocupados por Israel, pelo menos 520 palestinos foram mortos pelas forças israelenses ou por ataques de colonos desde 7 de outubro.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ISRAEL - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, teria dissolvido o Gabinete de Guerra de Israel, criado em 11 de outubro de 2023, após a ofensiva militar contra o Hamas na Faixa de Gaza, segundo vários meios de comunicação social israelenses, incluindo o Jerusalem Post.

A decisão, anunciada pelo primeiro-ministro na noite de domingo durante uma reunião governamental, ocorre uma semana após Benny Gantz e seu parceiro Gadi Eisenkot terem abandonado o Gabinete de Guerra devido a divergências com Netanyahu.

"O gabinete [de guerra] fazia parte do acordo de coligação com Gantz, a seu pedido", disse o chefe do executivo israelense. "Assim que Gantz saiu, deixou de haver necessidade de um gabinete", acrescentou.

Segundo o Jerusalem Post, Benjamin Netanyahu também anunciou que não será criado nenhum outro gabinete com os líderes dos partidos da coligação para substituir o anterior, como sugerido pelos ministros Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir após a demissão de Gantz.

Para o primeiro-ministro israelense, o ex-ministro "tomou decisões que nem sempre foram aceitáveis para os escalões militares" na tentativa de "cumprir o objetivo de eliminar as capacidades do Hamas". Contudo, defendeu Netanyahu, Israel é um "país com um exército, não um exército com um país".

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Os lugares de Gantz e Eisenkot no gabinete foram reivindicados pela extrema-direita.

O jornal israelense Haaretz noticiou que a dissolução do gabinete tem como objetivo evitar a inclusão dos ministros mais extremistas, como o de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir.

Algumas das questões tratadas pelo Gabinete de Guerra passarão a ser discutidas pelo Gabinete de Segurança, mas as decisões mais sensíveis serão tomadas por um conselho mais restrito, segundo o diário.

O fórum mais restrito deve incluir os ministros da Defesa, Yoav Gallant, e dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, o chefe do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, e o líder do partido Shas, Aryeh Deri.

O Gabinete de Guerra de Israel foi criado após os ataques de 7 de outubro de 2023 do grupo extremista palestino Hamas em solo israelense.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

JERUSALÉM - O Parlamento de Israel avançou com uma lei controversa sobre o recrutamento de estudantes religiosos ultraortodoxos para as Forças Armadas, em meio a cenas de fúria na segunda-feira, 10, no Knesset, conforme famílias de alguns dos reféns de Gaza exigiram mais ações para trazê-los de volta para casa.

Um dia depois que o ex-general de centro Benny Gantz deixou o governo em uma disputa sobre os objetivos estratégicos da guerra de Gaza, a votação e os confrontos ressaltaram a mistura volátil de forças que envolvem o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, agora cada vez mais dependente de seus aliados da extrema-direita.

O projeto de lei de alistamento, que ainda precisa passar por outras votações e audiências em comitês após a votação da noite de segunda-feira, prevê a entrada gradual no Exército de alguns judeus ultraortodoxos, que tradicionalmente resistem a servir nas Forças Armadas.

Embora tenha sido originalmente apresentada por Gantz em 2022, durante o governo anterior, ele agora se opõe à medida, que, segundo ele, é inadequada para as novas demandas de pessoal enfrentadas pelas Forças Armadas.

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, o último de um grupo de ex-generais que restou após a saída de Gantz e de seu aliado, o ex-chefe do Exército Gadi Eisenkot, rompeu as fileiras e votou contra o projeto de lei.

Por outro lado, os partidos religiosos da coalizão, que se opuseram fortemente a uma expansão geral do alistamento, deram seu apoio, com o objetivo de inserir mudanças na fase de revisão.

Embora a proposta seja de mais ultraortodoxos nas Forças Armadas, seu número seria restrito e o projeto de lei permitiria algumas alternativas ao serviço militar.

"Temos uma grande oportunidade que não deve ser perdida. O público ultraortodoxo não pode ser encurralado", disse em um comunicado o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, líder de um dos partidos pró-assentamentos da coalizão.

A questão de suspender algumas das restrições ao recrutamento de homens ultraortodoxos para as Forças Armadas tem sido uma questão polêmica há décadas em um país onde o serviço militar amplo é visto como um dos pilares de sua segurança.

Ressentida por muitos israelenses seculares, a questão ficou mais sensível do que nunca desde o início da guerra em Gaza, na qual mais de 600 soldados israelenses foram mortos.

"Há aqueles que o apoiaram na época e se opõem agora porque o consideram errado para Israel, e há aqueles que se opuseram na época e o apoiarão agora porque veem uma oportunidade de mudá-lo", disse Assaf Shapira, chefe do programa de reforma política do Instituto de Democracia de Israel, à Reuters.

