JERUSALÉM - A resposta de Israel ao ataque multifacetado sem precedentes de homens armados palestinos a partir da Faixa de Gaza “mudará o Oriente Médio”, disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta segunda-feira.
Ele estava conversando com prefeitos de cidades fronteiriças ao sul atingidas pelo ataque surpresa que começou no sábado, informou um comunicado de seu gabinete.
Por Dan Williams / REUTERS
ISRAEL - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na sexta-feira que acredita que seu país esta à beira de firmar um acordo de paz com a Arábia Saudita, prevendo que o trato poderá ser fechado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e remodelar o Oriente Médio.
No entanto, em meio à insistência de Riad e Washington para que os palestinos sejam incluídos na diplomacia, Netanyahu disse na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York, que os palestinos não deveriam ter permissão para vetar o acordo regional.
As expectativas de que Israel possa normalizar as relações com a Arábia Saudita, que é lar dos dois santuários mais sagrados do Islã, aumentaram esta semana. O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, disse que um acordo estava se aproximando a cada dia, e Netanyahu e Biden realizaram uma reunião há muito esperada para discutir as perspectivas.
Netanyahu descreveu como os acordos de normalização de 2020 entre Israel e os Emirados Árabes Unidos e Barein, conhecidos como Acordos de Abraão e patrocinados pelo então presidente norte-americano, Donald Trump, como precursores do possível acordo com a Arábia Saudita.
"Não há dúvida: os Acordos de Abraão anunciaram o início de uma nova era de paz", disse ele. "Acredito que estamos à beira de um avanço mais dramático: uma paz histórica entre Israel e a Arábia Saudita."
Esse acordo provavelmente exigirá um amplo apoio entre os parlamentares dos Estados Unidos -- uma tarefa difícil com uma eleição presidencial em 2024.
"Acredito que podemos alcançar a paz com a Arábia Saudita com a liderança do presidente Biden", disse ele.
Embora tenha expressado sua disposição de buscar alguma acomodação com os palestinos -- cujas metas de criação de um Estado são descartadas por seu governo de extrema direita -- Netanyahu disse: "Não devemos dar aos palestinos um veto sobre os novos tratados de paz com os países árabes".
Na quinta-feira, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse no mesmo fórum: "Quem quer que pense que a paz no Oriente Médio é possível antes que nosso povo alcance seu pleno direito está delirando."
Netanyahu, que sempre usou a ONU para alertar contra o Irã, descreveu o arqui-inimigo de seu país como a "mosca na sopa" que tentará destruir um acordo com a Arábia Saudita.
No entanto, ele considerou que a normalização já está em andamento, citando o corredor aéreo que já existe há três anos para as companhias aéreas israelenses sobre o território saudita e um plano ambicioso, anunciado por Biden este mês, para que ambos os países façam parte de uma rede ferroviária e marítima que vai da Índia ao Mar Mediterrâneo.
Reportagem de Dan Williams e James Mackenzie / REUTERS
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs, na terça-feira (5), o ex-secretário do Tesouro Jack Lew, um político veterano com laços estreitos com o Estado judeu em um momento turbulento entre os dois aliados, como embaixador em Israel.
Lew, um judeu ortodoxo, desempenhará um papel-chave, enquanto Biden tenta negociar um acordo para que a Arábia Saudita reconheça Israel.
A indicação se dá após um aumento nas tensões bilaterais, depois que Biden criticou a reforma do Judiciário promovida pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Essa reforma é vista como uma ameaça à democracia israelense.
A nomeação deve ser confirmada pelo Senado, onde o Partido Democrata, de Biden, mantém o controle, mas os republicanos poderão tentar dificultar o processo, de olho nas eleições do próximo ano.
No governo do presidente Barack Obama, Lew, advogado de formação, foi secretário do Tesouro, depois de ter sido chefe de gabinete da Casa Branca, diretor do Escritório de Gestão e Orçamento e subsecretário de Estado de Hillary Clinton.
