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SÃO CARLOS/SP - A "Marcha Pela Memória Negra", organizada de forma autônoma pela Comunidade Negra de São Carlos desde 2023, agora faz parte oficialmente do Calendário de Eventos do Município. A conquista foi resultado de um ofício entregue pelo Conselho Municipal da Comunidade Negra ao gabinete da vereadora Larissa Camargo, solicitando que a marcha fosse reconhecida como evento oficial da cidade.

Sensível à importância histórica e política da iniciativa, a vereadora protocolou um Projeto de Lei na Câmara Municipal que foi aprovado por unanimidade, com 18 votos favoráveis. A proposta foi sancionada e promulgada pelo prefeito no dia 24 de julho de 2025.

A nova lei estabelece que a "Marcha Pela Memória Negra" será realizada anualmente no dia 20 de novembro, em referência ao Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e ao Dia da Consciência Negra. A inclusão do evento no calendário oficial reconhece a marcha como um espaço de celebração, memória e resistência da população negra, institucionalizando uma mobilização que se consolidou como referência local a partir de 2024.

Um passo fundamental no combate ao racismo

Para a vereadora Larissa Camargo, a sanção da lei é um marco no fortalecimento das lutas do povo negro na cidade. "A Marcha Pela Memória Negra é um ato de afirmação da identidade negra, da valorização da nossa história e da luta permanente contra o racismo. É uma vitória construída coletivamente", afirma.

A lei descreve a marcha como uma manifestação cultural e cívica que busca promover reflexões sobre a história, cultura, identidade e resistência da população negra brasileira, contribuindo para a formação de uma sociedade mais justa e plural. Entre os objetivos centrais da medida estão: Fortalecer a identidade cultural da população negra; Promover a diversidade étnico-racial e reconhecer desigualdades históricas; Conscientizar a população sobre o racismo estrutural; Estimular ações que promovam a inclusão social e igualdade racial no município.

Programação ampla e caráter educativo

A legislação permite que a marcha inclua atos públicos, manifestações culturais, apresentações artísticas, rodas de conversa, exposições e outras ações que celebrem e valorizem a cultura afro-brasileira. A organização poderá ser feita em parceria com entidades do movimento negro, coletivos culturais, instituições de ensino, escolas, universidades e organizações da sociedade civil.


A cada edição, o evento poderá adotar temas e homenagens a personalidades negras, movimentos históricos e símbolos da luta antirracista, fortalecendo o caráter educativo e a preservação da memória coletiva.

Reconhecimento e compromisso

Com a sanção da lei, o poder público municipal se compromete também a divulgar e incentivar a participação da sociedade civil, reforçando a consciência coletiva sobre a importância da data e da luta antirracista.

A Marcha Pela Memória Negra, agora oficialmente reconhecida, fortalece o protagonismo da comunidade negra são-carlense e consolida um novo marco no calendário da cidade. Em um cenário de desigualdades persistentes, a institucionalização da marcha representa resistência, celebração e esperança de um futuro mais justo e igualitário.

SÃO CARLOS/SP - Para marcar o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a Prefeitura de São Carlos realiza, nesta terça-feira (29/07), às 14h, uma roda de conversa no Centro Municipal de Cultura Afro-Brasileira Odete dos Santos, na Rua Alexandrina, 844, no centro da cidade.

Promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, o evento é gratuito e aberto ao público. A atividade faz parte das ações de valorização da mulher negra, com o objetivo de reconhecer o protagonismo feminino negro na cultura brasileira e preservar a memória de personalidades históricas do município.

Um dos destaques da programação é a participação de Olivia Aparecida Lopes de Oliveira, irmã da atriz são-carlense Chica Lopes. Olivia compartilhará histórias e lembranças da trajetória da artista, ressaltando momentos marcantes de sua vida pessoal e profissional.

A data remete ao primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, realizado em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana. A partir dessa iniciativa, foi criada a Rede de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, que, com apoio da ONU, conquistou o reconhecimento oficial do dia 25 de julho como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

No Brasil, a data também homenageia Tereza de Benguela, símbolo de resistência e liderança contra a escravidão. Em 2014, foi instituído o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, por meio da Lei nº 12.987. A data é um marco de reflexão, luta e fortalecimento das organizações de mulheres negras, indígenas e de comunidades tradicionais.

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