Enquanto o Parlamento se preparava para votar o projeto de lei, houve uma troca de acusações em uma reunião do Comitê de Finanças, onde membros de algumas das famílias de reféns abordaram Smotrich e exigiram que o governo fizesse mais para trazer os cativos de volta para casa.

Inbal Tzach, cujo primo Tal Shoham foi um dos 253 reféns israelenses e estrangeiros sequestrados por homens armados do Hamas enquanto eles atacavam as comunidades próximas a Gaza em 7 de outubro, disse que ministros como Smotrich precisavam fazer de tudo para trazer os 120 reféns restantes de volta.

Smotrich, que descartou qualquer acordo com o Hamas e se opôs às propostas de um acordo de cessar-fogo que traria os reféns de volta em uma troca por prisioneiros palestinos, considerou a campanha das famílias como cínica.

"Não colocarei em risco o Estado de Israel e seu povo", disse ele. "Não vou parar a guerra logo antes da destruição do Hamas, porque isso é um perigo existencial para Israel."

 

 

Por Steven Scheer / REUTERS

EUA - A NAACP, uma das principais associações pela defesa dos direitos civis nos Estados Unidos, pediu na quinta-feira (6) ao presidente Joe Biden que suspenda todas as entregas de armas a Israel e pressione o governo Binyamin Netanyahu a encerrar o conflito na Faixa de Gaza. Segundo a organização, o apoio do democrata a Tel Aviv desagrada eleitores negros e pode prejudicá-lo na corrida à Casa Branca.

A NAACP, que defende a justiça racial e os direitos das pessoas negras, disse que os EUA devem usar sua influência junto a Israel para conseguir um cessar-fogo permanente em Gaza. O apelo foi um exemplo raro de uma organização do setor que assumiu um posicionamento sobre a política externa americana.

"A NAACP pede ao presidente Biden que estabeleça a linha vermelha e encerre indefinidamente o envio de todas as armas e artilharia para o Estado de Israel e outros Estados que fornecem armas para o Hamas e outras organizações terroristas. É imperativo que a violência que ceifou tantas vidas de civis pare imediatamente", disse a organização em declaração enviada à agência de notícias Reuters.

O posicionamento representa um sinal de alerta para o desempenho de Biden entre os eleitores negros no pleito marcado para 5 de novembro. A campanha do democrata não está preocupada com um possível apoio maciço do grupo a Donald Trump, mas sim com o fato de que muitos se abstenham da votação, o que pode fazer diferença em uma disputa acirrada, disseram à Reuters funcionários da campanha.

Pesquisas eleitorais mostram que Trump está na frente de Biden em estados-chave com populações negras expressivas, como Geórgia, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia. Ao mesmo tempo, setores historicamente alinhados aos democratas, como a população negra, latina e jovem, vêm manifestando desconfiança e desapontamento com o governo do democrata.

Um levantamento Reuters/Ipsos mostrou que eleitores democratas estão fortemente divididos a respeito da forma como Biden vem lidando com a guerra no Oriente Médio. Outro levantamento, realizado pelo The New York Times e pelo Siena College, aponta que Trump tem o apoio de 20% dos eleitores negros, muito acima dos 12% que ele obteve em 2020.

Não à toa, a campanha democrata tem tentado frisar ações concretas de Biden que teriam favorecido a população negra, como o aumento do acesso a planos de saúde e taxas recordes de emprego.

Em entrevista à Reuters, o presidente da NAACP, Derrick Johnson, disse que o posicionamento da associação sobre a guerra foi motivado, em parte, pela indignação de jovens negros com a devastação na Faixa de Gaza. "Isso está levantando muitas questões sobre por que nossos dólares de impostos estão sendo usados para prejudicar civis", disse ele.

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Johnson afirmou que os EUA precisam mostrar liderança moral e parar de enviar armas a Israel por causa das mortes de civis. No comunicado, a NAACP ainda pede a Israel que "se comprometa com uma estratégia ofensiva que esteja alinhada com as leis internacionais e humanitárias". Em relação ao Hamas, o grupo pediu a libertação de reféns e a interrupção de "toda a atividade terrorista".

No mês passado, a CIJ (Corte Internacional de Justiça) determinou que Israel interrompa imediatamente sua ofensiva militar terrestre em Rafah, no sul de Gaza. O tribunal chamou de desastrosa a condução de Tel Aviv sobre a questão humanitária no território palestino e afirmou não estar convencido de que os avisos sobre retirada de civis e outras medidas tomadas pelo país, que enfrenta um crescente isolamento internacional, sejam suficientes para diminuir os danos à população local.

Diante da pressão, Biden suspendeu no mês passado o envio de um carregamento de bombas para evitar seu possível uso no ataque de Israel à cidade de Rafah. Os EUA, porém, continuam sendo o principal fornecedor de ajuda militar às tropas israelenses.

 

 

POR FOLHAPRESS

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