JERUSALÉM - O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, de extrema direita, discutiu nesta sexta-feira com a supermodelo norte-americana Bella Hadid por causa de comentários feitos por ele nesta semana, que os palestinos condenaram como racistas.
Numa entrevista ao N12 News na quarta-feira, Ben-Gvir disse que o direito à vida e ao movimento dos colonos judeus na Cisjordânia ocupada superou o direito ao movimento dos palestinos.
Ben-Gvir, que vive no assentamento judaico de Kiryat Arba, perto da cidade de Hebron, na Cisjordânia, disse na entrevista que as restrições eram necessárias para proteger a segurança de sua família.
"O meu direito, o direito da minha esposa, o direito dos meus filhos de viajar nas estradas da Judeia e Samaria é mais importante do que o direito de movimento dos árabes", disse ele, referindo-se à Cisjordânia pelo seu nome hebraico bíblico.
A supermodelo Bella Hadid, cujo pai é palestino e que tem defendido abertamente os direitos palestinos, criticou o comentário de Ben-Gvir no Instagram, onde tem cerca de 60 milhões de seguidores.
"Em nenhum lugar, em nenhum momento, especialmente em 2023, uma vida deveria ser mais valiosa do que a outra. Especialmente simplesmente por causa de sua etnia, cultura ou puro ódio", escreveu ela na quinta-feira.
Ben-Gvir respondeu em um comunicado na sexta, chamando Hadid de "odiadora de Israel" e disse que ela compartilhou apenas um trecho de sua entrevista em sua conta nas redes sociais para retratá-lo como racista.
O Ministério das Relações Exteriores palestino condenou na quinta-feira o comentário de Ben-Gvir como "racista e hediondo" e disse que "apenas confirma o regime de apartheid de Israel de supremacia judaica".
Ben-Gvir, membro da coligação nacionalista-religiosa do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem condenações anteriores de apoio ao terrorismo e incitamento anti-árabe. Ele diz que suas opiniões se tornaram mais moderadas desde que ingressou no governo, sem entrar em mais detalhes.
Reportagem de Henriette Chacar / REUTERS
ISRAEL - Após o Parlamento de Israel aprovar uma medida central da reforma que reduz o poder do Judiciário, uma pesquisa mostrou que 28% dos israelenses estão considerando deixar o país. A sondagem, encomendada pela rede de televisão Canal 13, mostra ainda que mais da metade da população teme que o país entre em guerra civil.
A pesquisa de opinião foi realizada na terça-feira (25), dia seguinte à decisão do Parlamento de restringir o poder da Suprema Corte de derrubar decisões do governo e do Legislativo.
Entre os entrevistados, 28% afirmaram que pensavam em sair do país, e 8% disseram que ainda não sabiam o que fazer. A maioria dos participantes respondeu que continuaria em Israel (64%).
As respostas refletem o descontentamento da população após a aprovação de uma medida com forte oposição popular. Há meses, Israel vive uma onda de protestos de rua contra a reforma apresentada pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Diversas figuras públicas, juízes, economistas e altos funcionários denunciaram as alterações na lei que mudam o balanço de forças entre os Três Poderes no país. O descontentamento levou os médicos a decretarem greve na terça-feira, interrompendo os serviços de saúde em boa parte do país.
Polarização
O acirramento de posições tanto entre os conservadores no poder, com apoio da extrema direita, e os opositores, leva 56% da população israelense a temer uma guerra civil.
Além disso, 54% dos entrevistados dizem que a batalha política em relação à reforma do Judiciário coloca em risco a segurança do país.
Milhares de reservistas declararam publicamente que não se apresentarão em convocações em protesto contra as medidas que aumentam o poder do Executivo e do Legislativo no país.
ONU pede que Israel ouça protestos
O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu na quinta-feira (27) às autoridades israelenses que "levem em conta" os opositores da reforma que se manifestam em "defesa da democracia e das liberdades fundamentais".
“Peço aos detentores do poder que atendam aos apelos dos envolvidos nesta mobilização, pessoas que depositaram sua confiança na ideia de justiça independente”, a fim de “proteger os direitos de todos”, disse Türk em um comunicado.
O representante da ONU afirmou que tem acompanhado de perto a reforma e os protestos e sublinhou que as manifestações pacíficas mostram a preocupação da população.
“Este amplo movimento social cresceu ao longo dos meses para defender os direitos humanos e proteger o espaço democrático e o equilíbrio constitucional tão duramente construído em Israel por décadas”, continua ele. "Isso demonstra a extensão da preocupação pública."
A crise relativa à reforma do Judiciário em Israel tem despertado a preocupação de vários aliados de Israel, em particular dos Estados Unidos.
(Com informações de agências)
por RFI
ISRAEL - A tensão novamente escalou em Israel na segunda-feira (24) após o Parlamento local aprovar a primeira parte do pacote que tenta limitar o poder do Judiciário no país.
Pelo menos 19 pessoas foram presas nos atos, nos quais os relatos de violência policial cresceram, segundo a emissora israelense Canal 13. De acordo com o Times of Israel, ao menos um manifestante sangrando foi visto sendo levado pela polícia em Tel Aviv.
No início da madrugada desta terça (25), noite de segunda no Brasil, os policiais conseguiram desocupar a rodovia Ayalon, a principal de Tel Aviv, que anteriormente havia sido bloqueada por uma multidão. A passagem, porém, ainda não foi liberada. Havia destroços e barricadas na rodovia, e centenas de manifestantes permaneceram nas laterais gritando "vergonha!" ao som de buzinas.
A polícia usou jatos d'água e uma cavalaria para dispersar a multidão, e, segundo o Canal 12, a corporação cogitou o uso de bombas de efeito moral --o que simbolizaria uma escalada da repressão. Esse tipo de dispositivo, afinal, é normalmente usado contra protestos de palestinos. A emissora registrou ainda que os policiais empurraram "brutalmente" seus profissionais ao tentar afastar os manifestantes.
Fora da cidade, um motorista colidiu com uma pequena multidão que bloqueava uma estrada, ferindo levemente três pessoas, disse a polícia, acrescentando que o dono do carro foi preso.
Em Jerusalém, protestos bloquearam uma rodovia perto do Knesset, o Parlamento israelense, que foi posteriormente liberada pelos policiais, que arrastavam os manifestantes pelo asfalto e usavam canhões de água. "É um dia triste para a democracia israelense. Vamos revidar", disse Inbar Orpaz, 36, entre a multidão do lado de fora prédio.
O texto aprovado nesta segunda extingue o conceito jurídico do "padrão de razoabilidade", usado por tribunais israelenses ao julgar que determinado ato do governo não levou em conta todos os aspectos relevantes para aquela discussão ou deu peso exagerado a alguns deles.
À emissora britânica Canal 4 o ex-premiê Ehud Olmert, que tem participado dos protestos, disse que o país viverá uma guerra civil.
"Esta é uma ameaça séria. Isso nunca ocorreu antes. Estamos entrando em uma guerra civil --desobediência civil com todas as consequências possíveis para a estabilidade do Estado e a capacidade do governo de gerir grande parte da população israelense, para quem o governo é percebido como ilegítimo", afirmou o político.
"O governo decidiu ameaçar os alicerces da democracia israelense, e isso não é algo que possamos aceitar ou tolerar."
Até 2006, Olmert era correligionário do atual premiê, Binyamin Netanyahu, que após levar ao poder a coalizão mais à direita da história de Israel, propôs a controversa reforma. Depois da aprovação do projeto de lei, Netanyahu disse que buscaria dialogar com a oposição para chegar a um acordo abrangente até o final de novembro.
"Todos concordamos que Israel deve permanecer uma democracia forte, que deve continuar protegendo os direitos individuais de todos", afirmou o premiê.
Por ora, no entanto, o estado da sociedade é de fragmentação. A oposição considera a convocação do premiê ao diálogo vazia, já que os demais membros do governo rejeitaram qualquer tentativa de acordo, e acusa o experiente político de servir de fantoche para seus colegas.
JERUSALÉM - O governo israelense pode repensar sua campanha polarizadora para reformar o Judiciário se houver uma grande escalada nos protestos, disse um ministro na quarta-feira.
Com uma emenda contestada que limitaria os poderes da Suprema Corte marcada para ratificação no próximo domingo e segunda-feira, os protestos se intensificaram e agora incluem alguns reservistas da Força Aérea que se recusam a se apresentar para o serviço - um possível abalo na segurança de Israel enquanto as frentes palestina e libanesa fervem.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por telefone na segunda-feira, que o projeto de lei seria aprovado conforme planejado, mas que ele buscaria "amplo consenso" para quaisquer reformas adicionais, disse o conselheiro de segurança nacional de Israel, Tzachi Hanegbi.
Próximo de Netanyahu, o ministro da Cultura, Miki Zohar, ofereceu um raro reconhecimento do impacto das manifestações de seis meses, que surgiram em março depois que o primeiro-ministro demitiu o ministro da Defesa de Israel por expressar abertamente preocupação com o impacto sobre os militares.
Netanyahu recuou na saída de Yoav Gallant e suspendeu a legislação para permitir negociações de compromisso com a oposição. Ele declarou isso infrutífero no mês passado e retomou o projeto de lei que limita os poderes da Suprema Corte em anular algumas decisões do governo.
"Se as manifestações atingirem uma escala que foi vista..., entenderemos que as coisas foram longe demais", disse Zohar à rádio Kan.
Não ficou claro, no entanto, se isso poderia ocorrer.
Os defensores da mudança buscada pela coalizão religioso-nacionalista de Netanyahu dizem que a Suprema Corte se tornou muito intervencionista e que a medida facilitará a governança eficaz.
Os opositores dizem que isso enfraquecerá a Suprema Corte, que - em um país que não tem constituição e um parlamento de uma câmara dominado pelo governo - tem um papel vital na proteção dos direitos e liberdades civis.
por Por Dan Williams / REUTERS
ISRAEL - Israel tem mais um dia de protestos nesta terça-feira (11) organizados por opositores da reforma judicial, após uma primeira aprovação de uma polêmica medida desejada pelo governo de Benjamin Netanyahu. A reforma aumentaria tanto o poder do Parlamento quanto do primeiro-ministro israelense.
Os organizadores deste movimento, que reúne dezenas de milhares de pessoas nas ruas todas as semanas há meses, prometem bloquear locais estratégicos de norte a sul do país ao longo desta terça-feira.
Em Tel Aviv, os manifestantes tentaram bloquear o acesso ao Aeroporto Internacional Ben Gurion. A polícia dispersou o protesto, chamado de ilegal. Até o momento, polícia anunciou a detenção de 24 manifestantes em todo o país por "perturbarem a ordem pública".
As autoridades, no entanto, afirmaram, em um comunicado de imprensa, que a "liberdade de manifestação" será garantida desde que respeite "a ordem e a lei".
Este dia de mobilização ocorre após a votação em primeira leitura pelo Knesset, o Parlamento israelense, de uma medida que visa anular a possibilidade de o Judiciário poder anular decisões do governo que não sejam consideradas em acordo com a lei.
Enfraquecer a Suprema Corte
A medida foi aprovada em primeira leitura durante a madrugada de segunda para terça-feira em uma sessão turbulenta. Foram 64 votos favoráveis, correspondentes aos deputados da base governista, diante dos 56 votos contrários dos deputados da oposição.
Anunciada logo após a posse do governo formado no início do ano por Netanyahu, um dos mais direitistas da história de Israel, a reforma judicial visa, em especial, reduzir as prerrogativas da Suprema Corte, apontada pelo executivo como politizada.
Os críticos à reforma denunciam o risco da mudança no balanço de poderes de Israel abrir caminho para uma deriva autoritária.
Em um vídeo publicado nas redes sociais durante os debates do Parlamento, Netanyahu tentou convencer os israelenses de que o projeto de lei “não seria o fim da democracia”, mas “fortaleceria a democracia”.
"Os direitos da Justiça e dos cidadãos israelenses não serão prejudicados de forma alguma... A Justiça continuará a revisar a legalidade das decisões e nomeações do governo", declarou ele.
O líder da oposição, Yair Lapid, por sua vez, criticou o governo por não cumprir suas promessas: "Você prometeu ajudar os fracos e proteger a segurança de Israel (...), e você não faz nada além dessa loucura".
Negociações
No final de março, Netanyahu suspendeu o processo legislativo para permitir discussões com os partidos de oposição. Mas no final de junho, os dois principais líderes da oposição, Yair Lapid e Benny Gantz, abandonaram as negociações.
O presidente israelense, Isaac Herzog, pede que todos retomem as negociações em torno dessa reforma, que provoca uma crise no país.
(Com informações da AFP)
por RFI
TEL AVIV - Dezenas de milhares de israelenses se juntaram neste sábado a uma onda de protestos em todo o país, que agora entram na vigésima semana, contra os planos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de aumentar o controle sobre a Suprema Corte de Israel.
A reforma, que dará ao governo o controle sobre a nomeação de juízes para a Suprema Corte e permitirá que o parlamento anule decisões, foi interrompida depois que a oposição organizou alguns dos maiores protestos de rua já vistos em Israel.
O governo acusa juízes ativistas de usurpar cada vez mais o papel do parlamento e defende que a reforma é necessária para restaurar o equilíbrio entre o judiciário e os políticos eleitos.
Já os críticos dizem que isso removerá os freios e contrapesos vitais que sustentam um estado democrático e entregará poder irrestrito ao governo.
Um mar de bandeiras israelenses azuis e brancas, que se tornaram um símbolo dos protestos, cobriu uma das vias centrais de Tel Aviv.
Os manifestantes gritavam: "Israel é quase uma ditadura", enquanto uma faixa com os dizeres "pare-os" era erguida pela multidão.
ISRAEL - Israel deu início às comemorações anuais do Dia da Independência na noite de terça-feira, embora dezenas de milhares de pessoas tenham decidido protestar novamente contra os planos controversos do governo de impor restrições ao Judiciário.
Enquanto dignitários e convidados de honra realizavam a cerimônia anual de acendimento da tocha em Jerusalém, os manifestantes se reuniam em Tel Aviv agitando bandeiras israelenses azuis e brancas, que se tornaram um símbolo dos protestos semanais contra os planos de revisão judicial, agora entrando em sua 16ª semana.
Embora o Dia da Independência normalmente seja uma ocasião para a unidade patriótica, os israelenses permanecem polarizados sobre a legislação planejada, que segundo seus proponentes restauraria o equilíbrio para as autoridades israelenses, e que os críticos dizem que remove os controles sobre os que estão no poder.
“Este pode ser como o último Dia da Independência como o conhecemos. No próximo ano pode ser completamente diferente, pode ser como regras ou restrições diferentes”, disse o manifestante Ido Durst, de 23 anos, à Reuters. “Temos que tomar uma posição especialmente hoje.”
Israel está comemorando seu 75º aniversário em um clima turbulento e incerto, com algumas das divisões sociais mais profundas desde a fundação do país em 1948.
O Dia Memorial foi na terça-feira, homenageando os militares mortos do país, com o Dia da Independência um dia depois – ambos tradicionalmente serviram como marcadores de união em uma nação que travou repetidas guerras desde a sua criação.
Reportagem de Emily Rose / REUTERS
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